Viagem de férias escrita por Erin Noble Dracula


Capítulo 1
Encontro casual




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P.O.V. Elijah.

Eu decidi dar uma volta. Estava me sentindo sufocado dentro de casa e caminhava distraído pensando na vida e acabei trombando com alguém. A pessoa derrubou as sacolas que carregava.

—Desculpa moço. Eu não te vi, você está bem? Se machucou?

Eu reconheceria aquela voz em qualquer lugar.

—Katerina, você não devia estar aqui.

—O que? Olha, você me confundiu com outra pessoa. Tem certeza de que não se machucou?

Ela estava com os cabelos lisos como os de Elena Gilbert.

—Elena?

—Não. Eu sou Renesmee Cullen, mas e você quem é?

—Pare com isso.

—Olha, eu sinto muito ter trombado com você. Mas, eu não sou Katerina e nem Elena, eu sou Renesmee Carlie Cullen nascida dia onze de setembro de mil novecentos e noventa e sete. Sou filha de Isabella Marie Cullen e Edward Anthony Masen Cullen. Se não está machucado eu vou embora.

Ela recolheu as coisas e foi embora, olhando por sob o ombro. Ouvi ela sussurrar:

—Gente doida.

E isso não foi a única coisa que eu ouvi. Forçando mais um pouco eu pude ouvir seu coração batendo. E o coração dela batia num ritmo que... era impossível.

—Elijah!

—Sim Rebekah?

—Você está bem? Parece que viu um fantasma.

—Eu ainda não consigo acreditar.

—Acreditar em que?

—No que eu vi e ouvi. Se um coração humano tentasse bater na velocidade do dela ele explodiria.

—Do que está falando?

—Eu preciso de um uísque. 

Fui direto para o bar da senhorita O'Connel e pedi:

—Por favor, me sirva uma dose de Bourbon.

—Tá bem. Você está bem?

—Estou chocado.

Senti a bebida descer queimando a minha garganta.

—Por que?

—Eu vi algo que ainda não acredito. Ela não era mortal, mas o que ela era? Como ela pode existir? A linhagem da qual ela descende era para ter acabado.

O celular de Cami tocou.

—Alô? Espera, fala devagar. Calma Ness, respira entre as frases.

—É o que?! Calma, é só um cara louco que não bate bem da cabeça. 

Ouvi a voz do outro lado da linha dizer:

—E se ele for amigo do Jake? E se ele mandou esse cara pra me pegar? Eu to com medo Cami e quando eu fico com medo coisas ruins acontecem. 

—Respira fundo. Você está segura aqui, vai ficar bem.

—Eu quero a minha mãe. 

A pessoa do outro lado da linha chorava e o tempo começou a fechar, começou a trovejar.

—Que merda. Ness, você tem que se acalmar. Onde você está?

—Em casa. Eu não quero ficar sozinha, eu to com medo.

Começou a chover granizo.

—Desculpa, eu tenho que ir.

A moça com quem Camille falava era a duplicata. Ela estava fazendo chover? Como?

Sem que Camille percebesse segui-a até seu apartamento, ela destrancou a porta e entrou.

—Ness.

—Ele está aqui. O homem da rua, o maluco. Eu to ouvindo ele.

—O que?

A duplicata fechou a porta e passou a tranca. Eu fiquei ouvindo o que se passava lá dentro.

Ouço Camille ser puxada e a duplicata sussurra:

—Ele está lá fora. Ouço os pensamentos dele, estou ouvindo desde a rua de baixo. 

—Tem certeza?

—Tenho. É ele, o maluco da rua.

Maluco da rua. Já me chamaram de coisa pior.

—Relaxa. Eu conheço o Elijah, ele não vai fazer mal pra você e você sabe que ele não conseguiria nem se quisesse. Você é mais potente do que eles.

—Mas, as pessoas morrem Cami, morrem por causa de mim. Quando eu fico com medo a coisa sai e eu não consigo parar e nem controlar, da última vez três quarteirões foram pro espaço. Viraram pó. Eu tive uma crise de pânico e fiz chover granizo!

—Não é sua culpa. 

—É o que a minha mãe fala. O problema é que nunca houve ninguém como eu antes, eu sou a única e ninguém sabe como lidar com isso. Jean morreu e ela é o mais próximo de mim que já houve. Tiveram que matar ela, porque ela era poderosa demais e não conseguia controlar, ela desenvolveu um alter-ego do mal.

—Você conversou com o Professor e ele disse que o seu caso é diferente. Os seus poderes estão localizados na parte consciente do seu cérebro, você tem total controle sob si mesma e sob seus dons.

—Mas, eu tenho medo. E se isso subir a minha cabeça e se eu matar alguém?

—Ness, calma. 

—Eu tenho magia negra. Magia negra poderosa, esse é o maior segredo do meu pai, era para linhagem ter acabado nele, mas eu nasci e a coisa passou pra mim. É o mal.

—Como assim o mal?

Ouço ela sussurrar:

—É o sangue Balcoin. O sangue do demônio.

Balcoin? Impossível! Essa linhagem foi exterminada na Idade Média, na era da caça as bruxas.

—Como sabe disso?

—Uma vez, caçadores de bruxas. Eles me pegaram, fizeram um círculo com cinza de freixo pra impedir que eu fizesse magia, eles iam me queimar viva. Daí eu entrei em pânico e queimei eles vivos, eu nem sabia como eu tinha feito aquilo no que eu gritei os fósforos em chamas nas mãos deles... O fogo alastrou e eles queimaram vivos. Eu tava amarrada numa cadeira, num lugar que era todinho feito de freixo e ainda assim eu consegui usar magia e matar todos os caçadores menos um, ele tava do lado de fora. Ele atirou em mim, mas como você sabe

—A bala não passou. A mulher de aço.

—Isso não tem graça!

—Eu sei. Mas, pensa só se você não tivesse isso não estaria viva.

—Estaria. Cami, minha pele é dura que nem diamante, toca fogo num diamante e ele resiste. Eu não ia sentir nada.

—Mas, a sua mãe era...

—Eu puxei ao meu pai no físico. Nada pode ferir os meus pais e nem a minha família, eles são mais imortais que os tais Originais sei lá do que. Minha mãe disse que se enfiar uma estaca de carvalho branco no coração dum Original ele queima e morre. Estacas não funcionam nos meus pais e nem em mim, a raça deles é mais evoluída, mais potente. Eles veem mais, ouvem mais, correm mais rápido, são mais fortes e mais difíceis de matar. Ainda estou ouvindo ele.

—Ele?

—O tal homem da rua.

—Elijah.

—Isso. Fica ai.

—Ness?

Ouço a porta ser destrancada e abre de repente batendo com força. A duplicata estava com uma faca na mão e então perguntou apontando-a pra mim:

— Quem é você? O que você quer? Jacob te mandou?

—Não. Eu não sei quem é Jacob.

—Porque tá atrás de mim?

—Porque você me intriga.


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