Felicity Smoak

 Nossa noite foi difícil, Oliver chorava, levantava toda hora e ia até a janela. Quando conseguimos dormir era quase 04h, não falei nada estávamos lidando com a dor de um modo diferente, ele resolveu se fechar e eu ocupar a cabeça. Acordamos, arrumamos nossas coisas e fomos para a cozinha. Hoje voltaríamos para Starling, estavam todos sentados na mesa cumprimentamos e Marta aparece.

— Bom dia Sr. Queen, vim ver se precisam de ajuda com as coisas.

Oliver não responde só assente com um sorriso de canto.

— Bom dia Marta, acho que não vamos precisar de ajuda com as malas. Mas sobrou bastante comida, não conseguimos usar tudo, nosso final de semana foi agitado. Mas você pode levar para sua casa ok? – falo e ela sorri

— Eu trouxe um bolo de chocolate pra senhora espero que goste.

— Marta muito obrigada de verdade, mas não posso comer. Mas tenho certeza que a minha amiga ali – aponto pra Sara – come tudo. – Ela dá um sorrisinho.

— Não quero ser inconveniente, mas aconteceu algo? Nunca o vi tão abatido e triste.

Respiro fundo e olho pro chão.

— Perdemos nosso bebê. – Murmuro

— O meu Deus, eu sinto muito, me desculpe eu.. – A Interrompo

— Fica tranquila, estou te falando por que o conhece desde pequeno. Nós descobrimos que eu estava grávida no dia que chegamos aqui, tive um sangramento mas a médica disse que era normal no início da gestação. Ontem aconteceu a mesma coisa, só que com pontadas na barriga. Enfim, tive um aborto espontâneo.

— Não sei o que dizer senhora, meu Deus.

— Me chame de Felicity. – Falo e ela dá um sorriso de canto

— Ele está tão abatido. Vocês vão dar a volta por cima.

— Ele quer muito ter filhos, posso dizer que ele já tinha se apegado a essa ideia de ser pai. Pra mim foi um choque muito grande, pra ele então tá sendo difícil. Ele não sabe como lidar com a perda, vai levar um tempo. E Sim vamos dar a volta por cima, com certeza. – Dou um sorriso.

— Ele tem muita sorte de ter você, vão ser muito felizes e ainda vou ver os seus filhos correndo por aqui – Fala e nós rimos

— Obrigada, vai sim. Vai ter muita criança correndo por aqui ainda.

— Bom vou deixar você ir tomar café. Foi muito bom conhece-la, vai ser muito bom tê-la aqui conosco.

— Obrigada Marta, foi bom conversar com você. Espero vê-la mais vezes. – Ela assenti

Volto pra cozinha e só encontro as meninas.

— Ué cadê os quatro? – Questiono

— Oliver tomou um copo de suco e saiu, os outros foram dar uma geral no carro. – Thea dando um gole no suco

— Amiga vai conversar com ele, vou preparar um lanche pra vocês comerem no caminho. – Sara fala e assinto

— Obrigada, ah Marta fez um bolo de chocolate pode comer.

Ela dá pulinhos e saio da cozinha rindo. Encontro Oliver deitado perto da piscina, me aproximo devagar e me deito ao seu lado, respiro fundo penso em dizer algo mas prefiro ficar em silêncio. Ficamos uns quinze minutos na presença um do outro sem dizer nada, fecho os olhos por um tempo, quando abro viro o rosto na direção do Oliver que já estava me encarando com os olhos cheios de água. Meu coração se quebra em mil pedaços.

— Fel, me diz que isso vai passar logo – Fala com a voz embargada

Me levanto e o coloco deitado sobre minhas pernas, coloco as mãos em seu peito e faço carinho. Ele fecha os olhos e deixas as lágrimas escorrerem.

— Amor vai passar, você se apegou a essa ideia de ser pai tão rápido. E foi tirado, como se tivesse arrancado um doce de uma criança. Vamos precisar de tempo, vou estar aqui com você.

Ele se vira de lado e passa os braços em volta do meu quadril, passo a mão em seu cabelo.

— Eu te amo. – Fala, se levantando e senta de frente pra mim – Vamos tentar não vamos? Você ainda vai ser minha esposa né? – Solta em desespero.

— Oliver o que aconteceu? Parece que está me escondendo algo.

— Sei lá, me sinto culpado. Reagi mal com a notícia, você se estressou e tudo vem acontecendo desde então.

— Amor você sabe que não foi isso, não quero que se sinta culpado. Já conversamos sobre isso antes. Eu vou ser sua esposa sim e vamos tentar claro. – Nos beijamos por um tempo e paramos quando Sara nos grita.

— Gente está tudo pronto!

— Já vamos. – Falo e olho pro Oliver – Você promete que vai parar de se culpar?

Assenti sem jeito.

— Não quero mais te ver assim, lembra o que sua mãe falou? Temos um futuro pela frente, vamos nos casar e ter filhos. Você vai ser um ótimo pai tenho certeza disso, mas amor ele se foi, infelizmente – Escorre uma lágrima do meu olho – Eu te amo.

Ele me olha e se levanta, estende a mão, pego me levanto e ele me abraça. Dou um selinho, saímos de mãos dadas e vamos para a cozinha.

— Ei Ollie come fiz um lanche pra você, come. – Sara fala cautelosa e dá um abraço nele – Vai ficar tudo bem.

— Obrigado Sarinha, tô sem fome.

— Vou guardar então, você come no caminho – Falo e ele assenti

— Vou lá fora dar uma revisada no carro antes de sairmos.

— Ok.

Ele sai da cozinha e Sara me olha.

— Ele ta se culpando. – Solto e ela arregala os olhos

— O que?

— Exatamente.

— Gente dá onde ele tirou isso? Não faz sentido.

— Ele disse que foi por causa da reação dele e daí por diante começou essas coisas. Já conversamos sobre isso, ele vai esquecer aos poucos.

— Ai amiga, to me sentindo péssima agora.

— Nem pensar, já conversamos e ele se demonstrou um pouco melhor. Amiga nem pensar hein.

Ela respira fundo e assenti.

Terminamos de arrumar algumas coisas na cozinha. Oliver coloca as malas no carro. Marta vem se despedir da gente, e pegamos a estrada. Durante o caminho ele fica me olhando, coloco minha mão na sua nuca e fico fazendo carinho. Tiro um cochilo e acordo, estamos parados em um posto de gasolina. Oliver entra no carro e respira fundo, bebe um pouco de água e me olha.

— Quer? – Oferece

— Quero dirigir. – Ele revira os olhos e eu começo a rir. – Queria ver sua reação. – Ele dá um sorriso de canto.

O puxo para um selinho e ele retribuiu aprofundando para um beijo. Tommy aparece na janela do Oliver.

— Você é tão estraga prazeres – Falo fingindo estar chateada.

— Me desculpe senhores, mas vocês estão atrapalhando a passagem. – Solta irônico e Oliver abre um sorriso balançando a cabeça.

— Sai daqui Tommy, já vamos.

— Ô delicadeza. –  Fala saindo. Oliver me olha e puxa pra um selinho.

Tô olhando a paisagem pela janela, quando Oliver começa a falar.

— Você não acha que já podemos morar juntos?

— Sério?

— Sim. – Fala com olhar fixo na estrada

— Aonde? No meu apartamento ou no seu?

— Nenhum dos dois, vamos comprar nossa casa.

— O que?

— Sim, já vinha cogitando isso faz um tempo.

— Casa, casa mesmo?

— Sim, casa, casa mesmo – Fala com um sorriso.

— Tudo bem, mas você já vinha cogitando desde quando?

— Desde o pedido de casamento.

— Hum. Podemos morar juntos sim amor, precisamos ver isso certinho.

Ele sorri e assenti

— Vou ver durante essa semana. – Assinto

— Dorme em casa hoje? – Faço beicinho

— Ia te pedir isso. – Fala pegando minha mão.

— Amor, eu também estou machucada. Mas tento não pensar nisso, por que se não acabo chorando e você sabe que não é pouco. Estamos lidando em modos diferentes e não gosto de tiver assim, tenta ocupar sua cabeça, sai com os meninos, faz algo sabe. Não quero te ver remoendo isso.

— Te entendo. Ontem de noite enquanto vocês estavam na cozinha, fiquei observando e você automaticamente começou a alisar sua barriga. Ver aquilo me quebrou.

Meus olhos se enchem de água e viro pra janela.

— Vou precisar desacostumar, foi tão... – Me interrompe.

— Sim, mas espero que não demore para vir nosso próximo filho. – Fala passando a mão na minha perna com carinho.

— Também espero amor. – Ele dá um sorriso de canto e limpo a lágrima que escorreu.

Ele respira fundo, segura minha mão e continua prestando atenção na estrada. Vamos conversando durante o caminho e lembro de ligar pra minha mãe, pego o celular e disco o número dela.

— “Oi filha” — Fala com uma voz triste

— Oi mãe o que houve?

—“Felicity você bebeu? Tô sabendo já, Sara me contou. Mas preferi esperar uma ligação sua, achei que precisava de tempo”.

— Ah, pois é mãe.

— “Eu sinto muito bebê, chorei tanto. Não posso imaginar sua dor filha.”

— Nem queira mãe, mas vai passar. Me diz como você está?

—“Estou bem e Oliver como está?”

— Ele tá triste, chorou bastante. Posso dizer que está um pouco melhor, mas não 100%.

— “Tadinho, era o que ele queria né meu amor?”

— Sim, era sim.

— “Quer que a mamãe vai passar uns dias aí com você?”

— Não precisa mãe, vamos ficar bem. Essa semana vai ser um pouco corrida, eu e o Oliver resolvemos morar juntos, vamos sair pra procurar casas.

— “Ai que bom meu amor, qualquer coisa é só me ligar que eu pego o primeiro voo”

— Obrigada mãe.

— “Pensa no casamento e nos próximos filhos de vocês meu amor, isso vai passar.”

— Estamos tentando. – Oliver faz carinho no meu ombro

— “Estão voltando pra Starling já?”

— Sim, estamos quase chegando.

— “Ok, vou desligar então. Qualquer coisa me liga filha, manda um beijo pro Oliver”

— Ok mãe, beijos.

— “Beijinhos”— desligo o celular.

— Ela te mandou um beijo – Ele sorri

— Obrigado.

Depois de mais alguns minutos chegamos em Starling, Sara manda mensagem avisando que vai passar na casa do Ray e depois vão lá pra casa. Oliver para na frente do prédio, descemos do carro e ele pega as malas. Chegamos no apartamento ele foi pro quarto, vou na cozinha beber água deixo o copo na pia e vou pro quarto.  Ele está deitado no meio da cama de olhos fechados e braços abertos, abro um sorriso e caminho devagar até a cama, subo devagar em cima dele que começa a rir.

— Só aprontando né? – Pergunta sorrindo e segurando meu quadril

— Queria causar um pouco.

— Vem cá – fala batendo a mão no peito e me deito. Ele passa a mão nas minhas costas com carinho – Você está bem?

— Amor eu estou bem, fica tranquilo. Prometo não esconder as dores de você ok? – Ele assente

— Amanhã você tira o dia de folga.

— Nem pensar, não preciso.

— Felicity.

— Oliver não, eu preciso trabalhar. Preciso ocupar minha cabeça, se eu ficar aqui vou acabar cortando meus pulsos ou me jogando pela janela.

Ele sorri.

— Você não vai desistir né?

— Não, você sabe disso.

— Você precisa ficar de repouso, já que quer ocupar a cabeça, resolve algumas coisas da empresa pra mim aqui.

Reviro os olhos.

— Você tá esperando até hoje a resposta sobre a vice presidência né?

— Claro, mas não quis te sufocar com isso.

— Eu aceito.

Ele me coloca na cama e beija meu pescoço e se levanta rápido.

— Não podemos, não ainda.

— Oliver calma, eu to bem.

— Ainda não. Repouso lembra?

— Vai me deixar na seca mesmo? – Brinco e ele se mantem sério.

— Amor é pro seu bem.

— Ok, então fica deitado comigo. – Ele se deita e me puxa pra perto de seu peito. – Como você está? – Pergunto fazendo carinho no seu ombro.

— Me sentindo sufocado, nunca pensei que fossemos passar por isso. – Solta o ar dos pulmões

Não falo nada só faço carinho no seu cabelo e o beijo.

— Não fique preocupada comigo ok? Vou ficar bem.

— Oliver o que é isso? – Pergunto me apoiando sobre o cotovelo – Lógico que vou me preocupar, você era o pai dele e é meu noivo. Vou cuidar de você sempre. - Ele se vira e olha pro teto. – Estamos juntos nessa lembra? – Ele fecha os olhos, respira fundo e assenti.

Dormimos a tarde toda, me levanto e vou tomar um banho. Oliver me vê saindo do banheiro se levanta me dá um beijo e fecha a porta. Vou pra sala, assistir tv. Cait aparece bufando de raiva.

— O que houve? – Questiono

— Adivinha quem está na cidade?

— Não faço ideia.

— Iris – Revira os olhos.

— Veio atrás do Barry certeza.

— Trombei com ela na padaria, Tommy ficou no carro. Ela fez questão de me parar e falar que vai lutar pelo Barry. – Se joga no sofá

— E você?

— Falei que pode lutar, vai brigar sozinha. – Fala debochando e eu solto uma risada alta.

— Ai Cait, fala sério. Ela veio até aqui arrumar confusão? Perca de tempo.

— Se prepara, ela é uma das fanáticas pelo Oliver, acho que daria a vida por uma noite com ele.

— Ela que encoste nele, não é nem louca.

— Já to avisando, por que se ela fizer merda você vai ver que ele não teve culpa que nem dá última vez. E mais, sexta tem festa na Global, Tommy ia avisar amanhã mas pediu pra passar o recado.

— Vou dar corda pra ela, quero ver até onde ela vai. Maravilha, vai ser ótimo pra distrair o Oliver e eu também.

— Quero só ver. Como o Ollie tá?

— Melhorando, resolvemos morar juntos, ele quer sair essa semana pra procurar casa.

— Tommy me falou amiga, eles querem morar perto. – Revira os olhos sorrindo

— Cadê a novidade? – Questiono e ela ri

— Exatamente, mas acho ótimo vocês morarem juntos. Principalmente agora que ele precisa de você realmente.

— Pois é, mas você pode ficar aqui no apê sem problemas.

— Obrigada amiga. Tommy quer marcar a data do casamento pra daqui três meses.

— Sério? Ai que bom, já vai começar os preparativos. Essa semana vou com a Sara ver o vestido.

— Ela me chamou pra ir, não sei se vou conseguir, a empresa vai tá uma loucura.

— Imagino mesmo.

— Amiga – Fala se levantando e espreguiçando – Vou pro banho, necessito. Talvez o Tommy vem ai mais tarde.

— Ok, sem problemas amiga.

Sai da sala e fico pensando no que ela falou sobre a Iris ser fanática do Oliver, meu sangue ferve. Oliver chega na sala e senta do meu lado.

— O que tanto pensa?

— Amor preciso te preparar.

— O que houve?

— Iris.

— Quem é essa?

— Exatamente por isso, Cait me avisou que ela está na cidade. Ela é uma fã sua, das bem loucas.

— Sério que estamos falando sobre isso?

— Não diz que eu... - Me interrompe

— Ok, obrigado por avisar.

— Ela com certeza vai estar na festa da Global sexta, Tommy a convidou pensando que era minha amiga e das meninas. Não tenho nada contra, mas não sou amiga dela, só conhecida.

— Entendo. Fica tranquila, não vai acontecer nada. Aliás festa na Global desde quando?

— Cait avisou agora pouco. Amor to te falando tudo isso, por que vai ter investidores lá e vão querer falar com você e ela pode se aproveitar disso pra tentar algo.

— Ela pode tentar, mas a única que eu quero está aqui na minha frente. – Dou um selinho nele.

— Tá com fome?

— Um pouco – Fala fazendo careta

— Quer comer o que? – Falo me levantando

— Deixa que eu faço, fica ai.

— Oliver.

— Felicity.

— Você é teimoso.

— E você não fica atrás.

Nós encaramos de braços cruzados e começamos a rir.

— Vai logo antes que eu desista. – Falo rindo e ele cerra os olhos – ANDA OLIVER – Continua parado começo dar passos largos pra cozinha, passo por ele e me pega jogando no ombro. – ME COLOCA NO CHÃO EU VOU GRITAR! – Ele começa a rir –CAIT!!! SOCORRO, TÃO ME SEQUESTRANDO! AAAAH!! – Ele me coloca no sofá com cuidado, começa a rir alto e vai pra cozinha.

— FEL! – Cait aparece com uma toalha na cabeça

— Já me sequestraram e vão ligar aqui pedindo resgate – Solto sarcástica pela demora dela.

— Exagerada, o que houve?

— Oliver me pegou no colo, não quis deixar eu fazer algo pra ele comer. – Ela olha por cima do meus ombros e começa rir.

— Que bom que ele está voltando. É horrível ver ele triste.

— Sim, vai ser bom pra nós dois.

A porta da sala se abre com tudo e Sara aparece levantando os braços.

— Cheguei.

— Não sei como você tem essa porta ainda – Solta Cait

— Nem eu.

— Ei Ollie, o que tem de bom ai? – Sara pergunta

— To fazendo um sanduiche quer?

— Por favor, to comendo por três agora. – Fala e ele ri

— Ok.

— Amigas, eai?

— O que? – Cait questiona

— Nada – Eu e Cait começamos a rir

— Ray? – Solto

— Tá resolvendo coisas da empresa.

— Hum.

Oliver Queen

Chego na empresa e vou direto pra minha sala, enquanto o computador liga Jhon aparece.

— E aí cara bele... O que aconteceu?

Balanço a cabeça negando, solto o ar dos pulmões e me sento.

— Final de semana agitado e longo.

— Tenho tempo. – Fala se sentando no sofá

— Fomos passar o final de semana na casa de campo, no primeiro dia a Fel descobriu que estava grávida. Sara soltou isso do nada, reagi mal e ela se estressou. Conversamos, ela foi tomar banho e quando estava voltando começou a gritar sai correndo e ela estava sangrando. Fomos pro hospital e a médica disse que era normal no inicio da gestação, então fiquei mais tranquilo. No outro dia ela teve enjoo, perguntei se ela estava bem, ela disse que estava com pontadas mas estava bem, as meninas estavam na piscina e chamou ela pra conversar, do nada Cait me grita desesperada, chego perto dela e ela está sangrando e chorando. Fomos novamente para o hospital, levaram ela pra emergência e quando o médico voltou disse que ela teve um aborto espontâneo e precisaram fazer um cirurgia de emergência. – Termino de falar e ele se mexe no sofá.

— Cara, que barra. Não quero nem imaginar como você está se sentindo, não deve ser fácil mas e a Fel como está com tudo isso?

— No hospital ela chorou muito, mas conforme o dia foi passando ela foi tentando se manter forte. Ela não quer ficar pensando nisso e quer se manter ocupada, mas sempre pego ela passando a mão na barriga automaticamente. Posso dizer que ela está um pouco bem.

— Vai dar tudo certo pra vocês, vão vir outros filhos por aí.

— Pois é. Mas é engraçado a forma que nos apegamos tão rápido.

— É assim mesmo Oliver, uma criança muda muita coisa. Vocês pelo menos sabem de quanto meses ela estava?

— A médica tinha falado que era quase dois.

— Hum, ela não vem trabalhar essa semana então?

— Queria mas não deixei, ela tem que ficar de repouso. Mas não vai aguentar... – Sou interrompido

— Oi Dig. – Olho assustado pra ela

— O que você tá fazendo aqui?

— Eu estou bem amor e você? – Solta sarcástica e Jhon ri

— Amor é sério, falei que não era pra vir trabalhar essa semana. – Falo me levantando.

— Eu sei, não vim trabalhar, vim te ver. Oliver te avisei no começo da semana que ia sair com a Sara pra ver o vestido dela, bom hoje é quarta feira ou seja é hoje.

— Entendi – Vou até ela e dou um selinho

— Bom, só vim te ver mesmo e dar uma voltinha pelo meu local de trabalho.

Jhon solta uma gargalhada

— Isso que é gostar do trabalho – Solta rindo e dou um sorriso

— Posso dizer que sim Dig, bom meninos já vou indo se não a Sara me mata. – Me dá um selinho e acena pro Dig.

— Cuidado, qualquer coisa me liga.

— Pode deixar – Fala saindo da sala.

Me sento na cadeira novamente e Dig me encara surpreso.

— Realmente se você não tivesse me falado, nunca imaginaria que tivessem passado por isso. Ela não demonstra nada.

— Exato. Ela é muito forte, admiro muito isso nela.

— Cara vai dar tudo certo pra vocês, bom vou te deixar trabalhar e eu preciso resolver umas coisas na segurança também.

— Vai lá Jhon. – Ele assenti e sai

Vou para a reunião com o conselho, perguntaram se já tinha alguém para a vice presidência, disse que até a próxima semana apresentava, fizemos planejamento para o próximo ano. A Reunião terminou e já tinha passado do horário de almoço. Meu celular toca assim que saio da sala é Felicity.

— Tudo bem?

— “Amor calma, passei ai você estava em reunião. Ia te chamar pra almoçar ou comer alguma coisa”

— Aonde você tá?

— “Aqui no saguão.”

— Já vou descer, só vou deixar uns papéis na minha mesa.

— “Ok”— Desligo e vou na minha sala, aviso a Regina que vou sair pra almoçar.