Luz e Trevas escrita por Ice Cream


Capítulo 2
O abismo


Notas iniciais do capítulo

Olá sorvetinhos ^*^



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Os últimos raios solares inundavam o grande salão, banhando-o em dourado. Bem em seu centro, em destaque em uma parede branca e lisa, estava uma bela mulher pintada com traços leves, porém precisos, emoldurada em espirais de ouro. Ela parecia brilhar.

Dois homens observavam a pintura. Um mais alto e velho outro mais baixo e novo. Pai e filho absorviam os detalhes da mulher que havia desaparecido e deixado um enorme abismo em suas vidas. Amélie era seu nome, exatamente dois anos atrás suas vidas deixaram de receber o calor dela.

  Gabriel Agreste engoliu em seco, as palavras lhe amargavam a língua.

— Adrien, o que você faria para ter aquilo que mais ama de volta?

O garoto virou-se para o pai, suas sobrancelhas se juntaram.

— Por que esta pergunta tão repentina?

— Apenas responda.

Adrien olhou de volta para o retrato da mãe. Algo dentro de si começou a se remexer, suas entranhas sabiam que nada o impediria.

—Tudo, praticamente tudo.

Gabriel analisou o filho. Sua postura era ereta e determinada, seus olhos brilhavam. Era como se ele tivesse aceitado um desafio e estivesse indo cumpri-lo. Será que Adrien faria o desafio de forma limpa ou suja?

— Sua mãe é muito importante para mim... Para nós dois. Eu queria poder trazê-la de volta.

Gabriel pôs uma das mãos sobre os olhos, um nó se formava em sua garganta. Ele estava preste a implorar para Adrien parar de olhá-lo. Seus pensamentos o assombravam. Era praticamente um pelo outro. Ou ele preservava o que tinha ou ele trocava, porém ele queria os dois. Seu coração acelerava a medida que a voz do filho e lembranças diversas o invadiam.

— Mas, pai, não tem nenhuma noticia recente da equipe de investigação? Ou alguma pista nova? Mesmo que não haja temos que continuar...

— Adrien... - sua garganta estava seca, sua mão caiu do rosto- o seu... - era um passo para cair no abismo- anel... – e ele despencou.

Os olhos do garoto se arregalaram e um friozinho brincou na boca de seu estomago. Adrien cerrou o punho sentindo o anel entre os dedos. Não era a primeira vez que seu pai reparava nele.

— O que tem ele?- O loiro tentou soar indiferente

— Da onde você o tirou?

— B-bem eu comprei.

O pai o fitou por alguns instantes. Adrien gostaria de cruzar os dedos. A boca de Gabriel abriu novamente:

— Seu cabelo, seus olhos e seu sorriso são iguais ao de Chat Noir.

O loiro escutava seus próprios batimentos, eles retumbavam em seus ouvidos. O que deveria fazer? O que deveria dizer? Ele se sentia congelado, sua língua estava dormente. Ele ainda respirava?

O silencio foi mais do que suficiente, simplesmente denunciador. Isso ficou claro para ambos.

Os olhos verdes de Adrien tentavam achar os do pai, que por sua vez se concentrava na pintura. Ele queria confirmar que o pai estava brincando e poder levar na brincadeira também, mas o pai nunca brincava.

— Escute Adrien... Sempre fiz tudo pensando em você e em sua mãe- sua voz estava áspera e fria – quero que você entenda que, assim como você, faria de tudo para ter e proteger aquilo que amo.

Aonde aquilo chegaria? Talvez a morte por causa da queda do abismo. O filho permanecia calado.

— Me dê seu anel.

Aquelas palavras o descongelaram.

— Eu não posso.

Os olhos azuis encontraram os verdes. É, talvez ele não tenha morrido por causa da queda, mas chegado a outro abismo. A voz soou alta e firme.

— Me dê seu anel, Adrien! Eu sou seu pai me obedeça!

— E-eu não posso! Esse anel foi confiado a mim, eu não posso.

Os olhos de Gabriel se estreitaram. O peito de Adrien subia e descia, sua cabeça da voltas. Não entendia o que estava acontecendo. Precisava fugir, precisava fugir.

Seus olhos vagaram pelo salão até encontrar as janelas e depois se voltaram para o pai. Adrien se assustou. Havia se afastado do pai, talvez uns cinco passos, por impulso.

— Então- Um suspiro - terei que tirar de você a força- Mais outro pulo para dentro da escuridão.

Os olhos do pai nunca foram mais ameaçadores... Eles pareciam gelo. O mais velho começou a se aproximar do mais novo. O olhar do garoto se voltou para a janela e ele começou a se afastar devagar.

— Pai...

— Nooroo... - Uma pequena criatura roxa apareceu

Adrien arregalou os olhos. A criatura se assemelhava a uma borboleta.

— Um Kwami- o loiro sussurrou.

—... Transformar!

Borboletas negras voaram pelo lugar.


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Notas finais do capítulo

Eai o que acharam? muitos adjetivos? muito lento? muito pouco? muitos erros? Me conteeeeeem por favooooooor!!!!!!!!!
*não liguem pra minha loucura @*@



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