-Vocês perceberam que a Julie e o marco viram o tal símbolo antes de enlouquecer e se matar? – disse Carlos.

   -Ah me poupe Carlos, você ta querendo dizer que um simples símbolo deixou dois adolescentes saudáveis doidos? – retrucou Túlio.

   -Você tem outra explicação? – indagou cerrando os punhos de raiva.

   -Não, não tenho. Mas pelo menos não fico inventando hipóteses malucas.

   Carlos não sabia, mas estava prestes a pagar com sua vida o preço de uma curiosidade e forças do destino cobram os erros de vidas passadas. Olhos fixos na imagem. Em poucos segundos seu transe estava completo. De longe Paola e Túlio observavam e não queriam acreditar que perderiam mais um amigo e parente.

   -Túlio vem me ajuda. Não deixe que ele se mate também. Mamãe não vai suportar. Eu não vou suportar. – gritava Paola.

   -Vamos. – disse Túlio.

   Ambos foram em direção ao amigo, mas já era tarde. Da noite fria, restou a dor. A alguns metros de distancia os primos não puderam fazer nada. Carlos saiu do lugar e se atirou em uma enorme fogueira misteriosa. Queimou rapidamente... Em cinco segundos só restavam seus ossos.

   -NÃO!! – gritava Paola aos prantos. – Não Túlio, não. Eu vi meus dois irmão e minha prima se suicidarem, eu não agüento mais. Porque esse inferno ta acontecendo com a gente?

   -Calma prima. Eu também to nervoso, eu também passei e ainda estou passando pelo mesmo sofrimento que você. Eu sei como se sente. Mas só temos um ao outro. Temos que nos unir para sair daqui. Não podemos perder um ao outro.

   -Túlio... Será que meu irmão estava certo? Será que a sequência de mortes tem alguma coisa a ver com aquele símbolo misterioso?

   -Quando Carlos falou eu não acredite, mas confesso que agora to começando a achar que é possível sim.

   -Bom, então temos que ficar atentos e não ir mais aquele maldito lugar. Não podemos olhar aquele caralho daquele símbolo.

   -Tem razão.