Heartbeat escrita por nsbenzo


Capítulo 22
Epílogo


Notas iniciais do capítulo

Oie *-*
Boa leitura amores.



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P.O.V Katniss

— Eu não acredito que você me obrigou a fazer isso de novo. – reclamei escondendo o rosto na curva de seu pescoço, inspirando o cheiro de sua colônia.

Peeta soltou uma risada, enquanto acariciava minha cintura com as duas mãos.

— Você sabe que devíamos estar dançando, certo? – provocou.

— Vá se ferrar. – murmurei fechando os olhos e apertando seus ombros.

— Esqueci que você não é mais um doce de pessoa. – ele balançou seu corpo no ritmo da música, obrigando-me a fazer o mesmo.

Ergui a cabeça abrindo os olhos para encara-lo.

— Eu disse que você pagaria pelo resto da sua vida. – revidei abrindo um pequeno sorriso. – E afinal de contas eu estou tentando ser uma esposa carinhosa.

Peeta franziu o cenho e encarou o relógio em seu pulso.

— Estamos casados faz apenas algumas horas, e você já me xingou várias vezes. – acusou, me fazendo rir.

— Larga mão de ser idiota. – selei nossos lábios e me afastei.

Peeta sorrio subindo suas mãos por minhas costas.

— Um dia chegou a pensar que casaria duas vezes com a mesma pessoa? – perguntou.

— Na verdade nunca pensei que me casaria duas vezes. – respondi rindo baixo.

— Touché. – ele riu. – Mas você me enrolou bastante para casarmos pela segunda vez. – apontou.

— Foram apenas dois anos, Peeta. – rebati fazendo pouco caso. – E só casamos porque você insistiu muito. Por mim, morar com você já era suficiente.

— Claro que não. Não dá pra cancelar um divórcio, querida. Já te expliquei isso. – Peeta zombou, recebendo um tapinha no ombro.

Ele riu e se aproximou mais de mim.

— Vai dizer que está odiando ser uma Mellark novamente? – questionou.

— Não vi nenhuma vantagem ainda. – sussurrei, subindo as mãos até sua nuca.

— Na nossa segunda lua de mel, eu te mostro as vantagens. – sussurrou de volta, com os lábios a poucos centímetros dos meus.

— Dinda. – a voz infantil de Daisy me fez olhar pra baixo.

Ela chegara correndo, e agarrara me vestido.

— Que foi, meu amor? – perguntei soltando Peeta e a pegando no colo.

— Du ta coendo atas de mim. – falou mexendo as mãozinhas.

Olhei ao redor, e logo pude ver meu pequeno robozinho correndo em nossa direção com as mãozinhas estendidas.

Peeta riu da cena e foi de encontro ao nosso filho, pegando-o no colo.

— Que foi, Drew? Não consegue mais correr? – zombou, vendo Andrew movimentar suas perninhas tentando se livrar de suas mãos.

— Eizy meu. – Andrew resmungou esticando o corpo em direção a garotinha em meu colo.

— Não, Du. Feio. – Daisy mostrou a língua para ele, o que o fez repetir o ato.

— Daisy. Quando eu disse que você ensinaria algumas coisas a ele, não falava sobre atos mal criados. – Peeta comentou.

— Alguém amarre esses dois, por favor. – Annie chegou apressada parecendo cansada demais para respirar normalmente.

— Quero ver você cuidar dos dois ao mesmo tempo enquanto eu e Katniss vamos para Miami em nossa lua de mel. – Peeta disse para provoca-la.

— Eu não vou poder ajudar. – Ann ajeitou os cabelos com a mão esquerda, arrumando sua franja no lugar. – Vou pra Los Angeles amanhã. Minha primeira apresentação para Vogue, com a coleção de Outono-Inverno, por Annie Odair. – minha amiga mandou um beijo.

Soltei uma risada. Ao menos ela tinha me dado ouvidos, e se tornado uma estilista, que agora teria a chance de ser contratada por uma das maiores revistas de moda dos Estados Unidos.

— Nós vamos cuidar dos dois. – Madge disse aproximando-se, sendo acompanhada por Gale, que a abraçava por trás, repousando suas mãos sobre a pequena barriga de 4 meses da minha amiga.

— Vem com o tio. – Gale disse soltando Mad e estendendo as mãos para Andrew, que havia desistido de pegar Daisy e agora olhava para meu amigo, curioso.

Andrew jogou o corpo para frente, em direção a Gale. Peeta não disse nada. Apenas entregou nosso filho para o Hawthorne.

A relação entre eles não era algo perfeito. Porém sabiam conviver. Gale e Peeta jamais seriam amigos de verdade, isso eu tinha em mente, mas ao menos se respeitavam, e pra mim já era um ótimo começo.

— Alguém viu minha ruiva por ai? – Finnick perguntou se enfiando no meio da roda. – Ah. Achei. – sorrio, segurando a mão de Annie. – Precisamos ir.

— Pra onde? – Ann franziu o cenho.

— Aproveitar que o futuro casal Hawthorne vai cuidar de Daisy também. – respondeu já puxando Annie para longe.

— Alguém andou bebendo muita champanhe. – Peeta comentou, nos fazendo rir.

— Titi Elly. – a voz de Andrew nos chamou atenção.

— Oi, meu lindo. – Delly havia surgido ao lado de Gale, e já tomava meu filho de seus braços.

— Toma, Gale. Ela ta pesada. – aproveitei e entreguei Daisy pra ele, que não parecia se importar com seu peso.

— Ela está com sono, grandão. Melhor a levarmos pra dormir. – Madge comentou, segurando a manga da camisa do seu noivo, o levando em direção a casa.

— Finalmente apareceu. – Peeta falou se direcionando a Delly. – Achei que não viria para o casamento.

— Realmente não vim. Vim para a festa. – respondeu rindo, enquanto Andrew a abraçava pelo pescoço. – E foram apenas dois meses em Connecticut. Nada de especial. – deu de ombros.

— Nada de especial? E a visitinha que recebeu? – interroguei, o que fez Delly rir.

— Cato foi me ver. Como eu disse, nada de especial.

— Sabemos que não. – cutuquei, fazendo-a revirar os olhos e sorrir.

— Senti falta desse baixinho. – Delly voltou seus olhos para Drew que tinha encostado a cabeça em seu ombro.

— Com certeza ele também sentiu a sua. – Peeta respondeu, me puxando pra perto, para me abraçar por trás.

Delly sorrio.

— Gostei da casa nova. – comentou nos olhando. – Bem familiar.

— Estávamos cansados do apartamento pequeno de Peeta. – respondi. – E acho que o quintal é bem grande para o Andrew correr. – argumentei olhando em volta, onde estava ocupado com algumas mesas e cadeiras, e vários enfeites que Annie havia providenciado para nossa pequena festa de casamento. – Você pretende ficar por aqui? – perguntei.

— Sim. Estou voltando de vez para Nova Iorque. – sua mão acariciava as costas do meu filho. – Quero estar por perto da família. – ela sorrio.

— Todos queremos você por perto também. – sorri de volta. – E contamos com Cato para a próxima festa familiar.

Delly rolou os olhos, corando em seguida.

— Vou lá negociar Andrew com Gale e Madge. Quero ficar com ele amanhã. – falou desviando do assunto.

— Fique à vontade. – respondi. – Só me diga uma coisa. Você vai continuar trabalhando no Brooklyn? – perguntei.

— Cato me quer por lá. – disse distraída.

— Mas é claro que quer. – provoquei.

Delly me encarou, e soltou uma risada, negando com a cabeça.

— E vocês dois? Decidiram continuar parceiros?

— Apesar de Katniss não aprovar muito a ideia quando voltou a trabalhar, acabei a convencendo. – Peeta respondeu por mim.

— Claro. Ele servia apenas para me distrair. E depois da licença à maternidade, voltei decidida de que não o queria como parceiro. – suspirei. – Mas não consigo negar mais nada ao Peeta. – murmurei, fazendo ele e Delly rirem.

— Deve ser interessante. – ela ainda ria.

— Você não tem ideia... – comentei.

 

~||~

 

— Temos um grupo de assaltantes lá dentro, Peeta. – sussurrei tentando me desvencilhar de suas mãos.

— E daí? – questionou no mesmo tom, colando seus lábios nos meus.

Era difícil trabalhar com ele por perto. Peeta continuava a ser uma grande distração. A diferença é que agora eu me deixava distrair algumas vezes. Era arriscado, mas não nos importávamos quando estávamos juntos.

Era algo que ainda tentávamos nos adaptar. A falta que um fez ao outro durante o tempo que estivemos separados, parecia ainda estar presente o tempo todo, pois era difícil tentar ficar longe, por mais que algumas vezes fosse necessário.

O fato de deixarmos o passado pra trás e termos decidido continuar de onde havíamos parado foi crucial para o nosso relacionamento, que graças aos céus tinha se consertado magicamente, assim que nos demos conta que estaríamos juntos de verdade, e estávamos finalmente formando uma família.

Minha mágoa, raiva, e as crises que carreguei dentro de mim por tanto tempo, foram enterrados com tudo de ruim que havia nos acontecido, dando lugar a uma vida, que apesar de não ser perfeita, e muitas das vezes eu ainda querer bater em meu querido marido durante algumas brigas bobas, era a vida que eu sonhei por muito tempo. Era a vida que eu construí várias e várias vezes em minha mente e que eu achava que jamais seria realidade.

Porém era mais real do que eu imaginava.

Eu tinha Peeta. Eu tinha Andrew.

E agora, eu tinha um segredo que não aguentaria segurar para revelar apenas em casa.

Tiros foram ouvidos dentro do banco.

Eu soltei Peeta, recuperando meu folego com dificuldade.

Seus olhos azuis brilhavam e sorriam pra mim ao mesmo tempo, fazendo-me parecer uma adolescente apaixonada.

— Hora de entrar, querida. – Peeta falou, segurando o botão do seu rádio. – Atiradores de elite, em suas posições. Equipe tática, preparar armas. – ordenou.

— Tá se achando, só por ser o líder hoje, né? – provoquei.

— Claro. Só você quem mandava em tudo aqui. – ele riu.

— Tudo bem. – sorri. – Você fica lindo mandando em todo mundo. – selei nossos lábios.

— Vamos? – perguntou, me dando as costas, pronto para sair do nosso pequeno esconderijo, que ficava atrás do banco que havia sido invadido.

— Espera. – falei, segurando seu braço.

Peeta me olhou confuso. Mordi o lábio inferior.

— Está tudo bem? – perguntou.

— Sim. É que... – hesitei.

— Tem alguma coisa errada? – de confuso, Peeta passou ao estágio preocupado. – Eu fiz alguma coisa que você não gostou? Eu juro que...

— Eu estou grávida. – o interrompi, observando seu rosto, que havia congelado em uma expressão confusa. – Eu ia te contar hoje à noite durante o jantar, mas eu não aguento mais guardar pra mim. – expliquei.

Ele continuou parado de cenho franzido. Peeta piscou algumas vezes.

— Peeta? – chamei.

Ele não respondeu. Apenas voltou a colar meu corpo contra a parede. Seus olhos fixaram nos meus, enquanto em seus lábios surgia um lindo sorriso, que me fez sorrir também.

— Isso tudo é felicidade? – perguntei apoiando as mãos em seus ombros.

Peeta afirmou com a cabeça, antes de me beijar novamente.

Outros tiros foram ouvidos, fazendo-me empurra-lo.

— Comemoramos em casa. – comuniquei.

Ele continuou a me segurar no lugar, com os olhos brilhando.

— Eu te amo. – sua voz rouca trouxe um arrepio até minha nuca.

— Eu também te amo. – respondi, sorrindo. – Até a última batida do meu coração. – usei sua frase, o que o fez sorrir.

— Até a última batida do meu coração. – repetiu.

Aquela era uma nova promessa, que eu sabia que dessa vez seria cumprida.

Afinal, as batidas do meu coração pertenciam a Peeta Mellark, e eu tinha certeza de que as batidas de seu coração pertenciam a mim.


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Notas finais do capítulo

E foi isso amores.
Agradeço a todos que estiveram presentes por aqui, sempre lendo, dando review, favoritando e até mesmo aos fantasminhas que passam por aqui.
Agradeço do fundo coração por darem uma chance a essa fanfic.
Ficarei muito feliz se decidirem acompanhar a nova que comecei a postar.

https://fanfiction.com.br/historia/709821/O_Sol_em_meio_a_tempestade/

Beijos amores. E até logo ♥



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