A vida poder-se-ia dizer floresceu de dentro da terra. Gases emanaram através das crateras de vulcão, e se espalharam formando uma fina camada negra pelo chão. Gás carbônico na maioria. Enquanto condensava, se formou um carvão, que pouco a pouco foi endurecendo como pedra.

Com passar dos milênios, o carvão ficou duríssimo, e surgiram os diamantes. Num princípio da evolução, o chão da terra brilhava como uma pedra gigante, resplandecente, com milhões e milhões de diamantes estendidos como um tapete, que refletia à luz do Sol e brilhava tanto quanto ele. Esses diamantes originais da terra eram algo assim como células tronco capazes de originar qualquer forma de vida, pois havia uma alma latente em seu interior, pronta para sair, viver, e iniciar a transformação de todas as coisas.

Cada vez que um meteorito caía na Terra, os diamantes eram desintegrados aos milhares. Seus espíritos então ficavam vagando, girando, voando, como fadinhas encantadas, ou elementares (espíritos da terra) na espera de retornar a viver em algum lugar maciço. E como os meteoritos chegavam com migalhas de outros cantos do Universo, os espíritos de diamante penetravam nesses elementos desconhecidos, ocasionando a aparição  de novas formas de vida, algumas bem esquisitas.

Os primeiros componentes que os espíritos de diamantes conseguiram germinar foram às sementes. Matéria-prima de tudo que existia em outros planetas: - Capim selvagem, samambaias, quebra-pedra, que deram inicio à vida vegetal, como um segundo patamar da evolução. Esse mato espalhou-se, formou a camada de ozônio, e o ar ficou mais ameno, com uma rica mistura de oxigênio.

Durante milhões de anos, as árvores desse matagal cresceram, multiplicaram-se e morreram, deixando o chão coberto de folhas secas. Folhas que formaram uma camada de terra vegetal, ou esterco, por cima dos diamantes. Esterco que foi aumentando, engrossando, soterrando aos poucos as pedras preciosas, escondendo-as, deixando a superfície terrena menos luminosa. E esse matagal verde deu origem à umidade extrema. A Terra transformou-se numa sauna a vapor, cheia de fumaça. Nuvens de vapor que foram engrossando, aumentando, até formar as nuvens pretas carregadas de gotículas de água. E a chuva despencou de vez!  Choveu, e choveu, através de milhares de anos, formando rios e mares. Soterraram o mato das partes baixas, que foi formando um tapete verde de algas marinhas. Plantas que se nutriram do oxigênio que encontraram nas águas. Enquanto isso, os espíritos de diamantes, ou fadas, ou elementares, faziam a festa, pois o banquete estava ali na mesa. Havia milhões de componentes para penetrar, dar vida e começar a dançar.

E foi assim que nasceram os insetos da superfície, e o plâncton marinho.

Pequenas figuras submersas nas águas, e insetos na superfície. Milhões e milhões de insetos rastejaram, voaram, se fortalecendo, pois eles eram os únicos seres deste mundo. Havia seres de todos os tamanhos, gigantes, médios, minúsculos, e pequeninhos como as formiguinhas de hoje.

E os espíritos de diamantes evoluíram!  Nasceram borboletas, louva-deuses, cigarras, lagartas, e peixes. Nossa! O mar encheu-se de peixes. Peixes que também voavam, e que, um dia, rastejaram fora da água, e se transformavam em répteis. E a Terra desta vez cobriu-se de répteis. E esses répteis cresceram, mas cresceram tanto que colocou em perigo a evolução de todas as outras espécies.

Os dinossauros eram carnívoros famintos, carniceiros o tempo todo. E seu apetite voraz foi terminando com tudo, pois comia o que lhes cruzava o caminho, roedores, cobras, lagartos, ovos etc. Também o mato começou a secar, com suas pegadas gigantes, pois corriam por cima do vergel atrás de suas presas. Como acontece hoje com a criação de gado, quando a terra racha e os capins morrem. Não é à toa que a seca moderna está nos lugares com grande criação de bovinos e suínos.