Minha amada stalker escrita por Rainha dos Fantasmas


Capítulo 47
Alya e Nino mentem descaradamente. Corações agitados que precisam de pontos!


Notas iniciais do capítulo

*Como fazer meus súditos me perdoarem pela demora Google Pesquisar!*
E aí meus súditos? Tudo bom? Ok, eu sinto muito pela demora! Mas agora, sim, exatamente agora nesse momentos eu estou extremamente inspirada para escrever! Eu estou aqui ao lado de um dos meus livros preferidos ( A Seleção, peguei emprestado com minha amiga!) que está me servindo como uma boa fonte de inspiração! Se tiverem interesse, leia esse livro gente eu tenho certeza que não vão se arrepender! Mas, ok isso não tem a ver com o cap. vamos pra ele que eu sei que é isso que vocês querem! Nós nos vemos lá embaixo!



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— Hey Alya você tá legal? – Eu perguntei, estava na minha casa conversando pelo Skype com a minha amiga, nós estávamos organizando uma playlist para a próxima vez que fôssemos abrir o Miraculous Club, coisa que eu tinha obrigado eles a só fazer quando Adrien estivesse com a gente.

— Hein? – Ela perguntou meio distraída. – Ah sim eu tô ótima, só um pouquinho emburrada pensando naquele lance do trabalho de Literatura e tals.

— Ah, é tem isso. – Resmunguei. – Cara resumo do livro todo é foda, que bom que é em grupo.

— É, bom, vamos mudar de assunto! – Ela disse sem mais delongas. – Ah, que tal colocarmos aquela música do Shawn Mendes? “Stiches” o nome.

— Hum? Acho que não conheço essa.

— Ah para! Todo mundo conhece! – Ela falou. – É aquela assim:

E agora que estou sem seus beijos

Vou precisar de pontos

Estou tropeçando em mim mesmo

Sofrendo, implorando por sua ajuda

E agora que estou sem seus beijos

Vou precisar de pontos

Ela cantarolou a letra e eu comecei a me lembrar.

— Ah eu sei qual é! Muito boa, bem triste, mas muito boa! – Eu falei. – Quer saber, acho que eu vou querer cantar ela! Inclui no meu repertório?

— Pode deixar comigo miga! – Ela sorriu. – Bem, eu acho que já está bom por hoje né? Tá tarde. – Ela bocejou.

— Sério isso? Isso é oito horas ainda minha filha! – Eu reclamei.

— Eu tô cansada demais, minhas irmãs esgotaram minha energia com as brincadeirinhas delas hoje. Você não sabe como é ter irmã mais nova, é fogo viu? – Ela falou. – Aposto que você também era uma peste com a coitada Bridg.

— Meh, nada a ver! – Eu resmunguei mostrando a língua.

— Como está o seu tornozelo?

— Tá de boas, amanhã eu tenho certeza que já estou em perfeitas condições de correr uma maratona!

— Perfeito, mas não inventa de subir em árvores tão cedo hein? – Ela brincou bocejando de novo. – Sério, eu vou definitivamente ir dormir agora.

— Ok miga, vai lá, beijo! – Eu falei e ela só disse “Beijo!” antes de desligar a ligação.

Eu sentei na cama já pensando que não teria mais o que fazer naquele dia quando a minha irmã chegou toda afobada em casa. Ela tinha acabado de voltar da casa de uma amiga onde estava fazendo um trabalho da faculdade.

— Eu não aguento mais esse negocio não! Trabalho de grupo é muito ruim! Esse povo demente só passa uns trabalhos mó merda! – Ela começou a reclamar na minha cabeça sobre como queria que a faculdade acabasse de uma vez para ela seguir a vida em paz.

— Caramba, relaxa mulher, isso faz mal para o bebê. – Eu falei.

— Marinette me deixa ser estressada em paz! Eu tô muito cansada da vida! E amanhã eu ainda tenho esse lance com o Félix que tá me deixando mais nervosa ainda! – Ela deitou na minha cama.

—Ah, é verdade que tem isso aí mesmo. – Eu me deitei do lado dela. – Eu tô ansiosa também, ok? Tô com vontade de entrar na sua bolsa pra estar lá escutando toda a conversa.

— Cara, o estresse dessa semana te deixou pior que o normal hein? Esse lance de stalker tá implantado na sua mente brutalmente hein? – Ela riu.

— É sei lá, é foda não ter o Adrien pra espionar então vou descontar isso nos outros. – Eu resmunguei.

— Hum, isso aí é saudade demais. – Ela riu. – Vocês se amam taaanto! – Provocou e logo começou a cantarolar. – Com quem será? Com quem será? Com que será que a Mari vai casar? Vai depender, vai depender se o Adrien vai querer!

— Que Deus te ouça minha querida! – Eu brinquei. – Você é extremamente infantil! Eu não tenho vergonha dessas brincadeiras bobas.

— Nem se eu falasse isso na frente do Adrien? – Ela deu um sorriso malandro.

— Ah, aí é outra história! Nem brinque!

— Deixa de ser besta, é bem capaz de ele gostar e começar a cantar também! – Ela riu, provavelmente imaginando a cena.

— É claro que sim, conheço o menino! – Eu resmunguei. – Do jeito que é bem capaz de chamar meus pais logo em seguida e pedir a minha mão!

— Epa! Para com essa porra aí que tu não casa antes de mim não!!

— Quer apostar? – Eu ri. – Félix é tão enrolado que você praticamente teve que forçar ele a te namorar, imagina casar!

— Ah e a senhora que ganha um beijo e corre do garoto por uma eternidade, só pra depois ele te beijar de novo e você desmaiar?

— Ora, ora agora é assim? Vamos jogar as coisas na cara? Por que não fui eu que...

Então nós começamos a brincar de jogar os podres uma na cara da outra, no fim só acabamos concluindo que ambas estávamos na merda e só rachamos de rir pra não chorar mesmo. Brisgitte então simplesmente do nada reclamou que estava com desejo de brigadeiro e me obrigou a ir pra panela fazer o doce. Escutei da cozinha minha irmã que estava no seu quarto a cantarolar “Rockabye” e sorri pensando em que, mesmo estúpida do jeito que minha irmã mais velha era, ela seria uma boa mãe.

*

Eu passei a noite vendo filmes com a minha irmã na sala e comendo brigadeiro, sem querer nós duas acabamos dormindo por lá mesmo, meio emboladas no sofá de um jeito bem desconfortável. Acordei no dia seguinte com a minha mãe me chamando, eu estava desesperada por ter perdido a hora- vinte minutos atrasada! Sacudi Bridg tão depressa e com tanto desespero que ela pensou que tinha alguém morrendo ali, mas era só eu mesma querendo que ela me levasse de moto pra escola. Depois de todo o agito de me arrumar e correr- passamos uns trocentos sinais vermelhos, não façam isso em casa crianças!- pela estrada como loucas eu cheguei na metade da primeira aula. A primeira coisa que fiz quando a professora me deixou entrar foi conferir a presença de Adrien, não foi muito surpreendente ele ter faltado de novo, só angustiante mesmo. Preferi evitar de pensar nisso, mesmo que isso ainda estivesse na minha cabeça eu deixei mais para o fundo da mente, tentando focar em outras coisas. Cumprimentei Alya que, pra quem tinha ido dormir umas oito da noite, estava com umas olheiras fundas demais. Rabisquei um bilhetinho perguntando o que ela tinha, e só recebi um sussurrado “Estou bem.”. Eu me senti desconfortável, Alya estava claramente mentindo e pra ela fazer isso o mundo só podia estar acabando! Encarei Nino que estava meio virado pra trás olhando a namorada e ele só deu de ombros e balançou a cabeça negativamente como se dissesse que não sabia o que estava acontecendo com ela, mas eu sentia que isso era mais uma mentira. “Ótimo!” pensei com ironia “Meus amigos estão me escondendo algo, mais uma boa notícia para esse dia maravilhoso! Só coisa boa!”.

A professora me deu aquela encarada de “Eu sei que você não está prestando atenção na aula!” e eu fui obrigada a ficar encarando ela, mesmo que sem o menor interesse em entender o que ela estava falando ali. Vez ou outra durante as explicações eu escutava a morena ao meu lado soltar um breve suspiro, eu estava consciente de que ela também não estava prestando atenção na aula. Boas alunas, nós duas! Eu apoiei minha cabeça na mão e fechei os olhos por um instante, certa de que a professora não ia notar a minha tentativa de tirar um cochilo, mas assim que o fiz ela começou a falar:

— Mas como a turma parece interessada na aula hoje! – O sarcasmo impregnava sua voz. – Tenho certeza que alguém vai gostar de dizer pra classe a resposta da pergunta no quadro!

Burburinhos de desconforto percorreram a sala.

— Ninguém se propõe a falar? Vou ter que sugerir um nome por acaso? – A professora perguntou. – Muito bem, Mar-

— Eu quero falar! – A sala toda se virou na direção de Chloé que estava com a mão levantada, era impossível para eu acreditar que ela se ofereceu, quando a professora parecia prestes a sugerir o meu nome. Será que ela estava tentando me ajudar?  

— Ah, claro. – A professora concordou. – Diga.

— Muito bem. – A loira se levantou da carteira e pegou o pincel que estava nas mãos da professora e começou a escrever algo no quadro enquanto falava, explicando tudo tão corretamente de um jeito que a própria professora não teve como negar a autenticidade de sua resposta.

— C-certo. – A mulher disse recebendo de volta o seu pincel. – Parabéns, senhorita Bourgeois.

— Obrigada. – Chloé agradeceu e eu pude jurar que ela olhou rapidamente para mim, como se conferisse se eu estava prestando atenção aos seus atos.

Agora eu tinha quase que plena certeza que ela fez mesmo aquilo na intenção de me ajudar. Era claro que a professora iria perguntar pra mim, eu não saberia responder e ia passar vergonha, isso se ela não tivesse se oferecido. Eu me senti um tanto agradecida.

*

Durante o intervalo, que era quando eu pretendia prensar o casal Alyno contra a parede e perguntar o que estava acontecendo eu fui totalmente enrolada, eles ficaram desviando meu foco, falaram sobre terem reparado que Chloé tinha me ajudado, sobre as aulas chatas, sobre terem visto mais fotos da Alice no Brasil e qualquer outra coisa a toa, só para eu não poder os questionar. Durante esse tempinho eu tive a impressão de ter visto Chloé e Nathaniel conversando, a loura parecia prestes a vir na minha direção, mas desviou o caminho e foi para o banheiro feminino. Estranhei aquilo, pensei que não fosse coincidência e que ela quisesse vir falar comigo, talvez tivesse descoberto algo sobre Adrien...

Quando a aula acabou e eu tinha mais perguntas rodopiando na minha mente do que nunca, minha cabeça estava a todo vapor, mas por mais que eu tentasse não conseguia nenhuma resposta para as minhas dúvidas em relação ao comportamento estranho de três certos alunos- talvez quatro, se eu contasse com o Adrien também. Na saída da escola eu tive novamente a impressão de que Chloé queria falar alguma coisa comigo, mas ela simplesmente desviou de mim e entrou no seu carro indo pra casa sem me deixar nenhuma chance de lhe perguntar qualquer coisa. Alya e Nino foram outros que saíram tão rápido rumo ás casas deles que eu não tive oportunidade nem pra me despedir deles, nem pra tentar disfarçar que estavam escondendo alguma coisa os dois serviam, foi bem assim na cara de pau mesmo, belos amigos. Como eu estava sozinha resolvi ir pra casa de uma vez, não chamei minha irmã pra me buscar já que meu pé estava melhor.

Depois do almoço eu resolvi descer pra ajudar os meus pais na padaria por dois motivos: 1) Eu precisava de distração para minha cabeça cheia de perguntas que poderia explodir a qualquer segundo se eu pensasse mais, e 2) A minha irmã estava se arrumando para seu tão esperado encontro revelador com Félix, o que era tão desesperante que chegava a dar dor de cabeça pra quem ficasse perto dela, a garota ficava correndo pra todos os lados procurando “calça tal”, “sapato tal”, “batom tal” e quando não encontrava começava a xingar e reclamar com quem estivesse na sua frente, faltava pouco para ela bater em alguém, mas até que era um nervosismo compreensível.

Enquanto mexia a massa de um bolo eu não consegui mais evitar de pensar sobre como seria o tal encontro e o que Félix teria pra dizer a respeito de Adrien. Eu respirava fundo e tentava desviar minha mente de pensamentos ruins em relação ao meu namorado, mas era impossível! Será que ele estava bem mesmo? Poderia ser algo sobre isso que Chloé tentou me falar, talvez ela tivesse descoberto alguma coisa em relação a Adrien e não conseguiu me dizer de tão ruim que era o estado dele! Mas e Alya e Nino? Será que os dois sabiam de algo em relação a ele também? Tanta gente me evitando... Eu não sabia exatamente o que era, mas bom sinal aquilo não podia ser!

Eu me perdi tanto em tentativas frustradas de fazer teorias sobre aquilo que minha mãe veio perguntar se eu estava passando mal, por que a minha cara não era lá das melhores. Eu disse que estava bem, mas ela insistiu que talvez fosse melhor pra eu ficar com um trabalho mais leve e tranquilo e trocou de lugar comigo, eu fui para o caixa e ela pra cozinha. Mesmo que aquilo não tivesse nada a ver com os meus problemas, eu preferi deixar que minha mãe pensasse que eu estava me sentindo melhor lá atendendo as pessoas com um falso sorriso na cara, já que de preocupadas já bastavam eu e minha irmã naquela casa. E por falar nela, logo que eu pensei em seu nome a garota surgiu passando toda apressada indo buscar sua moto, só acenou brevemente para mim e colocou o capacete na cabeça, cortando a estrada com um rastro de poeira. Ela seguiu até seu destino em um estado de total determinação. Desejei boa sorte para ela mentalmente, sabia que nós duas íamos precisar seja lá o que fosse acontecer a partir dali. Eu estava ansiosa, meu coração me dizia que algo grande estava para acontecer, algo que fosse afetar muito as nossas vidas.


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Notas finais do capítulo

Tra-lá-lá~ Vocês não sabem o que vai acontecer e eu sei! Muahahaha eu estou me sentindo muito vilã agora! Vou botar fogo no circo! Ai ai...
Gentinha lindinha do meu core, o que acharam do cap? O que acham que vai acontecer agora? Me digam! Comentem! Eu sinto falta de comentários de certas pessoas que eu não vou citar nomes no ultimo capitulo, mas eles já sabem quem é :v Não estou cobrando (mentira, estou sim) mas eu senti muita falta de vocês então estou um pouco preocupada!
Mas enfim, galerinha linda, vamos paara a segunda temp de MLB! O que estão achando? Eu estou pirando! A cada ep um tiro!
Beijinhos e ~fui~ ♥



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