Alya

Marinette correu para salvar o cachorrinho, mas o carro a atropelou... O maldito nem parou pra prestar socorros, devia estar bêbado... Percebi que Marinette não se levantava e estava com os olhos fechados, me desesperei e comecei a chorar.

—MARI... MARI - eu a chamava, mas nenhuma resposta vinha da garota, apenas a respiração fraca.

Narradora

Uma multidão se juntou no local do acidente, Alya havia pedido para uma mulher ligar para a ambulância. O barulho da multidão chamou a atenção dos alunos, que resolveram olhar pela janela, viram apenas a ambulância, estavam preocupados, quem seria a pessoa? Adrien então notou que nem Alya nem Marinette haviam chegado se desesperou e correu para fora da escola, quando chegou ao local confirmou suas teorias... Marinette realmente havia sido atropelada... Adrien ficou com lagrimas nos olhos, porém não chorou.

—Alya... O que houve? – ele perguntava com voz trêmula

—SAIA DE PERTO DA MARINETTE... SAIA DA VIDA DELA AGRESTE – a garota estava descontrolada, chorava e gritava com o garoto que se assustou.

Ela entrou na ambulância para acompanhar Marinette, assim que entrou segurou a mão da amiga. Adrien sentiu- se horrível Alya nunca havia gritado assim, nem com ele nem com ninguém.

Adrien

Eu precisava ir atrás dela, me desculpar com ela, explicar tudo para ela... TUDO... Marinette não podia partir desse mundo sem eu me desculpar... NÃO PODIA. Posso estar exagerando achando que ela morrerá, mas... Morrer é uma das probabilidades. Não, não... Para de pensar essas coisas Adrien, a Mari não vai morrer né? Não vai...

Eu havia percebido que a amo, não quero que minha paixão morra assim... Mas, pera... Deixa disso Adrien, você ama a Ladybug... AHHHH seria tão fácil se elas fossem a mesma pessoa.

Bom, voltando ao assunto do acidente... Quando a ambulância se afastou um pouco eu sai correndo, precisava vê-la... Precisava ver meu amor.

Quando cheguei lá, vi Alya sentada e me sentei ao seu lado

—Oi... –Disse um pouco cabisbaixo

—É culpa sua... –Ela sussurrou

—Que?

—Culpa sua... CULPA SUA – ela gritou

—Que? Por que culpa minha?

—Se você não fosse tão babaca, não teria falado aquelas coisas para a Marinette... E ai, ela não choraria todos os dias por meses, não entraria em depressão...  Eu a fiz sair daquele inferno que a machucava, e ai... Você brota do além com aquele sorriso, a machucando ainda mais. Marinette ia te pedir desculpas e você fala que a odeia. VOCÊ SABE O QUE É ESTAR EM UM BELO DIA COM SUA AMIGA QUANDO DE REPENTE ELA VÊ UMA REVISTA DE MODA E DECIDE DAR UMA OLHADA, MAS... ADIVINHA QUEM É O MODELO DA CAPA? SIM, EXATAMENTE, O CARA QUE ELA AMA. E AI, ESSE PASSEIO LINDO SE TRASNFORMOU EM ALGO TOTALMENTE DIFERENTE, ELA CHOROU POR HORAS AQUELE DIA... ELA IA TE ESQUECER. NÃO... ELA HAVIA TE ESQUECIDO, QUERIA QUE VOCÊ CONTINUASSE NAQUELA DESGRAÇA PARA ONDE VOCÊ HAVIA IDO – Alya gritava e me xingava, não pude negar, era verdade... Foi tudo minha culpa...

—De... Pressão? –Eça havia ficando em depressão pro minha causa.

— Alya Césaire?! – A enfermeira chamava Alya, a mesma se levantou. – A Marinette esta bem

—Posso vê-la?

—Claro, venha comigo. – Eu ia me levantar quando Alya segurou meu braço

—Adrien, vá pra casa, por favor...

Pelo jeito deveria conseguir sua confiança ao poucos, e aquele não era um bom momento.

—Alya, percebi que amo a Mari, me importo muito com ela, me mantenha informado Okay?

—Adrien... – Ela sorriu pela primeira vez desde que me viu – Pode deixar.

Sai do hospital e fui para casa. Chegando na mesma, subi para meu quarto e cai com tudo na cama esquecendo que Plagg estava em meu casaco e acabei o esmagando sem querer.

—AI ADRIEN –ele reclamou – ISSO MERECE UM CAMEMBERT

—Ai Plagg, relaxa ta. – dei risada e entreguei o Camembert para ele. Eca, como ele pode gostar disso?

Marinette

Acordei sem saber onde estava... Só me lembrava de ser atropelada e... É ISSO... Eu fui atropelada e desmaiei, provavelmente estava no hospital. Estava respirando um pouco mal, talvez pelo motivo do carro me acertar bem onde ficam meus pulmões.

—Mari...? –Era a voz da Alya. A olhei e sorri, a mesma retribuiu.

—O-Oi... Alya.

—Louca, quer me matar do coração. – Seus olhos... Estavam vermelhos... Ela estava chorando?

—Desculpa... –Eu abaixei o olhar

—Ei calma, era brincadeira - Ela me olhou séria.

—Você chorou, desculpa.

—Ta tudo bem Mari – ela sorriu de novo, logo pegou o celular e começou a escrever uma mensagem de texto.

—EIII Eu acabe de sofrer um acidente... ME DÊ ATENÇÃO – fiz bico, fui me sentar e acabei tossindo um pouco, alia me deitou novamente com um sorriso.

—Ai que carência –demos risada – to avisando que você ta bem

—Avisado quem?

—O serumaninho que gosta de você, ora. –ela deu risada e eu fiquei pensando quem fosse.

—O Adrien...

—QUE???? –me surpreendi, ele falou que não me amava e agora... Pera. Que?

—Escuta isso – ela me mostrou uma gravação- “Alya, percebi que amo a Mari, me importo muito com ela, me mantenha informado Okay?” – eu paralisei e corei.

—V-V-Você acha que... Eu... Deveria falar com ele?

—Você sente raiva dele... Mas queria abraçá-lo ontem...

—Ele é meu melhor amigo, mas... Ele me magoou muito Alya.

—Então pronto. – a olhei sem entender nada. – Você disse que ele a magoou então, espere ele lhe dizer o que sente, ou espere você entender seus sentimentos e vá falar com ele quando achar que esta pronta Okay?

—Okayy – sorri e demos risada

—E me escuta, não corre pro meio da rua nunca mais ta?

—Meu corpo se mexeu sozinho

—Você tem um coração muito bom Mari – Ela sorriu e nos abraçamos.

Adrien

Estava no quarto quando recebi uma mensagem, peguei o celular e desbloqueei o mesmo, quando vi a mensagem pulei da cama.

—ELA TA BEM, ELA TABEM PLAGG – Plagg ria da minha alegria, mas eu não ligava, eu definitivamente não ligava, estava feliz demais pulando e gritando no meu quarto. -Eu vou falar pra ela... É eu vou... Vou dizer que a amo, e explicarei toda a historia para ela, e ai... Ela vai entender, vamos namorar. Ter dois filhos... Não... Três filhos e ai, viveremos felizes para sempre.

—Awn que bonitinho, parece uma menina imaginado o futuro com a pessoa que gosta. –Plagg tirava uma com minha cara

—Idiota – taquei o travesseiro na cara dele e dormi... Muito feliz