Naquela mesma noite, Adrien foi para Inglaterra. Ficaria lá por dois anos, dois anos de sofrimento para Marinette.  A Heroína tinha dificuldades em lutar contra os Akumas, já que Chat lhe ajudava, e ele de repente sumiu, o que a deixava mais aflita. “Foi porque ele me escutou dizendo que o amava, foi tudo culpa minha” era o que pensava nossa heroína, que por conta desse sentimento de “culpa” entrou em depressão... Exatamente, a garota ficou meses sem sair de casa. Só saia para lutar contra os Akumas.  A única que a via, naquele estado, era sua amiga Alya... “Mas tia Yume, como assim ‘estado’?” vocês devem estar se perguntando né? Bom, a garota não saia de sua cama, estava ficando anêmica, pois não comia... Seus pais levavam comida, mas ela não comia. A garota tinha uma cara horrível, Alya odiava ver a amiga naquele estado. Marinette sempre falava o que estava sentindo quando conversava com a amiga.

—Quer saber? Eu cansei Marinette, cansei de te ver sofrer assim por alguém que não merece nem suas lagrimas, muito menos seu sorriso. Levanta dessa cama, se arruma e vem pra escola, você ta perdendo muito conteúdo. E coma direito senão eu te bato, me entendeu?

Depois desse banho de realidade, que Marinette recebeu, ela decidiu que não sofreria por Adrien, não mais. Levantou-se, tomou um banho e se arrumou, olhou Alya e sorriu.

—Me passa as matérias?

—Claro, boba – sorriu e abraçou a amiga que retribuiu

Quando a menina chegou na escola se sentiu desconfortável, todos a olhavam, achou que seria julgada, porém, ela foi recebida muito bem, todos a abraçaram, a garota quis chorar.

Dois anos depois

Marinette tinha dezessete anos, estava indo por seu primeiro dia de aula do terceiro ano do ensino médio. Encontrou Alya na frente da escola e a abraçou forte. Entraram na sala e todos se cumprimentavam felizes, Alya e Marinette se sentaram em seus lugares, as duas conversavam bem, até ouvirem uma voz grossa.

—Oi Marinette...

A garota se assustou, conhecia aquela voz, quando se virou, viu aqueles olhos verdes e aquele sorriso, que lhe irritava. A garota sentia raiva de Adrien, muita raiva... Ela sofreu por muito tempo por culpa dele.

—Oi Adrien – Alya disse, logo olhou Marinette, que olhava para baixo, seus olhos lacrimejavam, queria abraça-lo, mas não conseguia, se sentia magoada. –Nos deixe em paz ta? – ela disse percebendo a cara da amiga, o garoto se assustou e sentou ao lado de Nino.

—Eaí Rapaz - Nino sorria, ele e Adrien bateram os punhos.

—Adrien meu lindoo – Era Chloe, ela iria abraça-lo se ele não tivesse se esquivado.

Marinette não aguentava mais, queria ele fora de sua vida, mas ele voltou... Marinette se sentiu desconfortável naquela situação e saiu da sala o mias rápido que pode, ia chorar, por saudade talvez? Ou seria raiva?

Adrien estava conversando com Nino, quando Marinette saiu da sala, seus olhos lacrimejavam, ele se virou para Alya que o olhava com raiva, ele ia atrás dela, mas Alya o segurou.

—Saia da vida dela Adrien... -Ela falou com um tom frio, abaixou a cabeça e foi atrás da amiga, sabia pelo o que ela havia passado, não queria vê-la naquele estado novamente... Dessa vez iria cuidar da amiga e mantê-la longe do jovem Agreste.

Marinette se sentia fraca, cambaleava pelos corredores da escola, queria sair de lá o mais rápido possível. As lagrimas, que antes segurava, deixou rolar pelo seu rosto. Sentia medo, muito medo... Mas, medo do que? De se magoar, de se apaixonar novamente por Adrien, de ele sumir novamente, mas... O que ela tinha mais medo era de entrar naquela maldita depressão de novo... Sabia que ela não era a única que sofria enquanto estava em depressão, sabia quantas pessoas se preocuparam com ela... Não queria aquilo nunca mais. O culpado disso? Adrien Agreste... Maldito Adrien Agreste.

—Marinette... –Alya segurou o braço da amiga que estava preste a cair. – Eu te levo pra casa ta bom?! –Colocou o braço da amiga envolta de seu pescoço e foi levando a garota até sua casa... Marinette estava fraca, era fácil de perceber, ver Adrien... A deixou daquele jeito.

Quando chegou em casa, os pais e Marinette não estavam, Alya sabia onde eles deixavam a chave quando saiam de casa, ela pegou a chave, abriu a porta e levou Marinette para seu quarto. Alya deitou a garota na cama.

—Mari, ta bem? – A garota respondeu com um sinal negativo feito pela cabeça. – Ah Mari - Alya abraçou Marinette que a mesma retribuiu. – Não vou deixa-lo chegar perto de você. – Marinette sorriu, pela primeira vez desde que encontrou Adrien.

Naquele dia, nenhum dos alunos viu Alya e Marinette. Eles se preocuparam um pouco, mas logo Alya ligou para Nino avisando que estava tudo bem e que Marinette precisava de descanso, pediu para o Namorado... Isso mesmo N-A-M-O-R-A-D-O... (farei um especial logo, logo contando esse fato histórico) para passar as anotações para ela, assim faria. Porém Adrien parecia um pouco mal, sabia que metade disso era culpa dele. Magoa a amiga e depois volta como se nada tivesse acontecido. Com certeza isso causaria algum dano a Marinette, sentiu falta do sorriso dela, da voz dela, do cheiro dela... Sentiu falta dela por dois anos, fazia de tudo apara não esquecer aquele rosto sorrindo e...

“Não, espera...” Pensava Adrien, ele estava com um sentimento estranho dentro dele, algo que jamais sentiu pela amiga, Não era medo, muito menos ódio... Aquilo que sentia era... Amor?

No dia seguinte

Marinette

Acordei com Alya ao meu lado segurando minha mão, ela estava dormindo, percebi então que aquilo não era um pesadelo... Porém, senti que o dia seria ótimo. Acordei Alya, estávamos atrasadas. Nos arrumamos e saímos para a escola correndo. No caminho, vi um cachorrinho na rua... E um carro vindo em alta direção. Sem pensar duas vezes, corri para o meio da rua e empurrei o cachorrinho, que, por sorte não se machucou, porém eu... Vi o carro vindo em minha direção e depois... Já não via mais nada... Havia desmaiado.