Broken Heart escrita por AustenGirl


Capítulo 16
Sacrifício


Notas iniciais do capítulo

BOA NOITE GENTE LINDA TUDO BEM COM VOCÊS?

Eu espero que sim, e espero que ainda tenha alguém por aqui! rsrs

Primeiramente desculpas pela demora! Estou em uma correria ultimamente, mas prometo que não vou abandonar vocês! Agradeço imensamente o apoio de vocês, isso é fundamental!

Bom hoje teremos mais um pouco de Guerra total (estou nervosa com isso) kkk Eu
acho que não sou muito boa com cenas de ação, mas mesmo assim espero que gostem! rsrs

Uma boa leitura para vcs! ♥ Nos vemos nas notas finais! ♥



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A decisão foi tomada há muito tempo. Antes de nos conhecermos, quando éramos desconhecidos que teriam se cruzado na rua antes de o mundo acabar. E agora somos tudo uns para os outros.

Você estava encrencado.

Estava acuado.

Glenn não te conhecia, mas te ajudou.

Ele se colocou em perigo por você.

E isso começou tudo. De Atlanta à fazenda do nosso pai, à prisão, até aqui. Até este exato momento. Não como desconhecidos. Como família. Porque Glenn escolheu ajudá-lo naquele dia há muito tempo. Essa foi a decisão que mudou tudo. Começou com vocês dois e cresceu englobando a todos nós, para nos sacrificarmos uns pelos outros, para sofrer e aguentar, para se angustiar, para dar, para amar, para viver, para lutar uns pelos outros. Glenn tomou a decisão, Rick. Eu só segui os passos dele.”

Beth ouvia aquelas palavras da sua irmã, e elas tocavam fundo no seu coração.

Olhava ao seu redor e o que eu via eram pessoas motivadas, não importava de que comunidades fossem, todos estavam decididos a lutar, e se fosse preciso morrer uns pelos outros.

Alguns dali Beth já conhecia a muito tempo, porém não lembrava nitidamente de todos eles... Outros ela conheceu naquele dia, mas isso não era tão importante, pois lutando junto com aquelas pessoas, Beth se sentiu-se viva.

Todo o tempo em que ela viveu no Santuário de Negan, ou mesmo no Grady Memorial, ela se sentia como se fosse uma sombra, talvez um fantasma da garota vivaz que ela foi um dia e era retratada nas páginas do seu diário. Embora ela não fosse mais aquela garota, ela se sentia bem próximo disso. Agora ela novamente tinha um ideal pelo qual lutar e ali com aquelas pessoas ela sentia como se tivesse achado o seu lugar no mundo. Beth, assim como os outros, faziam parte de um todo, eram como fortes colunas, que  juntas sustentam um só prédio.

Depois do discurso de Maggie, os líderes das comunidades em companhia de mais algumas pessoas, se reuniram brevemente para estabelecer um plano de ataque.

A ideia era levar a guerra até a fábrica dos salvadores. Primeiro tentariam um acordo, visto que dentro da fábrica haviam vários trabalhadores, pessoas inocentes, que eram subordinados de Negan. Se o acordo não funcionasse eles tinham o plano B, que seria emboscar os Salvadores dentro da fábrica, usando para isso uma horda de zumbis, e em seguida destruir os postos avançados.

Todos os guerreiros foram distribuídos em ônibus e caminhões para irem até o santuário, com exceção de Maggie e um pequeno contingente, que ficariam em Alexandria para cuidar dos que haviam ficado feridos na primeira batalha.

— Beth... Eu quero que fique aqui junto com a sua irmã? - Daryl ordenou segurando-a pelo braço antes que ela entrasse no ônibus.

— Não! - Respondeu ela de imediato soltando-se dele. - Eu vou para essa maldita guerra.

— Você sabe que pode morrer? - Disse ele encarando-a.

— Claro que eu sei! - Respondeu ela com firmeza. - Todos aqui podem morrer... Por isso que eu vou... A minha vida não vale mais do que a de ninguém aqui! Se eles lutarem, eu vou lutar...

— Garota... Você está querendo me enlouquecer? - Vociferou ele com um rosnado, furioso com a insistência dela.

— Daryl... Eu preciso ir! - Insistiu ela pontuando as palavras para dar ênfase.

— Mas que droga de teimosia garota!

— Daryl para com isso! - Suplicou ela olhando-o nos olhos. - Para de tentar me proteger, quando eu não preciso de proteção! Você não pode me impedir de lutar!

Daryl murmurou um palavrão qualquer. Ele não sabia como lidar com aquilo.

— Eu não vou morrer Daryl! - Falou ela com calma. - Eu prometo! - Disse ela tocando levemente os braços dele que se esquivou.

Daryl não estava nem um pouco contente com a impertinência de Beth. Ele negou algumas vezes com a cabeça sem saber o que dizer ou fazer para demovê-la dessa decisão, porém antes que ele dissesse algo, o motorista ligou o ônibus e ela entrou nele. Ele foi logo atrás, mas não sentou-se ao lado dela, pois estava furioso pelo fato de ela estar ali.

Beth por sua vez estava triste, pois o que mais desejava era a compreensão da parte dele.

Carol que estava no mesmo ônibus percebeu a discussão dos dois e viu quando cada um sentou em um canto do ônibus. Ela estava sentada ao lado de Ezekiel, mas pediu licença a ele para ir falar com Beth, que estava sentada para o lado da janela, com a cabeça encostada no vidro.

— Posso me sentar aqui? - Perguntou ela para a garota apontando para o banco vazio ao lado.

— Claro...

— É muito corajoso da sua parte estar aqui! - Disse Carol olhando para Beth.

— Ãh... Obrigado Carol... - Beth respondeu um tanto sem graça pelo elogio inesperado.

Ela tinha algumas lembranças referentes a Carol, da época da prisão e mesmo da fazenda, e pelo que ela se lembrava as duas se davam bem.

— Nós duas quase nem tivemos a oportunidade de conversar ainda... Mas saiba que eu fiquei muito feliz por você ter voltado...- Carol falou amigavelmente.

— Também estou feliz por estar de volta...

— Sabe Beth... Eu vejo muito de mim em você... - Continuou ela e Beth franziu as sobrancelhas sem entender.  - Eu me lembro bem de como você era na época da fazenda do seu pai... - Carol apressou-se em explicar. - Nós duas éramos fracas... Acho que ninguém apostava na gente. - Falou ela com um sorriso divertido e Beth também soltou um riso fraco.

— O que eu quero dizer, é que nós nos tornamos fortes... Nós nos adaptamos... Você é forte Beth! - Continuou ela com ênfase e segurou os braços de Beth, como se estivesse pedindo atenção. - Não deixe que ninguém, nem mesmo o Daryl te convença do contrário.

Os olhos de Beth se encheram de lágrimas com as palavras de Carol. Ela sentia que precisava ouvir aquilo.

— Obrigado de verdade Carol... Isso significa muito pra mim!

— Não precisa me agradecer... Eu quero que você lute! - Falou Carol e deu uma pequena pausa. - Beth se eu tivesse tido a oportunidade de criar a Sophia nesse mundo, eu gostaria que ela fosse como você! Eu me orgulho de você!

As duas se abraçaram fortemente. Depois disso Carol voltou para seu lugar ao lado de Ezekiel.

Daryl estava no fundo do ônibus e observou a cena entre as duas. Viu como a garota ficou contente em receber apoio e compreensão da parte de Carol.

Beth era a garota dele, ele sentia que deveria apóia-lá, mas não conseguia fazer isso pois tinha medo de perde-lá.

Estava perdido em um grande paradoxo. Era difícil para ele aceitar que ela não precisava ser protegida por ele. O que ele queria era colocar Beth dentro de uma bolha, e assim ela não se machucaria nunca mais, mas, ao mesmo tempo, sabia que não podia impedi-la.

Ao ver sua garota com a cabeça escorada no vidro do ônibus, preparada para lutar, Daryl se deu conta de que o que poderia fazer por ela, era apoia-la. No mesmo instante ele levantou de onde estava e sentou-se ao lado dela.

Ele nunca foi bom com as palavras,  e Beth sabia disso, porém o fato de ele ter ido até ela, e a expressão dele, indicavam que ele estava com. Beth então lhe deu a mão, entrelaçando seus dedos e deu-lhe deu um selinho carinhoso, como um agradecimento pelo fato de ele estar ali. No mesmo instante o arqueiro aprofundou o beijo, sem se importar que haviam mais pessoas dentro do ônibus para vê-los, pois antes de sair para aquela guerra, queria ter o gosto dela gravado na sua boca para guardar cada detalhe daquele momento.

— Não Daryl... - Pediu ela afastando-o. - Não vamos nos despedir... Nós dois vamos voltar... Você promete?

— Prometo... - Falou ele. Tinha plena consciência de que não estava inteiramente nas mãos dele cumprir aquela promessa, mas não hesitou em fazê-la. Se fosse para deixá-la tranquila ele prometeria qualquer coisa que ela pedisse.

Ambos continuaram em silêncio, apenas de mãos dadas, até chegarem a fábrica.

Assim que os veículos pararam, Rick subiu em um dos caminhões e com um megafone passou a chamar Negan. Logo o líder dos Salvadores apareceu em uma plataforma acompanhado por alguns de seus homens.

— Eu quero propor um acordo Negan! - O ex-xerife falou, e pode ser ouvido por todos os Salvadores. - A partir de hoje não daremos mais nenhum suprimento a vocês... Seremos livres... E em troca, não lutamos contra vocês!

Negan então soltou um riso de escarnio.

— Rick... Você falando desse jeito, eu quase fiquei com medo! - Falou ele debochado. - Você não cansa de perder para mim Rick? Você acha mesmo que esse seu exército é capaz de me vencer Rick?

Rick então o encarou, apoiou o corpo em uma das pernas e balançou a cabeça em negação.

— Eu não acho que somos capazes... Eu tenho certeza! - Disse Rick sem recuar.

— Ah Rick... Você tem razão! Seu exército é enorme... O problema é que esse exército não é seu! - Negan falou e então fez um sinal para seus homens que em seguida trouxeram Gregory até a plataforma.

Era visível na expressão de Gregory como ele estava amedrontado ao lado de Negan. A covardia estava estampada em sua testa.

— Eu fiz um acordo com o Negan! - Disse ele olhando para os cidadãos de Hilltop que estavam entre os guerreiros. - Nós agora somos parte dos salvadores... Teremos tudo o que precisamos, sem dever nada... - Continuou ele. -  Suas famílias estão seguras em Hilltop, pois somos Salvadores agora! Basta voltarem para casa e desistir dessa idéia absurda de guerra e quem não desistir... Não vai mais ter uma casa para a qual votar.

A proposta dele era preocupante, pois cerca de um terço do exército era formado por cidadãos de Hilltop. Se eles desistissem, o exército ficaria em grande desvantagem. Contudo apenas sete pessoas desistiram de lutar. O restante permaneceu onde estava, pois não queriam ser salvadores.

A expressão de Negan que antes era de confiança, logo mudou para uma expressão, já que a sua carta na manga que era Gregory havia falhado. Com os ânimos alterados, o líder dos Salvadores empurrou o líder de Hilltop ao chão e o atacou a chutes e socos.

Neste momento Rick decidiu que era a hora do plano B, já que a tentativa de acordo não havia dado certo.

Ao sinal dele, todos iniciaram uma troca de tiros contra os Salvadores. Negan então pegou um comunicador via rádio para chamar reforços dos postos avançados. Antes que ele fizesse isso, Ezekiel ordenou que seus homens atirassem contra os vidros da fábrica.

Isso fez um grande barulho e assim conforme o plano, a grande horda de zumbis que estava ali perto foi atraída até lá. A troca de tiros prosseguiu por alguns minutos, até que a horda chegasse perto o suficiente.

Quando isso aconteceu o exército voltou para os ônibus e caminhões, para então iniciarem o ataque aos postos avançados. Logo que entrou no seu ônibus, Beth viu que o portão da fábrica estava bem fechado.

— Isso não vai funcionar! - Beth gritou devido ao crescente barulho de tiros.

— O que? - Perguntou Daryl que estava próximo a ela.

— Se o portão não for quebrado não vai funcionar! - Exclamou ela e então saiu do ônibus e correu em direção a um carro que estava próximo ao muro dos salvadores. Daryl também desceu do ônibus e foi ao encalço dela.

— O que você vai fazer? - Daryl gritou segurando-a pelo braço.

— Me deseje sorte Daryl! - Ela disse e o beijou, mas logo se afastou dele.

Beth voltou a correr em direção ao carro e Daryl foi atrás dela para impedi-la mais ela foi mais rápida e fechou a porta do carro antes de ele alcançá-la.

— Não Beth! Droga! - Gritou ele socando os vidros do carro para que ela saísse, mas ela não lhe deu ouvidos. Beth não queria deixá-lo, mas sentia que precisava fazer aquilo pelo bem de todos.

Sem sacrifícios, não há vitória!”, pensou ela e então a garota deu a partida e acelerou o carro em direção ao portão da fábrica, chocando-se contra ele. Com o forte impacto, as trancas de ferro do portão quebraram-se e Beth entrou com o carro no pátio da fábrica.

— Beth! - Daryl gritou desesperado, ao ver ela lá dentro do Santuário. Ele sentia como se o ar estivesse lhe faltando. Tudo acontecendo em câmera lenta, como em um pesadelo. A horda estava a poucos metros de distância deles, em questão de pouco tempo eles ficariam encurralados.

Daryl sem pensar nas consequências, correu com o intuito de tirar sua garota de lá, e seu desespero aumentou quando viu Negan tirando Beth de dentro do carro e carregando-a para dentro da fábrica. Daryl corria o mais rápido que podia em direção a entrada do santuário, porém ante de chegar lá foi impedido por um homem de Hilltop que o segurou e o puxou de volta em direção ao ônibus. Ele tentava desesperadamente se soltar para salvar Beth, mas outros o seguraram para que ele não fosse.

O arqueiro foi empurrado contra a vontade para dentro do ônibus, que arrancou dali antes de a horda chegar até a fábrica. O motorista pegou a estrada secundária, e assim todos puderam ver quando os errantes invadiram pátios do Santuário, aumentando a eficácia do plano, graças a atitude corajosa de Beth, ao quebrar o portão da fábrica dos Salvadores.

 


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Notas finais do capítulo

Eu não leio as HQs, mas pesquisei na internet o roteiro da Guerra Total para me inspirar nele.
E ai o que acharam?

Também gostaria de dizer, que para quem não sabe eu escrevo um fic Bethyl que se passa em um universo alternativo, se alguém quiser conferir aqui está o link: https://fanfiction.com.br/historia/735383/The_One_That_Got_Way/

Muitos beijos e até mais! ♥



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