Milênio de ouro escrita por knives
Céu límpido e azul, das plantas desprendia o orvalho da manhã e seu cheiro característico, o vento passava frio entre a floresta e prosando sua canção de ninar; passava pelas árvores, brincava nos rios e ia parar nas grandes janelas do castelo. Atrás das paredes de vidro uma mulher observava a cenário bucólico apreensiva.
O reinado estava sob tensão depois do ataque do reino inimigo às terras vizinhas, um mensageiro de paz já havia sido mandado para tentar um acordo e possivelmente a paz chegaria por aquelas montanhas. A mulher lembrou-se então do grande acontecimento pelo qual sua vida estava passando, pôs a mão em cima da barriga e sorriu. A notícia da sua gravidez animou a todos no reino, afinal finalmente haveria uma sucessora para a coroa, principalmente seu marido que ansiava este momento como nunca. Agora trancada naquele quarto, Ritsuko parecia mais próxima da cria, conseguia senti-la dentro de si e, como um anjo, parecia que tirava de suas costas todos os estresses que passava ultimamente.
Algumas semanas se passaram até a volta do mensageiro. Havia conseguido travar um tratado de paz, motivando uma festa em todo o reino e desencadeando um período de paz que parecia sem fim. Quatro meses depois foi recebida com festa a sucessora da coroa, era uma menina pequena chamada Kikyo, de cabelos pretos e pele clara, característica que puxou da mãe e que se manteve presente em todas as três meninas que nasceram posteriormente: Sango, Kagome e Rin, as princesas do Milênio de Ouro.
Ritsuko estava no seu escritório mais uma vez olhando pela janela. O lugar onde estava tratava-se de um lugar enorme onde o chão, as estantes e o piano eram feitos de um mogno brilhante e das janelas despendiam cortinas vermelhas com bordados feitos com fios de ouro. Nas paredes brancas havia aquarelas das gerações antigas e do teto pendia um lustre brilhante feito de diamantes. Um espelho gigante estava disposto no canto oposto da sala e parecia fitar a mulher que olhava para os vastos campos limpos que se estendiam por trás das janelas de vidro, a vista lhe trazia calma apesar de não ser mais preciso. O império estava em paz há 8 anos e sua economia só prosperava. Seu pensamento estava nas filhas que cresciam rapidamente, pensava no futuro do reinado quando herdassem a coroa. Sua linha de raciocínio foi quebrada por um barulho forte na porta seguido por risadinhas. As princesas correram em direção à mãe.
Como haviam crescido! Principalmente Kikyo por ser a mais velha. Haviam desenvolvido uma beleza que chamava a atenção de todos que olhavam para as mocinhas.
Depois de passar um tempo com as filhas percebeu que o crepúsculo se aproximava e consequentemente a ceia. Caminhou com as meninas pelos corredores cheios de estátuas e belas pinturas ao encontro do grande salão onde no chão havia tapetes de mesmas características das cortinas; a mesa se estendia longamente à frente do corredor e nas laterais portas de vidros enormes se erguiam; ao redor de todo o salão a opulência característica, as estátuas e as pinturas e na mesa o mais variado Buffet com diferentes tipos de comida.
Juntaram-se então ao rei que já as esperava. Naquele dia no rosto do homem sempre calmo havia uma energia e ansiedade singular que despertou dúvida na esposa:
— Aconteceu algo? – questionou segurando a mão do esposo.
O homem a olhou com alegria nos olhos um sorriso nos lábios
— Logo saberá! Logo saberá! – Afirmou deixando a esposa confusa.
À noite, depois de terem escutado a história de ninar que a mãe sempre lhes contara, as meninas se preparavam para dormir quando seu pai irrompeu o quarto:
— Meninas! Tenho uma ótima notícia para lhes dar – falou energético juntando as pequenas em seu colo – Amanhã virá para cá um rei com quem quero travar um acordo!
Ritsuko olhou o homem com incredulidade:
— Você não me falou sobre isso! E depois o que as meninas têm haver com isso? Elas ainda não têm noção de acordos. Concluiu
— Certamente não – continuou o rei com satisfação – Acontece que primeiro eu gostaria de lhe fazer uma surpresa e de poupar-lhe qualquer tipo de stress, e segundo que este senhor é Inu no Taisho – parou fitando as moças – Podemos plantar sementes agora com a amizade que pode germinar entre nossas filhas e os filhos desse senhor.
— O que!?
— Isso mesmo que você ouviu – a expressão do homem era de calma, mas também de enfrentamento – Agora vou dormir. Boa noite meninas e se preparem para amanhã!
E assim saiu deixando a esposa imersa em seus pensamentos e preocupações. A idéia de casamento – percebia que aquela era a intenção do rei – a preocupava. Olhou uma ultima vez para as meninas admirando a beleza de cada uma antes de se retirar.
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