Segunda-feira:

16:00

Recebi uma mensagem do Paulo há umas duas horas atrás, mas fiquei sem a mínima vontade de abrir. Quer saber vou dar mais uma chance para ele e abrir a mensagem.

Mensagem on:

—E aí Lulinda, como você está? Espero que pensando em mim como eu penso em você. Então eu pensei se eu e você podíamos ir até a pista de skate amanhã à tarde, lá pelas três horas, para conversar e andar um pouco de skate.

Mensagem off

Gente... como o Paulo é atiradoooo.

Respondi a mensagem.

Mensagem de resposta on:

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Oi, Paulo, estou ótima. Não vai dar para irmos à pista de skate.

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Mensagem de resposta off

Ele me enviou outra mensagem.

Mensagem 2 on:

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Por que não podemos ir à pista de skate?

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Mensagem 2 off

Lhe enviei outra resposta.

Mensagem de resposta 2 on:

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Porque eu não sei andar de skate e para ir à uma pista de skate imagino eu que se deva saber andar, né?

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Mensagem de resposta 2 off

O Paulo é insistente mesmo, pois logo chegou uma outra mensagem dele.

Mensagem 3 on:

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Não precisa saber andar não e é ótimo que você não sabe andar de skate, pois eu posso te ensinar, linda.

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Mensagem 3 off

Acho que não vai dar mesmo para enrolar o Paulo, acho melhor eu aceitar ir com ele na pista de skate logo.

Respondi.

Mensagem de resposta 3 on:

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Tudo bem, me busca aqui em casa.

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Mensagem de resposta 3 off

Recebi espero que a última mensagem dele de hoje.

Mensagem 4 on:

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Combinado, até.

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Mensagem 4 off

Até, eu enviei para ele.

Luiza off

Terça-feira:

15:05

Luiza:

— Olá, Paulo. Boa tarde.

— Oi, Luiza! Boa tarde também, eu estava super ansioso para te ver.

— É, hun...

— Vamos!

— Sim. – Falei sem a menor animação.

Paulo me estendeu a mão.

— Eu não preciso segurar na sua mão, não, né?

— Não, precisa Luiza, mas eu pensei que como você aceitou sair comigo ia querer pegar na minha mão, entre outras coisas.

— O que? Nãoooo. Você entendeu errado isso não é um encontro, está bem? Só amigos, okay?

— Tudo bem, só amigos. – Paulo abaixou a mão.

Eu dei tchau para a Eleonor e como eu já avisei minha mãe ontem à noite tudo certo para eu sair.

Eu e Paulo fomos andando até a pista e logo chegamos lá.

— Que tal, curtiu a pista? – Paulo me perguntou.

— Olha não é muita minha praia, prefiro ir em um roller andar de patins, mas gostei daqui , parece legal, você conhece algum Roller por aqui?

Por um momento me desliguei do mundo, de Paulo, lembrando de quando meu pai ainda estava vivo, que ele me levava para patinar em um roller e como a minha mãe nunca ia junto, falando que tinha que trabalhar, trabalhar e trabalhar. É parece que as coisas não mudaram muito, não é?

— Tem o que a minha irmã vai, se chama Roller Star, depois você fala com ela. – Eu voltei a me concentrar em Paulo e o ouvi responder.

— Ok.

— Vamos começar, primeiro eu vou andar e você fica olhando.

Eu concordei.

Luiza off

15:40

Alícia:

— Onde você pensa que vai com esse troço? Hein... mocinha. – Minha mãe me perguntou quando eu estava prestes a ir para a pista de skate.

Por que que justo hoje minha mãe não está no trabalho?

— Eu vou na pista e meu skate não é um troço.

— Você sabe que eu não gosto que você ande de skate.

— E desde quando eu me importo com o que você acha, fui. – Saí de casa e larguei ela gritando sozinha.

Assim que cheguei na pista vi o Paulo com a ...... Luiza, Meu Deus! Será que todos os meninos da escola gostam dessa garota. Primeiro o Jorge, depois o Daniel e agora o meu Paulo e ainda tem o Mário que eu posso jurar que gosta dela também. O que essa menina tem? Ou melhor, o que ela tem que eu não tenho? Será que tem a ver com esse lance de ser feminina, que minha mãe tanto fala? Mesmo se for, deixa para lá, o garoto que me curtir, vai gostar de mim do meu jeito, não vou mudar, nem pelo Paulo, nem por ninguém, por mais que goste dele, meus ideais e minha personalidade estão a cima de tudo, até do amor, porém eu não vou dar o Paulo de mão beijada para Luiza, afinal tenho certeza de que um dia ele vai gostar de mim do jeito que eu sou.

— Olá, Paulo, Luiza. – Pelo que me parece Paulo está ensinando a Luiza a andar de skate.

— Oi, Alícia. – Paulo me cumprimentou.

— Olá, Lícia, tudo bem? O Paulo está me ensinando a andar de skate. – Como ela é falsa.

— Tudo maravilhoso. Eu percebi.

— Aliás você está aprendendo muito rápido Luiza. – Paulo falou para Luiza.

— Obrigado, Paulo.  – Ela agradeceu.

Que ódio. Estou com vontade de vomitar.

— Anda aí sozinha para eu ver, Luizinha. – Eu a desafiei.

Duvido que ela já saiba andar sozinha.

— Acho que ainda não dá para ela andar sozinha não. – Paulo palpitou.

— A Luiza não sabe falar não? – Eu provoquei.

— Sei sim. – Luiza se defendeu.

— Então anda aí ou você está com medinho?

Ela com certeza é orgulhosa igual a Maria Joaquina já que elas se dizem tão inimigas, mas são iguaizinhas.

— Eu não tenho medinho. – Ela respondeu como eu pensava.

Alícia off

Luiza:

Alícia me desafiou a andar sozinha de skate e apesar de eu estar morrendo de medo eu aceitei. Ela está morrendo de ciúmes do Paulo, mal ela sabe que não é o Paulo o meu príncipe azul [encantado].

Eu estava andado até que caí e alguém que não parecia o Paulo me ajudou e por falar em príncipe azul era ele mesmo o próprio, Mário Príncipe Lindo Ayala.

— Você está bem? – Ele me perguntou, parecendo preocupado. Ah....

— Sim.

— Ei, oi, Mário, você se machucou Lulinda? – Paulo se intrometeu como sempre.

— Olá, Paulo. – Mário o cumprimentou não tirando os olhos de mim.

— Eu estou bem.

— Foi mal, Luizinha, eu não sabia que você ia cair. – Alícia não me pareceu sincera.

— Tudo bem, Alícia não tinha como você saber.

— Paulo, chega de skate por hoje, me leva em casa.

— É que eu queria andar mais um pouquinho, senta ali no banco e espera um pouco. – Paulo me disse.

— Eu te levo agora, Luiza.

— Sério, Mário, que você faria isso por mim? Deixaria de andar de skate?

— Com certeza!

— Isso, o Mário te leva. – Alícia, falou.

— Não, eu te levo Luiza.

— Não precisa mais, Paulo, mas obrigada.

— Imagina, eu te trouxe eu te levo. – Paulo, disse.

— Ela já disse que não precisa, eu levo ela. – Mário, falou.

Luiza off

Alícia:

Eu não acredito que eles estão discutindo sobre quem vai levar a Luiza para casa, como se ela fosse um prêmio ou sei lá.

O melhor seria se o Mário levasse a Luiza e eu ficasse aqui juntinho com o meu Paulo.

Alícia off

Paulo:

Como eu fui idiota, porém agora não tem mais jeito, entretanto não é porque o Mário vai levar a Luiza em casa uma vez que eles vão começar a namorar, não é mesmo?

— É, Mário, leva ela. – Eu me rendi.

Paulo off

Luiza:

— Vamos, Luiza.

— Sim, Mário.

Mário e eu chegamos rápido na minha casa.

— Quer entrar, tomar um lanche?

— Não vai dar, porém eu queria saber se você quer que eu te ensine a andar de skate em vez do Paulo.

— Quero. – Eu falei tentando não parecer entusiasmada.

— Tudo bem. Então que tal segunda feira que vem quatro da tarde?

— Perfeito! A gente se vê.

— Sim, tchau, Luiza.

— Tchau.

Mário me abraçou e enquanto estávamos no abraço parecia que meu coração ia fugir do meu peito.

Saímos do abraço e eu fiquei o olhando se afastar de mim até que o perdi de vista e entrei em casa.

— Te quero como nos contos.

— Meu príncipe azul, te quero.

Eu cantei.

Eu amo essa música: Me Passam Coisas.

— Está feliz, hein? Menina, cantando.

— Estou sim, Eleonor.

— Com o que?

— Você não viu Eleonor?

— Vi o que?

— Como o dia está lindo, com um belo sol bem amarelo.

— Sei... que é por isso que você está tão feliz assim, com licença menina.

— Toda.

Fui para meu quarto.

Luiza off

Quarta-feira:

15:06

Maria Joaquina:

— Hoje faremos um prato principal. – Luiza me falou.

— Qual?

— Nhoque à bolonhesa. – Ela respondeu.

— Hun... eu adoro.

— Eu também.

— Por onde começamos? – Eu perguntei.

— Pela massa e em seguida faremos o molho.

— Quais são os ingredientes da massa?

— Um quilo de batatas, duzentos e cinquenta gramas de farinha de trigo, duas colheres de sopa de margarina, cem gramas de queijo ralado, dois ovos e sal a gosto.

— Tudo bem, em que eu posso ajudar?

— Eu vou descascar as batatas e cozinhá-las, por enquanto fica só olhando para ver se você aprende a descascar batata, você quer descascar uma?

— Pode ser.

Peguei uma batata e tentei descascá-la é tentei, mas quase me cortei umas cinco vezes, não vai ser dessa vez que eu vou aprender

— É eu não consigo.

— Eu também não conseguia no começo, mas depois aprendi. Tenho certeza que você vai aprender também.

Quando as batatas cozinharam Luiza as espremeu em uma bacia, ela até perguntou se eu queria fazer, mas preferi ficar só olhando e aí ela colocou a margarina junto e me falou:

— Coloca o queijo ralado e separa as claras dos ovos das gemas e coloca também junto na bacia e depois mistura e deixaremos a massa esfriar e faremos o molho.

— Ok.

Eu fiz tudo o que Luiza me falou para fazer.

Maria Joaquina off

Luiza:

— Vamos ao molho, vou dourar a cebola e o pimentão no óleo.

Em certa parte do processo eu acrescentei carne moída, tomate, salsinha e cebolinha, misturei tudo e deixei em fogo baixo.

Alguns minutos depois:

— Ficou pronto?

— Sim, Maria Joaquina.

— Que bom, pois deu um trabalhão.

— Também não exagera, né?

— Pro...

— Já sei, eu provo primeiro.

Provei e está uma delícia.

— Pode provar agora.

Maria Joaquina provou e gostou também.

— Está muito bom.

— Sim está.

A aula foi legal hoje eu e a Maria Joaquina até cantamos juntas durante a preparação do prato.

Separei um pouco do nhoque para Maria Joaquina levar para seus pais e guardei um pouco para o jantar, será que a minha mãe vai gostar?

21:00

Na hora do jantar:

— Espero que goste, mãe. Eu e a Maria Joaquina que fizemos na aula de hoje.

— Gostei muito de sua iniciativa de ajudar sua amiga, tenho certeza que vocês irão vencer o concurso de culinária, afinal você fez aulas com umas das melhores chefs brasileiras em seu internato na suíça.

— Sim.

Minha mãe provou o nhoque e fez uma cara de feliz e em seguida uma cara não muito boa.

— O que foi? Não gostou?

— Gostei muito.

— Então porque fez essa cara feia?

— Por que nhoque é massa e engorda, da próxima vez ensina para a Maria Joaquina algo mais saudável.

— Tudo bem. – Eu falei meio triste.

Nunca nada que eu faça minha mãe vai dar valor.

Luiza off

Marcelina:

Quinta – Feira:

De manhã:

Entrei na sala, me sentei em minha carteira e fiquei na expectativa para a aula super interessante de história começar logo, mais interessante que a aula só o professor Lucas mesmo, o nosso professor de história é muito lindo.

Observação: Eu gosto do Mário, mas quem nunca achou um de seus professores, lindo, lindo, lindo.

Marcelina off

Maria Joaquina:

À tarde:

Depois de voltar da casa da Bibi entrei em meu quarto e vi uma caixa maravilinda em cima da minha cama, a caixa é rosa claro com um laço rosa escuro eu a abri e dentro dela havia um lindo par de patins novos rosa claro com as rodas em rosa escuro.

— Filha, vi que já abriu seu presente, gostou? – Minha mãe me falou entrando em meu quarto.

— Ameiiii muitíssimo, obrigada mãe.

— De nada, filha.

— Bem que eu estava mesmo querendo um par novo de patins, pois o meu já está bastante usado.

— É eu sei, mas o seu par antigo não está tão velho assim.

— Sim, mas eu já o usei muito.

Perfeito com esse par novo eu vou arrasar ainda mais no Roller Star, afinal eu sou a melhor de lá, pois tudo o que eu faço, faço melhor que todo mundo. 

Assim que minha mãe saiu do meu quarto liguei para a minha melhor amiga, a Bibi.

Ligação on:

— Hello [alô].

— Oi, Bibi.

— Esqueceu alguma coisa aqui em home [casa]? Majo.

— Não. Eu te liguei por que a minha mãe acabou de me dar um novo par de patins.

— Que demais! De que color [cor] eles são?

— São rosa claro com as rodas em rosa escuro.

— Devem ser muito beautiful [lindos].

— São sim, eu estou louca para estreá-los.

— Vamos marcar after [depois] de ir ao Roller Star.

— Com certeza, tchau amiga. 

— Bye [tchau]. – Bibi falou e eu desliguei.

Ligação off

Maria Joaquina off

Sexta-feira:

Luiza:

— Olá, menina, como foram suas aulas? – Eleonor me perguntou.

— Oi, Eleonor, as minhas aulas foram ótimas hoje.

— Que bom, agora vá se arrumar para o almoço.

— Vou sim, até logo.

— Até.

Fui para meu quarto.

Luiza off