Nothing and Nobody escrita por Crystal


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Olá, Chimichangas!!

Para quem não leu o Disclaimer do inicio, essa é a segunda one de uma serie de Ones que eu vou escrever. Serão pedaços sortidos de cenas dos casais Disney mais variados.

Comentários são extraordinariamente bem vindos! Então, aproveitem quando forem comentar e deixem o casal (de qualquer sexualidade) que vocês desejam que estejam na série, ou as cenas que imaginam que tais casais tenham. Eu farei com todo prazer!


Espero que gostem!!


Boa Leitura *--------------*



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—Shang, segure firme! - Ela falava, a voz tremida. 

—Você não vai aguentar. - Shang avisou-a. 

Ele sabia que ela não conseguiria aguentar por muito tempo, sentia o aperto forte dela se afrouxando cada vez mais e via a corda, que os impedia de cair penhasco abaixo, desfazendo-se.  

—Eu vou! Eu vou, Shang! - Ela assegurava, o tom choroso e cheio de certezas que ele, sinceramente, não acreditava. Quase sorriu com aquilo. Mesmo quase morrendo, ela ainda queria se mostrar a rainha da verdade.  

Focou sua visão na expressão exasperada dela e sentiu a garganta secar. Os olhos estavam marejados, com medo.  

Ele tentou se lembrar de alguma vez ter visto medo nos olhos dela e concluiu que nunca havia presenciado tal coisa. Ela sempre fora forte, corajosa, nunca demonstrando temor, mesmo em situações piores que esta, como na avalanche de meses atrás.  

Ancestrais, ele se lembrava daquele dia, o dia em que o menor de seus soldados ascendeu como uma das pessoas mais honradas que já havia conhecido, o dia em que ela o salvou juntamente com todo o seu pequeno batalhão. Não conseguia se recordar de o medo se mostrar presente nela. Havia a obstinação frequente, a coragem genuína e a pitada de divertimento que sempre o intrigou, mas, agora, céus, ela estava apavorada e ele sabia muito bem qual era, de fato, o temor dela. Ele sentia o mesmo. O medo de ver seu ying morrer era excruciante, fazia sua cabeça rodar. O instinto gritava, alertava-o para a corda se desmanchando, para o perigo em que ela se encontrava, para o sacrifício que teria que fazer se a quisesse viva. Não havia outra escolha, teria que se deixar escorregar. 

—Mulan, me perdoe. - Desculpou-se, soltando lentamente o braço dela e sentindo-se deslizar. 

—Por favor! - Ela pediu, deixando as lagrimas caírem livres.  

Ele sentiu seu coração se apertar ao ver aquilo. Lá estava ele de novo. Sempre a mesma coisa. Sempre a magoando, como no treinamento para fazê-la um soldado melhor, como quando descobriu a verdade sobre o soldado das montanhas, como quando não acreditou nas palavras dela a caminho do castelo do imperador, quando deixou os preconceitos machistas de sua sociedade taparem seus olhos, e quando gritou e disse coisas que não eram verdade quando a viu ajudando as princesas a saírem com seus soldados. Ele tinha um coração, sim, afinal de contas. E ele batia enlouquecido quando a via. Seja pela raiva fervente, ou pelo afeto grandioso que mantinha no peito. Era estranha aquela coisa de seguir sentimentos.  

Arfou quando sentiu o corpo cair e a ouviu gritar por ele, desesperada. Não sabia o que doía mais: saber que morreria, ou saber que morreria e não se casaria com ela, não passaria a vida inteira ao lado da guerreira que seu coração escolhera para amar. E, apesar de não conseguir demonstrar o suficiente, guardiões, como ele a amava. Amava-a com todo o seu ser, todo o seu coração. Admirava-a pela coragem e astucia que tinha, adorava-a pela força e delicadeza, idolatrava aquele sorriso travesso e os olhos brilhosos, venerava o jeito que suas expressões coravam quando ficava brava ou quando a abraçava, se apaixonava cada vez mais com suas diferenças e toda ela.  

E, agora, se martirizava por nunca ter dito a ela a profundidade de seu amor.  

Por quê, infernos, não havia falado de uma vez? Por que não havia mostrado a ela? Por que não havia dito? Por quê, em vez de brigas e gritos, não a tinha puxado pelo braço e lhe dado um beijo? Por quê?  

Sua linha de raciocínio ruiu e tudo ficou rápido e lento ao mesmo tempo, ele não conseguiu pensar com muita clareza quando a dor do baque na água do rio o atingiu. A correnteza era forte e o arrastava para o fundo com uma força impressionante. Suas pernas quase não o obedeciam direito e não conseguia manter sua cabeça fora da água tempo o bastante para respirar, mas lutava contra o desespero, tentava com todas as suas forças não entrar em pânico. A mão atarracada ao pingente em seu pescoço, o rosto de Mulan o guiando, dando-o forças.  

Se viu rezando a seu pai, a seus ancestrais, a qualquer entidade que tivesse poder suficiente para ajudá-lo a voltar para ela... E, inacreditavelmente, acabou sendo atendido.  

A correnteza se acalmou aos poucos e quando quase desmaiava, ouviu o som conhecido do relinchar de seu cavalo na beira d'água. Agradeceu a quem quer que fosse pela ajuda e saiu do rio, com certa dificuldade, sendo auxiliado por seu companheiro de viagem.  

Tossiu a água dos pulmões por um tempo, engasgando com a gargalhada louca e feliz que borbulhava por sua garganta. Ele estava vivo! Voltaria para ela! A beijaria, a abraçaria, a veria novamente! Céus, ele a teria e nada e ninguém o impediria de ficar perto de sua guerreira novamente. Nada e ninguém!


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Notas finais do capítulo

Eii, pessoas!! Se acharem qualquer erro me avisem, okay?
Eu sempre reviso o texto antes de postá-lo, mas sempre algum erro passa despercebido.Comentem, favoritem, recomendem, mandem MP's, acompanhem, perguntem!

Até mais!! Bjkss *---------------------*

(Não se esqueçam dos comentários!!!)