Uma amiga diferente escrita por Shizuku Miamoto


Capítulo 1
Capítulo 1-Prazer, Ayame!


Notas iniciais do capítulo




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Mais um dia de shows terminado! Dormia em um quarto rosa, cheio de enfeites frufrus, uma garotinha loira, cabelos perfeitos, pele impecável e branca, não poderia ter vida mais perfeita: Rica, famosa, cheia de fãs e sem ninguém pra dividir todo aquele luxo!

  -Madame Diana, posso entrar? –uma empregada batia na porta.

  -Entre! Mas seja breve! –a garota avisa.

  -É uma encomenda da sua avó de Salvador. Achei melhor entregar imediatamente. -explica a empregada.

  -Certo, certo! Deixe essa encomenda de não sei onde na minha escrivaninha, tenho mesmo que responder uns fãs amanhã mesmo. –a garota cobria o rosto com o travesseiro.

  -Mas e a escola madame? –pergunta a empregada

  -Quem precisa de escola quando se tem tudo isso? Agora chispa daqui ou eu mando fazer com você o que mandei fazer com meus pais! –Diane expulsou a mulher dali na base da ameaça.

  A garota confortou-se novamente na cama quente e começou a dormir. Em passos lentos e sorrateiros, alguém foi entrando no quarto de Diana, revirou com cuidado o estojo rosa choque com canetas azuis e lápis de cor, jogou delicadamente todos os vestidos do armário no chão e se aproximou de Diana, parecia um anjinho dormindo, era a hora de mata-la, digo, zoar com a cara dela!

  A mansão acordou com um grito de horror logo de manhã. Os cabelos de Diana tinham sido cortados!

  -Senhorita, não pode achar que foi alguém daqui. As câmeras não pegaram ninguém daqui fazendo isso! –Sebastian, o fiel mordomo e professor de música de Diana, deu um toque.

  -Não ligo Sebastian! Tenho 11 anos muito bem vividos e foi uma dureza pra fazer aquele cabelo ficar maravilhoso daquele jeito! Alguém vai pagar meu cabeleireiro agora! –Diana não dava ouvidos à razão.

  A garota se fazia de anjo pra conseguir tudo, seguia seu horoscopo para tudo, era de Libra. Bem que o horoscopo havia avisado: “Coisas desagradáveis aconteceram se não mudar sua postura atual”.

  Dessa vez, Diana estava focada em pegar o seu zoador, é claro que ele ia voltar pra concluir o serviço, e ela estaria pronta para isso! Com uma armadilha mais que perfeita feita por Sebastian! (Achou que ela ia fazer?).

  Diana não pegava no sono, tentava dormir, mas não conseguia, pensava em como seria o zueiro que fez isso com ela. Será que seria seu príncipe encantado apenas chamando sua atenção? Ou uma recalcada que só queria destruí-la? Pela primeira vez ela sentiu apreensão, pois sempre pensou que o dinheiro iria resolver tudo!

  Um som na janela, mas não tropeçou na corda, passos leves como de uma bailarina, passos que nem mesmo o mais delicado dos homens consegue fazer, barulhos de um tipo de corrente usados em roupas punks, a respiração não era possível de ser escutada.

  “Será que estou sendo atacada por um príncipe punk? Ah, não! Eu quero o meu príncipe loiro no cavalo branco!” Diana estava desapontada.

  -LIBRA... -um sussurro com a voz de uma garota.

  -AHHHHHHHHHHHHHHHHHHH! –o grito de Diana foi tampado pela mão da menina.

  Aparentava ter a mesma idade de Diana, usava um moletom preto com mangas amarelas, correntes punks, uma saia laranja com um degrader preto, mostrando um pouco da barriga, calça jeans e sapatos cheios de correntinhas, o cabelo era curto, não dava pra ver a cor direito, era um ruivo talvez, parecia usar uma tiara com chifres.

  -MORRA LIBRA! –a garota grita

  Diana morde a mão de sua possível assassina e tenta correr, mas ativa a própria armadilha e cai dentro de sua própria rede.

  “Como ninguém escutou o barulho daqui? Estão todos surdos por acaso?” Diana estava descontando a culpa em seus empregados. A garota tirou a máscara de raposa e mostrou seu rosto de maníaca, era queimadinha de sol (aquele moreno que a gente pega na praia), com cortes costurados em todo seu rosto e uns metais presos nas bochechas para imitar sardas.

  -Que coragem! Uma personagem história de terror como sempre fica impressionada com a audácia de suas vitimas! Uma pena que você é um mal para o equilíbrio da balança e eu tenha que extermina-la. –a maníaca sorriu maleficamente.

  -SAI DAQUI BICHO RUIM! EU VOU LIGAR PRA POLICIA! EU VOU TE MANDAR PRO SANÁTÓRIO! EU VOU... E-eu vou... POR FAVOR, NÃO ME MATE! –Diana começou a chorar.

  -Então quando vão te matar você chora? Você é um caso perdido, mas vou ver o que posso fazer. Prazer, Ayame! Sou conhecida na escola como “assassina dos signos” por usar os signos do zodíaco pra punir as pessoas que merecem a morte! –agora Ayame estava sendo alegre, diferente da Slasher (Tipo aqueles assassinos doentios de filmes) de antes.

  -O-o que? Como assim? Quem é você? Ou melhor dizendo, o que é você? –Diana estava confusa

  -Hi, hi, hi! Você até que consegue ser engraçada! Eu sou uma personagem de história de terror! Eu estudo e moro na escola “Sagrado equilíbrio universal”, lá eu convivo com lendas do mundo do terror e as novas lendas, que é o meu caso. A cada 30 anos, se fazem testes para que os prodígios treinem com os mestres do terror de cada área: Cinema, literatura, TV, desenhos animados e, atualmente, internet. Meu mestre é uma lenda viva da internet e me mandou aqui pra ajeitar a bagunça que você fez na balança universal. –explicação longa demais, não acha Ayame?

  -Peraí! Eu baguncei uma balança? –agora bugou tudo!

  -É! Você e uns cantores, atores e outras coisas bagunçam o equilíbrio do bem e do mal. Se o mal predomina, não existe o bem, e se o bem predomina, não existe o mal, é assim que tem que ser, e é por isso que existem os seres neutros, como nós, as lendas e contos de terror, que equilibram os lados e cortam a todo o momento as pessoas que confundem o funcionamento dessa balança, ou seja, pessoas extremamente más que chegam a gerar desconfiança do porque serem tão más e pessoas tão boas que chegam a gerar desconfianças de serem tão boas. Essas pessoas, infelizmente ou felizmente, devem ser eliminadas. Mas... -uma pausa finalmente! – O seu caso é especial, tão especial que irei usar como um teste pra mim e pra você! –Eita explicação grande!

  -Ok, e o que eu faço pra você vazar daqui e não me incomodar mais com isso? –Diana começou a usar da barganha.

  -Típico de Libra, usar sua sedução corporal ou aquisitiva pra passar a perna nos outros, mas como não tenho nada tão grave com você, eu vou querer algo pra comer porque estava tão ansiosa por essa missão que eu me esqueci de comer! – Ayame vazia um gesto indicando fome.

  -Já que falou, porque não come um pedaço que a boboca da minha avó fez pra mim? É de doce de leite! –com um tom malicioso, Diana oferece a torta.

  -Nhé, dá pro gasto! –Sem opções, Ayame pega um pedaço da torta, adorando ele de coração.

  Numa tentativa de fazer Diana mudar de ideia, Ayame faz a cantora mirim comer um pedaço da torta, que ela logo amou. Satisfeita, Ayame dá um tchauzinho pra Diana, que comemora por ter se livrado daquela doida!

Depois...

  Ayame se dirigia à sala de jantar dos prodígios, sua roupa estava manchada de sangue, acabou tendo que enfrentar um maníaco procurado à meses pela sociedade que criou a sua escola por seus crimes contra o equilíbrio universal, ela o pegou, matou e enterrou num cemitério muito bonito, mostrando respeito a sua alma.

  -Ayame, posso falar com você? –este era o mestre de Ayame, escondido em sua formosa capa.

  -Mestre J! Claro que pode! –Ayame estava animada.

  -Sei que fez um favor ao universo, só queria agradece-la por isso! Estou louco para a apresentação no dia dos alunos e professores, acho que seu experimento pode mudar muitas coisas por aqui! –elogia J

  -Vou me esforçar muito! Tudo de melhor para meu mestre! –exclama Ayame

  -Vamos jantar? Acho deve estar faminta! –convida o mestre.

  -Claro! Adivinhou na mosca! Torta de doce de leite pode ser gostosa, mas não sustenta muito. –Ayame agarra a mão de seu mestre e se dirige à sala de jantar dos prodígios com ele.


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Notas finais do capítulo

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