Zootopia 2 - As regras de Nick Wilde escrita por Untitled blender


Capítulo 11
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Notas iniciais do capítulo

Hey peaple!
um capítulo bem curto pra aumentar o suspense!
— a partir desse cap, entramos em reta final, sorry -
vários detalhes que vocês provavelmente não perceberam nos caps anteriores vão começar a contar muito agora, então, prestem bastante atenção!



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Nick desceu as escadas com a velocidade de um raio, esbarrando em um par de hienas que subia. Nem parou pra se desculpar. Ele correu rumo à rua, a cada passo tornando maior sua ânsia de chegar logo. Era realmente muito longe. A raposa chegou à calçada e começou a desviar dos pedestres enquanto corria, quase pisando em um par de ratos desavisados.

Continuou correndo, passando pela frente de uma dúzia de prédios e virando a esquina. Correu por mais uma quadra antes de virar a direita, aumentando a velocidade a cada passo. Você a encontrará em casa. Alguns coelhos falam enquanto dormem. Nick continuou correndo, passando pelo mesmo caminho que havia feito a dois dias, dessa vez em sentido inverso.

Ele chegou até o prédio de Judy, uma construção quadrada e feia com o reboco descascando. Ele perguntara uma vez até quando Judy moraria ali, alugando aquele quarto minúsculo, e ela respondera que estava economizando pra comprar algo maior em algum outro lugar. Ela nunca dava prazos a si mesma. Ele correu porta adentro, subindo os quatro lances de escadas – o prédio não tinha elevador – e parando em frente à porta de Judy.

Quantas vezes ele já vira aquela porta, e só agora prestava atenção nela. Ele tirou do bolso a chave sobressalente que Judy lhe dera depois que ele explicou pra ela o quanto era fácil arrombar fechaduras. Ele nunca entendera o porquê. Colocou a chave na porta e a girou, respirando fundo para se livrar do cansaço que a corrida trouxera. Ele esperou dez segundos em frente à porta antes de abrí-la.

Foi mal por isso, Judy, Ele pensou, não estou bisbilhotando. Ele olhou ao redor. Apesar de ser do tamanho de uma lata de sardinhas, o apartamento de Judy era mais organizado, limpo e, provavelmente, mais espaçoso que o de Nick. Apesar de ser menor, ao caminhar por ele você não corre o risco de tropeçar em uma pilha de coisas.

A raposa analisou cada centímetro em torno da porta. A pequena mesinha do lado esquedro de quem entra continuava a mesma, com um porta treco cheio de lápis, apontadores clipes de papel borrachas e canetas (inclusive uma caneta gravador em forma de cenoura). A única diferença do normal era o spray anti-raposa cor de rosa deixado ao seu lado, como se fosse um enfeite.

Nick sorriu, e um profundo sentimento de nostalgia se apoderou dele. lembrou-se de quendo entregara o spray para Judy, depois de um dia cansativo d trabalho, anos atrás, há dois dias. seus maiores problemas eram a fuga de uma ex-prefeita e o aniversário de uma coelha. antes disso, na última vez que ele vira aquela caneta, dentro de um silo de concreto em uma exposição no museu de História Natural. Parecia ter se passado tanto tempo...

Ele combateu a tristeza com uma sacudida de cabeça. Ao lado da mesinha, o pequeno cabideiro onde Judy guardava suas roupas por ordem de uso (o uniforme da polícia era o primeiro da fila, e Nick se surpreendeu por ele ser tão pequeno).

Adiante, ficava a cama de Judy – uma relíquia enferrujada de algum lugar no passado distante – e a mesa, que tinha uma única cadeira à sua frente. Sobre a mesa se encontravam um rádio-relógio, uma luminária vermelha, um par de porta retratos e um bloco de anotações.

Nick sentiu o cheiro levíssimo de flores vindo daquela direção. Flores bastante especiais. Ele foi até a mesa e pegou a pequena caderneta, sentando-se na cadeira para folheá-la. Logo na primeira página, anotações sobre a fuga de Bellwether enchiam todo o espaço disponível. Ele passou para a segunda, que tinha algo como uma lista de compras. Na terceira página, bem no meio, havia uma flor amassada.

Nick sempre gostou de colocar lores e folhas dentro de livros enormes, para que, se estivesse folheando algum temo depois, ele as visse e lembrasse do dia em que as  colocara lá. A flor violeta azulado estava amassada, mas ainda continha o cheiro forte característico, que mostrava que ela estava naquela caderneta a pouco tempo. Quando Nick puxou, a flor desgrudou lentamente do papel.

Ali, no papel manchado, havia apenas uma frase.

Uma frase que fazia todo o sentido do mundo. Uma frase que o fez correr porta afora por metade do corredor antes de voltar pra trancara porta. Uma frase que o fez descer até a estação de metrô, torturando-o enquanto o trem não chegava ao centro. Uma frase que o fez correr até o DPZ. Uma frase que o fez gritar a plenos pulmões no meio da rua.

— Eu sei onde ela está – Nick disse, para todos e para ninguém. Uma única frase moveu seus músculos e seu cérebro. Uma única frase que levou embora todo o seu cansaço.

— Eu sei onde ela está! – Ele falou quando avistou Highhorn.

O rinoceronte, o que quer que Nick tivesse dito na noite anterior, dispôs-se imediatamente a ajuda-lo.

— Onde nós vamos? Vamos chamar reforços?

Nick sentiu algo quente brotar dentro de si. Amizade. Nick havia sido horrível com o outro oficial, mas ele mesmo assim estava disposto a ajuda-lo.

— Nada de reforços, grandão. Doug está esperando isso. Ele tem um mote de reféns.

— então o que vamos fazer?

Nick não pensou nem por um instante.

— Nós vamos encontrar um velho amigo. – ele disse – eu tenho um plano.

— Espere, onde eles estão? Como você descobriu?

Nick sorriu pela primeira vez nos dois dias mais longos da sua vida. Ele tirou um bloco de anotações do bolso e virou três páginas.

— Eu recebi uma mensagem.

A raposa ainda sorria quando entregou a caderneta a Highhorn. O rinoceronte leu três vezes, sem entender.

Tudo o que a página continha era uma única pergunta.

 

 

Lembra da ponte, Nick?

                                       - Doug

 

 

 


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Notas finais do capítulo

e aí, já sabem onde Nick vai agora?
comentem aí se vocês fazem alguma ideia.
o próximo cap também não vai ser longo, a história agora vai ficar meio dividida em caps menores pra ficar mais dinâmico.
— e pra aumentar a curiosidade de vocês -
vejo vocês nos comments!