Quando a morte ganha um coração escrita por Iuri Alves


Capítulo 7
Capítulo 7: Adrian




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/702716/chapter/7

A história de entre os dois começou em uma fuga. Aos nove anos, pouco tempo depois que a morte lhe fizera a proposta, foi com muito medo que fugia, pensava que ela pudesse ter alguma atitude que pudesse lhe fazer mal.

Correndo de dois bandidos que estavam assaltando uma velha em um beco escuro, e por azar ela como testemunha. Puseram se a eliminar vestígios de seus atos, já que acabaram ferindo a velha gravemente.

Já estava sem fôlego, percorreu tantas ruas que nem sabia onde estava. Encontrou uma rua sem saída, mas que estava cheia de entulhos e dejetos. Por ter uma estatura baixa, não teria problema algum em se enfiar naquelas pilhas de caixas e sacos.

Quando começou a se instalar, ouviu um sussurro.

— Ei, sai daqui, esse lugar é meu. – dizia uma voz assustada.

— Por favor, eles vão me matar. – Susana começou a chorar.

— Caramba... não tenho nada a ver com seus problemas.

— Por favor...eeeestoou implorando! – Gritou sem perceber.

— Tudo bem...não agüento ver uma menina chorar. Escuta com atenção, vou te ajudar mas é porque estou enrascado com você agora.

— O que tenho que fazer?

— Apenas me siga. -  E sorriu.

Ele abriu uma fenda entre o lixo e viram que já estavam a poucos metros dali. Piscando para ela, saiu correndo em direção aos bandidos, fazendo com que eles ficassem furiosos e vingativos.

Ao ver o menino, pensaram que era ele o possível delator, pois Susana nas ruas se vestia como menino, assim corria menos riscos de ser estuprada, ou coisas que acontecem á meninas de rua. Mostrando a língua e pulando nas costas dos bandidos, que ficavam mais nervosos e a precisão da mira era falha.

Algo aconteceu. Um dos homens conseguiu agarrar a camiseta do menino e o jogou brutalmente no chão. Ao cair, sentiu muita dor. Em seguida, começou os chutes e pontapés. O menino não resistiria, e Susana seria obrigada a ver mais uma vez quem não desejava ver naquela hora.

Não agüentava mais e sua respiração já estava tão ofegante a ponto de sentir que seus pulmões iriam sair de seu corpo. Suas mãos estavam geladas e tremiam s pontos de não conseguir contê-las.

As pernas não se moviam ao seu comando e pouco a pouco tomou forças para se levantar e sair debaixo daquelas caixas. Uma coisa somente saiu conforme o que o corpo comandara: a voz.

— SOLTEM ELE!!!!!!!

Os homens pararam.

Olhavam com ódio e temor.  Deixaram o menino caído e começaram a correr atrás dela. Sem pensar muito saiu em disparada, sem rumo. Corria sem perceber a velocidade que estava indo até sentir que algo prendia seus braços. Uma mão para ser mais precisa.

Um dos homens a segurava e espumava pela boca de tanta saliva pela corrida cedida pela menina. Agarrando-a pelos dois braços, a ergueu e sacudiu, para finalizar, a jogou no chão. Enquanto sacava sua arma, foi surpreendido pelo garoto, que mesmo debilitado, mordeu o braço dele e ele urrando de dor acabou o agredindo de novo, só que agora, com um soco brutal.

Susana voltou a si e no exato momento que viu o companheiro de fuga cair. Pulou e agarrou as costas do homem e com extinto animal mordeu o ombro do homem. Urrando de dor chamou a atenção de uma viatura que passava ali.

Os policiais chegaram.

Sua vida salva outra vez.

Ganhara um amigo, no final um bom saldo.

Caído no chão, olhou para Susana e disse:

— Prazer, sou Adrian.

Desmaiou sem ter tempo para contar algo mais, os olhos de Susana encheram de lágrimas, onde sentou ao seu lado e esperou o que aconteceria. Uma jovem que passava entretida com seu livro, viu a dupla e logo chamou por socorro.

Veio a polícia e a emergência, e assim seus destinos foram separados, e Susana lamentou a perda de uma grande amigo que ganhou naquele momento.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Quando a morte ganha um coração" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.