Quando a morte ganha um coração escrita por Iuri Alves


Capítulo 3
Capítulo 2: Apuros




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Seria ela agraciada em ver a morte fazendo o seu trabalho e ainda mais e o melhor, sem ser ela a preciosa vitima? Seria ela punida por tal pecado de curiosidade e admiração?

Agora caminhando descontraída e envolta em seus pensamentos sobre o que acabara de ver, ao iniciar a sua rota para um lugar seguro para se passar a noite, procurava lugares bem iluminados, já com que acabou de ver, a morte ainda poderia estar por aí a espreita de novos trabalhos a serem cumpridos.

Após caminhar duas quadras, não esperava que sua sorte fosse acabar em tão pouco tempo. Um grupo de malucos arruaceiros estava por cercar uma moça, que pelo o que trajava, estavam comemorando algo em alguma boate nas proximidades.

Assustadas, encolhiam se na parede enquanto um dos homens passava às mãos nos seios, os deixando a mostra, molhados com muitas lágrimas que escorriam e vendo que as mãos imundas agora escolhiam outros caminhos a visitar.

Eles se divertiam e a ameaçava com facas que pelo teste feito em uma mecha da garota, estava muito afiada. Começou a brincar com a faca, fazendo pequenos cortes nos quais já havia deixado a moça seminua.

Susana já conhecia a dupla e sabia que com eles não se brincava. Mais procurados do que presos pela polícia, eram considerados bandidos de alta periculosidade. Sabendo disso, sabia que ser vista seria a morte certa.

Viver nas ruas desde que nasceu lhe deu algumas habilidades e atitudes que pessoas com o dobro ou triplo de sua idade demorariam muito a aprender. Esconder-se de malfeitores era uma dessas valiosas habilidades.

Buracos e fendas era sua especialidade. Mas havia uma montanha de lixo á sua espera. Calma e silenciosamente, caminhou até a lixeira e com um pulo rápido se enfiou entre as caixas e roupas usadas. Parece que a sorte não a abandonou.

Para evitar problemas maiores, nunca abraçava a causa dos outros e tampouco deixava que abraçassem a dela. Sua mãe antes de morrer, havia deixado bons conselhos de como viver nas ruas.

Não havendo muito que oferecer, a moça foi abandonada desmaiada pela dupla e talvez a fuga seja pelas inúmeras sirenes da polícia e do resgate que estavam a procura da garota que estava em estado deplorável no chão. Agora ofegante pelo lixo que a sufocara agora, esperava acalmar a situação para finalmente sair, aproveitar o que havia de bom ou aproveitável na ocasião. A sorte lhe abençoara hoje.


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