A Princesa e o Revolucionário escrita por Elaena Targaryen


Capítulo 10
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Notas iniciais do capítulo

Oiie!! Voltei mais cedo hehe
Bom, eu nunca faço isso, mas o capítulo de hoje tem uma trilha sonora!! A música é Kissing U, da Miranda Cosgrove... eu sei, é velha, mas eu desenterrei essa música porque eu simplesmente amo! Vocês vão saber quando dar play.
Link da música: https://www.youtube.com/watch?v=q3mKOBAtdVo



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Café Musain – Paris, junho de 1825

 Enjolras não sabia descrever o que estava sentindo ou que se passava em sua mente. Belle iria casar e não seria com ele. Pelo o que ela estava falando para Joly e todos os Amis, o homem era um nobre da região da Prússia que era amigo de Carlos. Sabia que tinha dedo dele, pensou. O pior era que a reputação desse homem não era das melhores. Ele já havia tido duas esposas antes e rumores dizem que ele foi responsável pela morte das duas. Percebeu que ele estava totalmente desconcentrado quando a ouviu lhe chamar

 -Você não vai falar nada? – ela perguntou e ainda um pouco tonto com essa história, Enjolras nem consegue pensar direito para respondê-la.

 -O que você quer que eu fale?

 -Qualquer coisa – ela respondeu e Enjolras viu que ela começaria a chorar novamente – Enj, eu estou com medo – ela disse já chorando e a única reação que ele teve foi ir até ela e envolver seus braços nela em um abraço. Nesse momento, Belle começou a chorar ainda mais e Enjolras tentou consolar sua amada, mesmo ele precisando ser consolado por alguém – Vai ficar tudo bem Belle.

 -Não, nada vai ficar bem – ela responde – Eu vou ter que me casar com um velho que é suspeito de matar suas outras esposas. Não me fale que tudo irá ficar bem.

 -Ei, vai sim. – ele segurou em seu rosto – Se precisar, a gente foge de novo, mas dessa vez vai dar certo, tudo bem? – ele pergunta e ela balança a cabeça concordando.

 Nessa noite, não fora somente Grantaire que tinha ficado, mas como todos os Amis. Ninguém queria deixar o líder sozinho. Por mais que fosse só Grantaire que tinha ouvindo o próprio Enjolras falar que amava Belle, os Amis não eram tolos e assim como R, já tinham percebido os sentimentos do líder. Quando falou que iria embora, muitos se levantaram para acompanhá-lo, mas disse que queria ir sozinho e sua decisão foi respeitada. Chegou ao seu pequeno apartamento e começou a tirar as roupas e foi banhar-se. Nesse momento, Enjolras se permitiu fazer o que não fazia há muito tempo, chorar. Era difícil ele chorar, mas naquele momento não conseguiu segurar. Quem ele queria enganar? Sabia que amava Belle desde o momento em que a viu sair da carruagem, mas deixou esse sentimento de lado e quando foi tentar resgatar já era tarde demais. Teria que saber lhe dar com isso, Belle seria de outro, mas ele não sabia por que ele estava com esperanças, afinal, Belle é uma princesa e ele um simples estudante camponês. Seu pai poderia ser rico, mas ainda sim era um camponês. Agora ele realmente viu, Belle nunca seria dele.

(...)

Setembro de 1825

 Carlos não havia perdido tempo mesmo. O casamento de Belle com o tal de Hans seria no dia seguinte e Enjolras teria que ir. A princesa tinha convidado apenas os Amis, incluindo Gavroche, porque o duque não queria camponeses em seu casamento. Nesse momento estava deitado em sua cama, era de tarde, mas não teria reunião no Musain por motivos óbvios. Em todo esse tempo, Enjolras não foi o mesmo. Antes era cheio de energia e falava pelos cotovelos, mas agora estava sempre cabisbaixo e dificilmente falava. Era algo difícil de suportar, assistir a mulher que ama se casando com outro, mas ele teria que fazer isso, tinha falado para Belle que ele iria ao casamento. Nesses três meses Enjolras dificilmente a via, sempre que dava, Lamarque ou Bernard a levava para o Musain para tentar alegrar a princesa. Quem se deu melhor nesse período foi Jean. O poeta havia se encantado por Emanuelle e em uma tarde, Belle tinha levado consigo as suas damas de companhia, fazendo a alegria de Jean. Em um curto período de tempo, ele havia escrito um poema belíssimo para a garota e Belle permitiu que ele a cortejasse. Desde então, só conseguiam ver um Jean feliz da vida.

 Nesse meio tempo, Enjolras fez algo que não pensaria fazer outra vez, procurar seu pai. Quando entrou no escritório e viu seu pai fechar a porta, se sentiu uma criança novamente e sem nem mesmo falar algo começou a chorar. Seu pai não estava entendendo nada, mas suspeitou por alguns segundos, até que Enjolras começou a falar. Ele contou tudo ao seu pai, o que sentia por Belle e como estava se sentindo agora e a única reação que seu pai teve foi de abraçá-lo. Pela primeira vez em muito tempo os dois agiram mesmo como pai e filho. O pai de Enjolras até mesmo tentou convencer o filho a voltar para a casa, mas Enjolras apenas disse que precisava viver a vida dele e para a surpresa dele, seu pai respeitou e concordou com a sua decisão, deixando claro que qualquer coisa era só ele falar.

 Deitado em sua cama, estava pensando em tudo isso. Saiu de seus pensamentos quando ouviu batidas na porta. Não sabia quem era, não estava esperando ninguém e não estava vestido para receber alguém, apenas com uma calça preta velha e uma camisa branca. Quando abriu a porta, nunca esperava vê-la ali. Belle estava linda, com um vestido azul escuro e uma capa preta por cima, para não ser reconhecida pelos guardas do castelo, provavelmente, pensou.

 -Belle! O que... como você sabe que eu moro aqui? – ele perguntou meio confuso

 -Jean me disse. Quer dizer, ele disse para Emanuelle que você não parecia você e... – ela falou meio rápida e atrapalhada também.

 -E? – ele tentou incentivá-la, mas nem deu tempo. Enjolras só sentiu seus lábios serem pressionados pelos lábios dela. Foi um primeiro beijo contido, mas com sentimentos envolvido. Teve que admitir que ficou surpreso com essa atitude. Talvez Jean tenha contado algo a mais...

 -Enj, eu amo você – Belle disse assim que haviam terminado o beijo, olhando para ele. Enjolras não conteve o sorriso e o alívio.

 -Eu também amo você Belle – ele responde ainda sorrindo e agora passando as mãos nos cabelos da princesa. A princesa finalmente sorriu de verdade e antes que voltasse a beijá-la, Enjolras fechou a porta.

 O apartamento estava uma bagunça e Enjolras sabia disso. Depois que Belle entrou, o revolucionário começou a tirar as coisas de cima de uma mesa, de uma cadeira e outros móveis, fazendo a princesa rir. Ela caminhou até Enjolras segurando sua mão e dizendo que não precisaria fazer aquilo, para ela estava tudo bem. Enjolras se desculpou pela bagunça, mas disse que não estava esperando ninguém e se ela tivesse avisado, ele teria arrumado seu pequeno apartamento.

 -Então não foi só onde eu morava que Jean disse a Emanuelle não é? – ele pergunta e vê Belle soltar uma risada e olhar para chão. Quando ela voltou a olhá-lo, percebeu que ela estava um pouco corada.

 -Não... – ela respondeu – Por que você não tinha me dito antes? – ela devolve uma pergunta

 -Eu não sei – ele responde sincero – Acho que foi o medo. Medo de você não corresponder, medo de você ir embora de vez da minha vida, mas a verdade é que eu fui um covarde. Se tivesse dito antes que você é tudo que me importa, talvez você não se casaria amanhã – ele fala se lamentando – Talvez você fosse minha... – Enjolras mal conseguiu terminar, Belle já havia caminhado rapidamente em sua direção e tomado mais uma vez os seus lábios. Dessa vez o beijo foi diferente, foi mais urgente. Os dois entraram em perfeita sintonia e ambos estavam experimentando algo novo. No meio dos beijos, Enjolras sentiu as mãos de Belle na barra de sua camisa, a puxando levemente para cima – Tem certeza? – ele pergunta após para o beijo e Belle concorda com a cabeça – Me diz quando quiser que eu pare.

 -Nunca – ela responde e volta a beijá-lo com desejo.

 Enjolras nunca tinha pensado que aquela noite em que estava bêbado e perdeu sua virgindade com uma mulher qualquer, que nunca tinha visto antes iria ajudar em algo. Sabia que Belle ainda era donzela, então ele poderia conduzi-la sem a deixar nervosa.

 Primeiro foi sua camisa branca que foi tirada pela princesa. O corpo de Enjolras era um pouco pálido, mas por causa de todas aquelas corridas tentando fugir dos guardas, os músculos do abdômen se desenvolveram muito rápido. Agora somente de calça, Enjolras tentava desamarrar o vestido de Belle em meio aos beijos, mas não estava dando muito certo. Vendo que o homem estava meio atrapalhado, Belle não evitou dar um sorriso e começou a ela mesma tirar as amarras de sua veste. Interrompeu o beijo e se virou de costas para ele, assim ficaria mais simples. Agradecendo por dentro, Enjolras continuava a desamarrar o vestido e beijava o pescoço da princesa, sentindo seus cabelos serem acariciados pela mesma. Quando finalmente conseguiu, o vestido caiu no chão, mostrando Belle apenas com as roupas de baixo que rapidamente trataram de tirar também. Ao ficar completamente nua na frente de Enjolras, Belle corou e o líder logo voltou a beijá-la. Não demorou muito e logo a calça que ele vestia também fora para o chão. Enjolras a pegou no colo e cuidadosamente a colocou deitada na cama, sem interromper os beijos. Logo, começou a beijá-la no pescoço, nos seios e foi descendo, deixando uma trilha de beijos pelo corpo da amada, indo em direção a lugar onde nenhum homem jamais a tocara. Enjolras começou a beijar a parte entre as coxas e ouviu Belle soltar um gemido contido.

 -Gostou disso? –ele pergunta e ela concorda com a cabeça, então ele apenas continuou o que estava fazendo, apenas queria que ela sentisse prazer. Depois de um tempo parou ficou deitado sobre Belle apoiado em seus cotovelos. Enjolras percebeu que ela mantinha seus braços esticados para baixo e tinha entrelaçado seus dedos nos lençóis – Coloque suas mãos em minhas costas.

 -Mas e se eu te machucar? – ela fala preocupada

 -Você não vai me machucar – reponde e ela faz o que ele tinha pedido. Enjolras começou a afastar um pouco mais os joelhos dela enquanto a beijava e Belle não conseguiu evitar soltar um gemido de dor ao sentir Enjolras preenchê-la e de imediato, ele sente suas costas sendo arranhadas pelas unhas da princesa – Está tudo bem? – ele pergunta e Belle responde que sim. Começou então a fazer movimentos lentos para que ela se acostumasse com aquilo.

 Nos primeiros momentos Belle teve que admitir que havia doído bastante, mas depois de certo tempo havia ficado prazeroso, nunca tinha imaginado que era muito bom sentir Enjolras daquele jeito, dentro dela. Num movimento instintivo, Belle segura nos ombros de Enjolras e o faz deitar, ficando ela por cima, sentada nele.

 -Eu... eu não sei o que fazer – ela confessa para Enjolras, ficando corada. O homem se senta também levando suas mãos para as costas de Belle para segurá-la, mas depois uma das mãos passa pelo rosto dela e ele a envolve em mais um de seus beijos.

 -Não tem problema – ele diz – E não precisa ficar corada. Fazemos isso juntos – ele continua e oferece um sorriso para ela.

 Após um tempo, os movimentos pareceram quase instintivos e mesmo que às vezes doesse um pouco, cravava ainda mais suas unhas em Enjolras. Belle movimentava os quadris, assim ajudava a sentir mais prazer do que dor. Tudo aquilo parecia insano, mas era uma coisa de que nunca se arrependeria. Depois de muito trocar de posições, voltaram a inicial e Enjolras atingiu seu ápice enquanto ainda estava dentro dela. Ambos cansados e suados, deitaram-se de frente um para o outro. Belle se sentia exausta e dolorida, mas tinha se sentido tão bem que não haveria de reclamar. Enjolras havia a feito uma mulher e não poderia ter sido mais especial para a princesa. Ela entrelaçou seus dedos e ele depositou um beijo de leve em seu nariz, falando baixinho que a amava. Enjolras a puxou para mais perto e ela se deitou em seu peito.

 -Queria que pudéssemos ficar assim para sempre – ela fala

 -Assim como? Suados e cansados? – ele responde brincando com ela

 -Não bobo! Ficar assim, abraçados, nos beijando e fazendo amor o tempo inteiro – ela fala sorrindo e ele a abraça ainda mais forte.

 -Se você realmente quiser, podemos fugir agora mesmo e viveremos assim do jeitinho que você falou. – Enjolras responde – Não me oponho a absolutamente nada. – ele continua e deposita mais um beijo, mas agora em sua testa.

 Os dois ficaram mais um tempo ali abraçados e conversando, parecia surgir assunto atrás de assunto. O tempo passou e eles nem perceberam, quando viram, o céu já estava escuro. Subitamente, Belle se lembrou de que tinha combinado com Emanuelle de se encontrar no Musain para ela voltarem ao castelo com Bernard. Levantou-se rapidamente da cama e quando o fez, percebeu que havia sangue entre suas coxas, mas não daria tempo de limpar agora. Enjolras assustou um pouco e perguntou o que estava acontecendo e assim Belle lhe falou o que tinha combinado com a amiga. O loiro também se levantou, colocou sua calça novamente e começou a ajudar Belle a se vestir, mas não foi uma boa ideia. Ele se embaraçou quando tentou ajustar o vestido se atrapalhando muito mais e Belle não evitou gargalhar por um instante afirmando que ele daria uma péssima dama de companhia. Tentando desfazer os nós que ele próprio havia feito, os dois ouvem batidas na porta.

 -Belle, Enjolras? Sou eu, Manu – eles ouvem e Enjolras vai abrir a porta, mas antes colocou a camisa de volta – O que vocês fizeram? – ela pergunta e Belle acha que iria ouvir um sermão da amiga sobre se entregar a um homem que não fosse seu marido – Vocês quase estragaram a linha desse vestido! – ela fala caminhando em direção da princesa – Sua sorte Alteza, é que eu sou uma ótima amiga que ficou com uma pulga atrás da orelha quando a senhorita não apareceu no Musain. – ela fala arrumando toda a bagunça que Belle e Enjolras fizeram no vestido – É, sinto muito em te dizer Enjolras, você seria uma péssima dama de companhia – ela finaliza olhando para ele que esboça um sorriso.

  -Eu disse! – Belle fala animada

  -E você pode esperar ai – Manu fala – Vou arrumar o seu cabelo também. Olha isso, toda descabelada! Enjolras, preciso de uma escova – ela fala e Enjolras começa a procurar sua escova de cabelo. Assim que acha, entrega a escova para a lady.

 Enquanto Emanuelle escovava os cabelos de Belle, as duas amigas conversavam um pouco baixo e Enjolras não queria atrapalhar. Ele só ficava observando sua amada e o quanto ela era bonita. Belle percebeu pelo espelho que ele a olhava e sorriu para ele, que devolveu o sorriso no mesmo instante. Quando Manu terminou, falou que elas deveriam correr porque Bernard já estava as esperando tempo demais e avisou que ele estava nessa rua já com a carruagem. Manu já tinha saído do quarto para ir à carruagem e também para dar privacidade ao casal. Os dois se despediram e Belle selou seus lábios mais uma vez. Quando ela estava atravessando a porta, Enjolras não aguentou. Ele a pegou por um dos braços e a trouxe para mais perto, dando um beijo mais apaixonante e selvagem, por assim dizer.

  -Eu amo você Belle – ele disse colando sua testa com a testa dela e segurando o rosto dela com suas mãos – Amo muito, mais do que eu poderia imaginar.

  -Eu também te amo muito, Enj – ela responde colocando suas mãos em cima das mãos deles – Mas agora eu tenho que ir – ela disse com uma voz de choro – Nunca se esqueça de mim, promete?

  -Eu prometo meu amor – ele responde também com uma voz de choro e vê-a sorrir

  -É a primeira vez que você me chama de “meu amor” – ela fala e ele afirma com a cabeça. Belle apenas se afasta e depois vai embora. Da janela, Enjolras conseguia a ver entrando na carruagem e nesse momento o pouco de alegria que tinha revivido nele, morria novamente, porque agora ele sabia que mesmo correspondendo os seus sentimentos, Belle ainda teria que se casar com aquele duque da Prússia.


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Notas finais do capítulo

Bom, é isso ai! Me digam o que vocês acharam... é a primeira vez que eu faço um hentai, então eu necessito da opinião de vocês.
Obrigada por acompanharem a história e beijos!!



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