A competição - Swanqueen escrita por Agth


Capítulo 10
Capítulo 10


Notas iniciais do capítulo

Eu estava preparando uma fic after batalha final e tals, mas não acho que consigo mais... Gente eu preciso assistir o ep!



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Meus olhos se abriram lentamente ainda pesados do sono. Minha mão direita estava formigando, quase dormente, tentei mexer os dedos, mas só senti uma agonia. Pisquei novamente e vi uma cabeleira escura na minha frente. Respirei fundo e senti seu cheiro doce e suave de maçã. Meu braço esquerdo esta por cima de sua cintura por fora da coberta que nos cobria, nossas pernas se encaixava.

Seria a posição perfeita de se dormir a não ser sua mão dormente que parecia precisar ser amputada. Então entrei num dilema: deixar minha mão ser amputada e ficar ali abraçando Regina enquanto ela dormia ou tentar, do melhor jeito possível, tirar meu braço de debaixo de sua cabeça sem acorda-la.

Levantei um pouco a cabeça para certificar de que ela estava realmente dormindo. Deitei a cabeça no travesseiro novamente e respirei fundo. Podia torcer para que ela acordasse o mais rápido possível e assim minha mão estaria salva ou poderia acorda-la. Mexi meus dedos para me certificar que eles ainda recebia oxigênio.

—Beleza_ Pensava. _ se eu levantar o seu cabelo eu posso ver se há espeço para passar minha mão sem acorda-la.

Fui juntando o seu cabelo de pouco a pouco e ela se mexeu fazendo com que eu parasse instantaneamente como se aquilo fosse uma atividade ilegal. Prendi a respiração até ela parar de se mexer. Me certifiquei novamente que ela estava dormindo e voltei a mexer em seu cabelo. Seria melhor eu acorda-la carinhosamente do que continuar com essa tortura. Larguei seus cachos e me preparei para acorda-la

—Acho melhor você continuar com esse carinho._ sua voz rouca preencheu o quarto.

—Minha mão está dormente._ resolvi acabar com aquilo logo.

—Oh, desculpe-me._ ela levantou o pescoço para eu tirar o braço e se virou para mim.

—Ai, vou ter que amputar! Não sinto os meus dedos!_ ela riu, não me cansaria tão cedo daquele sorriso.

—Deixa de ser besta, Emma._ pegou minha dormente e eu fiz uma careta._ Até parece uma criança!_ ela beijou minha mão. _ Melhor?

—Ainda acho que precisa ser amputada._ eu sorri para ela de um jeito que denunciava minha cara de pau.

—E agora senhorita?_ beijou novamente minha mão.

—Sabe, agora está melhorando... Entretanto acho que vai precisar de mais um beijo.

—Deixa de ser palhaça, Emma._ colocou uma mão em minha cintura.

—Olha, até que você não acorda tão mal, até acordou bonita..._ levantei uma sobrancelha e dei um sorriso de canto.

—Posso dizer o mesmo de você, só está com uma olheira de leve._ rimos juntas._ que horas são?

—deve ser umas oito._ me virei e peguei meu celular. _ sete e trinta e sete, meus pais ainda devem estar dormindo..._ quando me virei novamente para ela, Regina esta mais perto do que me lembrava e encostou seus lábios nos meus em um selinho longo.

—Bafo matinal, eu devo estar..._ não consegui formular uma resposta da forma correta.

— Não importa, sei que você queria, mas não tinha coragem._ Ponto, ela estava certa.

—Não posso admitir isso, minha cara. _ ela fez uma cara de descrença._ o que?

—Emma, admita: você não consegue dar os principais passos.

—Oi?

—Deus!_ ela suspirou._ Você é tão inteligente para outras coisas! Emma, eu sei que é difícil para você dar esses passos, não precisa ter medo._ disse de modo suave, tranquilizador. Apertou minha cintura tentando passar confiança através do toque.

—Okay! Eu admito! É tudo muito novo para mim e ás vezes fico receosa.

— Mas comigo não precisa, tudo bem? Também não precisa ficar vermelha!_ ela riu e eu não pude deixar de dar uma gargalhada.

—É inevitável!_ me escondi debaixo da coberta. A senti remexendo na cama e pensei que ela levantaria, mas  logo depois ela abaixou mais o corpo e cobriu a cabeça também. Ligou o celular e deu play em musica num volume audível apenas para nós duas.

Era New Romantics da Taylor Swift. Ela começou a cantar, sussurrando na verdade a letra da musica junto com a cantora.

Cause baby I could build a castle

Out of all the bricks they threw at me

And everyday is like a battle

But every night with us is like a dream

We're the new romantics

Come along with me

 

Heartbreak is the national anthem

We sing it proudly

We're too busy dancing

To get knocked off our feet

Baby were the new romantics

The best people in life are free


Please take my hand and

Please take me dancing and

Please leave me stranded

It's so romantic, so romantic

Ela tomou minha mão na sua e chegou mais perto de mim.

—Quem imaginaria, principalmente quem nos viu brigando naquele jogo, que estaríamos assim... _Sua mão livre ela colocou entre meu rosto e a coberta. Outra música já estava começando e eu nem me importava em saber qual que era. Estávamos sendo iluminadas apenas pela claridade vinda da tela de seu celular. Minha respiração já estava se misturando com a dela e já estava esquentando estar debaixo daquela quantidade de pano. Fechei os olhos quando senti seus lábios roçarem nos meus.

Abri levemente meus lábios apenas deixando me levar pelos de Regina. Sua mão apertou mais a minha cintura enquanto que sua língua brincava com a minha. Um alerta vermelho soou no meu cérebro quando eu ouvi passos no corredor. Afastei-me bruscamente de Regina e descobri as nossas cabeças. Por um momento ela ficou confusa até perceber do que se tratava quando minha mãe bateu na porta do quarto.

—Meninas?_ abriu um pouco a porta colocando sua cabeça para dentro do quarto._ O café já está pronto.

—Tudo bem mãe, já descemos._ eu avisei. Minha mãe fechou a porta e Regina começou a rir. _ O que foi?

—Você ficou bastante assustada.

—E não era para ficar?_ comecei a rir contagiada de sua risada.

—Vamos, Emma._ deu um selinho e levantou da cama. Pegou um elástico de cabelo e prendeu os fios negros sem ao menos desembaraça-los. Eu continuei olhando para ela. _ vai ficar deitada aí, princesa?

— Não._ levantei da cama e andei até a porta sendo seguida por ela.

Descendo as escadas eu já podia sentir o cheiro gosto do café da manhã, panquecas, como sempre, bacon, ovos.

Quando entrei na cozinha meus pais estavam rindo.

—David, a panqueca vai queimar!_ Mary disse enquanto era abraçada por detrás pelo meu pai que sorria. 

—Tá bom, tá bom._ meu pai largou minha mãe e foi para o fogão.

—Bom dia garotas._ mamãe disse para nós que continuávamos paradas  perto da porta.

—Bom dia, Mary. _ Regina  puxou uma cadeira e se sentou._ Bom dia, David.

Papai se virou colocando panquecas no prato que estava em frente à Regina e depois no meu. Eu estava estranhando toda aquela felicidade dos dois.

Minha mãe colocou minha caneca com chocolate quente e canela em minha frente e chocolate quente para Regina. Depois se sentou ao lado de meu pai que comia bacon e ovos mexidos e tomava suco de laranja.

—Por mais que vocês sempre foram um casal feliz e tudo mais... Hoje tem algo diferente._ analisei os dois quando eles se olharam.

—Uai, Emma!_ Regina exclamou.

—Não,_ dizia com convicção_ Tem algo diferente aqui._ olhei para ela que me encarava confusa.

—Eles estão felizes, Ems.

—Sim. Estão!_ apontei para eles com o garfo _ Eles são felizes, mas hoje estão mais.

—Estamos felizes por você, filha._ meu pai disse quando engoliu a comida._ semicerrei os olhos para ele quando minha mãe começou a rir._ Tá vendo, Regina? Tem algo aí!_ Minha mãe pegou na mão de meu pai._ Olha, olha, olha. Desembuchem!_ disse autoritária tentando segurar o riso, coisa que Regina e meu pai não conseguiam mais.

—Emma, _ minha mãe começou._ Eu acho que estou grávida!

Tudo bem! Só deixei meu garfo cair na calda da panqueca. Grávida? Grávida? Depois de quase dezessete anos? Depois de meu cérebro carregar como o Explorer um sorriso formou em meu rosto. Eu vou ter um irmão ou irmã!

—Emma?_ papai me perguntou.

—Eu vou ter um irmãozinho? Depois de dezessete anos?!

—Parece que sim, né?_ Regina disse sorrindo.

—Não estava nos planos..._ interrompi minha mãe com um abraço._ Oh... Por isso não esperava. Pensei que surtaria. 

— Um pouquinho levando em conta a sua idade...

—Também fiquei um pouco preocupada, mas vai dar tudo certo, meu bem._ minha mãe passou a mão em meu rosto._ seu chocolate vai esfriar...

Voltei para o meu lugar a mesa ao lado de Regina, depois do café da manhã subimos para arrumar o quarto. Iriamos estudar durante a tarde, ao menos era o plano.

Regina dobrava a coberta.

—O que você achou da noticia?

—De ganhar um irmão?_ peguei a outra ponta da coberta. _ Adorei, mas não posso negar que estou preocupada.

— Vai dar tudo certo Emma._ Peguei a coberta e a guardei no guarda roupa enquanto que ela forrava a cama.

Troquei de roupa colocando um calça folgada e uma blusa de linha vermelha, penteei meus cabelos e os prendi. Sai do banheiro de óculos, um Ray-ban quadrado e preto, bem nerd.

—O que é isso na sua cara?!

—Um óculos?

—Você usa óculos? Nunca te vi de óculos_ coloquei a mão no meu peito e abri mais os olhos.

—O quê? Isso aí, não era mesmo notada naquela escola. Já fui de óculos várias vezes! Uso lentes e, ás vezes, tenho que tira-las.

—Você até que fica fofa._ veio apertar minhas bochechas e esquivei.

—Porque não vai trocar de roupa e assim podemos estudar?_ dei um sorriso amarelo. 

—Tá bom._ deixou os braços caírem ao lado do corpo e foi até a mochila para pegar uma roupa.

Quando ela saiu do banheiro eu já estava com os livros separados. Ela estava com calça jeans e uma blusa de frio roxa.

Estudamos seriamente sem nenhuma interrupção até o horário do almoço.

Quando meu pai veio nos chamar eu estava sentada no chão com o notebook no colo e um bloco de anotações enquanto Regina estava sentada na cama com as pernas cruzadas rodeada por nossos cadernos e livros, tinhas ficado presas em um problema de que reagente usar.

—E se usássemos esse ácido?_ mostrei a foto de uma fórmula.

—Você já me mostrou essa.

—Meninas? Porque não saem um pouco desse quarto para almoçar?

—Já? Nem vi o tempo passar._ disse me levantando e colocando o notebook na cama.

Descemos para almoçar e depois arrumamos a cozinha, os quatro juntos.

Passamos o resto da tarde estudando e conseguimos, depois de analisar muito,  a resposta para o problema que estava na questão anterior.

—Emma.

—Hum.

—Emma.

—Oi?_ me virei para ela. _Desculpa, tava concentrada aqui.

—Emma eu estou com medo.

—De que?_ Ela desceu da cama e sentou ao meu lado.

—Dessa nossa bolha estourar amanha. O que nós estamos vivendo hoje, essa... perfeição, acabar amanhã.

—Por que diz isso?

—Não sei... Medo?_ ela me olhou.

—Não precisa ter medo eu vou estar aqui._ estendi a mão e entrelacei os meus dedos nos dela.

Regina sorriu e eu beijei sua testa.

—É... acho que estou apaixonada por você._ ela disse.

Encarei seus olhos castanhos que brilhavam intensamente, eu poderia me perder facilmente ali e passar horas e mais horas encarando aquelas íris.

Cheguei mais perto de seu rosto e encostei meus lábios nos seus. Sua língua pediu passagem e eu cedi.

Está aí uma coisa que eu não me cansaria de fazer nunca: beija Regina e ser beijada pela mesma.

O beijo se intensificava cada vez, hormônios talvez.  Eu já não pensava mais racionalmente como costumo fazer, perdi o resto da sanidade quando ela mordeu minha orelha e eu me arrepiei toda.  Da orelha ela foi dando pequenas mordidas pelo meu queixo e voltou a me beijar.

Não sei como minha mão foi para dentro de sua blusa e eu já estava deitada no chão de meu quarto com ela por cima de mim. Passava a mão em seu abdome liso e acordei daquele transe quando meus dedos encostaram no tecido de seu sutiã.

— Regina..._  fui parada por mais um beijo. Céus como eu poderia querer para aquilo. _Regina._ segurei em seus ombros. Ela deve ter percebido algo em meu olhar e se consertou sentando ao meu lado e eu continuava deitada.

—Emma, desculpe-me se estou...

—Não!_ ela se assustou com meu quase grito. _Sim! Espera, não!_ me levantei soltando um gemido da garganta. Eu sabia que estava vermelha. _Regina,_ peguei em sua mão. _ Eu... Eu... nunca fiz isso é de se imaginar já que eu nunca havia beijado antes e...

—Eu entendo Emma._ ela sorriu

—Não que eu não queira fazer, eu quero eu só não sei como..._ ela começou a rir.

—Eu já entendi Emma, não precisa se preocupar e se embolar com as palavras.

—É, acho que me apaixonei mesmo por você. _ beijei sua mão e ela me deu um selinho mais demorado. _Regina?

—Sim?_ ela respondeu quando abriu os olhos.

—O que nós somos? _ perguntei receosa e percebi que ela se ajeitou sobre suas pernas. Talvez aquela pergunta fora totalmente desnecessária para o momento e eu me arrependia mentalmente.

Ela limpou a garganta e tomou fôlego.

—Bem, não sei... O que você acha?_ ela foi cuidadosa com sua pergunta.

Talvez estávamos indo rápido ou talvez não. Eu não sabia! Em minha cabeça existia um emaranhado de fios que quando eu tentava desembolar eu sempre me embolava mais!

—Talvez essa pergunta minha foi um tanto quanto idiota, desculpa._ desviei o meu olhar dela para as nossas mãos.

—Vamos descobrir depois._ sua voz suave me fez levantar a cabeça novamente para olha-la, ela estava sorrindo e aquela mexa de cabelo tinha caído novamente, com a mão livre a coloquei atrás de sua orelha e acariciei a sua bochecha enquanto ela fechava os olhos. Me inclinei e beijei os seus lábios.


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