Rieseltia escrita por Khaos


Capítulo 20
Spin-off 1 - Parte 1


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal! Vindo com uma novidade dessa vez. Um spin-off! É a primeira parte dele, espero que gostem! A segunda parte sairá mais para frente.



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— Você está grávida. — Falou a doutora com um sorriso.

A mulher a sua frente, Velzado, congelou. Suas mãos tremeram e seus olhos ficaram marejados. Seus longos cabelos negros balançaram lentamente conforme ela se virou para o homem ao seu lado e falou com a voz rouca:

— Ra-Rason...

O homem de cabelo marrom ao seu lado a olhava abobado, como se a sua mente ainda estivesse processando o que a doutora tinha falado. Aos poucos, um sorriso foi aparecendo no seu rosto e ele colocou as mãos na cabeça.

— Eu vou ser pai... Vel, eu vou ser pai! — Rason exclamou abraçando a sua esposa.

Os dois continuaram abraçados por um momento. A vida dos dois estava passando diante de seus olhos.

A mulher, Velzado, era a segunda filha da imperatriz do país Mane. Desde muito jovem ela foi considerada uma prodígio. Sua família decidiu mandá-la para a única escola do mundo, Rieseltia, para que ela pudesse desenvolver ainda mais os seus poderes e ficar ainda mais forte.

Lá, ela conheceu Rason, o filho único de um dos maiores pesquisadores do mundo. Usando os seus contatos, o seu pai conseguiu uma vaga para ele, mesmo que não tivesse nenhum poder.

Os dois se conheceram no primeiro dia da escola e se tornaram bons amigos. Com o passar dos anos, essa amizade se transformou em amor e os dois começaram a namorar.

O único problema seria convencer a família de Velzado. Isso, no entanto, não foi muito difícil. Sendo o filho de um grande pesquisador, assim como uma pessoa muito inteligente, Rason conseguiu uma boa relação com a família dela. Além disso, por ser a prodígio da famíia, Velzado conseguiu ter uma boa liberdade.

Seis meses depois que saíram de Rieseltia, os dois se casaram. Três meses depois, eles descobriram que Velzado estava grávida.

Os dois se levantaram apressados e agradeceram muito a doutora. Felicidade exalava deles.

Velzado correu para a sua casa para avisar a sua família. Uma grande festa foi feita para comemorar. Todos estavam torcendo para que viesse uma menina, para herdar o trono e os negócios da família.

Rason, por outro lado, correu para o seu pai, para dar a notícia. Mesmo que fosse viciado nas suas pesquisas, o senhor as largou imediatamente para comemorar com o filho.

Os outros seis meses de espera foram os melhores dias da vida do casal. Era como se tivessem renascido.

Seis meses se passaram, até o dia em que Velzado foi para o parto. Rason segurando forte a sua mão. Horas se passaram até que um choro ecoou pelo quarto. O choro de um menino.

Os dois olharam com lágrimas para a criança. Eles não se importavam que ele não era uma menina. A única coisa que importava é que era o filho deles.

Após ficar no hospital por mais dois dias, tanto a mãe quanto o filho tiveram alta. O que se seguiu foi uma das maiores festas que já se viu em Mane.

Até mesmo a mãe de Velzado não conseguiu se segurar ao ver a criança. Nenhum pensamento ruim passou pela sua cabeça por ser um menino. A felicidade transbordava por ela.

Naquela noite, enquanto festejavam, Velzado não largou a criança. Quando perguntada sobre o nome dele, ela olhou para o marido com um sorriso e falou:

— Pegamos a primeira sílaba dos nossos nomes e as juntamos. O nome dele será Ravel.

Todos elogiaram o nome. E a festa continuou. Quando ela acabou, Velzado e Rason levaram o garoto para uma identificadora.

Era comum os pais levarem os filhos e filhas para terem os poderes identificados  logo após o seu nascimento. Mesmo que fosse um garoto, os dois ainda tinham esperanças. Pessoas com a habilidade de identificar o poder dos outros eram muito raras, então elas eram muito bem pagas por todo o mundo.

O sonho dos dois se transformou em um pesadelo nesse dia.

Logo que chegaram, a mulher colocou Ravel em cima da mesa e começou a ativar o seu poder. Aos poucos, um sorriso se abriu no seu rosto.

— Ele tem poderes! — Exclamou ela animada.

— Sério? — Perguntaram os pais juntos. — Qual é?

— Só um momento, estou tentando identificar.

Sua mão continuou passando por cima da cabeça do menino por mais um minuto, até que ela parou. O seu sorriso foi desaparecendo e se tornou uma expressão horrorizada.

— O que houve? — Perguntou Rason, confuso com a expressão da mulher.

— E-Ele tem o Lúcifer! O demônio lendário Lúcifer! Preciso avisar... — A mulher gritou aterrorizada e se virou para correr, mas no mesmo instante uma espada passou pela suas costas, perfurando o seu coração.

Rason olhou assustado para Velzado, que era quem estava segurando a espada.

— Vel, o que fazemos?

A mulher fez a espada desaparecer e mordeu a unha aflita. Se a sua família descobrisse que o garoto tinha poder, ainda mais um tão grande e tenebroso eles com certeza tentariam se aproveitar para aumentar a influência mundial do país.

Ela não se importava qual era o poder dele. A única coisa que importava é que ele era o seu filho e ela iria protegê-lo.

— Precisamos tirar o Ravel daqui. Rason, você pode continuar as suas pesquisas, não importa o local, não é?

O homem concordou rapidamente com a cabeça.

— Você vai se mudar com o Ravel. Irei informar para a minha família que ele não tem nenhum poder. Vou tentar inventar algo para fazer com que elas não se importem com ele.

— M-mas Vel... Você é a líder da guarda do país. Não pode se mudar... Está me dizendo para levar ele e cuidar sozinho!? — Rason estava em choque.

— O que mais podemos fazer!? Minha família vai querer usar ele! E isso eu não vou permitir! Irei me virar para fazer com que a minha ausência não cause nenhum problema para ele.

— Vel, como líder da guarda você nunca tem férias... Ravel vai sentir a sua falta!

— Ele vai entender! Quando ele for mais velho poderemos explicar-lhe tudo e ele vai entender. Me da calafrio só de pensar no que a minha família iria querer fazer com ele se descobrisse o seu poder...

Rason cerrou os dentes. Se alguém olhasse bem, perceberia que uma lágrima tinha escorrido pelo seus olhos. Por que? Por que o filho deles tinha que ter um poder desses!?

O homem concordou com a cabeça. Não se passou nem uma semana e ele se mudou com o garoto, da capital para uma cidade de tamanho médio, Liere. Velzado conseguiu fazer com que a sua família não se importasse com a mudança do garoto.

Enquanto observava a carruagem com o seu marido e filho se afastar pela estrada, lágrimas escorreram sem parar pelo seu rosto.

— Me desculpe, Ravel. Me desculpe, mas essa é a única maneira. Se eu te deixasse aqui você nunca conseguiria crescer como uma criança normal. Quando for mais velho você entenderá, eu tenho certeza.


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Notas finais do capítulo

Então, gostaram? Descobrimos por que a mãe do Ravel nunca o visitava. O que será que vai acontecer na parte 2? Aguardem!



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