Rieseltia escrita por Khaos


Capítulo 14
Capítulo 13 - Grande Batalha no Bosque II


Notas iniciais do capítulo

Postando o capítulo 13! Ele ficou grande, por isso levou um tempo para ser feito. Espero que gostem!



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Ponto de vista de Robin.

Robin estava de frente às 4 líderes das Elementais. Não importa quantas vezes ela entre nessa sala, sempre a pressão fará com que ela fique sem voz. Na opinião dela, a sua frente estavam as quatro pessoas mais fortes de Rieseltia, mas isso não passava de sua opinião.

— Não aceitaremos nada menos do que o primeiro lugar. — Disse uma delas com a voz rouca. — Você sabe o que acontecerá se falhar.

As pernas da garota estavam bambas e o seu coração acelerado. A pressão era imensa.

— Você sabe com quem você deve tomar cuidado, não? — Peruntou outra.

— Sim, com as outras seis representantes.

— Alguém mais? — Ela pressionou.

— Vivian? — Robin falou, insegura. Ela não estava depreciando a antiga colega, mas na sua opinião não perderia uma luta para a Vivian.

— Sim... — Falou outra. — Ela já foi uma de nós, não a subestime. Além disso, tome cuidado com o Estrategista. Afinal, ele provavelmente está escondendo algo sobre o seu poder. Não podemos acreditar totalmente na informação que recebemos.

— Certo. Tomarei cuidado. — Garantiu Robin.

— Muito bem. Você está liberada. — Falou a última das líderes.

Robin saiu da sala com pernas trêmulas e a respiração acelerada. Do lado de fora, ela viu um rosto conhecido.

— Fredrica? O que está fazendo aqui? — Perguntou ela surpresa.

— Eu sei que você tem medo delas. Vim aqui ver como você está. Tudo pronto para o evento?

Fredrica é um membro das Elementais, além de grande amiga de Robin.

— Não se preocupe, tenho um plano muito bom.

— Certo. Estarei acompanhando da arena. Boa sorte!

A amiga acenou e saiu. Robin olhou para o relógio e viu que faltavam vinte minutos para o começo do evento. Ela saiu da mansão e foi para o bosque.

Chegando no lugar que a aliança dela iria sair, a garota viu as outras quatro pessoas conversando sobre o plano.

— Ah, você chegou, Dama do Veneno. Estamos feliz de ter você do nosso lado. Fizemos um plano muito bom.

— Deixe-me avisá-las. Não tenho nada contra vocês, mas estarei andando sozinha no evento. Vocês só me atrasariam.

As quatro não ficaram felizes, mas não falaram nada. Elas eram de uma facção do anel inferior do nível médio, então provavelmente não eram fortes.

Nesse momento, uma professora se aproximou delas e começou a passar as informações. Robin não prestou muita atenção, mas quando a professora falou que elas podiam entrar, a garota saiu correndo para dentro do bosque.

Robin se separou das ”companheiras” sem falar nada. Seu plano era usar os seus poderes para derrotar a aliança oito. Com sorte ela conseguiria derrotar a Mamba-Negra sem precisar lutar.

Ela correu por um tempo, até chegar a um arbusto. Então se abaixou, para se esconder, e esticou as mãos.

Curare

Um gás levemente esbranquiçado começou a sair da sua mão e se espalhar. Ele lembrava muito uma névoa. Robin mexeu na sua concetração para que apenas paralisasse os músculos, e não ser letal.

Logo a região que ela estava foi coberta pelo gás. Não o suficiente para tampar a visão das pessoas, mas o suficiente para atrapalhar. Como o seu poder era manipular veneno, o gás não fazia efeito nela.

— O que é essa névoa? Não sabia que tinha isso no bosque. — Robin ouviu alguém falar.

Cinco garotas apareceram caminhando pela névoa. No entanto, elas não eram a aliança oito. A Mamba-Negra não estava entre elas.

Enquanto pensava isso, quatro pessoas apareceram do nada e começaram a atacar as outras cinco. Agora sim, era a aliança oito. Pelo que parecia, elas tinham usado o gás para emboscar a outra aliança.

Para Robin, no entanto, esse era um resultado melhor do que ela esperava. O veneno faria efeito em alguns minutos. Tudo que ela precisava era torcer para ninguém ser derrotado antes.

Ela poderia se revelar e lutar contra elas, mas Robin não gostava de lutar diretamente. Para ela, a melhor coisa para se fazer é emboscar os inimigos e derrotá-los usando o seu poder. Era por esse motivo que ela treinou bastante o seu comando sobre veneno.

Robin conseguiu ver as cinco coçando os olhos, depois de dois minutos. O veneno paralisava primeiro os dedos, depois os olhos e orelha.

Passados três minutos, como se tivesse sido combinado, as noves garotas caíram para o lado, imóveis. No comunicador, Robin ouviu uma voz falando que ela tinha derrotado nove pessoas. Nem mesmo ela esperava que todas fossem perder ao mesmo tempo. Ela esperava que o veneno tivesse eficácia diferente em cada uma delas, mas todas caíram ao mesmo tempo.

Deixando as garotas lá, Robin saiu pelo bosque. Se quisesse ficar em primeiro lugar ela precisaria de mais pontos. Pelo que parecia todo o seu grupo já tinha sido derrotado, mas ela não se importava.

O que a incomodava era não ter conseguido derrotar a Mamba-Negra. Isso diminuiria o número de ameaças. Suspirando, ela continuou sem rumo pelo bosque.

Ponto de vista de Melanie.

Melanie chegou cedo no bosque. Cerca de uma hora antes do desafio. Mesmo sabendo que as companheiras de aliança chegariam apenas um pouco antes, ela gostava de chegar cedo.

Sentando-se no chão, a garota começou a planejar o que elas iriam fazer ao entrar no bosque. Embora fosse, se duvidar, a aliança que eles mais deveriam tomar cuidado, Melanie queria enfrentar a aliança dois. Eles tinham dois membros que a intrigavam muito. Na verdade, o desenvolvimento deles a deixava curiosa.

Em primeiro lugar, a garota que era conhecida nas facções de nível alto como a Frenesi de Areia. Quando estava nas Elementais, Melanie não a achava consideravelmente forte. Pelo menos ela sabia que não perderia em uma luta. No entanto, após entrar nos Cavaleiros Dragões, o seu desenvolvimento explodiu. Ela parou de depender apenas de ataques frontais e seu controle sobre a areia melhorou muito.

E, finalmente, a pessoa que provavelmente ocasionou a mudança na anterior, o Estrategista. Ele fazia jus ao título de pupilo da melhor estrategista do mundo. Quando Melanie parou para analisar os passos dele, desde que entrou na escola, tudo começou a fazer sentido. Ele conseguiu enganar todo mundo. Além disso, o boato que se espalhou é que ele tem a habilidade de copiar o poder de quem tocar. Um poder flexível para um grande estrategista, isso o deixava assustador.

Mas mesmo com esses dois, Melanie ainda não acreditava que perderia. Em uma luta dois contra um até seria possível, mas em uma luta de um contra um, isso não aconteceria. Essa confiança toda vinha de sua lança. Ela tinha o sétimo fragmento da lança sagrada, Gungnir.

Enquanto a garota tinha esse pensamento, as quatro outras pessoas chegaram. Elas faziam parte da facção Espelho Enevoado.

No tempo que restava até o início do evento, Melanie conversou com elas sobre o seu plano. Uma professora apareceu logo depois e passou várias informações para elas.

Depois disso, liberou-as para entrar na floresta. Melanie tinha falado que queria enfrentar a aliança dois, mas conversando com as companheiras elas decidiram enfrentar a aliança três. Tirar a Dama do Veneno seria importante.

Demorou cerca de três minutos até que elas encontrassem as pessoas da terceira aliança. Porém, apenas quatro pessoas estavam presentes. Não tinha nenhum sinal da Dama do Veneno.

Melanie deu o sinal e as quatro cercaram os oponentes. Ela ergueu a mão e falou:

Confio a ti o campo de batalha, Gungnir

Sua mão brilhou e nela apareceu uma lança, com quase dois metros de comprimento. Uma faixa vermelha saía do seu cabo e balançava com o vento. O poder divino que irradiava dela fazia os oponentes tremerem.

Uma investida foi o que ela precisou. Com uma investida e quatro cortes da lança, todas as garotas da aliança inimiga desabaram.

— Bom trabalho! — Incentivou Melanie, batendo a lança no chão. As companheiras deram um sorriso amargo, visto que não fizeram praticamente nada.

— Vamos descer agora. Nosso objetivo é a aliança dois. — Afirmou Melanie, se virando e começando a caminhar.

As outras quatro garotas se olharam, acenaram com a cabeça e a seguiram.

Ponto de vista de Sophy.

Sophy estava andando sozinha na mansão das Serpentes Venenosas. Ela tinha acabado de conversar com a líder da facção. O motivo da conversa foi sobre o evento. A princípio, eles não iriam participar, mas decidiram se inscrever para ver o nível da nova facção.

Por esse motivo, Sophy foi escolhida para participar dele. Ela tinha o estranho mal habito de ficar observando o seu adversário enquanto ele lutava contra a sua invocação.

Ela verificou a bolsa, presa na cintura, para ver se estava levando tudo o que precisava. Dentro dela estava a coisa mais importante que ela precisava em uma batalha.

Se espreguiçando, a garota foi para o bosque. Nenhuma das suas “companheiras” de time falou com ela, por isso deduziu que a mensagem de que iria estar agindo sozinha já tinha sido passada.

Logo após a professora liberar a entrada, Sophy tirou um frasco com sangue do bolso e começou a desenhar no chão.

Mãe das serpentes, grande oráculo, me empreste uma de suas crias. Uma serpente veloz, feroz e venenosa. Que os meus oponentes consigam sentir na pele as suas presas, e no corpo o seu veneno mortal. Todos que a mim se opõem devem acabar mortos!

O desenho brilhou com o fim do encantamento. Uma grande serpente marrom, com cerca de três metros, apareceu em cima dele. Ela se moveu lentamente para perto de Sophy, até ficarem cara a cara. A garota deu um sorriso e a agradou.

— Já faz um tempo, não é?

A cobra se encostou nela, como se estivesse agradando-a. Sophy passou as ordens para ela. Diferente de vezes anteriores, as duas iriam se mover juntas. Como se estivesse respondendo, ela abriu a boca, mostrando um interior quase preto.

Sophy correu pelo bosque, enquanto a serpente ia deslizando pelo seu lado. A garota não conseguia ver muita coisa, mas seus ouvidos estavam atentos. Não que fosse ser muito necessário, pois a sua invocação era muito boa para localizar inimigos.

Alguns minutos se passaram até que a Mamba-Negra sibilou. Inimigos estavam próximos. Sophy mandou ela subir na árvore mais próxima e se escondeu. Quatro garotas estavam caminhando, mas pararam e olharam atentamente para onde ela estava escondida.

— Oh? Alguma de vocês tem poder sensorial? — Perguntou ela saindo de trás da árvore. A cor sumiu da face delas.

— Corram! — Gritou uma das garotas. — É a Mamba-Negra!

— Tarde demais.

Com um barulho forte, a serpente caiu da árvore, bem em cima de uma delas. Suas presas apareceram e ela a mordeu.

A cor sumiu do rosto das demais. O desespero tomou conta delas, enquanto tentavam sair correndo para lados diferentes. Porém, isso não adiantou nada. A Mamba-Negra foi indo de uma em uma, derrotando-as.

Sem se importar com a carnificina na sua frente, Sophy estava mexendo na bolsa que tinha na cintura. De dentro dela, ela tirou quatro seringas, com um líquido transparente.

— Soro antiofídico, para não termos nenhum acidente desnecessário. — Murmurou ela, injetando o líquido nas quatro derrotadas.

Sophy sempre carregava várias seringas de soro quando ia lutar com alguém. O motivo é a poçonha da Mamba-Negra. Ela é tão potente que seria capaz de matar um ser humano adulto com apenas duas gotas.

Nem era preciso dizer que, se isso acontecesse, Sophy iria se envolver em muitos problemas. Assim, ela era bem precavida.

A serpente ficou ao seu lado enquanto ela aplicava o soro. Logo que acabou, Sophy se virou para ela e disse:

— Acabamos por aqui. Vamos procurar o prato principal?

Com um grande sorriso ela saiu correndo pelo bosque.

Ponto de vista de Blanca.

Blanca estava no seu quarto, com um pano na mão, quando ouviu alguém bater na porta. Uma garota alegre e pequena a abriu.

— Marva? Algum problema? — Perguntou Blanca curiosa.

— Só vim ver se você estava pronta para o evento. Limpando suas armas de novo? Não se cansa de fazer isso?

— Gosto de manter meu equipamento limpo. — Disse ela olhando para um par de adagas e uma espada longa, que estavam em cima da cama.

— Afinal, por que você usa armas? Você é uma invocadora...

— Não posso depender sempre do Cerberus. — Ela falou enquanto prendia as adagas na cintura e a espada nas costas. — Estou indo. Me deseje sorte.

— Claro! Estarei acompanhando da arena. — Respondeu Marva com um sorriso.

Com isso dito, Blanca saiu do dormitório e foi para o bosque. As outras pessoas da aliança estavam a esperando, mas ela não as deu atenção, só ouviu o que a professora tinha a dizer sobre o evento.

Seu objetivo era conseguir a melhor colocação possível. A líder da sua facção falou que ela não precisava se esforçar muito, mas como ela já estava lá, Blanca iria dar o seu melhor.

Com a permissão da professora, as outras quatro garotas entraram correndo no bosque, mas Blanca ficou parada. Ela tirou um frasco com sangue do bolso e desenhou no chão com ele.

Invencível Senhor dos Mortos. Como um de seus súditos, faço o meu pedido. Que o guardião do portão do inferno possa aparecer na minha frente e me servir. Como seu súdito, sou um ceifador. Empreste-me o seu guardião, para que eu consiga trazer a ti a felicidade de ver o mundo sendo destruído!

Mais de três metros. Essa era a altura do cachorro de três cabeças que apareceu na frente dela, o Cerberus. Sem se segurar, Blanca se sentou nas costas dele e o mandou correr. O chão tremia quando o cachorro gigante corria pela floresta.

Não demorou até que eles achassem inimigos. Eram quatro garotas. Elas se assustaram com a aparição, mas se prepararam para lutar contra Blanca.

— Não precisa se preocupar, Cerberus. Oponentes desse nível eu consigo derrotar sozinha. — Disse ela, pulando das costas dele e retirando as duas adagas da cintura.

A formação das oponentes era boa. Duas garotas ficaram atrás. Blanca deduziu que elas deviam ter poder de suporte ou de ataque a distância. As outras duas provavelmente se especializavam em ataque corpo a corpo.

As duas da frente partiram para cima. Os punhos da primeira estavam com espinhos. A segunda estava usando uma espada esverdeada. De trás delas, algo que pareciam mísseis estavam vindo.

Blanca se esquivou de todos os mísseis e com uma das adagas desviou o punho da primeira. Ela pulou para se desviar do ataque da segunda e, enquanto girava no ar, jogou as adagas na perna da primeira. Elas cortaram e fincaram no chão. Antes de cair, ela pegou a espada das costas e foi cortar a segunda. No entanto, uma aura azul cobriu o seu corpo e os cortes só causaram arranhões.

— Como eu pensei. Suporte e ataque a distância. Até que vocês não são tão ruins. — Elogiou Blanca.

Recuando, ela pegou as adagas no chão e voltou para o lado de Cerberus. Pelo que tnha observado, a garota com habilidade de suporte presisava apontar para quem ela iria melhorar.

Formando um plano, Blanca foi quem partiu para cima dessa vez. Quando se aproximou das adversárias, ela jogou as adagas na que tinha a habilidade de suporte. A garota se desviou sem problemas, mas não conseguiu usar o seu poder nas que estavam fazendo a linha de frente.

Enquanto a suporte estava ocupada, Blanca enfrentou as outras. Ela desviou dos tiros, segurou a mão da que atacava com os punhos e chutou a que usava uma espada. Com a espada na sua mão direita, a garota cortou a que usava espinhos, que caiu desacordada.

Aproveitando que a da espada estava massageando a barriga, Blanca foi para cima da suporte e a cortou. Logo em seguida, pegou as adagar e as jogou na da espada, para distraí-la. Nesse momento, ela também cortou a que usava ataque a longa distância.

Sobrando apenas a da espada, Blanca não teve problemas em cortá-la. Com o fim da batalha, Cerberus se aproximou da garota, que estava guardando as armas. Novamente, Blanca subiu no Cerberus, que saiu correndo pelo bosque, procurando mais inimigos.

Ponto de vista de Allie.

— Você sabe qual o objetivo, não é? — Perguntou a líder.

Allie estava diante da líder da Pégaso Ciano, conversando sobre o evento que iria começar em instantes.

— Sim. Confirmar o poder do Estrategista. — Respondeu ela, balançando a cabeça afirmativamente.

— Exatamente. Precisamos saber do que ele é capaz. Por isso, não se segure, use todo o seu poder. Está liberada.

Allie acenou com a cabeça e saiu da sala, direto para o bosque. O objetivo primário desse evento era confirmar o poder do líder dos Cavaleiros Dragões. Confirmar se ele era forte em lutas. Caso isso fosse verdade, eles teriam um grande problema.

Chegando no bosque, suas companheiras estavam esperando.

— Seria muito bom que você pudesse andar conosco, mas acho que isso não vai acontecer, não é? — Perguntou uma delas.

— Exatamente. Sinto muito, mas tenho coisas pra fazer.

A garota deu um sorriso para mostrar que não tinha problema e a professora começou a passar as informações sobre o evento. Depois de passá-las, ela falou que eles podiam entrar.

Allie se separou das quatro logo no início e continuou seguindo para dentro do bosque. O seu plano era ficar escondida e usar o seu poder quando alguém passasse. Mais para frente, ela iria tentar encontrar a aliança do Estrategista.

Ela subiu em cima de uma árvore, para poder ter visão de uma grande área. Alguns minutos se passaram até que ela ouviu barulho de passos. Quatro garotas estavam correndo entre as árvores.

Chuva celestial

Aproximadamente trinta dardos de energia surgiram atrás dela. Eles deviam ter menos de dez centímetros de comprimento.

Sem nenhum aviso, os dardo caíram nas oponentes. Era como se fosse uma chuva, uma chuva mortal.

Allie controlou os dardos para que não acertassem nenhum ponto que pudesse causar uma ferida fatal. Quando o último atingiu, todas já estavam caídas no chão, desacordadas.

O transmissor em seu ouvido não parava de enviar informações. Deduzindo que grande parte dos participantes já tinham sido derrotados, ela pulou da árvore e foi ao encontro do Estrategista.

Ponto de vista de Joanne.

Joanne estava no seu quarto na mansão das Magas do Crepúsculo, enquanto trocava de roupa para o evento. Embora o uniforme da escola pudesse ser usado nas batalhas, ninguém fazia isso. Geralmente as pessoas colocavam alguma roupa mais confortável para lutar.

— Joanne! Está se arrumando ainda? — Uma voz veio de fora do quarto. Uma voz bem conhecida, que na verdade pertencia a uma de suas irmãs.

— Já acabei. Se quiser pode entrar. — Ela respondeu.

A porta se abriu e duas garotas entraram no quarto, as suas duas irmãs. Juntas elas eram conhecidas como as Magas dos Olhos.

Joanne, chamda de Primeira Maga dos Olhos, a sua irmã mais velha, Jewell, chamada de Segunda Maga dos Olhos e por fim sua irmã mais nova, Janie, chamada de Terceira Maga dos Olhos.

— O que vieram fazer aqui? — Perguntou Joanne curiosa.

— Ver se você estava pronta para o evento. — Respondeu Janie com um sorriso.

— Estou sempre pronta para uma luta. — Disse ela rindo.

— Espero que sim. — Falou Jewell com o rosto sério. — Esperamos que você fique em uma boa colocação.

— Vou fazer o meu melhor.

— Ótimo, estaremos acompanhando da arena. Boa sorte.

— Boa sorte!

As duas saíram da sala. Joanne pegou uma rapieira e saiu da mansão, se dirigindo para o bosque. A mensagem de que ela estaria agindo sozinha tinha sido passada para a facção aliada, por isso nenhuma das outras pessoas tentou falar com ela.

A professora passou as informações e as liberou para entrarem. Joanne saiu correndo na diagonal. Seu plano era derrotar as pessoas da facção nove, pois ela tinha certeza de que a Portadora do Cerberus estaria se movendo sozinha.

Nem dois minutos se passaram até que ela encontrou as quatro oponentes. Sem nem parar para pensar, Joanne desembainhou a rapieira e continuou em frente. Ela apontou a mão para uma das oponentes e estalou os dedos.

A garota gritou, sem entender o que estava acontecendo. O poder de Joanne era Cegueira. Ela consegue cegar a pessoa que queria. Não era simplesmente escurecer a visão, era realmente cegar.

Com dois cortes da rapieira, a garota que estava cega caiu no chão e Joanne apontou os dedos para outra. Com um estalo, a mesma coisa aconteceu. A luta não durou mais de cinco minutos. De uma em uma, Joanne foi cegando e cortando, até acabar com todas.

Mesmo que não fosse a irmã mais velha, ela tinha recebido a alcunha de Primeira Maga dos Olhos pois o seu poder era o mais temido das três. Não existe um ser vivo que não tenha medo de ficar cego. Claro que ela conseguia reverter o efeito, mas mesmo que seja temporariamente, ainda é algo que causa terror nas pessoas.

Respirando profundamente, Joanne brandiu a rapieira e a embainhou novamente. O transmissor indicava que bastante pessoas tinham sido derrotadas. Sem rumo, ela continuou correndo pelo bosque.

Ponto de vista de Pam.

Pam estava saindo do dormitório quando alguém a chamou. Uma mulher alta, com longos cabelos negros bagunçados. Seu nome era Suet.

— O que você está fazendo aqui? — Perguntou Pam suspirando. — Esse não é o seu dormitório.

— Ohoooo. Para que tanta agressividade? — Riu Suet relaxadamente. — Por que eu não estaria aqui? Tanta gente legal para conversar...

— Não minta, eu sei que você veio aqui para almoçar. E provavelmente ficou dormindo depois.

Suet caiu na gargalhada, sem negar o que Pam tinha afirmado.

— Está pronta para o desafio? — Perguntou Suet relaxadamente.

— Sim. Já tenho meus planos também.

— Muito bom. — Suet falou, dando tapinhas na cabeça dela.

Pam estalou a língua e saiu. Ela não sabia como se relacionar com Suet, pois ela a irritava. Mas mesmo assim, a garota não ousava desrespeitá-la. O poder de Suet era algo assombroso.

Em alguns minutos ela chegou no bosque. Assim como Pam não sabia se relacionar com Suet, as outras pessoas não sabiam se relacionar com ela, por isso nenhuma das suas outras companheiras falou alguma coisa.

Não que a garota fosse se esforçar para conversar, pois ela iria agir sozinha no evento. Uma professora chegou e passou as informações para elas e, logo depois, liberou-as para entrar.

Pam saiu correndo, com suas garras quase tocando o chão. Seu objetivo eram as cinco pessoas da aliança sete. Na sua mente, eram cinco pontos de graça.

Não demorou muito para que ela encontrasse os seus alvos. Usando a sua habilidade de intangibilidade, Pam conseguia correr sem fazer nenhum barulho. Chegando de surpresa, ela cortou uma das garotas com a garra. As outras a atacaram, mas todos os golpes atravessaram, como se Pam fosse feita de água.

Toda hora se movendo, Pam foi derrotando as advesárias uma a uma. No fim, elas foram derrotadas sem nem sequer causar um arranhão. Essa era a temível Garra Fantasma.

Tendo garantido os cinco pontos, Pam voltou a correr. Seu objetivo agora eram as pessoas da aliança dois. No ponto de vista dela, a aliança mais perigosa, pois além da Frenesi da Areia, também tinha o Estrategista. Com sorte, ela conseguiria derrotar um deles rapidamente, virando a batalha ao seu favor.

A garota os encontrou rapidamente. Com o canto dos olhos, ela viu o Estrategista londe das demais, e agradeceu mentalmente. Ela correu o mais rápido possível para cima da Frenesi de Areia. A adversária se virou um pouco antes, e viu Pam chegando, mas não conseguiria reagir rápido o suficiente. Quando estava a cerca de um metro de distância, ela desativou a intangibilidade, certa de que nada podia pará-la.

No entando, sua mão parou, apenas alguns centímetros de distância de Vivian. Ela sentia como se alguém estivesse segurando seu braço, mas não conseguia ver nada. Até que o ar distorceu e Ravel apareceu do seu lado.

— Não pense que vai conseguir nos atacar de surpresa. — Disse ele com um sorriso.

Pam reativou o seu poder, e foi para longe dele.

— Como chegou aqui tão rápido? — Perguntou ela, curiosa.

— Correndo? — Ele respondeu com a cara em dúvida. — Não subestime o meu tempo de reação.

A garota estalou a língua. Ele devia ter copiado um poder de invisibilidade. As outras três garotas, entendendo o que tinha acontecido, se levantaram e prepararam para lutar. Entendendo que a situação tinha se tornado desfavorável, Pam recuou e sumiu entre as árvores.


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Notas finais do capítulo

Bom, o que acharam? No ponto de vista cronológico, não andamos quase nada, mas eu acho bem legal trazer o ponto de vista de outras pessoas. Além do mais, não ficaria legal eu apenas ter citado que elas derrotaram os oponentes, mas não ter mostrado as cenas, não acham?
Acho legal falar que eu não descrevi elas de propósito. Vocês descobrirão a aparência delas nos próximos capítulos!
Espero que continuem acompanhando!



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