UnderERROR escrita por LukeSanada


Capítulo 6
Capítulo 6 - Final


Notas iniciais do capítulo

Nada a declarar, apenas aproveitem.



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[Frisk P.O.V]

Estava tudo escuro, não se podia ver muita coisa, tudo estava em trevas, no meio dessa escuridão, havia alguém, sentada e sozinha, a pessoa estava encolhida com a cabeça entre as pernas, sussurrando baixinho para si mesma, ela parecia estar enlouquecendo pela maneira que falava.

Sozinha… No escuro… De novo… — Ela repetia isso várias e várias vezes, até que em um momento, parou.

Apenas o som da respiração dela era ouvido, ela não se movia um músculo, continuava com a cabeça entre as pernas, depois de vários minutos ali com o silêncio mantido, ela começou a levantar a cabeça, me vendo de pé em frente a ela, abaixando logo em seguida.

Como você está aqui? O que veio fazer aqui? — Ela perguntava, mas não recebia nenhuma resposta. — Você veio dizer para mim que venceu? Se gabar por me matar? Você já não acha que tudo isso não é sofrimento o suficiente?

— Eu não estou aqui pra isso Chara. — Eu mantinha a expressão séria, apenas a observando.

Veio para me dar seu perdão? Para me ver dizendo que sinto muito? O que aconteceu com ‘Eu nunca te perdoarei’? — Ela parecia estar furiosa, eu só neguei. — Eu sei, você me odeia, porquê eu tirei a vida de todos os seus amigos.

— Eu te odeio… Mas... — Eu estendi a mão na direção dela. — Quero te dar uma coisa.

Eu não quero nada vindo de você! — Chara se levantou tentando me acertar um soco, eu só segurei a mão dela e a olhei nos olhos, ela chorava lágrimas negras, lágrimas de ódio, dei um pequeno empurrão nela. — O que você quer comigo…

— Chara, escuta… — Ela correu em minha direção tentando me dar outro soco, eu saí da frente e ela desequilibrou quase caindo, eu segurei ela, a mantendo de pé. Com a outra mão eu tirei do meu pescoço o pingente de coração que pertencia a ela. — Pegue.

Porquê está me dando essa coisa? — Ela pegou e ficou o encarando, seu olhar não era mais de raiva.

— Para você se lembrar, para sempre, da única pessoa que ainda se importa com você. — Ela abriu o pingente e viu a foto dela com Asriel, tirada ha muito tempo.

Asriel… — Ela sussurrou o nome dele, com uma lágrima descendo por seu rosto, dessa vez não era de ódio, não mesmo. — Frisk.

— Chara, eu nunca vou te perdoar, mas talvez um dia, você se perdoe e fique em paz. — Ela continuou encarando a foto, quanto o ambiente começava a ficar mais claro. — Acho que isso é um adeus.

Frisk espera! — Ela correu em minha direção, a ultima coisa que vi foi ela estendendo o braço na minha direção.

Acordei sobre as flores douradas onde caí nas ruínas, eu me virei ficando de barriga pra cima, pensando no que parecia ter sido um sonho, eu não estava mais com o pingente no meu pescoço, talvez tenha sido real… Então me levantei e segui em frente. Me encontrando com Flowey em seguida.

— Oi Flowey. — Ele estava de cabeça baixa, então olhou para mim quando falei com ele.

— Howdy. — Ele estava mais pra baixo do que o normal.

— Ei, obrigada, você salvou minha vida. — Eu sorri para ele.

— Não… Precisa agradecer… — Ele sorriu, dessa vez, de verdade. — É melhor você seguir em frente.

— Eu volto. — Sorri e segui o caminho, saindo daquele local.

— Ela não vai vir. — Flowey disse depois que saí.

Atravessar as ruínas sempre foi uma tarefa bem fácil, até porquê da primeira vez a Toriel já me ensinou como atravessar então fica tudo tranquilo, não encontrei nenhum monstro pelo caminho, nem mesmo Napstablook estava por lá, então foi bem rápido chegar até a casa da Toriel, então abri a porta.

— Obrigado Frisk! — Todos eles estavam lá, Toriel, Sans, Papyrus, Undyne, Mettaton, Alphys, Napstablook e muitos outros, meus olhos se lacrimejaram, e eu corri na direção deles, dando um abraço coletivo.

— Desculpa… Eu sou uma chorona… — Falei enxugando minhas lágrimas, eu deveria estar com o maior sorriso do mundo naquele momento. — Se não fosse vocês, eu não teria coragem pra continuar.

— Relaxa pirralha. — Sans veio até mim me fazendo um cafuné. — Todos morreram de preocupação.

— Desnecessário. — Papyrus reclamou da piada de Sans, eu ri deles.

— Todos se lembram do que aconteceu? — Olhei para eles, todos sorriam para mim.

— Lembramos sim, até certo ponto. — Toriel explicou. — Estamos curiosos pra saber como acabou, caso queira dizer.

— Hm… — Me relembrei de tudo que aconteceu, pensei bem, achei melhor deixar pra outro momento. — Acho que agora não é hora pra isso.

— Aí, soube que você salvou todo mundo. — Escutei a voz de Monster Kid, olhei pra ele, puxei ele lhe dando um abraço. — Cara, você é demais, é uma heroína.

— Você salvou minha vida baixinho, você que é o herói — Beijei a testa dele, o soltando, olhei pro pessoal. — Bem... E agora?

— Vamos comemorar, eu o grande Papyrus fiz bastante espaguete pra todos. — Todos torceram a cara pensando no espaguete de Papyrus, eu ri da cara deles e logo fizemos uma pequena festa na casa da Toriel.

Eu estava dentro do quarto na casa da Toriel, sentada na cama com um prato no colo, havia comido um pedaço grande daquela torta maravilhosa que só ela sabe fazer, depois que comi fiquei lá olhando pro nada, pensativa.

— Heya. — Sans chegou, se sentando ao meu lado. — Pensando em que?

— A superfície, na nossa condição atual é impossível quebrar a barreira… — Suspirei, me deitando. — Eu salvei a todos, e ao mesmo tempo não salvei ninguém…

— Não diga isso Frisk, ta todo mundo feliz e…

— E quando esse momento alegre passar, eles vão se lembrar da nossa realidade, que é estarmos presos aqui… — Coloquei a mão no meu peito. — Ao menos que…

— Não… Não tire conclusões precipitadas pirralha. — Ele falou aquilo um pouco nervoso.

— Só falta uma alma humana certo? — Ele abaixou a cabeça, ainda me olhando. — Vocês vão ser livres se eu der a minha…

— Mas você não pode, você tem que ir com a gente. — Eu me sentei de pernas cruzadas do lado dele.

— Era isso que deveria acontecer quando cheguei aqui, vocês me matarem, pegarem a minha alma, e destruírem a barreira. — Coloquei a mão sobre o ombro dele.

— Frisk, prefiro que pense melhor sobre isso. — Ele se levantou sem olhar para trás, andou em direção a porta.

— Ei, se eu der a minha alma… — Ele parou, me olhando de canto de olho. — Vocês vão ter um final feliz.

— Vamos encontrar outra maneira Frisk… Tenha determinossão. — Admito, eu ri, ele acenou e saiu do quarto. — Hehe… te vejo depois.

Quando ele saiu eu coloquei o prato no chão e fechei a porta do quarto, me deitei na cama e fiquei olhando pro teto, pensando se deveria ou não dar a minha alma, eles não merecem ficar no subsolo depois de tudo… Mas se eu desse, nunca mais iria vê-los, mas eu farei o que achar correto.

 

*Você se enche de DETERMINAÇÃO

 

Eu encarava as águas daquele rio, pensando no que viria a seguir, esperando o barco finalmente chegar ao seu destino, elas estavam calmas, sinal de sorte… Não sei que tipo de sorte eu poderia ter em um momento como aqueles, quando finalmente cheguei, eu pisei no solo, caminhando em direção as escadas.

Quando subi, segui meu caminho por aquela terra quente, chegando nos elevadores, fui direto no que eu deveria pegar, Esquerdo 3, andava vendo os monstros que viviam naquele lugar, eles me olhavam de volta com um sorriso, isso me animava um pouco, mesmo naquela situação.

Eu havia passado por aqueles lugares tantas vezes, mas daquela vez, tudo parecia tão diferente. Quando cheguei ao castelo, vários sentimentos começaram a se misturar, medo, ansiedade, coragem… Determinação. E no último corredor, antes de enfrentar o meu destino, Sans estava lá, de pé na frente do caminho, eu caminhei na direção dele, e o abracei, algumas lágrimas desceram pelo meu rosto, então sussurrei no ouvido dele “Sentirei sua falta, velho amigo” encarei ele, vendo lágrimas descerem pelos seus olhos, então continuei andando, ele não tentou me impedir, nada.

Caminhei em direção a porta no final do corredor que dava no jardim de Asgore, onde tudo havia acabado da ultima vez, e onde tudo acabaria agora, para mim, o rei cuidava de suas flores, então ele percebeu a minha presença e ficou de pé em minha frente.

— Asgore, você sabe o que fazer para libertar os monstros… — Eu estava de cabeça baixa sentindo as lágrimas escorrendo pelo meu rosto. — Só… Cuida deles… Por favor…

— Humano… Foi uma hora, adeus…

 

[Frisk P.O.V off]

...

Naquele dia, um forte clarão veio do Mt. Ebott, a princípio os humanos não entenderam o que havia acontecido, mas em breve entenderiam. Anos depois, no pé da montanha, em um belo jardim de flores douradas, havia uma grande e bela lápide, feita de mármore, com várias escrituras na mesma.

 

“Era uma garota gentil, que adorava torta. ~ Toriel Dreemurr.

O humano tinha um forte amor pelo grande Papyrus. ~ Obviamente, Papyrus.

Nós éramos besties!! ~ Undyne.

Ela curtia anime… E era uma boa menina. ~ Alphys.

Ela era fabulosa, fez minha audiência explodir ~ O divo Mettaton.

Não tive a chance de conhecê-la bem, mas... Ela salvou a todos. ~ Asgore Dreemurr.

Ela gostava de piadas ruins, queria que ela pudesse ver o pôr-do-sol novamente. ~ Sans.

Ela nunca voltou… ~ Flowey.

Mas, por causa dela, eu consigo sentir, e sinto saudades dela. ~ Flo… Asriel Dreemurr.

Em qualquer lugar que esteja, desejamos que seja feliz, criança”

*Toriel, Papyrus, Undyne, Alphys, Mettaton, Asgore, Sans e Asriel, estão cheios de Determinação.

*E você, você se enche de Amor.


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Notas finais do capítulo

Gostaria de agradecer a todos que acompanharam a história até aqui, pretendo escrever mais histórias de Undertale no futuro, já tenho algumas em mente, foi trabalhoso fazer essa história, mas tenho orgulho de dizer que isso é um projeto concluído e que obteve resultado. Obrigado amigos, e até a próxima, tenham determinação.



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