UnderERROR escrita por LukeSanada


Capítulo 5
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Frisk, Frisk, inglês e espanhol é Frisk ~ Sans



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[Frisk P.O.V]

        Gaster me trouxe para a entrada do corredor antes do jardim de Asgore, estava tudo tão quieto, como nos meus pesadelos, minha jornada parecia estar chegando ao fim, não sabia se iria conseguir ou fracassar, se eu iria morrer ali mesmo, era a hora de acreditar em mim mesma e persistir determinada para quem sabe vencer.

        — Bem… Então é isso. — Olhei para Gaster, ele estava com uma expressão séria.

        — Boa sorte pequena, seus amigos acreditam em você. — Ele pôs a mão em meu ombro e sumiu logo em seguida.

        Respirei fundo e caminhei em frente, subindo as escadas que davam no corredor, ele era iluminado pelo sol que em certas horas do dia sua luz se refletia na barreira e atingia uma parte do subsolo, porém por causa da mesma barreira não era possível vê-lo, caminhei através dele, escutando somente o som de meus passos.

        Finalmente chegava ao jardim de Asgore, não havia nenhum sinal dele por lá, caminhei por ele dando pouca atenção para sua beleza, apenas olhava para as flores douradas, me agachando para tocar em uma.

        — São muito belas essas flores não é mesmo? — Escutei a voz de Chara atrás de mim, me levantando logo em seguida me virando para ela. — Sabe quem morreu sobre elas?

        — Sim, Asriel Dreemurr. — Mantive minha face séria, vendo ela com aquele sorriso de sempre que me dava calafrios.

        — E seu pai. — Ela jogou algo no chão, era o manto de Asgore, ela realmente havia o matado, comecei a ficar furiosa, mas me acalmei. — Haha, quem será o próximo?

        — Você não pode ser humana… Você é um… — Antes de completar o que iria dizer, Chara me interrompeu.

        — Um monstro? Sim, venha e me mate como o monstro que eu sou hahahahaha. — Ela se colocou em posição de combate, esperando pelo meu movimento.

        — Eu não mato monstros, a vida de qualquer um deles vale mais do que a sua. — Eu passei a mão pelo meu cabelo me colocando também em posição de combate, sacando minha faca. — Você é só uma falha das linhas do tempo.

*Frisk se enche de DETERMINAÇÃO.

        — Como ousa. — Ela correu em minha direção fazendo sua arma brilhar para me desferir um golpe.

        Me preparava para bloquear o golpe de Chara, minha faca também brilhava, em um vermelho mais claro do que o dela, então chocamos nossas armas e o impacto fez nós duas irmos um pouco para trás.

        — Como… Você... — Ela parecia ter ficado surpresa com o que eu acabei de fazer, então correu para cima de novo.

        A partir daí ela tentou me acertar vários ataques, mas ela parecia repetir os movimentos da batalha no laboratório de Alphys, exatamente da mesma forma, parecendo a maneira que decorei os padrões de ataque de muitos monstros do subsolo eu fui bloqueando e apenas esperando uma brecha para contra-atacar, até que surgiu e eu acertei um ataque na barriga dela que não foi em cheio por quê ela se desviou no ultimo instante.

        — O que? Isso é… Dor? — Ela levou a mão até o ferimento e limpou um pouco do sangue, o observando em sua mão, dando mais uma daquelas risadas psicopatas. — Você leu meus movimentos, não leu? Vou cuidar para que eu não cometa esse erro de novo.

        Engoli seco, vendo a expressão dela mudar de perversa para zangada, ela veio para cima de mim, dando golpes com mais força do que jeito, fazendo as facas soltarem faísca quando se chocavam, era fácil de bloquear e se esquivar.

        — Você está indo bem, só esqueceu um detalhe. — Ela tentou me acertar novamente, eu tentei bloquear, mas ela foi mais rápida do que o normal e cravou a faca dentro de mim. — Eu sou mais forte que você.

        Eu gritei de dor, ela retirou a faca fazendo doer mais, e me empurrou me fazendo cair no chão, eu peguei um coelho de canela que estava no meu bolso e tentei comê-lo para me recuperar, mas Chara o chutou pra longe. Eu tentei me arrastar até ele, mas ela me chutou onde estava o ferimento, gemi de dor novamente.

        — Você é tão patética, achando que poderia me matar e salvar todos os seus amiguinhos. — Ela falou em tom de deboche rindo de mim. — Mas eu te dou uma chance, levante-se e tente me matar.

        Com todo o esforço fui me levantando devagar, cambaleando para os lados, Chara ria em deboche, eu cuspi sangue no chão, e finalmente fiquei de pé, minhas pernas tremiam e meu ferimento doía bastante, minha faca brilhou de maneira fraca, então tentei acertá-la, mas ela segurou a minha mão pouco antes de acertar o rosto dela.

        — Ridículo, morra Frisk. — Ela acertou outro golpe em mim como o anterior, eu gritei de dor, meus olhos se fechavam lentamente, parece que meu fim finalmente chegou.

*Mas…

*Mas se…

*Mas se recusou.

        A minha mão com a faca era que ela segurava, a faca voltou a brilhar agora mais forte, então me movi para tentar acertar um ataque nela, porém ela se desviou, eu tirava forças de algum lugar que eu não sabia de onde era, mas eu estava viva e iria continuar a lutar enquanto isso acontecesse.

        — Como você está viva? — Chara se enfureceu e veio para cima me acertando de novo, senti minha vida se esvaindo.

*Mas se recusou.

        Chara desferiu vários golpes em mim, e quando eu pensava que iria morrer, eu voltava a mim e tentava acertá-la, mas era inútil, pois quase não tinha forças para continuar, mas ela ia me acertando, meu corpo ficava todo ferido, e minha vida persistia ali, ela me acertava mais um ataque.

*Mas se recusou.

        — Por que você não morre? — Chara estava totalmente irritada, ela me atacava, eu quase não sentia dor mais, até que eu caí sentada no chão sem conseguir ficar de pé e ela foi desferindo um golpe com toda a força no meu rosto e seu braço foi segurado por algo que a puxou para trás no mesmo instante. — O que é isso?

        — Já chega Chara! — Flowey utilizava um dos cipós dele para segurar o braço de Chara então outros vieram e seguraram os braços e as pernas dela, enquanto ela se debatia para se soltar.

        — Asriel! Sou eu! Sua melhor amiga Chara! Deixe-me acabar com ela, e então controlaremos tudo! — Ela dizia de forma um pouco amigável para Flowey soltá-la.

        — Sinto muito Chara, Asriel Dreemurr morreu sobre as flores desse jardim. — Ele olhou para o manto de Asgore. — Assim como seu pai.

        — Você não pode fazer isso comigo! — Ela lutava para se soltar.

        — Frisk! Depressa! — Enquanto os dois falavam eu me arrastei até meu coelho de canela e o comi, me recuperando um pouco, agora ficando de pé.

        — Não! Frisk, por favor, nã... — Ela parou de falar quando eu havia cravado a faca bem no peito dela, a partir do ferimento ela começou a literalmente rachar aos poucos, então ela falou com um tom mais calmo. — Frisk, eu estava sozinha, eu só queria voltar, queria existir novamente…

        — Você matou quase todos que eu amo, tenho certeza que não era isso que ele iria querer. — Eu puxei para fora da minha camisa o pingente em forma de coração que estava com Chara, e o abri, mostrando para ela a foto dela com Asriel. — Eu nunca vou te perdoar Chara, mas quem sabe, se tiver sorte, ele perdoe.

        — Não, eu não vou morrer! Não… — Eu peguei a faca e acertei vários golpes nela, fazendo o corpo dela rachar cada vez mais, Flowey a soltou, os pedaços do corpo dela estavam saindo e sumindo aos poucos, ela tocou o pingente antes dela finalmente desaparecer, sem deixar nada para traz.

        — Até que enfim, acabou… — Eu cambaleei pro lado, caindo nas flores do jardim, Flowey brotou do meu lado. — Que bom que voltou…

        — Não fiz isso por você… — Virei o rosto olhando para ele, seus olhos lacrimejavam, ele virou o rosto no mesmo instante. — Apenas resete, e conserte tudo, Frisk, você conseguiu.

        — Vem aqui. — Puxei ele o abraçando. — Você me salvou de novo.

        — Pa… Pare… Resete logo esta merda. — Ele parecia envergonhado pela forma que falava, então fiz o reset, vi minha visão se esbranquiçar, e não me lembrava de mais nada daquele momento.

*Você venceu. Isso te enche de DETERMINAÇÃO.

*Mas ainda não é o fim

 


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Notas finais do capítulo

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