Cavaleiros do Zodíaco - História Perdida escrita por Guilherme Bernardino


Capítulo 14
Capítulo 14 - O retorno!




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Vrion continuou caminhando pelas terras mortas do Yomotsu Hirasaka, sentindo a dor e aflição daqueles que vagam por lá:

— Esse lugar me dá calafrios ... - Ele arrumou o corpo de Carlos que estava apoiado em seu ombro e continuou o caminho.

Após horas de caminhada, ele finalmente encontrou a árvore, que estava próxima a uma cachoeira de sangue e uma árvore extremamente esverdeada, viva e brilhante no topo do local desolado:

— Como será que isso floresceu aqui? É fantástico! - Vrion foi correndo até a árvore após deixar o corpo de Carlos em um lugar seguro. Ao se aproximar, um homem apareceu em sua frente trajando uma sapuris.

— Quem é você?

— Eu sou Laimi de Verme! a Estrela Celeste da Submissão! - O espectro se apresentou, apontando as duas mãos para o pégaso.

— Não posso perder tempo com você! Meteoro de Pégaso! - Vrion deu diversos socos no ar e lampejos iluminados atingiram o corpo do espectro, que foi arremessado longe com sua armadura destrúida.

O cavaleiro de bronze foi se aproximando da árvore, conseguindo colher por volta de 150 frutos, até mesmo comendo alguns na caçada. Quando desceu do topo da árvore um homem de cabelos acizentados o aguardava com asas em sua sapuris, simulando uma harpia:

— Eu sou Valentine de Harpia, a Estrela Celeste do Clamor.

— Eu não ligo pra quem você é, mas eu vou levar esses frutos! Meteoro de Pégaso! - Vrion brandou seu golpe mais uma vez, embora os meteoros tenham sido parados facilmente pelo espectro de Harpia.

— Só isso? Eu esperava mais. - O espectro desapareceu da visão de Vrion e atingiu sua barriga com um poderoso soco, fazendo-o cair de joelhos.

— Não tem ninguém para lhe salvar aqui, Pégaso! Devorador de Vidas! - Valentine exclamou seu golpe enquanto arqueou os braços e agitou as asas de sua armadura em uma velocidade gigantesca, liberando raios violetes que se propagaram por todo local e geraram uma grande ventania, atingindo Vrion em cheio.

O pégaso caiu no chão, como se sua energia vital tivesse uma parte sugada, deixando-o sem força. Ele tentou se erguer em seguida, mas tombou juntos dos frutos, que foram parar no pé do espectro.

— Tentando roubar os frutos? Quanta coragem. É uma pena que você terá sua energia vital drenada aqui! Doce Chocolate! - Valentine convocou diversos espíritos de harpias que começaram a rodear o corpo de Vrion, drenando sua energia vital e devorando sua alma pouco a pouco.

— O sabor de sua alma é muito doce para elas! Hahahahhaahahahaha - Enquanto o espectro se deliciava com o sofrimento do pégaso, sentiu um brilho amarelado surgir na frente dele, e todo poder vinha de um homem:

O homem tinha cabelos claros e com pequenos tons de amarelo, estando sempre com seus olhos fechados. Ele estava na posição de lótus, embora seu cosmo não tenha intimidado o espectro.

— O homem mais próximo de deus ... Shido de Virgem! Nunca esperei vê-lo aqui.

— Servo de Hades, farei com que volte rastejando para seu imperador. - O cavaleiro de Virgem permaneceu calmo e flutuando nas terras desoladas do Yomotsu.

— Não seja convencido! DOCE CHOCOLATE! - Diversos espíritos de almas foram até o cavaleiro de Virgem após quase devorarem a alma de Vrion.

— Invocação dos Espíritos Malignos. - O Virginiano proclamou o golpe com sua voz calma e seres espectrais negros foram contra as harpias, anulando ambas as técnicas com uma explosão gigantesca.

— Você até que é forte, Shido de Virgem!

— Não preciso de elogios vindo de um ser maléfico como sua pessoa. Vrion, pegue os frutos e saia daqui. - Ao ordenar, Vrion mal conseguia se mexer. Ao ser banhado pelo cosmo luminoso de Shido ele foi teletransportado até a casa de virgem.

— Não tenho tempo para desperdiçar com você, Valentine de Harpia. - O corpo do Virgem sumiu, e reapareceu em sua casa zodiacal. O espectro em seguida foi embora, frustrado.

Na casa de Virgem, Vrion acordou assustado e olhando para os lados, mas sentiu uma sensação de alívio: Estava no santuário. Shido apareceu em sua frente, ainda meditando e com os frutos do lado.

— Onde está o Senhor Carlos?! Sei que você me salvou, mas e ele?

— Fale baixo, Pégaso. Eu o teleportei para o santuário também, está sendo tratado. Eu prezo muito pelo silêncio.

— D-desculpe - Vrion abaixou a cabeça, sentindo-se constrangido.

— Tudo bem. Esta é apenas uma projeção minha, eu me encontro em Jamiel. Volte a seus afazares, Senhor Vrion. - O cavaleiro foi muito cordial e sua projeção desapareceu. O pégaso desceu as escadas do santuário e se encontrou com Diana e Klimber:

— Quanto tempo, Vrion! - Klimber foi correndo cumprimentar seu melhor amigo que estava muito ferido, mas conseguiu cumprimentar o cavaleiro de Dragão também. Diana chegou logo depois sem sua armadura.

— Onde você estava? - Diana indagou, arrumando seus cabelos.

— Longa história ... Agora só quero descansar.

— Descanse enquanto conta para nós, ora. - Klimber cruzou os braços e resmungou, fazendo Vrion contar todo ocorrido desde que partiu com Carlos.

Naquela mesma noite, o Grande Mestre se dirigiu até os aposentos de Atena, se ajoelhando perante a deusa. Uma figura feminina aparentemente de 20 anos saiu das cortinas, com cabelos que tinham um tom roxo acizentado e vestia um manto branco com um cinto dourado.

— Senhorita Athena, perdemos mais um bravo guerreiro: Cancri de Câncer.

— E quais as circunstâncias, Grande Mestre?

— Carlos de Escorpião e Vrion de Pégaso foram incumbidos de destruir o castelo na Itália, mas no caminho sofreram alguns problemas... Então enviei Cancri para completar a missão.

— E o que ocorreu depois?

— Ele teve um duro confronto contra quatro deuses do sonho, e me enviou a alma dos quatro nesta Omertá, dando sua vida no processo.

— Eu sinto muito por ele e por todos os que morreram nessa guerra, mas ainda não é o momento de contra-atacar - Atena voltou para seus aposentos, emanando um cosmo dócil e calmo.

— Como quiser, senhorita. - O grande mestre deixou os aposentos da deusa, voltando para seu salão com alguns selos e talismãs gregos.

— Não deixarei que você tenha se sacrificado em vão, Cancri. Assim como Arthur de Capricórnio! - O Grande Mestre colocou o selo na Omertá, impedindo a fuga de Oneiros e seus irmãos.

Em Jamiel, Shido de Virgem se posicionou no topo da torre mais alta, onde a luz da lua cheia refletia em sua armadura. Ele estava confeccionando um rosário através dos frutos que foram pegos por Vrion. Mesmo com os olhos fechados, ele sentiu dois cosmos aparecerem no topo do local, sedentos por sangue.


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