Deep Six - Novos Horizontes escrita por Gothic Princess


Capítulo 18
Capítulo XVIII - Sacrifícios


Notas iniciais do capítulo

HELLO, HEROES!! Faz dois anos que não posto essa fic, e apesar de ter postado alguns contos com eles ao longo desses anos, eu tava sentindo muita saudade de escrever e postar a fic. Aqueles que acompanham o tumblr sabem que hoje é o sexto aniversário da fic, por isso resolvi voltar a postá-la!!

Também queria deixar claro que eu mudei bastante nos últimos anos, como podem notar pelos banners muito melhores do que os anteriores e a forma como os próximos capítulos serão escritos. Isso porque mesmo podendo dar um reboot na fic toda, falta pouco para ela acabar, então decidi só continuar ela e fazer a Terceira Temporada dez vezes melhor para compensar!!

Espero que desculpem a demora de anos e aproveitem a leitura :3



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Apesar de tudo o que havia acontecido nos últimos dias, ele estava bem. Ele achava que não precisava ter passado tanto tempo na Metro Torre, mas J’onn queria ter certeza de que Cypher não havia deixando nada dentro de sua cabeça. Pelo menos teve mais tempo de convencer sua mãe a não mandá-lo de volta para a Ilha para as tais “férias” que a Liga havia exigido.

Superman lhe explicou o que aconteceu, já que não se lembrava de nada no período em que ficou sob o controle de Cypher. Não que precisasse de muito, todos os noticiários só falavam da destruição causada durante a luta, que sua mãe e o próprio Clark asseguraram não ser culpa dele. 

Talvez estivessem certos, mas, mesmo assim, não queria nem ver o estrago para não se sentir mais culpado ainda. 

Apolo decidiu que ficar com a Liga não estava ajudando na sua ansiedade, então decidiu ir encontrar seus amigos na base do DS. O fato de Melissa não ter entrado em contato com ele nos últimos dias o deixou um pouco inseguro, ficou com medo de ter feito algo que a deixou com raiva, ou que a tivesse machucado. Queria ter certeza de que todos estavam bem. 

Percebeu que algo estava estranho quando chegou e viu um enorme buraco no local em que a porta do elevador deveria estar. Sem hesitar, voou para dentro até o andar principal, já com sua espada em mãos. Não viu nenhum de seus amigos assim que pousou, apenas quatro cinco figuras estranhas de pé no meio da sala. 

— Quem são vocês? — ele perguntou, mantendo os olhos nos novos rostos. 

Um deles parecia um robô, era alto com apenas um ponto verde no meio do rosto que seria seu visor. Ele o escaneou brevemente e permaneceu encarando o herói. 

— Outro membro? — o homem alto com armadura grega de gladiador perguntou, com um leve sorriso de canto, e se virou para encará-lo melhor. — Vocês tem mais pessoas do que eu pensava. 

— Não vou perguntar de novo. Quem são vocês? 

— Somos a Millennium, garoto. Estávamos no processo de resgatar nossa querida colega quando você apareceu — ele olhou na direção da jovem de cabelos negros, que não parecia nada confortável com a situação. — Meu nome é Gladiador, governante de Warzoone e atual residente deste planeta. Meus companheiros de equipe são Carabin, Illusion e Quake. 

A garota, Illusion, usava uma roupa especial que brilhava em amarelo em alguns pontos. E ela tinha um braço mecânico, onde parecia digitar alguns comandos. Só entendeu isso porque já havia visto Ethan fazer o mesmo. 

— E você é? — a casualidade com que Gladiador falava não condizia com o clima tenso que pairava no ar, principalmente porque Apolo sentia que algo estava muito errado. 

Seus amigos deveriam estar ali.

— Warrior. E não sei o que acham que vão conseguir invadindo nossa base, mas já está na hora de irem embora — ele viu o sorriso de Gladiador ficar mais largo.

— Como disse, só viemos pegar de volta algo que nos pertence. E também acho que já estava na hora de nos conhecermos — o warzooniano encarou o herói de cima a baixo, levando mais tempo do que Carabin para analisá-lo. — Você é o filho da Mulher-Maravilha que destruiu a cidade outro dia, não é? 

Apolo trincou o maxilar e apertou o cabo de sua espada com mais força. Resolveu ignorar a pergunta e só olhou na direção da garota de cabelos negros.  

— Qual é o seu nome? 

— Nicolle — ela pareceu surpresa com o interesse. 

— Nicolle, você quer ir com eles? 

— Acho que sei o que ela quer, você não tem nada a ver com isso, garoto — Gladiador se colocou na frente da jovem. — A menos que queira se juntar aos seus amigos, não fique em nosso caminho. 

Apolo imediatamente avançou contra Gladiador, colocando a lâmina de sua espada a centímetros do pescoço dele. Apenas Carabin permaneceu calmo enquanto os outros dois assumiram posições de ataque. 

— O que fizeram com eles? — ele perguntou, alto e claro. 

— Illusion — Gladiador, não parecendo nem um pouco intimidado, fez um sinal com a cabeça para a jovem morena. 

Ela digitou algo em seu braço mecânico e um tipo de camada atrás deles começou a ser revelada, como se houvesse uma parede mascarando o fundo da sala. Ali, ele viu Kate, Yuki, Damian e Greg algemados na parede por um tipo de magnetismo que emitia uma luz verde igual o olho de Carabin, e em suas bocas havia uma mordaça também tecnológica. Todos estavam conscientes e tentavam sair, porém não tinham força o suficiente. 

Antes que pudesse fazer algo, Apolo sentiu outra lâmina se chocar contra a dele e foi empurrado para o lado. Se recuperou antes que Gladiador pudesse desferir outro golpe, porém não contava com a força do outro e quase caiu com um joelho no chão ao defendê-lo. 

— Você parece ser mais interessante do que esses humanos inúteis, então vou te dar uma chance de ficar vivo se conseguir me impressionar — o warzooniano girou a espada e tentou outro golpe pelo outro lado. 

Dessa vez, Apolo usou seu bracelete para bloqueá-lo e conseguiu fazer um leve corte na perna do oponente antes que ele a movesse. Foi o suficiente para o próximo ataque vir mais rapidamente e com mais força, porém não sendo algo desleixado. A técnica dele era impecável, agressiva e precisa, qualquer espadachim menos habilidoso perderia a cabeça depois das primeiras sequências de golpes. 

Para a sua sorte, a forma de luta dele lembrava um pouco a das amazonas, o que indicava que sua armadura grega não era só uma fantasia. Ele sabia o estilo de luta dos gregos, com um toque romano, e enquanto duelavam, parecia estar gostando de ver como Apolo também seguia o mesmo padrão. 

Não havia se passado muito tempo, mas o herói já sentia algumas gotas de suor escorrendo por seu rosto. Tudo parou quando, em um movimento similar de ambos, suas espadas se chocaram e travaram na mesma posição. Com isso, Gladiador desferiu um empurrão em seu peito, o fazendo bater contra a parede de metal com tamanha força que a amassou. 

— Você é bom — em segundos, Gladiador já estava segurando seu pescoço, o mantendo no lugar. — Só precisa perder esse medo de matar seu inimigo. Na vida, é matar ou ser morto, e você não tem utilidade pra mim morto.

— Fala como se algum dia eu fosse ajudá-lo, o que nunca vai acontecer. 

— É aí que se engana, garoto maravilha — ele sorriu com escárnio. — Não vim para a Terra à toa, nem vou sair de mãos vazias. 

Apolo não tentou remover a mão dele à força, pois tinha uma espada apontada para seu peito, porém nem precisou, pois o warzooniano se afastou por conta própria. 

— Já vi que alguns de vocês podem servir. Estou ansioso para nossos futuros encontros — Gladiador embainhou sua espada e se virou para Carabin. — Deixe-os ir. 

A ordem foi acatada, as algemas e mordaças caindo imediatamente depois que ele falou. Ele então se virou para Nicolle, que não parecia saber o que fazer a seguir. 

— Você é boa, garota, mas achei algo melhor e menos frágil do que uma humana — ele então se virou para Damian, que agora havia se colocado na frente dela. — Pode ficar com ela, não estou mais interessado. 

— O quê?! — ela gritou, indignada. — Mas… Eu sou parte da equipe. 

— Não mais — Carabin disse, sua voz robótica e monótona.

— Finalmente! — Illusion deu um sorriso maldoso. — Agora que deixamos o peso morto, podemos ir?

— Claro — Gladiador deu um sinal para Carabin, e logo uma energia verde envolve os corpos deles. — Até a próxima, Deep Six. Tentem não se meter em problemas demais, adoraria que ficassem inteiros até a surpresa chegar.

Ele diz a última frase olhando para Apolo com um sorriso no rosto, e em seguida todos eles sumiram. O jovem sentiu um frio na espinha por algum motivo, e isso o deixou desconcertado. Não era comum se sentir intimidado por um inimigo, porém aquele homem, ou alien, tinha uma confiança perturbadora, como se já soubesse o que aconteceria no futuro. 

Quando tudo acabou, Kate andou na direção do amigo e o abraçou, parecendo aliviada por vê-lo bem depois de tudo o que aconteceu. Ele retribuiu o abraço, mas ainda manteve os olhos em Nicolle, que parecia em choque com a notícia. 

— Tudo bem com você? — ele perguntou quando se afastaram, e ela lhe deu um sorriso fraco. 

— Sim, eles só nos pegaram de surpresa. E aquele Carabin fez algo com a Scava, espero que o Eth consiga consertá-la. 

— E a garota? — ele apontou com a cabeça, e Kate suspirou. 

— Ela é ex parceira da Melissa. O Damian a trouxe há algumas horas e acho que eles os seguiram — Kate cruzou os braços. — Quando ela chegar, vou querer saber mais sobre isso. 

Não demorou para todos ouvirem um som vindo de onde antes ficava o elevador, seguido de Melissa e Cassandra descendo por ele usando seus cintos e ganchos. Todos pararam o que estavam fazendo para olhar na direção das Wayne com seriedade. 

— Caraca, o que houve aqui? — Cassy perguntou, olhando em volta. 

— Millenium — não foi uma pergunta, e logo em seguida Melissa olhou para Nicolle. — Eles vieram atrás de você. 

— Poderia ter avisado que ela era importante a esse ponto — Damian comentou. 

— Não achei que fosse. 

— Não falem de mim como se eu não estivesse aqui! — a jovem gritou, fazendo com que todos se calassem. 

— Nic, eu sei que é difícil entender, mas nós só queríamos ajudar — Cassandra tentou em um tom baixo repleto de culpa. 

— Não, vocês acham que estavam ajudando, e na verdade só estavam fodendo com a minha vida pela segunda vez! Por isso eu não queria ter mais nada a ver com vocês, então, por favor, me deixem em paz! — Nicolle gritou e saiu andando a passos pesados pelo corredor que levava as escadas. 

Cassy soltou um suspiro, porém ainda foi atrás da jovem antes que ela pudesse tomar a dianteira. 

Kate, por sua vez, segurou Melissa pelo braço e andou com ela até que chegassem a um dos quartos da base, o que Kevin dividia com a Wayne. Vendo a situação, Apolo resolveu ir atrás delas mantendo uma distância segura, só para o caso de a discussão evoluir para algo mais. 

— Ei, qual é o seu problema? — a morena questionou, alto o suficiente para ele ouvir do lado de fora. 

— Qual é o seu problema trazendo uma garota envolvida com uma organização da qual nunca ouvimos falar para a base sem nos consultar? — a loira rebateu.

— Eu não sabia que eles seriam malucos o suficiente para invadirem a nossa base! 

— Essa é a questão, Melissa, você deveria ter pensado nisso! Pelo menos conversado com a gente sobre antes de simplesmente fazer tudo sozinha. 

— Até parece que você liga para o que eu faço ou deixo de fazer — ele pôde ouvir um tom ácido na voz da namorada.

— Quando diz respeito à todos nós, sim eu ligo. Por isso quero saber o motivo de ela estar aqui. Melhor, o motivo para não ter nos falado que a traria. 

— Era um assunto meu. 

— Acabou de virar nosso quando um deles saiu na porrada com o Apolo e disse que nos veríamos de novo  — houve silêncio depois disso, então Kate continuou. — Você está sendo extremamente irresponsável desde aquele dia no parque, parece que abomina a ideia de sermos uma equipe, e agora faz coisas pelas nossas costas. O que tá acontecendo, Melissa?

— E se eu não quiser mais ser da equipe? — novamente, silêncio por alguns segundos. 

Apolo franziu o cenho ouvindo as palavras dela. Ele sabia que no começo, muitos meses atrás, ela havia demonstrado desconforto em serem uma equipe, mas, pouco tempo depois, havia sido quem mais encorajou novos membros a entrarem. 

— Você só vai sair daqui quando me contar o que está acontecendo com você. E se eu sentir que está mentindo, vou envolver os outros nisso, e o Apolo sabe muito bem quando você mente — Kate tinha um tom menos agressivo, ainda que houvesse tensão em sua voz. 

Melissa suspirou de forma dramática e pareceu andar ao redor do quarto enquanto pensava no que dizer. 

— Eu preciso da Nicolle aqui… Porque pretendo ir embora — ela fez uma longa pausa antes de continuar. — Eu vou para Nanda Parbat me juntar a Liga dos Assassinos. 

Mesmo só ouvindo do lado de fora, Apolo sentiu seu corpo congelar. Aquilo não fazia sentido, ele não conseguia pensar em algo que a fizesse tomar uma decisão tão extrema. 

— É melhor se explicar direito, antes que eu te dê um soco — Kate disse. 

— Minha mãe não parou desde que a derrotamos, ela continuou mandando pessoas para infernizar a vida do Damian e a minha. Ela quer nos ver sofrer e vai fazer tudo que puder para garantir que todos que amamos morram — Melissa pareceu se aproximar dela. — Eu não posso deixar isso acontecer, Kate, mas não tenho o poder para derrubá-la agora. 

— Você tem a gente, somos seus amigos, sua equipe! 

— Não é o suficiente! Você sabe disso, o seu pai já lidou com a Liga e ele sabe o que precisou fazer para só chegar perto de acabar com eles. Eu preciso, pelo menos, fingir que estou fazendo o que ela quer. Só assim vou ter uma chance de salvar vocês. 

— Por que não deixar o Damian fazer isso? Se é ele quem ela quer…

— Não, ele já sofreu o suficiente. 

— Sim, e isso quebrou ele. Quer que aconteça o mesmo com você?

A preocupação da loira não o surpreendeu, porém o silêncio de Mel era um sinal de que ela estava confusa. 

— Eu jurava que você seria a mais feliz vendo isso acontecer. No fim vai estar certa, eu sou mesmo uma traidora — Melissa disse, sem o sarcasmo habitual.

— O que, nos últimos meses em que ficamos desse jeito, fez você pensar que eu quero estar certa sobre isso? — Kate não a deixou responder. — Eu só queria que você admitisse que errou, que deveria ter pedido nossa ajuda contra a sua mãe, e não se arriscado sozinha apenas porque, de acordo com você, iríamos estragar o plano se soubéssemos. Como acha que nos sentimos sabendo que confia tão pouco em nós? Como espera que eu confie em você depois disso se nem ao menos tentou ganhar a nossa confiança de volta?

— Eu não sei como fazer isso, ok? Não fiz aquele teatro por causa de ego, se é o que pensa, ou porque não confio em vocês. Fiz porque sabia que as chances de tudo explodir na minha cara eram grandes, e eu não queria que vocês se ferrassem por minha causa! — mesmo do outro lado de uma porta e paredes grossas, ele pôde sentir a sinceridade das palavras dela. — Você entendeu tudo errado se acha que não confio em vocês, eu confiei tanto que nem me preocupei em pensar em um plano caso a Talia descobrisse que eu estava fingindo e resolvesse me matar. Eu sabia que vocês iriam me ajudar caso alguma merda rolasse. 

Houve silêncio novamente, e ele quase entrou nesse exato momento para falar tudo o que queria com sua namorada. Porém entendia que esse era um momento delas. 

— Esquece o que houve, eu não quero mais brigar, é infantil e exaustivo — Kate suspirou e, pelo som do colchão, se sentou em uma das camas. — Mas esquecer não quer dizer que vou te deixar sair por aí sozinha bancando a heroína solitária.

— Não pode só respeitar a minha decisão e ficar fora disso? 

— Não, — ele teve a impressão que ouviu um leve sorriso na voz da loira. — Você é minha amiga, me importo demais com você pra deixar fazer burrices sozinha. 

Apolo quase se esqueceu o motivo da tensão que sentia ao ouvir aquelas palavras, depois de meses querendo que sua amiga e sua namorada voltassem a se falar sem discussões. 

Melissa soltou um grunhido de irritação e andou na direção da porta, que se abriu assim que ela chegou perto o suficiente. Parou ao vê-lo de pé no corredor e seus olhos verdes se arregalaram em surpresa. Até Kate se levantou rapidamente da cama quando o viu. 

— Pretendia me contar? — a frase saiu mais calma do que ele esperava, a irritação dando lugar à mágoa. 

— Eu sei o que você faria se eu contasse, então não — ele prezava honestidade acima de tudo, mas, naquele caso específico, talvez preferisse uma mentira. 

Kate deixou o local logo em seguida, dizendo algo sobre ir checar se Nicolle estava bem. Ele não deu atenção, manteve os olhos na namorada, que estava só a alguns passos dele, porém parecia bem mais longe. 

— O quanto você ouviu? — ela perguntou, sem desviar o olhar. 

— O suficiente pra entender que não vou conseguir te fazer mudar de ideia. Eu te conheço, então vou respeitar a sua decisão.

Aquela era a primeira vez que ele sentia uma tensão tão grande entre eles, e eles namoravam há bastante tempo. Ele sentiu um nó em sua garganta quando se aproximou dela e Melissa desviou o olhar para o lado. 

— Vai doer, porque eu te amo mais do que já amei qualquer pessoa, mas acredito que sabe o que está fazendo. E, por isso, não vou tentar te impedir — ele segurou o rosto dela delicadamente com ambas as mãos, os olhos dela já começavam a se encher com lágrimas. — Porque imagino que já seja difícil o suficiente fazer um sacrifício como esse. Mas quero que saiba que sempre vou estar aqui pra você. 

Ele, então, plantou um beijo na testa dela, a segurando como se fosse a pessoa mais preciosa do mundo, e deixando o gesto enfatizar suas palavras. Ela envolveu os braços ao redor do torso dele e o puxou para mais perto, apoiando seu rosto no peito forte dele. 

— Imagino se, por acaso, fossemos normais, nós daríamos certo — ela disse, não tentando disfarçar a tristeza em sua voz. — Se iríamos ter um namoro normal, depois noivar e ter filhos, e não ter que nos preocupar em colocar o mundo inteiro acima das nossas vontades. Sei que é um pensamento egoísta, mas tenho o direito de tê-lo agora. 

— Todos temos o direito de pensar em outra vida, ajuda a encarar a realidade em certos momentos — ele acariciava o cabelo dela enquanto a abraçava. — Mas tenho certeza de que seremos felizes, só precisamos esperar para ver se seremos felizes juntos. 

Melissa se afastou o suficiente para olhar para cima, nos olhos dele, que também estavam molhados. Uma lágrima escorreu pelo rosto dela, em contraste com o leve sorriso que ela deu. 

— Você sempre vai ser a primeira pessoa que amei, e além de ser meu namorado, é meu melhor amigo. Então vamos sempre estar juntos — um sorriso fraco, porém genuíno, também apareceu no rosto dele. 

Apolo encurtou a distância de seus rostos, levando seu tempo, até beijá-la. Um beijo que não pareceu ser o último, mas sim o primeiro que haviam dado, há o que parecia tanto tempo atrás, naquela noite chuvosa.


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Notas finais do capítulo

É triste acabar com o primeiro casal que fiz bem na semana do aniversário do DS, mas espero ter feito isso da melhor forma possível. A Mel tem os motivos dela e ele entende, e vai estar sempre lá por ela *-*

Esse capítulo teve detalhes importantes, tanto no diálogo do Gladiador, quanto no da Mel e da Kate!! Devo ter comentado que o final se aproxima, deve levar mais uns 10 caps, mas tá cada vez mais perto, então agora as coisas vão começar a esquentar de verdade.

O próximo vai sair ainda essa semana, vamos mudar o foco temporariamente, então espero que gostem :3

~ Kisses, Gothic Princess