You're a terrible liar escrita por Romanoff Rogers


Capítulo 7
Temos que conversar


Notas iniciais do capítulo

OIEEEE
Esse capítulo ficou absolutamente enorme kkkkkkkkk. E isso é bom, sinal que estou voltando a ativa! Estou escrevendo Castle e bem empolgada, hehehe, tá tudo maravilhosooo

Comentem por favorrr galera, não esqueçam de favorigar e RECOMENDAR, adoraria uma recomendação de coração ♡

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— Natasha Romanoff. - Steve falou pela terceira vez para a moça idosa da recepção do hoapital.

— Ah, sim, um segundo.

Ele batia os dedos nervosamente no balcão, olhando as paredes azul bebê do hospital. Assim que resolveu tudo com o seguro do carro ele correu até lá, rezando para ser mesmo só um braço fraturado.

— Quarto 4, quinto andar.

— Obrigado. - o loiro entrou impacientemente no elevador, saindo assim que permitido, e procurou nervoso Natasha, ele andava como um bêbado. Respirou aliviado quando achou, e entrou devagar no quarto informado.

Natasha tinha os olhos úmidos, sentada na cama. Seu foco era o gelo que segurava com o outro braço na boca, e a enfermeira ajustava sua cama.

Ela olhou para ele, tirando o gelo da boca, e sorriu, parecendo cansada. Steve foi até ela, saindo de transe, e dau um beijo no topo de sua cabeça.

— Você está bem? - Steve perguntou, tocabdo suas costas.
— Acho que sim. - ela continuou sorrindo, e ele se sentou do seu lado.
— Mentirosa.

Ela riu, fazendo uma careta de dor em seguida. Seu braço estava envolto por um imobilizador azul escuro que deixava seu braço pendurado de modo confortável, mas ela estava claramente com dor.

— O que disseram?

— Fiz raio X, os resultados vão sair ainda hoje para ver se preciso fazer cirurgia.
Ele assentiu.

— O que aconteceu com a boca?

— Tá machucada por dentro, acham que foi meu queixo que quebrou o braço quando fui segurar e o preensei contra o vidro.

— Meu Deus.

Ela sorriu.

— Agh, até sorrir dói. - ele fez o mesmo, de leve, observando seu rosto.

— Desculpa ter demorado, ruivinha.

— Que isso, Steve. Tá tudo bem, não deve ser nada demais. - ela deu um sorriso triste - Eu.. Não precisa se preocupar em ficar aqui e..

— Vou ficar se você quiser. É o mínimo que eu posso fazer. - ele falou, com culpa na voz, e ela ficou séria. - Quer que eu fique?

A ruiva desviou os olhos se enchendo de lágrimas e assentiu. Droga, estava segurando para não chorar e parecer fraca, mas Steve baixava todas as suas guardas. Ele segurou sua mão, fazendo-a olhar pra ele.

— Não vou sair do seu lado. - foi a gota d'água para as lágrimas que ela segurava escorrerem.

— Eu... só tô assustada.

— E eu estou aqui. Nada vai te acontecer mais. Eu prometo. - a ruiva assentiu, respirando fundo e deixou ser abraçada pelo amigo.

Ela queria tanto que ele ficasse com ela.

(...)

O médico abriu a porta, despertando ambos. Steve se colocou de pé, antes de olhar o relógio. Madrugada.

— Boa noite. - ele disse, num tom empolgado.

— Boa noite. - Steve respondeu.

— São boas notícias?

— Sim. - o moço rechonchudo de branco disse, carregando uma pasta para dentro do quarto. Colocou os pepeis na mesa, antes de ligar o visualizador de Raios X chamado Negatoscópio da emergência. Logo o braço de Natasha pode ser visualizado claramente.

— Oh, meu Deus que nervoso. - ela desviou o olhar. Mesmo sendo veterinária ela tinha um fraco com ossos.

— Como podem ver, Natasha, você fraturou o raio, osso menor do antebraço. Mas o osso não se rompeu completamente, não havendo necessidade de cirurgia, apenas 5 a 6 semanas com uma tala móvel, já que a fratura foi perto do pulso, e visitas aqui.

— Ótimo - ela murmurou.

— Você teve sorte de não ter machucado mais, me disseram que podia ter até capotado, pela batida.

O coração de Steve parou.

— Segurei o volante e pisei no freio, eu acho. Ainda bem.

— Muitas pessoas não têm essa reação, muito bom. - o médico disse. - Mas o osso está quase se rompendo a ponto de virar algo mais grave, ainda bem que te imobilizaram certinho. E agora você tem que ter muito cuidado para se recuperar direito, não usar essa mão em hipótese alguma. Vamos te dar 4 semanas de dispensa.

— Que droga. - A ruiva murmurou.

— Não reclame. - Steve falou, e ela revirou os olhos.

— Vocês são namorados?

— Hã.. Não. - Steve respondeu, e ela corou.

— Ah. - ele sorriu. - Você deve estar com muita dor. Em instantes a enfermeira vai te levar para colocar a tala, e podemos te dar morfina na veia. A senhorita será liberada pela manhã, mas é recomendável que fique em observação.

— Tudo bem.

— Certeza que não sente dor em mais nenhum lugar que não seja o braço e a boca?

— Sim.

— Okay. Te vejo em breve. - ela sorriu, olhando para Steve.

— Viu? Você está preocupado demais.

— Estou mesmo. - o loiro colocou a mão em seu rosto, ajeitando seu cabelo. - Fica na minha casa.

— Hm? - ela ergueu as sobrancelhas.

— Pelo menos nessas 4 semanas.

— Steve... Eu...

— Você não pode usar a mão esquerda, eu sei que você é canhota e não tem nada de ambidestra. Não pode cozinhar, dirigir, mexer.

— Steve, eu vou ficar bem. - ela sorriu. - Não quero te incomodar mais que isso...

— Você não me incomoda. Eu gosto de ficar com você.

— Eu também gosto de ficar com você.

— E tem algo que... Eu... Preciso contar. - Os olhos de Steve desviaram dos dela, ameaçando a se encher de lágrimas.

— Steve. - ela tocou sua bocecha, fazendo-o olhar para ela, bem perto. - O que foi?

— Eu sinto muito. - ele murmurou, respirando fundo. Natasha estava estática.

— Por isso? Steve, meu Deus, não foi culpa sua..

— Foi sim.

— Não entendo, Steve. Pode falar comigo.

— Não posso. Você não vai mais confiar em mim. Vou te colocar em perigo.

— Você está me assustando, Ste. - sua voz ficou fina, ela sentia tudo desmoronar. Ele estava se afastando. - Eu.. Você é praticamente a única pessoa que eu tenho. A pessoa mais próxima de mim. Eu gosto MUITO de você e não consigo nem imaginar algo que me faça não confiar em você.

Uma lágrima escorreu do rosto dele.

— Fala comigo. - ela pediu, sentindo o desespero tomar conta. Parecia algo grave.

— Olá! - uma voz estridente invadiu a sala, e Steve num segundo limpou o rosto. - Ah, coitadinha, você deve estar com muita dor, querida.

A mulher era ume enfermeira negra e alta, toda de branco e carregava uma cadeira de rodas.

— Natasha Romanoff, hum?

— Sim. - ela respondeu, tirando os olhos apreensivos de Steve.

— Não tem nada demais em colocar a tala, ok? Prometo. Mas é no andar debaixo então vou te levar na cadeira para evitar saculejar esse braço aí. - ela se aproximou de Natasha, ajudando-a a levantar, e ela fez uma careta quando se sentou. - Logo vou traze-la de volta para cá, pode ir até a cantina se quiser.

Steve observou a ruiva em silêncio ser levada para longe dele. Seus pés desceram as escadas devagar, sem pressa, ele estava cansado. Pediu um café grande ao vendedor, e saiu do lado de fora para toma-lo. Era uma noite fria, e Steve apenas queria que seus problemas sumissem. Ele pegou o celular, vendo ligações perdidas de

Tony, Clint e Wanda.

Steve? - Tony atendeu, surpreso.

— Oi.

Onde infernos você está, homem?!

— Estou no hospital.

Por que? Está tudo bem?

— Uma amiga sofreu um acidente de carro.

Oh, Deus, ela está bem?

— Quebrou o braço. Mas... Você pode fazer um favor pra mim? Muito importante. Você não pode contar para ninguém, por favor.

Claro, Cap.

— Procura pra mim as filmagens de três horas atrás da Rivergard com a Beyrot Street no sistema. Vai ter um acidente de carro entre um amarelo e uma SUV, pode tentar rastrear a van pra mim?

Claro.

— Obrigado. Amanhã vou aí. Por favor, não conta pra ninguém.

Pode deixar, Capitão. Boa noite.

— Boa noite.

Ele desligou, bebendo todo o café de uma vez. Voltou do quarto e se sentou na poltrona verde, observando as luzes da cidade lá fora.

Depois de alguns minutos Natasha voltou, com a enfermeira tagalerando coisas sobre seus filhos. Seus olhos foram até Steve, que dessa vez não tentou desviar.

Natasha se deitou na cama que agora se encontrava reta, enquanto a mulher colocava o soro no lugar, provavelmente com morfina para ajuda-la com a dor que cresceu muito com a tala. Aquilo realmente apertava pra danar.

— Ok! Agora você pode dormir, Nat, vai ficar tudo bem. Se precisarem pode me chamar a qualquer hora que eu venho correndo.

— Muito obrigado. - Steve disse, e ela sorriu, siando em seguida.

O braço esquerdo dela estava com uma tala preta grande, imobilizando seu pulso, e parecia doer muito. Eles ficaram em silêncio por alguns minutos, nenhum dos dois sabia o que dizer. Natasha estava agonizando sem saber o que tinha deixado Steve tão mal, e ele estava em pânico. Só queria protege-la, mas a verdade é que ele não tem ideia de como fazer isso.

— Eu irritei algumas pessoas por aí.

A ruiva olhou para ele, esperando. Ela parecia muito preocupada.

— Pessoas ruins. Que querem meu mal. E podem ter descobrido que me importo com você. E tentado...

Natasha fechou os olhos.

— Steve..

— Não é nada ilegal, eu juro. Nunca me envolvi nada com isso. É relacionado ao.. Exército. Quando eu fui Capitão em um tipo de... Força especial. Não quero te colocar em perigo, mas também... Não quero me afastar. - ele finalmente encarou-a. - Eu só vejo duas opções, me afastar ou... Te proteger como eu puder.

Natasha trincou os dentes, sentindo-se tremer. E o sono arrebatador que a puxava pra baixo por conta do remédio não ajudava.

— Eu impedi um carro de capotar. Acho que quem precisa de proteção é você.

Ele deu um sorrisinho, mas ela não estava brincando.

— Não quero que você se afaste. Eu preciso de você. Não quero que nada te aconteça também. Se não quiser me contar... Eu não vou perguntar, prometo. Mas seu passado não vai me fazer parar de confiar em você. O que importa é o futuro e você ser honesto comigo.

Foi como uma facada no coração. Ele não poderia nunca ser honesto com ela. Sua voz estava arrastada, o remédio fazia efeito rapidamente.

Steve não conseguiu dizer nada por bastante tempo, e ela acabou começando a chorar.

— Promete que não vai me deixar. - Sua voz falhou, ela chorava tanto de dor quanto da possibilidade de acordar e ele não estar mais ali. - Steve. Por favor.

Seus olhos pesavam, o sono a puxava para baixo com força.

— Steve. - ela murmurou antes de apagar.

O loiro esfregou os olhos.

Ele não podia prometer isso.

(...)

Ele estava andando nas ruas frias de Nova York. Tudo estava meio avermelhado como um efeito preto e branco de filme ruim, mas parecia tudo fazer parte da normalidade.

O loiro bebia um café, andando despreocupadamente. A única coisa diferente era seu coração, que tinha um enorme buraco negro em seu lugar. E por que? Era óbvio.

Tirou o celular do bolso e viu simplesmente três ligações perdidas. Dela. Sua foto maravilhosa ressaltando seus cabelos ruivos que eram a única coisa colorida no mundo naquele momento, na tela do celular, faziam o buraco aumentar ainda mais.

Para protege-la. - ele dizia a si mesmo.

Guardou o aparelho e jogou o café já frio fora. Mais um dia chato que ele teria de enfrentar. Nada era o mesmo. Tudo tinha perdido a cor, menos o cabelo dela.

E quando viu um circulo de pessoas enorme, sua preocupação de Capitão América o fez se aproximar rápido.

— Dá licença. - ele falou, empurrando as pessoas do caminho.

Mais uma coisa ganhou cor no mundo. Além do cabelo dela, o sangue escorrendo na calçada tinha o mesmo tom avermelhado colorido.

— Não. - ele murmurou, se ajoelhando perto dela. As mãos já tremendo, os olhos se enchendo de lágrimas.

Não, não, não, não, não, NÃO, NÃO.

— Nat. - não adianta, Steve já soluçava, com as mãos no rosto dela.

— S-Ste..ve. - a ruiva murmurou, agoniada. Um tiro pendia em sua barriga, fazendo cada vez mais sangue escorrer.
— Não fala, por favor. - ele soluçou, tentando estancar o ferimento. Seus esforços eram em vão.

— Steve. - ela disse, o fazendo olhar para seus olhos verdes dispersos. Era difícil se manter acordada. Ele prestava atenção nela, apenas. - Por.. que v-você.. me deixou?

— Eu... - ele disse, sentindo o peito subir e descer.

— Foi culpa sua. - sangue começou a escorrer de sua boca, e ela engasgou.

— Não, por favor, fica comigo, fica comigo. - o loiro pediu, implorou, Deus, ele faria tudo para mante-la viva, mas sentia a vida se esvaindo de seu corpo. - Eu só queria te proteger.

— E.. deu certo?

Seus olhos verdes paralizaram. O peito parou de se mexer.

O mundo parou, o vento parou. Tudo ficou preto e branco, o céu rachou.

Todas as pessoas ao redor olhavam pra ele.

— STEVE, DIGA PRA NÓS, DEU CERTO, STEVE? STEVE?

— Steve? - ele abriu os olhos, se sentando na cadeira com um impulso. Seu peito subia e descia, ele finalmente acordou. - Meu Deus, você está bem?

Ele olhou pra Natasha, sentada na cama de hospital olhando pra ele assustada. O loiro não conseguiu dizer nada por alguns segundos.

Esfregou os olhos devagar, respirando fundo. Ok, calma.

— Ei.

— Desculpa. - ele se levantou, um pouquinho zonzo, e ela o abraçou.

— Está tudo bem. - o homem retribuiu o abraço, sentindo seu perfume que foi como um calmante.

— Dormi sem querer. - ele disse, abrindo um sorrisinho.

— Você ficou me vigiando, Rogers?

— Hm. - ele sorriu mais, balançando a cabeça para acordar. - Talvez.

— Uau. - ela pensou em cruzar os braços mas parou no meio do caminho. - Não acho que seja boa ideia.

— É, não é. Por isso você precisa de mim, pra te impedir de fazer besteira.

— Tá bom.

— O que?

— Eu fico com você por um tempo. Duas semanas.

— Três. - Steve tentou, sorrindo.

— Duas e é isso!

— Okay. Se não quiser ir embora você fica quarto.

— Acho que não aguento você por quatro semanas, então...

— Eu sou divertido, tá? - ela riu, respirando fundo em seguida. Ainda bem que o clima péssimo de ontem tinha sido... Não esquecido, ela não deixaria isso pra lá pra sempre. Mas tinha sido guardado.

— Bom dia. - a enfermeira animada apareceu novamente, entrando no quarto. Ela parecia muito cansada, provavelmente era a última coisa de seu turno.

— Bom dia. - eles responderam.

— Está se sentindo bem? Tem algo diferente?

— A dor diminuiu, só. Estou bem. - Nat garantiu.

— Tudo bem. Vou fazer alguns testes rápidos e você receberá alta o mais rápido possível. - Natasha assentiu.

— Vou comprar alguma coisa pra gente. - Steve beijou sua cabeça, recebendo um sorriso, e saiu.

Na cantina pediu um café com baunilha e amêndoa gelado pra ela, ele sabia que é seu preferido, junto com uma caixa de rosquinhas que ele sempre via largado no seu apartamento e um café para ele. Depois de um tempo tudo ficou pronto, e ele comeu uma, empacotando o resto pra levar, e esperou na recepção.

Demorou um cado, Steve aproveitou para avisar Tony que passaria lá as 9h. Os amigos deviam estar lá, ainda, monitorando o soldado invernal. Ele se esquecera completamente disso, largou absolutamente tudo para ficar com ela.

Não que faria diferente se tivesse lembrado.

Ela apareceu, com as mesmas roupas de ontem, assinando várias coisas no balcão. Provavelmente ficou horrível, já que sua mão de escrever estava quebrada.

— Ficou realmente horrível. - ela murmura, saindo com Steve. Ele havia passado no apartamento para buscar o carro que Tony deu para ele mas que usava raramente. Pensou muito bem que seria difícil leva-la sem dor numa moto.

— Olha o que eu comprei. - Steve deu o copo pra ela, que abriu um sorriso gigantesco, já tomando.

— Eu não gosto de amêndoas, mas está uma delícia. - ela sorriu, e ele abriu uma carranca.

— O que? Não era seu preferido?

— É coco. - A ruiva continuou sorrindo, e ele revirou os olhos.

— Jurava que era amêndoas.

— Eu gostei desse. - ela riu.

— Tem rosquinhas pra compensar.

— Meu Deus, Steve, você é um amor. - ela beijou sua bochecha, unindo seus braços para irem até o carro. - Obrigada.

— De nada. Está com frio?

— Eu sempre estou com frio. - ela sorriu.

— Está chegando no carro.

Ele abriu para ela, e depois sentou no volante.

— Queria não entrar num carro nunca mais. - ela murmurou, com o celular na mão.

— Não é longe. E eu vou devagar. - ela assentiu.

Os dois manteram um silêncio, ela mexia no celular comendo rosquinhas e ele só conseguia pensar no sonho medonho que teve.

Seu celular tocou, e ela rapidamente atendeu.

— Alô? Jammie? - Steve olhou pra ela, franzindo o cenho. Ela riu. - Quem te contou? Ah. Eu estou bem. Fraturei o braço, mas só isso. Já o carro... Me senti como o Eros. - ela riu de novo. - Tá bom. Uhum. Obrigada. Sim. Tchau.

— Quem é Jammie? - Steve perguntou, fingindo desinteresse.

— Um.. amigo da clinica.

— Ah. Vamos passar no seu apartamento pra pegar o que você precisa?

— Claro. Eu... Se você achar que não vai dar certo é só me falar. - Steve olhou rapidamente para ela. - Eu consigo ser bem chata as vezes.

— Você não é chata, Nat. - ele riu. - Se não der certo eu me mudo pro seu apartamento. - ela sorriu.

— Não gosto muito de ficar sozinha mesmo.

— Nem eu.

Steve estacionou o carro na frente do prédio e saiu, ajudando-a a descer.

— Que coisa, já está voltando a dor. - Ela reclamou, já andando pra dentro do prédio. Com a mão direita ela pegou a chave, tendo dificuldades para enfiar no lugar certo.

— Você realmente precisa de mim. - ele disse, pegando da mão dela a chave.

— Eu ia conseguir!

— Sei. - ele sorriu, dando espaço para ela entrar e a seguiu, olhando para os dois lados antes de entrar.

Agora seria assim. Paranóia.

A porta do elevador se fechou.

— Vamos tirar uma foto. - Ela disse, pegando o celular.

— No elevador? - o loiro questionou.

— Sim, ué, no espelho. Nunca tirou uma foto no espelho do elevador, Rogers?

— Hm.. Não sei. - ele riu, e ela o ignorou, abrindo a câmera, e passou o próprio braço dele por seus ombros.

— Agora sorri. - ela mandou, e ele obedeceu. Não conseguiu olhar pro celular por muito tempo, logo seu olhar estava nela.

— Anw, você olhando pra mim ficou fofo. - Ela disse, rindo.

— Acho que sim. - ele sorriu.

A primeira coisa que ela fez quando entrou no apartamento foi regar as plantas, e não deixou de falar com elas. Depois Steve a ajudou a fazer uma bolsa grande com tudo que ela iria precisar.

— Pega meu violão! - ela disse.

— Você não consegue tocar!

— Droga.

Demorou um pouco, Natasha fez tudo como se fosse viajar. Mas logo estavam no elevador do prédio de Steve, que carregava sua bolsa enorme.

— Vou ter que ir no meu ap todos os dias pra regar minhas filhas.

— Quer dizer suas plantas. - Steve fez uma careta.

— Minhas filhas!

— Mas são plantas.

— E? - Steve revirou os olhos, sorrindo, e saiu quando as portas abriram, seguido por Natasha.

— Aqui é a sala, você sabe. Tem três banheiros, um no quarto de hospedes, o seu quarto.

— Achei que ia dormir com você. - ela faz biquinho, num tom decepcionado, e quando Steve a olha meio desesperado ela ri. - Gostei do quarro, Ste. Você tem bom gosto.

— Na verdade... Já veio tudo mobilhado. - ele sorriu, com a mão na nuca.

— Aff. Só precisa de uma cor a mais. - ela disse, e se jogou na cama. - Pronto.

Sua roupa era vinho, vermelha e amarela, e ainda usava a touca azul que Steve fez ela colocar.

Ele riu, colocando a bolsa dela ao seu lado.

— A casa é sua, pode fazer o que quiser.

— Ok. Vai ser divertido. - ela deu um sorriso malicioso, se sentando de pernas cruzadas.

— Medo.

— Você vai ser meu escravozinho

— Pra isso eu estou aqui, madame. - ele sorriu, mas logo parou.

Ele tinha algumas coisas que ela não podia ver de jeito nenhum. Droga, ele se esqueceu completamente de todas as armas escondidas pela casa, checar se seu escudo estava escondido direito...

— Ainda tem rosquinhas. Fique a vontade para abrir e fechar as portas da cozinha, acho que tem comida lá.

— Tudo bem, Steve. Não precisa se preocupar comigo.

— Sei. Vou... te deixar aqui.

— Ok, vou arrumar minhas coisas.

Ele assentiu, saindo em dispadada. Pegou a pistola que ficava no porta bebidas da sala, a faca atrás do sofá, outra pistola na cozinha, e escondeu tudo em seu quarto, no fundo do armário. Levaria seu escudo para a mansão, junto com seu traje, e qualquer coisa relacionada a 1945. Só não conseguiu levar a bússola de Peggy. Deixou na cabeceira de sua cama, como sempre.

— Nat, eu preciso sair e já volto, ok?

— Sem problemas.

— E vou fazer uma chave daqui pra você. Não faça macacadas até eu voltar.

— Sim, senhor!

(...)

— Eu vou te matar! - Wanda o abraçou, assim que ele pisou na mansão. - Porra, que susto que você deu na gente!

— Desculpe. Foi urgente.

— Sua amiga está bem? - Thor perguntou.

— Agora sim. - Steve se sentou no sofá, sendo seguido pelos amigos. Tony permaneceu quieto, estava preocupado e Steve notou.

— O que aconteceu?

— Foi uma batida de carro meio feia, ela estava sozinha e me ligou. Quebrou o antebraço mas já está em casa.

— Ah, que bom. Tomara que ela fique boa rápido. - Wanda comentou.

— Disseram que ela teve sorte.

— Sim, fraturas no ante braço geralmente necessitam de cirurgias. - Bruce concorda.

— Quem ela é? Não posso negar que morro de vontade de conhecer essa sua... "amiga". - a bruxinha faz aspas com o dedo, sorrindo maliciosamente.

— É só amiga, Wanda. Mas ela é uma pessoa normal e... Não sabe quem eu sou.

— Que dureza, Capitão. - Thor comenta, cruzando os braços.

— Quero deixa-la fora dessa loucura. E mente-la segura.

Bruce puxou outro assunto para tirar esse peso de Steve, e eles voltaram a falar do Soldado.

— Steve. - Wanda o chamou, sem atrair a atenção dos outros amigos. - Você mente pra ela.

— Eu sei que é errado, Wanda, eu me sinto mal por isso, obrigado. - ele disse, sério. - Mas é melhor assim.

— Desculpa, eu não quis...

— Tudo bem. - Ele murmura, ainda olhando pra ela. - Quero mante-la longe disso.

— Eu sei. Mas... As vezes a verdade protege mais que a mentira. - Steve engoliu em seco. - Eu te entendo, e não sei nada sobre ela, e tal, só não quero que você se machuque, Cap. Só pensa nisso, mas tenho certeza que vai fazer a coisa certa, seja continuar assim ou contar a ela.

— Obrigado, Wan.

— E se você resolver assumir seus sentimentos, eu estou aqui. - ela beijou sua bochecha e saiu.

— O que?

Ainda bem que ela não sabe que a ruiva está morando com ele, ou seria pior.

— Steve. - Tony se sentou onde Wanda estava. - Melhor você ver isso.

Ele seguiu Tony até a sala de reuniões, e o mesmo se sentou de frente a um computador.

— Eu achei as imagens.

E deu play na filmagem. Começa com uma rua absolutamente deserta, e depois de uns vinte sehundos o carro de Natasha aparece, e para no sinal. O coração de Steve começou a bater mais forte.

Tudo aconteceu bem rápido. Assim que o sinal abriu e se fechou para a outra rua, uma SUV preta desceu o morro desenfreadamente, acelerando. E bateu com tudo no carro dela, o arremessando num giro 360 graus para o outro lado da pista. E a van parou, por um segundo, e voltou a andar, cantando pneu cidade a fora.

— Eu segui a van. - Tony disse, mexendo nos teclados. - Outra câmera de segurança...

Mostrava o veículo acelerado, assim como outras duas em ruas diferentes.

— E aqui.. ela simplesmente some, nenhuma das câmeras de nenhuma rua ao redor a viu. Steve... Parece MUITO de propósito.

A respiração de Steve ficou irregular, e ele se afastou, com as mãos no rosto. Contou até dez devagar, tentando não entrar em total pânico. O que antes era uma especulação se tornou certeza.

— Quer que tire essa filmagem de ar? - Tony perguntou, dando espaço pra ele. Ah, se isso acontecesse com Pepper, ele ficaria completamente maluco.

— Sim, se a polícia ver vai começar a pesquisar se alguém tem motivos pra afeta-la e posso ser.. descoberto por todo mundo.

— Ok, vou fazer isso. Peguei todas as características da van, um arranhão na porta direita, sem placa, retrovisores a 45 graus e uma marca de bala perto do cano de escape, e fiz um programa para tentar achar essas marcas em SUVs pela região.

— Muito obrigado, Tony.

— Sempre que precisar, Cap. Nós vamos descobrir quem é, okay? E ela vai ficar bem.

— Espero que você esteja certo.


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Notas finais do capítulo

Curiosidade: a Scarlett é realmente canhota e coloquei a Nat assim por isso.

O que acharam??? Comentem!!!!!!!! Por favorrrr

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