Me desculpe! ATUALIZADA escrita por mihuchiha


Capítulo 1
Capítulo Um - A escolha de Sakura


Notas iniciais do capítulo

Opa, galera! Perdoem os erros que possa ter na fic, certo? To reescrevendo agora de madrugada porque eu amo a ideia dessa fic e em poucos minutos, postarei o segundo capítulo.



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Desde que nos conhecemos, houve aquela conexão. Aquele sentimento de que algo estava destinado, de que era pra ser. Aqueles clichês tipo “maktub”, sabe? Eu e ele éramos tão inseparáveis e protetores um com o outro. Desde os 6 anos de idade, ele era o meu melhor amigo. Era.

Me dei conta de que estava apaixonada por Sasuke com 12 anos. Sempre que nos abraçávamos, víamos filmes juntos, saíamos e fazíamos tudo que sempre fizemos, eu sentia cada vez mais vontade de ficar perto dele e já me peguei inúmeras vezes imaginando o gosto de seu beijo, o toque de seus dedos em minha nuca... Não parece errado, certo? Mas ficou, porque ele se apaixonou pela minha melhor amiga.

Bom, agora ambos temos 14 anos e é nosso último anos antes do ensino médio e Sasuke e Ino começaram a namorar há alguns meses. Eu poderia ter dito a ele o quanto o amava, o quanto o queria. Poderia ter contado a Ino também sobre os meus sentimentos... Mas preferi guardar pois não queria perder nenhum dos dois, e o resultado foi esse: ambos se apaixonaram e estavam juntos agora. E eu nada poderia fazer, além de superar e deixar que ambos seguissem seus sentimentos. Bom, seria simples se isso não estivesse acabando comigo.

A solução veio de uma maneira um tanto quanto inusitada: meu pai havia proposto uma viagem a Suíça em família, uma vez, para que eu conhecesse um colégio interno de lá, um dos melhores, na verdade. Dispensei a viagem em família e aceitei ir, logo de cara. Seria bom tanto para que eu pudesse crescer e amadurecer com meus sentimentos e ter uma educação boa. Não que o ensine aqui em Konoha não fosse, mas não era um dos melhores do mundo. Minha família tinha condições de me mandar, então por que não? Seria ótimo e me faria crescer de tantos modos e inclusive, me ajudaria a esquecer Sasuke.

(...)

Estávamos já de férias e eu resolvi contar tudo a Ino antes de ir. Não só a ela, mas a todas as minhas amigas. Nos reunimos num parque ali perto e soltei a verdade. Ino não reagiu muito bem na hora que soube que eu gostava de Sasuke mas também não fez um escândalo. Simplesmente assentiu com a cabeça, no final. Ela pareceu entender alguma coisa que eu não fui capaz de captar naquela hora. Passei aquele dia com as meninas até o anoitecer, gostaria de poder ficar mais, porém a viagem era logo no dia seguinte de manhã cedo. Me despedi de cada uma, mas antes que eu pudesse partir, Ino me pediu pra falar comigo em particular.

— Sabe, Sakura... Eu entendo que você queira ir pra Suíça pra crescer não só pessoalmente como profissionalmente, aprender a se virar sozinha e tudo mais... Mas você tem certeza absoluta que não está fazendo isso pra fugir de seus sentimentos?

— Ino, olha...

— Espera – ela me cortou. – Calma. Deixa eu falar. Claro que eu fiquei um pouco chateada em saber que você gosta do Sasuke, você nunca me contou mesmo sabendo que eu sempre fui afim dele, afinal nos conhecemos na mesma época e tudo o mais. Entendo que você descobriu seus sentimentos por ele depois, mas você teve dois anos e... Tá, não é bem isso que eu queria falar. O ponto é, eu quero ter certeza que você não está fugindo de seus sentimentos só pra não prejudicar eu e Sasuke. Eu sei que você não faria isso mesmo que te machucasse e eu não vou mudar com você de qualquer jeito... Eu acho que ficou meio confuso, mas você entende o que eu quero dizer?

Eu sorri. Ino era realmente atrapalhada com as palavras e pensava em várias coisas ao mesmo tempo antes de concluir o raciocínio.

— Ino, eu entendo. Eu realmente quero fazer por mim, não estou fugindo de nada. Se eu estivesse, provavelmente não teria contado nada pra você e teria sumido. Fique tranquila.

— E você vai contar pro Sasuke?

— Não acho que essa seja uma boa, Ino...

— Saky, ele merece saber. Vocês eram e ainda são como irmãos, apesar de tudo. E por mais que me doa admitir ou imaginar isso... Mas talvez ele tenha sentido o mesmo por você durante um tempo e nunca te contou nada, justamente por vocês dois terem o mesmo medo.

Gelei nessa hora. Ino não poderia estar falando sério, isso nunca aconteceria...

— Ino, olha, eu acho isso totalmente improvável. E, por favor, não conte nada ao Sasuke. Realmente não é bom. Você pode não ficar estranha comigo mas ele pode ficar, certo? Me prometa.

— Saky...

— Me prometa!

— Ok, eu prometo. Mas eu realmente acho que você deveria contar pra ele.

— Tudo bem, eu... Vou pensar. Mas eu quero que você seja feliz com ele, Ino. Não quero destruir e nem atrapalhar nada.

— Sakura, eu amo você. Lembra sempre disso, ok? Nada vai mudar isso. Nada.

Sorri e abracei Ino fortemente.

— Eu também te amo, Ino. E obrigada por tudo, porca.

— De nada, testuda. Até daqui... Ahn... 5 anos?

— Por aí, Ino... Por aí...

Demos mais um abraço e então finalmente parti. Enquanto caminhava até minha casa, fiquei pensando se deveria contar ao Sasuke ou não... Na verdade, nem da minha viagem eu contei. Agi normal todo esse tempo com ele. Então, as palavras de Ino ecoaram em minha mente: “Tem certeza que não está fugindo de seus sentimentos?” Balancei a cabeça me livrando desses pensamentos, afinal, amanhã seria uma nova aventura para mim.

(...)

Acordei às 6h, tomei um banho e me arrumei. As malas estavam prontas e tudo estava no esquema, exceto que ainda faltava um pouco mais de meia hora para o táxi chegar – ainda eram 7h30 e estava marcado para que chegasse aos 8h. Fiquei deitada na cama, ainda refletindo se deveria ao menos ligar para Sasuke. Seria muito mais dolorido me despedir dele, mas eu devia isso a ele, não devia? Eu não conseguia entender porque estava sendo covarde em relação ao meu melhor amigo, pois sempre dissemos tudo na cara um do outro.

— Ei, filha – disse minha mãe enquanto entrava no meu quarto. – Podemos conversar? Quero aproveitar os últimos minutos com a minha cerejinha aqui no Japão.

— Claro, mamãe.

Ela sorriu e veio em direção a minha cama e sentou do meu lado, me abraçando.

— Filha, eu te amo muito e vou sentir muito a sua falta. Não só eu como seu pai e seus amigos.

— Também te amo mãe, e óbvio que vou sentir falta de todos aqui também.

— E por que você não se despede do Sasuke?

Ok, por essa eu não esperava.

— Mãe... Eu acho que não é uma boa.

— E você vai embora sem nem dar a mínima satisfação pra ele? Ele é seu melhor amigo, estava aqui todos os dias. Imagina como ele vai se sentir?

— Eu realmente não sei se vou aguentar olhar para o Sasuke antes de ir...

Minha mãe ficou calada por alguns segundos.

— Por que não escreve uma carta? Eu entrego assim que ele vier aqui.

— Você acha realmente uma boa?

— Filha, só um idiota perfeito não percebe que você é incrivelmente apaixonada pelo Sasuke. E quando digo idiota perfeito, falo dele mesmo. Mas ainda acho que ele merece saber o que você sente, não desse jeito, mas ainda assim, merece.

Ficamos caladas por uns minutos e eu absorvi o que minha mãe disse.

— Tudo bem, eu escrevo.

— Vou te deixar sozinha então. Logo volto para te ajudar com as malas, o táxi chega em 20 minutos.

Então ela deixou o quarto.

Peguei uma folha de fichário branca e minha caneta rosa com cheiro de cereja, presente do dito cujo e destinatário da carta. Comecei a escrever tudo e senti cada parte do meu corpo se apertando e doendo a cada palavra. Era péssimo ter que deixar meu melhor amigo assim, de maneira imprudente e por pura infantilidade de minha parte. Por que eu estava fazendo isso? Droga. Eu misturei o meu sonho de viajar por aí com a ideia de escapar do meu sentimento pelo Sasuke com 14 anos e me sinto uma imbecil por fazer isso. Mas já era tarde e eu precisava terminar o que comecei.

Depois de quinze minutos escrevendo a carta, minha mãe subiu as escadas e entrou em meu quarto e ficou me olhando silenciosamente. Por fim, chorei bastante e a abracei. Entreguei a carta a ela e por fim, descemos com a mala e encontramos com meu pai, que se despediu de mim antes de ir para o trabalho.

— Se cuide, minha filha. Papai ama você e vou sentir saudades.

— Também te amo, papai. Vocês vão pra lá me visitar sempre, certo?

— Em todas as férias que tivermos, minha doce cereja.

Ele me abraçou e então partiu e em menos de cinco minutos, chegou o táxi. Eu e minha mãe entramos no mesmo e fomos em silêncio até o aeroporto em uma curta viagem de meia hora. Ao entrarmos lá, fui direto ao check-in e despachei minha mala.

— Minha querida, faça uma boa viagem. Se comporte, juízo, não quebre as coisas, tome cuidado na rua e qualquer coisa liga que a mamãe vai buscá-la.

— Que drama, mamãe – falei enquanto ria e a abraçava. – Te amo, logo nos veremos de novo.

Logo foi anunciado que meu vôo partiria em aproximadamente uma hora e fui para o embarque. Acenei em despedida para minha mãe e entrei sozinha para meu novo destino, mas apesar disso, ainda sentia lá no fundo que o verdadeiro destino mesmo, havia ficado em Konoha.

— Até logo, Sasuke – murmurei e procurei por fim o portão para ir ao avião que me levaria para longe dali.


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