NH | Uma novata em Hogwarts escrita por Sharingata


Capítulo 18
Feliz Natal


Notas iniciais do capítulo

Olá, se puder ler as notas eu agradeço.
Eu sei que tenho demorado pra postar, e não adianta eu ficar dando desculpa pra isso.
Minha vida está um caos em relação a escola. Eu tento, tento, tento... E não consigo estudar. Tentei fazer um cronograma e simplesmente não consigo segui-lo pq minha cabeça vira uma tela branca. Na aula eu só consigo entender algumas matérias, outras eu fico com notas vermelhas... Já fiz dois simulados de enem e os dois eu acertei apenas +/- 70 de 180. Essa pontuação é extremamente baixa para passar na federal pra medicina. E é, eu queria fazer medicina, mas não tenho dinheiro para pagar uma particular. Até pq a vida se mexe da seguinte maneira: Só faz faculdade quem tem dinheiro ou quem tem inteligência superior a dos outros. E como podem perceber, eu não tenho nenhum dos dois.
Para piorar minha situação não consegui parar o enem no dia por diversos imprevistos e não vou mais poder prestar enem, minha única saída agora é passar na fuvest, e a fuvest... É mais difícil.
Eu provavelmente não vou passar para medicina, e se não passar vou entrar numa faculdade de artes qualquer...
Isso me preocupa todos os dias, meu estado emocional esta instável, eu só quero um carinho na cabeça que meu namorado me dá, e se alguma menina sorri para ele, eu já começo a chorar. Eu não sei mais o que está acontecendo comigo. Agora tenho o titulo de que só encho o saco (minha família e amigos acham isso) de tanto que estou preocupada e não tenho um único apoio emocional.
Eu fico muito feliz escrevendo essa fanfic, eu realmente amo a Emily ela é como minha filha. Mas eu não consigo escrever, por me preocupar demais com outras coisas, e novamente minha mente fica uma tela vazia.
Peço desculpas novamente por td esse tempo que não posto. Mas peço que entendam essa situação. Está muito difícil pra mim conseguir lidar com tudo isso sozinha, principalmente por saber que faltam menos de 6 meses para os vestibulares...



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/702003/chapter/18

Emily: Narcisa?  –Chamei tentando não ser muito chamativa –Posso te ajudar na cozinha? 

           Para falar a verdade, eu imaginava que os Malfoy usariam os elfos domésticos –Ou empregadas, talvez – Para tudo, inclusive para cozinhar. Mas Narcisa parecia ser uma pessoa mais sensata e simples que Draco e Lúcio, e isso de certa maneira me agradava. Mas posso estar errada, nunca se sabe. 

Narcisa: Claro, querida. –Ela me olhou com um sorriso feliz, porém cansado. Sem querer me achar, mas parece que quando estou perto, ela se sente mais serena. 

Emily: Obrigada..! –Devolvi o sorriso e pus-me a seu lado, pegando algumas xícaras de arroz para colocar na panela. 

           Ouvi um barulho vindo da sala, e por coincidência era o senhorito Draco, fazendo ruídos de injúria e irritado. 

Draco: Seu gato não larga do meu pé! –Gritou. 

           Ignorei, porque eu não estava nem um pouco a fim de gritar para responder, afinal minha vergonha estava me consumindo. 

Draco: Eu não quero carinho! –Visualizei de longe ele tentando desviar das carícias de Dominik. 

           Assim que as reclamações passaram eu pude continuar o que eu estava fazendo.  

Narcisa: Emily, pegue duas abóboras na dispensa e dê à Leslie para descascar. 

           Assenti e abri a porta da dispensa, que por sinal era enorme. Encontrei uma pilha de abóboras e assim como Narcisa pediu, peguei apenas duas. Leslie se encontrava no canto da cozinha e parecia acanhado. Entreguei-as a ele. 

Leslie: Senhorita Emily –Reverenciou-me cobrindo o rosto, como se não fosse digna de se comunicar com ninguém naquela casa. 

Emily: Obrigada, Leslie. Se precisar de ajuda, me chame. 

           Ela fez que sim com a cabeça, parecia incomodada com minha presença. Percebi que Narcisa olhou de relance, reprovando algo, não sei se era por eu ter conversado com Leslie ou se era outra coisa. 

           Lucio entrou na cozinha, empurrando Leslie e mandando-a cortar as abóboras mais rápido. Cochichou algo no ouvido de Narcisa e logo saiu, sem nem me olhar.  

           Fitei o chão sem saber muito o que fazer. 

... 

           Felizmente depois de um tempo a torta de abóbora e as outras comidas que Narcisa fez estavam prontas.

           Levantei-me do sofá solitário de onde eu observava os cantos da casa e fui a passos rápidos para a cozinha assim que fui chamada. Peguei um pano que estava sobre o balcão e abri o forno para pegar a torta... O cheiro estava maravilhoso, e ela estava linda de bonita, com certeza se eu fosse um cachorrinho já estaria ganindo querendo um pedaço. 

Narcisa: Dê-me aqui –Ela pegou a torta da minha mão e pôs sobre o balcão, com um pano por cima, enquanto iríamos fazer o vinho e já preparar a mesa.

           Segui com uma pilha de pratos e talheres até a sala de jantar, e distribui os poucos pratos para aquela mesa gigante. Narcisa foi colocando os pratos de comida, que eram: torta de abóboras, mince pies, peru assado, arroz a grega, frutas vermelhas, molho de cranberry e batatas recheadas. Para a sobremesa tem pudim de natal, e para beber vinho quente com anis. 

           Enquanto isso fui até o jardim onde tinham Poinsettias, aquela flor de natal. Colhi algumas. E alguns viscos também dos arbustos. Espalhei sobre a mesa para decorar e logo Lucio e Draco chegaram para comer. Draco ascendeu os candelabros e todos se puseram em silêncio, para apreciar as comidas. 

           Draco sentara ao meu lado, Narcisa a minha frente e Lúcio na ponta da mesa, demonstrando a hierarquia ali presente. Os mais de vinte lugares vazios deixavam o ar melancólico, porém eu me senti em paz. 

Emily: Hm... –Todos me olharam e cogitei não ter soltado nenhum som– Obrigada por tudo isso... 

Draco: Isso o que? –Abocanhou um pedaço de batata. 

Emily: Tudo. Tudo mesmo. A comida, a casa, a cortesia... Sinto como se –Parei para respirar– vocês fossem minha família. 

           Lúcio que bebia um copo do vinho quente cuspiu grande parte, quase atingindo a comida. Mas foi impedido por Narcisa num movimento de sacada rápida da varinha, fazendo o liquido ficar flutuando no ar.  

Narcisa: E você é, Emily.  

Lúcio: É?! –Estava meio óbvio que Lúcio não ia muito com minha cara. 

Narcisa: Pondere-se, Lúcio. –Ordenou Narcisa. 

           Olhei para Draco, ele parecia constrangido, brincava com uma azeitona no prato e não parecia estar com tanta fome. Não perguntei nada. 

           Sobre para Narcisa eu ser "da família", sei lá, percebi a sinceridade e fiquei feliz de ter uma família de verdade mesmo que não seja a de sangue, que eu ainda tenho esperanças de conhecer. Porém ser "adotada" assim, do nada, é deveras difícil de lidar. 

           Todos terminaram de comer e segundo o grande relógio da sala, eram quase três da tarde. 

           Andei devagar até a poltrona branca com colcha persa e sentei-me ainda mais devagar, comecei a encarar o vidro que dava para o jardim da frente, estava sol, parecia quente, mas era frio. Assim como muitas pessoas –Who can say where the road goes...  

           Olhei para o lado e me deparei com Leslie levando os pratos meio cansado com magia até a pia. Fui até a mesa e recolhi os copos. 

Leslie: Não precisa ajudar, senhorita Emily. –Disse tímida, agora recolhendo as comidas. Peguei duas para guardar também. 

Emily: Se eu ajudar, acaba mais rápido. 

           Ela pareceu estranhar minha atitude, mas calou-se. Guardei as que havia pegado na geladeira e segui até a pia. A torneira jorrava água gelada, minhas mãos agora pareciam tubinhos de gelo. Leslie lavava com magia e eu do jeito no-maj convencional. 

          Depois de alguns minutos, terminamos o serviço. Ele me agradeceu e sequei as mãos num pano e voltei para a sala.  

           Para minha surpresa, vi a cabeça de Draco em uma das poltronas, escutou os meus passos e deu uma espiada. 

Draco: Emily. –Disse sério. 

Emily: Que? Está tudo bem? 

Draco: Está. –O tom foi encabulado– Sente aqui. 

           Estranhei o pedido mas sentei a seu lado. Ele me encarou por uns instantes antes de tirar uma caixinha preta com um laço rosa de suas costas; colocou em minha mão e a segurou-a por outro instante. Levantou, esfregou meu cabelo e sussurrou um "Feliz Natal" e saiu. 

           O tempo parou por um segundo, o ambiente ficou silencioso e pude sentir que meu coração tomou uma batida diferente... Meu estômago foi de quente à frio em uma mísera fração de instante. 

           Abri a caixinha, e lá se encontrava uma pulseira de berloques feita de platina, e suas pedras eram topázios imperiais de cor âmbar. 

           Seus berloques eram: um gatinho, um gameboy, uma clave de sol, um mini potinho de flú, uma margarida e um trevo de quatro folhas, além das pedras puras que faziam as divisões. –Eu só sabia do que era feita por que veio escrito na garantia. 

              No fundo da caixinha tinha um bilhete: 

"As pedras são da cor de seus olhos" 

         Soltei uma risadinha boba e fui correndo para meu quarto. Escorreguei pela porta até cair de bunda no chão e fiquei encarando o brilho das pedras. Podia ser minha imaginação, mas pareciam quentes como um abraço. 

           O que reparei é que os Malfoy não fazem as tradições de natal, o que é um pouco triste. Toda aquela "magia" de abrir presentes, contar piadas, fazer coroas de papel... Não existe aqui. Será que Draco ao menos já pensou em ter um natal assim? 

           Levantei-me do chão e segui até o guarda-roupas, abri-o e ali tinha uma prateleira com itens de papelaria. Peguei uma folha sulfite e algumas cores de canetinha –Além da tesoura para poder recortar. 

           Sentei sobre a cama e risquei várias e várias linhas, a minha ideia é fazer uma coroa e enrolar num "bombom" de papel, junto de uma mensagem. O certo seria junto de piadas, mas o recadinho é bem mais interessante. 

           Escrevi e finalizei a coroa, logo peguei dois papéis coloridos para enrolar e fazer o bombom. 

... 

         Terminamos de jantar e tomei meu banho –Desta vez eu não inundei o banheiro.  

           Deitei em minha cama esperando o tempo passar enquanto olhava o vento que entrava pela janela e movia a cortina. 

... 

           A passos silenciosos parei a frente do quarto de Draco, respirei fundo e bati. Ele abriu sonolento, e antes de ele perguntar o por que eu estava ali, adentrei e sentei em sua cama com o "bombom" nas mãos. 

Draco: O que está fazendo? –Disse com uma interrogação estampada no rosto. 

Emily: Abra! –Ele pareceu surpreso, mas sentou-se e com suas mãos um tanto pesadas, abriu. 

           Caiu vários papéis no seu colo –que eu tinha picado para fingir que era confete –junto a coroa e o bilhete. 

      Peguei a coroa e coloquei sobre sua cabeça. Ele pareceu desconcertado. 

Draco: O que é isso?! –Sua vergonha era transparente. 

Emily: Toma, leia o bilhete. 

           "Feche os olhos" 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, e se chegaram até aqui, comentem por favor!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "NH | Uma novata em Hogwarts" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.