NH | Uma novata em Hogwarts escrita por Sharingata


Capítulo 17
Nunca ligue uma banheira se não souber como desliga-la


Notas iniciais do capítulo

Demorei? Demorei.
E TAMBÉM TOMEI EM CONTA QUE NÃO IMPORTA O QUANTO EU DEMORE QUE VOCÊS NÃO SE IMPORTAM PQ VCS NÃO COMENTAM, MTO MENOS ME CHAMAM PRA CONVERSAR 3
Decepcionada.
News dos fãs:
Kyosagi shippa a Emily com Lúcio



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                Ele não estava mais lá depois de eu abrir a porta.

                Respirei fundo e desci as escadarias a procura de Narcisa.

Emily: Senhora Narcisa –Reverenciei –Será que eu poderia tomar um banho? Não sei onde é o banheiro.

Narcisa: Hm... –Ela olhou minha formalidade reprovando-a –Pode sim.

                Ela sorriu e com a mão pediu para que a seguisse, e novamente tive de subir as escadas. O banheiro era praticamente atrás do "meu" quarto, havia uma banheira e vários produtos em prateleiras bonitas.

Narcisa: Bom proveito, há toalhas ali –Apontou para uma cortina, que aparentemente cobria prateleiras embutidas. – Sinta-se à vontade.

Emily: Claro, obrigada!

                Ela saiu e tranquei a porta, logo tirando minhas vestes e sentindo o frio do chão no mais puro cristal, ele brilhava como neve ao receber raios de sol. E eu me sentia grandiosa...

Emily: Okay, então... –Observei e percebi que não tinha nenhum botão para ligar. –Ah, colabora comigo, dona banheira!

                Procurei e procurei. Tomei em conta que realmente não tinha botão de ligar. Quando a magnífica ideia de pegar a minha varinha presa no interior do vestido.

Emily: Alohomora...

                Para minha surpresa, funcionou muito bem. Fiquei feliz que a água estava queimando como o fogo do inferno, exatamente como eu adorava.

                Adentrei e comecei a relaxar o corpo. A água nem chegara a cobrir meus tornozelos, mas já estava me sentindo uma princesa.

                O que será que Jessye está fazendo nesse momento? Talvez esteja tomando banho também, não é?

...

                Que? POR QUE A ÁGUA NÃO PARA?

                Não, não pode ser. Calma. Respira. Se abriu, tem de fechar! Lei de Newton, não é? –Não. A vida não é assim.

Emily: Ta... Eu usei o alohomora para abrir, mas eu não aprendi o contrafeitiço. Seria “aromohola” (n/a: amo rola)?

                Tudo o que eu dizia não funcionara. “Fecha-te césamo”, “Fecha cadabra”, “fecha as pernas”... Não está dando certo.

                Eu poderia estar tomando banho como uma pessoa normal, mas por que o mundo bruxo tem de ser tão complicado?! Quando eu estava naquele internato trouxa, tudo era mais fácil, a gente abria a torneira e não precisava aparatar, a gente simplesmente andava. Tudo é mais simples!

                Só desejei estar em Hogwarts de novo, onde não molhava a casa de alguém que nem tinha tanta intimidade, principalmente a casa do meu suposto “novo amigo”.

                Acordei dos pensamentos sobre a simplicidade das coisas quando senti gotas quentes nos meus pés... Olhei para eles e lá estava a água da banheira, escorrendo pelos meus dedos e molhando o chão. Desesperei-me.

                Pensei em pegar toalhas para secar, mas que espécime burra de ser humano eu seria fazendo isso? Mas... Eu poderia muito bem pegar a toalha e tampar a torneira de onde saia a água!

                Segui até a cortina e a abri, tinha MUITAS toalhas, todas brancas. Peguei uma e tentei estancar a água com ela. Ficou firme por pouco menos de dois segundos, mas logo começou a esguichar, e a situação piorou: molhava o teto, os armários, os espelhos, tudo!

                A água agora escorria pelo chão e pingava do teto, começou a escorrer para fora da porta e meu pânico só aumentou. Em questões de segundo alguém tocou a maçaneta, a passos molhados e abriu a porta.

Lúcio: O que está acontecendo aqui!? –Perguntou exasperado.

Emily: Ahhhhhhhhh! –Gritei.

                Eu estava nua, e Lúcio parecia se importar com isso! Ele estava irritado com a bagunça e com meu corpo. Ele me olhava estranho e com cara de “que caralho você fez?”. Eu não sabia onde me esconder então eu permaneci de pé, recebendo vento no meu corpo e com as mãos sobre o rosto, tentando esconder a vergonha.

                Os passos das negras botas de Lúcio começaram a ecoar cada vez mais perto de mim, passaram e logo ele abriu a voz.

Lúcio: Toma. –Jogou uma toalha e a peguei –Se cubra. Ninguém precisa ver seu corpo.

                Abaixei a cabeça muito constrangida. Passei a toalha sobre as costas, cobrindo meu corpo.

                Meio segundo depois de Lúcio fazer a banheira parar, Narcisa apareceu perguntando o que estava acontecendo, seguida por Draco que não entendia os barulhos, e a elfo doméstico.

Lúcio: Leslie. Limpe tudo.

Leslie: Sim, senhor. –Leslie era a elfo. Ela já estava com o rodo e os panos para limpar.

Narcisa: Draco, acompanhe Emily até o quarto dela.

                Meu rosto não tinha mais cor para avermelhar, eu não queria que ninguém me visse daquele jeito... Mas todos viram...

...

                Meu olhar não conseguia sair do chão.

Draco: Aqui. –Ele jogou um pijama que estava no meu armário, para minha surpresa era o antigo. –Não espere que eu sempre seja gentil com você! Só acho que tem de se sentir em casa!

                Soltei um sorriso tímido. Ele chegou perto de mim, iria dizer algo e bagunçar meu cabelo, mas seu olhar encontrou a toalha enrolada no meu corpo e dispensou qualquer comentário. –Ele pareceu corar um pouco, seguiu até a porta e saiu.          

...

                Acordei no meio da noite, nem sabia que horas o relógio marcava. Porém um vento entrava pela janela –Que pouco mais descobri que na verdade se tratava de uma varanda que dava vista para o jardim. –Levantando a cortina e mostrando-me a escuridão da noite. Fui até ela e me debrucei no apoio.

                Comecei a olhar aquele largo jardim, onde só era possível ver alguma coisa graças a luz das estrelas.

                Ventava muito forte...

                A lua refletia em meus olhos e cabelos que se esvoaçavam.

                E eu comecei a lembrar-me de tudo que havia acontecido desde o momento em que me foi revelado que eu era uma bruxa, tudo o que eu senti, o misto de sentimentos que tomava conta de mim naquele momento. E aquela reação de Lúcio. Eu ri por um momento, sozinha, como uma idiota, quando ouvi alguém bater na porta.

Emily: Hm? –Virei-me rápida achando que iriam entrar, mas foi bobagem. Segui e abri a porta devagar.

                Encontrei, para minha surpresa, o rosto de Draco me encarando.

Draco: Também não consegue dormir?

Emily: É o que parece –Sorri sem jeito.

Draco: Quer... conversar?

Emily: Sobre? –Abri mais a porta e ele adentrou. Sentando em minha cama sem nem fazer cerimônia (é claro, a casa é dele).

Draco: Sobre tudo, acho.

Emily: Você aceitando conversar? –Ironizei sorrindo e sentei no chão, a sua frente, com pernas de índio.

Draco: Não estou aceitando... –Ele desviou o olhar –Estou pedindo...

                Eu sorri e abaixei o rosto, feliz por ele estar falando comigo assim, mais próximo. Olhei para ele com quem dizia para que continuasse, pois eu aceitava sua presença ali. Na verdade ela me acalmava, diferente de um tempo atrás, em que me assustava.

Draco: Tem acontecido muita coisa desde que você entrou na escola... –Impressionei-me por ele praticamente ter lido meus pensamentos –E eventualmente, na minha vida.

Emily: Eu sei. Infelizmente eu não tenho controle sobre tudo e... Eu não queria que você se "envolvesse" tanto nas besteiras que me acontecem. Mas parece que não é como se tivesse escolha... Sei lá. –Eu suspirei não sabendo explicar.

                Ele segurou minha mão e me olhou nos olhos, os meus estavam completamente arregalados.

Draco: Eu só quero que saiba que... Apesar de tudo isso... Eu estou aqui.

                Apertei um pouco a mão dele, reconfortante.

Emily: E você sabe que estou também. –Eu inclinei meu corpo pra frente e encostei a cabeça em seus joelhos.

                Senti suas pernas tremerem e logo ele se levantou e, sem dizer mais uma única palavra se dirigiu à porta e fechou-a antes de sair.


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Notas finais do capítulo

Meeeeeeeeeee.
Se chegaram até aqui, por que não comentam?



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