Too Close escrita por ladywriterx


Capítulo 2
Encontro


Notas iniciais do capítulo

OI GENTEM! Aproveitem o capítulo ai vai.



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—Vai sair? — Lola voltou a aparecer na porta do quarto, dessa vez os braços cruzados com um sorriso sapeca no rosto.

—Vou. Um amigo está na cidade. — Os olhos de sua amiga abaixaram para as malas em seus pés. Eliza odiava fazer as malas, principalmente porque não queria ir, não queria se envolver com os Vingadores.

—Vai viajar, de novo? — Ouviu o suspiro vindo dela.

—Dessa vez não sei quando volto. — Ela ia começar a falar alguma coisa. — Relaxe. Eu vou mandar o dinheiro do aluguel e das contas todo o mês, ok? Não se preocupe.

—E você não quer me contar mais nada? — Estreitou os olhos e percebeu a pasta de arquivos sobre os Vingadores na mão de sua amiga. Tinha deixado no balcão da cozinha quando chegou, e tinha dito a si mesma que pegaria antes de Lola chegar. O que, claramente, ela não tinha feito. Gemeu em protesto.

—Lola, olha…

—Você trabalha na CIA? — Sua amiga não parecia feliz por ter escondido aquilo dela por tanto tempo. Parecia magoada, quase.

—Uma longa história e preciso sair. — E não queria ter que lidar com ela naquela hora.

—Steve. — Ela balançou a cabeça. Estava chateada de ter escondido aquilo. A própria Eliza estaria chateada se alguém tivesse escondido uma coisa tão importante. — Rogers.

—Talvez... — Respondeu, receosa. Não sabia qual seria a reação dela.

—Você vai sair com Capitão América, Eliza, e não ia me contar?

—Lola, desculpa, mas eu realmente não tenho tempo para conversar. - Puxou a pasta da mão dela. — Resumo da ópera porque é muita informação pra você: sou uma agente da CIA, todas as viagens que eu fazia eram para CIA, vou passar uns meses numa missão pra CIA. E eu já saí com Steve Rogers dois anos atrás. Agora, sério. Preciso me arrumar.

—Tudo bem. Conversamos depois. — Sorriu para ela e começou a sair para ir ao banheiro, precisava começar a arrumar para encontrar Rogers. Não sabia como a noite terminaria, mas gostava da companhia dele, pelo menos aquele outro dia tinha sido muito agradável. — Eu sei que você não disse nada pra se proteger e me proteger, Liza. — Disse, enquanto segurava o braço dela. Eliza sorriu. — Você realmente precisa parar com isso. — Com um sorriso triste, Lola soltou-a, deixando que ela se enfiasse no banheiro e trancasse a porta com presa. Odiava quando demonstravam sentimento para ela. Podia lidar com matar alguém, não podia lidar com alguém sendo carinhoso.

—Se você estiver acordada, conversamos quando chegar, tudo bem? — Lola assentiu antes de virar-se para ir ao seu quarto, deixando Eliza sozinha para terminar de se arrumar para o encontro que tinha dali alguns minutos.

Parou o carro na primeira vaga que encontrou perto do pub e colocou o sapato de salto alto, deixando a sapatilha jogada no assoalho do carro. Verificou a maquiagem e saiu do carro. Steve passava do outro lado da rua, e ele não tinha mudado o estilo de roupa. Sorriu lembrando. Olhou para os dois lados da rua e disparou para ele.

—Hey, Steve. — Ele parou e olhou para onde a moça chegava. Sorriu ao ve-la ali.

—Eliza. Que bom que veio. — A moça sorriu, quase envergonhada. — Como você está?

—Bem. Ainda tentando aceitar que sou uma vingadora agora, mas tudo bem. E você?

—Também não estou feliz que temos o governo para ficar de olho.

—Ótimo, vamos falar que sou babá de vocês agora. — Steve riu e empurrou a porta do pub, deixando que ela passasse na frente como um cavalheiro, constatou Eliza antes de deixar que o sorriso aumentasse.

Ela nunca tinha ido naquele pub, apesar de ser perto de sua casa, e achou o ambiente agradável. Sentados numa mesa para dois, conseguia ouvi-lo sem problemas e podia até sentir o cheiro do perfume dele, era o mesmo de alguns anos atrás. Ela sabia que álcool não fazia efeito nele, então era a única que tinha uma cerveja a sua frente. O assunto era trabalho, como sempre, e Eliza se atualizava sobre a vida de Steve. Tinha perdido o contato com ele depois que a SHIELD tinha passado pela crise.

—A CIA abraçou muitos de nossos agentes, inclusive foi a minha primeira oportunidade de emprego depois daquilo. Não sabia o que estaria fazendo sem a CIA. — Tomou um gole de sua cerveja. — E você, Steve? O que tem feito além dos Vingadores?

—Não tenho tempo para muita coisa. — Ela fez uma careta com aquela frase, sabendo que logo seria a sua vida também.

—Não devíamos estar falando de trabalho. Vamos ter muito tempo nos próximos meses.

—Tem razão. Vamos falar de outras coisas.

Ela falava empolgada sobre os filmes que Steve deveria assistir. Percebeu o jeito que os olhos dela brilhavam e como ela disparava a falar quando estava empolgada. Também sabia ouvir muito bem, e não tirava os olhos dele quando ele comentava o quanto sentia falta de ter tempo de ir ao cinema. E o sorriso dela também parecia fazê-lo perder o rumo das palavras que falava, e não ligava, porque logo ela mudava de assunto, não deixando a conversa morrer ou diminuir o ritmo.

—Lola é maravilhosa. — Falavam agora sobre sua colega de quarto. Que tinha descoberto seu trabalho real e agora devia estar morrendo de preocupação. Adorava aquela menina. — Um pouco conservadora demais pro meu gosto, mas maravilhosa.

—Ela sabe? — Steve claramente estava perguntando sobre seu novo posto. Bebericou de novo sua bebida antes de suspirar.

—Não sabia, até eu descuidar da pasta que levei para casa hoje e ela ler tudo. — Sua voz era amargurada. Capitão sorriu com o jeito que ela falara. — Preferia que ela não soubesse.

—Por quê? — Foi a vez dele tomar um gole da bebida a sua frente.

—Proteção dela, eu acho. Você sabe que esse trabalho não é fácil, nem seguro, nem pra gente, nem pra quem nos cerca.

—E seus pais? — Ela respirou fundo mais uma vez antes de dar um sorriso meio chateado.

—Minha mãe morreu faz uns três anos. Não cheguei a conhecer meu pai.

—Desculpa.

—Tudo bem. Mamãe vinha batalhando contra um câncer há anos. Foi o jeito dela descansar. Meu pai era do exército e morreu enquanto minha mãe ainda estava grávida.

—Militar? — Ele ficou subitamente interessado.

—Tenente Coronel, morreu em uma operação no Golfo Persa. Minha mãe quase enlouqueceu quando entrei na SHIELD. - Deu de ombros. — Mas aqui estou eu. E seus pais?

—Eram tempos diferentes. Quase não lembro do meu pai, morreu quando era muito novo, e minha mãe morreu quando tinha dezessete anos. Pneumonia.

—Aos órfãos. — Ela levantou a garrafa de cerveja, sorrindo tristemente. Steve acompanhou, seguindo-a no brinde, tocando de leve sua garrafa na dela antes de os dois tomarem um gole generoso para esquecer aquela conversa.

Era tarde da noite quando estavam saindo do pub. Tinha a jaqueta de couro de Steve sobre seus ombros, o vento gelado de Nova York arrepiando-a por inteiro. Olhou para os dois lados da rua e não viu a moto de Rogers. Franziu o cenho.

—Como vai para o hotel?

—Pego um táxi, não se preocupe. — Negou com a cabeça, tirando a chave do carro de dentro da bolsa e já fazendo sinal para que ele a acompanhasse.

—Vem, eu te levo. Sem problemas.

—Não precisa, Eliza.

—Eu insisto. Vamos. — Pegou o braço dele e começou a puxá-lo para o carro antes de ouvi-lo suspirar, cedendo a teimosia da moça. O carro vermelho estava bem estacionado há apenas alguns metros do pub. Steve não reconheceu o carro de primeira. — Troquei esse ano. — Esclareceu. — Meu salário na CIA é levemente superior ao da SHIELD. Tipo, uns 100% superior. — Riu, desativando o alarme antes de abrir a porta do motorista. Steve parecia grande demais para o carro, e ela não pode deixar de sorrir. Fechou a porta e se abaixou para desamarrar os sapatos de salto do pé, e se esticou para pegar suas sapatilhas do lado do passageiro. Jogou os outros para trás. — Odeio dirigir de salto alto.

—E não é seguro. — Riu Steve. Ela tinha dito a mesma coisa antes do primeiro encontro deles. Eliza também se lembrou, e riu enquanto se esticava para ver se vinha algum carro.

—Qual hotel você está?

—Torre dos Vingadores. — Eliza não escondeu a surpresa enquanto fazia a conversão a direita. — Stark terminou de reconstruir faz alguns meses.

—Oh, Stark. Verdade. Como ele está? — Steve franziu o cenho e encarou o perfil da moça. Odiava ser a pessoa que julgava os outros, mas pela reputação tanto de Stark quanto de Lewis, não pode deixar que imagens não muito agradáveis passassem por sua cabeça. Eliza riu, negando com a cabeça, ainda de olho na rua a sua frente. — Eu sei o que você está pensando. Não. Trabalhava com Coulson quando ele foi sequestrado no Afeganistão. Não imagina a dor de cabeça que ele nos deu quando revelou para todo mundo que era o Homem de Ferro.

—Estou me sentindo levemente mal. — A risada da moça invadiu o carro, que agora se esticava para ligar o som.

—Não se sinta. Eu parcialmente entendo.

—Parcialmente. — Foi a vez de Steve rir.

—E Romanoff? Barton?

—Barton se aposentou. Você sabia que ele tem uma família? — Eliza levantou as sobrancelhas, claramente supresa.

—Não, são agentes.

—Não, é a família dele, eu vi com meus próprios olhos. — Pararam em um sinal vermelho e a moça encarou Steve.

—Agentes. — Aquela era a sua última palavra antes de tirar mais um riso de Steve.

—Romanoff ainda está com a gente lá no centro. Ajudando a treinar os novos recrutas. — Eliza torceu o nariz ao lembrar que agora seria uma das novas recrutas a ser treinada. — Você vai gostar de lá.

—Não sei, Steve. — Apertou com mais força o volante, já levemente irritada com aquilo tudo. — Não queria ir, você sabe disso.

—Não estou feliz com ter alguém do governo lá dentro também. Mas, não temos muitas opções.

O carro parou suavemente em frente à torre. Tinha conseguido uma vaga que parecia esperar por ela ali na frente. Desligou o carro e virou-se para Steve. Lembrou-se que ainda estava com a jaqueta dele, já acostumada a sentir o cheiro dele tão perto. Contorceu-se para tirá-la, pronta para entregá-lo, mas ele apenas negou com a cabeça. Iam se ver amanhã, e ela tremia de frio quando sairam do pub, precisava mais da jaqueta do que ele naquele momento. Além disso, estava ensaiando de dizer algo desde que o carro ia chegando cada vez mais próximo do destino.

—Não quer subir um pouco? — Ela pareceu ponderar um pouco. Precisava mesmo ganhar algum tempo para que fugir da conversa que teria com Lola. Além disso, gostava da companhia de Steve. Mordeu o lábio inferior, todas as possibilidades passando pela sua cabeça. Depois de alguns minutos de silêncio, sorriu.

—Claro.

A Torre Stark era mais tecnológica e mais bonita do que podia imaginar. Era clara, branca, quase estéril. O elevador se abriu automaticamente quando se aproximaram e não pode evitar que seu queixo se abrisse levemente quando uma voz feminina invadiu o cubículo, denunciando a identidade dos dois, antes de liberar a subida até os últimos andares. O elevador revelava uma panorâmica de Manhattan e ela perdeu tempo demais observando a paisagem, perdida em todas aquelas luzes. Quando o elevador se abriu, ela se viu em uma sala gigante, com móveis caros decorando o ambiente, uma grande janela de vidro que separava aquele cômodo do céu de Nova York.

—Uau. — Foi a única coisa que conseguiu falar, dando passos receosos para fora do elevador, quase como se um passo mais forte pudesse quebrar qualquer coisa ali dentro.

—Quer alguma coisa para beber, comer? — Negou com a cabeça, Steve tirando do bolso da calça sua carteira, deixando-a no aparador de aparência cara ao lado do elevador. Ela apertou ainda mais a jaqueta contra seu corpo, dando um giro de 360 graus ao redor do seu próprio corpo, sem conseguir se decidir qual era a melhor parte daquela torre. — Acostume-se.

—O centro de treinamentos é assim também? — Capitão acenou positivamente com a cabeça, rindo da surpresa de Eliza, quase numa felicidade infantil ao ver tanta coisa junta. — Stark é louco.

—Realmente. — Ele deu de ombros e colocou-se ao lado dela perto da janela.

Agora, que estavam em um lugar aquecido, Lewis tirou a jaqueta de couro e estendeu para Steve, claramente não aceitando que ele não recuperasse sua jaqueta. Ele suspirou, sabendo que ela não descansaria até devolvê-lo, então tirou da mão dela, jogando-o no sofá há alguns metros dele. O silêncio demorou tempo demais, Steve tentando decidir o que faria em seguida. Pararia de enrolar e faria o que tinha vontade desde que a vira na CIA naquele dia mais cedo e grudou seus lábios nos dela, que sorriu antes de passar a mão pela sua nuca e deixar que capitão a beijasse.

—Achei que eu precisaria tomar a inciativa.

Nas pontas dos pés, Eliza chegou em seu apartamento. Steve tinha insistido que usasse sua jaqueta, mesmo que tivesse apenas que ir até seu carro e depois do carro até seu apartamento no vento gelado. Não recusou, apesar de tudo, porque realmente gostava de sentir o cheiro de Steve. Fechou a porta atrás de si, os sapatos nas mãos para não fazer barulho e não acordar Lola. Mesmo assim, sabia que, assim que entrasse no banho, os sentidos da sua amiga se acenderiam e ela estaria esperando por Eliza na sala. Trancou a porta tentando evitar que seus chaveiros batessem e fizessem um barulho muito alto, mas, assim que virou-se para ir até seu quarto, viu o vulto da sua amiga na sala, que acendeu a luz.

—Boa noite.

—Boa noite. — Respondeu, quase envergonhada. Tirou a jaqueta, dobrando em seus braços, querendo sumir com as provas que estava com Capitão América.

—Achei que chegaria mais cedo. — Eliza mordeu o lábio inferior e deixou suas chaves na bancada da cozinha. — Sua noite foi boa?

—Está insinuando algo? — Semicerrou os olhos e sua amiga riu.

—Estou.

—Foi, maravilhosa. Nada do que eu já não soubesse, na verdade.

—Eu não acredito, Eliza!

—O que? Por que todo mundo tem essa reação? Ele é maravilhoso, mas não é a primeira vez.

—Quando foi a primeira vez? — Lola cruzou os braços. E aquela foi a deixa para que Eliza suspirasse, fosse até o sofá da minúscula sala e fizesse gesto para que ela se sentasse ao seu lado. A história era longa, e sabia que não podia deixá-la no escuro por muito tempo.

Começava quando ela tinha mal saído do Ensino Médio. Fora recrutada muito nova, dezoito anos recém completos, e foi fazendo seu nome pouco a pouco, subindo de ranking e nível conforme passavam os anos. Fazia algum tempo que estava na SHIELD quando o Homem de Ferro surgiu. Tinha deixado toda a agência quase em êxtase, porém todos preocupados. E coisas mais estranhas aconteciam. Até Capitão América ser tirado do gelo, levado a Washington D.C., onde Eliza já trabalhava há alguns anos na maior sede nos EUA. Foi então que sua primeira vez com Capitão aconteceu.

Lola ouvia absorvendo todas as informações. Sua melhor amiga, com quem dividia a casa por dois anos já, com quem tinha se formado no ensino médio, tinha visto crescer. Era uma agente de elite há dez anos já, e Lola nunca tinha percebido. Eliza terminou de contar depois de alguns minutos falando sem parar e ficou em silêncio, esperando a reação da amiga ao seu lado. Se ela estivesse brava, descobria naquela hora, porque provavelmente Lola emburraria, ficaria quieta, talvez até levantasse para deixá-la sozinha por um tempo. Mas, depois de alguns segundos de silêncio, sua amiga suspirou.

—Eu entendo porquê você precisava manter segredo, Liza. Mas ainda estou magoada.

—Certo. — Assentiu com a cabeça. Não era boa lidando com sentimentos. Não sabia o que falar naquela hora, então só sorriu e se levantou. — Se tudo está esclarecido agora, vou tomar um banho. Amanhã saio cedo. — Lola sabia que aquilo era o jeito dela se esquivar daquela conversa porque não sabia mais lidar com aquilo. Assentiu com a cabeça.

—Se não nos vermos amanhã, pelo menos mande mensagem de tempo em tempo para eu saber que você está viva.

—Pode deixar.

Não tinha visto Lola aquela manhã. Eram cinco da manhã quando desceu sua mala pesada para a rua e, com a jaqueta de Steve em mãos, esperava o carro que a levaria até o centro dos Vingadores. Olhava para os dois lados, apreensiva, e sentia a sua arma em sua cintura, a deixando mais em paz. Odiava Nova York antes do amanhecer, parecia perigosa demais. Um carro preto parou a sua frente, buzinando, e abaixou o vidro para revelar um motorista sorridente.

—Lewis!

—Happy. — Constatou, feliz em vê-lo novamente. Ele tinha sido um dos maiores ajudantes da SHIELD quando Tony havia sido sequestrado. Foi a porta de trás que abriu, revelando Steve, que desceu do carro, sussurrou um bom dia com um sorriso sonolento, e pegou sua mala para colocar no porta malas.

—Entre, Lewis. Temos algumas horas de estrada pela frente. — Gemeu, não feliz com aquela constatação, mas entrou no carro, deslizando até a outra ponta, logo antes de Steve entrar e fechar a porta.

—Vamos, Happy.

—Sim, senhor. Todos de cinto?

—Happy… — Steve suspirou, num claro indicativo que também não estava gostando daquela viagem. E Eliza estava odiando aquele clima estranho entre eles, como se não soubessem como agir. Além disso, ela estava morrendo de sono, tinha dormido menos de quatro horas, e a única coisa que queria era descansar um pouco.

Capitão não notara que ela tinha pego no sono logo depois de saírem de Nova York. Percebeu apenas quando ela tombou levemente para o lado, sem nem ao menos sentir, continuando em seu sono profundo. Suspirou antes de decidir tirar o cinto, chegar mais perto dela, e deixar que a agente dormisse em seu ombro, mais confortável do que pendida, presa apenas pelo seu próprio cinto de segurança. Ao fazer aquilo, percebeu o que ela tinha em mãos, ainda apertando-a contra si: sua jaqueta da noite anterior. Evitou sorrir, e decidiu que dormir também não o faria mal. Afinal, ele também tinha dormido pouco, pelo mesmo motivo da agente ao seu lado.

Tony estava curiosamente esperando o carro de Happy chegar, encarando a parede de vidro enquanto bebia um copo generoso de café. Precisava ver com seus próprios olhos uma mulher que podia afirmar que já tinha dormido com Capitão Steve Rogers. Riu sozinho, sem conseguir controlar. Não conseguia imaginar Steve Rogers, nascido em 1918, levando uma mulher casualmente para a cama… Não, impossível.

O carro preto apontou na entrada do centro de treinamento e virou-se para esperá-los na porta de entrada. Demorou ainda alguns minutos para Happy parar o carro perto da porta e, assim que ele parou, seu segurança saiu do carro e logo após Steve e, atrás dele, uma sonolenta agente, que coçava os olhos indicando que acabara de acordar.

Eliza não tinha entendido muito bem o que tinha acontecido quando chegaram. Steve a chamou suavemente, e ela abriu os olhos para encontrá-lo perto, desafivelando o cinto de segurança com o carro já parado. Happy já tinha desligado o carro e já abria a porta. Ela tinha dormido em cima de Capitão América, deduziu alguns segundos depois de acordar, imediatamente corando com aquela constatação. Esperou Steve sair para ir atrás dele, ainda com sono, mal acordada. Não precisou pegar suas malas, porque logo ele estava indo na frente. Negou com a cabeça. Sabia que aquilo não era nenhum esforço para ele, mas ficava levemente incomodada de depender dos outros.

Steve foi o primeiro a encontrar Stark de tocaia na porta. Rodou os olhos, esperando que ele mantivesse a discrição sobre o que tinham conversado antes, sabendo que aquilo não seria possível só pelo sorriso malandro no rosto dele. Tony deu alguns tapinhas nas costas de Steve antes da agente entrar pela porta, imediatamente depois.

—Lewis? Essa Lewis? — Stark encarou Steve com curiosidade e depois voltou para a agente que agora também sorria para ele.

—Oi Stark, bom te ver também.

—Lewis! — Puxou-a para um abraço. — Como está? Sentindo minha falta?

—Nossa, você não faz ideia. — Resmungou depois que ele o soltou, rindo.

—Então, você e Capicolé?

A agente apenas bufou, fingindo não ouvir Stark, que seguiu atrás deles, rindo.


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Notas finais do capítulo

Olaáááá´´a! Como vocês tão? To bem, brigada. Depois do choque de terminar Chasing a Starlight, vamo focar na nova fanfic! Digam o que acharam, críticas, sugestões, quer se declarar pro amor da sua vida? VEM! A caixa de comentários ta aberta HAHA



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