Havia passado algumas semanas desde que os Jogos Mágicos haviam terminado e os membros da Fairy Tail continuavam com sua rotina, barulhentos e briguentos, Natsu e Gray competiam e Erza os intimidava, Lucy chorava pelo fato de ter de pagar o aluguel, Cana bebia aos montes enquanto Mira olhava para todos com seu costumeiro sorriso, Elfmam gritava homem enquanto socava Max, Wendy tentava acalmar todos no meio da confusão e Gajeel dormia em um banco ao lado de Levy que lia. No fim nada havia mudado, mesmo depois de tudo que aconteceu todos estavam do mesmo jeito.

—Gajeel! Pare de roncar não consigo me concentrar. – A pequena azulada reclamou e suspirou ao ver que o moreno nem se deu ao trabalho de se mexer. – Grrrr... Lily como consegue conviver com ele?

—Hmmm, nunca pensei muito nisso. Mas eu achei que vocês estavam se dando bem. – O gato preto disse.

—E estamos... É só que... Gajeel anda muito ignorante ultimamente, eu digo algo e ele simplesmente fica um tempão sem responder e depois responde com um “tsk” e volta a me ignorar.

—Você fala como se isso fosse raridade. – Uma pequena gata branca surge. – Acho que ele é assim desde sempre. Mas falando em pessoas perdidas em pensamento... – A gata branca olha em direção a Juvia que estava sentada no balcão olhando para seu copo de suco. – Ela anda com um comportamento bem parecido, tirando a parte da ignorância, ela sempre está perdida, até com o Gray ela está assim.

—Ehhhh? – Levy se espanta. – Será que ela está bem?

—Agora que você disse – Lily se pronuncia – O Gajeel tem falado de noite coisas do tipo “idiota, não use a água dessa forma” e “tsk, Juvia está chovendo muito”, isso se repete quase sempre e quando eu toco no assunto ele sempre desvia a conversa pra outro rumo.

—Ele a tem chamado de noite? – Levy pergunta em um tom inaudível.

Alguns segundos depois Gray voa por cima da mesa e cai em Gajeel, o mesmo desperta em instantes.

—Seu maldito, não se pode nem mais dormir aqui!

E então Gajeel e Gray começam a brigar e logo Natsu já está no meio com Erza, e no final tem um bolo bem grande de gente. Levy está rindo quando nota algo incomum, Juvia se levanta em direção à saída e vira levemente a cabeça e seu olhar se encontra com o de Gajeel, Levy pensa em ver um sorriso mínimo formando nos lábios de ambos, “imaginação?” a azulada menor se pergunta e fica intrigada com isso por um bom tempo.

No fim foi apenas mais um dia comum na Fairy Tail. Gray voltava para casa com um grande galo na cabeça xingando mentalmente Gajeel. O moreno para subitamente quando avista Juvia sentada, era estranho vê-la sozinha, então o moreno se lembra que a azulada anda estranha ultimamente, não anda tão grudada nele e está mais afastada de todos que de costume, ele não se incomodava, mas era estranho quando não tinha a azulada abraçada nele. Como estava escuro Gray não conseguia ver tão bem, mas tinha certeza que Juvia conversava com alguém, resolveu chegar mais perto e se surpreendeu ao ver que a azulada conversava alegremente com Gajeel, Gray não entendia porque estava tão surpreso, já que aqueles dois eram da mesma Guilda e passaram praticamente a vida todos convivendo juntos, mesmo assim tinha algo que incomodava Gray. O moreno foi embora soltando fumaça pela cabeça e não conseguiu dormir direito.

POVs Gray

Cara que sono. Não consegui dormir direito noite passada, minha cabeça ficou fritando depois que vi a Juvia ontem. Por quê? Entrei na guilda com cara de sono e já fui recebido com uma cadeira, sorte que não pegou, não estou de bom humor para receber cadeiras. Resolvo sentar na mesa que Lucy, Wendy e Natsu -que por algum milagre não está brigando- estão sentados.

—Uahhh Gray-san! Seus olhos. – A pequena pronuncia surpresa.

—Gyahahaha, aposto que apanhou ontem. – A estupidez humana não tem limite.

—Acho que isso não é um machucado Natsu. – Lucy diz com uma expressão engraçada.

—Mesmo assim apanhou ontem. Já esqueceu que eu te venci? – Esse idiota está caçando briga.

—Hããããã? Você me vencer? Nem se eu estiver quase morrendo você tem chance de me vencer.

—Hmpf! Eu saio de uma mesa barulhenta para cair em outra. – Uma voz aguda se pronuncia, era Charl.

—Charl! – Happy se anima, sinto um frio na espinha, é como se eu tivesse me lembrado de alguém depois de olhar pro Happy.

—Mesa barulhenta? – Wendy pergunta e olha na mesma direção que todos da mesa olharam, Gajeel e Levy discutiam de novo. Surpreende-me como ele consegue ter uma cara tão calma quando está perto da Juvia.

—Hmpf! Então eu não vou ficar aqui! – A pequena vem em nossa direção pisando duro, logo ela senta-se à mesa e desaba a cabeça nesta

—Levy-chan? – Lucy toca no ombro da azulada.

—Aquele idiota! Eu só queria ir a uma missão com ele, mas ele tinha de ser grosseiro como sempre. Eu apenas cheguei lá e perguntei se ele queria ir em uma missão e ele não respondeu então eu perguntei de novo e ele disse de um jeito frio “não está vendo que estou ocupado?” eu me desculpei e tentei olhar o que deixava ele tão concentrado por incrível que pareça ele estava lendo um monte de papel tentei ver o que era, mas ele não deixou então perguntei se ele não queria ajuda e ele simplesmente me despachou e eu comecei a gritar com ele, mas ele me ignorou! Qual o problema dele? – Neste ponto já saiam algumas lágrimas.

—Vai ver que ele realmente estava concentrado em algo muito importante e não queria ser interrompido. – Lucy tentou reanima-la.

Era realmente incomum este comportamento vindo de Gajeel para Levy, apesar de que de vez em quando ele a provoca ele nunca a tratou assim.

—Juvia você está bem? – A voz de Mira ecoou nos meus ouvidos, olhei para trás e a vi chamando a azulada, todos da mesa olharam para a mesma direção.

Juvia estava em frente ao quadro de missões olhando fixamente para um papel, seus olhos estavam quase negros e demonstravam medo e ódio, ela suava muito e seu corpo todo estremecia, Mira a chamava, mas ela não parecia ouvir, ela estava ficando mais pálida, estava quase me levantando quando Gajeel chega e dá um soco de leve na cabeça dela que geme de dor, ele toma o papel de suas mãos e dá um mínimo sorriso.

—Parece que estamos com sorte. – Ela o olha intrigada como todos da mesa, mas de todos Levy era a que estava mais surpresa, não a culpo em alguns minutos atrás ele estava sério e do nada vem com esse sorriso. – Ei Mira, eu e a tempestade aqui vamos pegar essa missão.

—Eh? A-Ah... Ce-certo. – Mira registra a missão e Gajeel começa a caminhar com Juvia que ainda está um pouco confusa, todos na mesa se olham interrogativos e Levy que estava com uma expressão... Vazia? Era muito estranho o comportamento daqueles dois, antes deles passarem pela porta Juvia olhou para mim e como posso dizer... Meu peito doeu e eu senti uma sensação estranha, ela sorriu para mim com uma expressão triste e serena, igual à última vez que eu vi Ur. Aquele sorriso parecia o de uma despedida eterna. Eu estava estático.

—Gray? Está me ouvindo? – Olhei em direção a Lucy que falava comigo. – Mira disse que está preocupada com aqueles dois, Juvia não parecia muito bem e mesmo assim pegaram uma missão perigosa.

—Aqueles dois são bem grandinhos e suficientemente fortes e inteligentes para ganharem uma luta contra uma ladra. – Charl disse com firmeza.

—Charl! Não diga isso, eles podem correr perigo. – Wendy a repreende.

—Eu concordo, aqueles dois se conhecem bem então devem saber o que estão fazendo. – Apesar de eu ter dito isso sem vontade alguma. – Não vou me dar ao trabalho de ir atrás deles.

—Como é seu ignorante? – Natsu diz com raiva. – Não precisamos de você mesmo, Levy você vem?

—Não acho que eu...

—Ah Levy-chan vamos lá! Aposto que quer saber a causa deles terem ido só os dois. – Lucy tenta convencê-la e depois de muito esforço consegue.

No fim Natsu, Lucy, Levy, Wendy e Charl partem na sua “missão secreta: seguir Gajeel e Juvia como ninjas”. Já era pôr-do-sol, o grupo de Ntasu já tinha partido há no mínimo duas horas, estava bebendo minha limonada quando Mira chega sorrateira e diz:

—E se eles voltarem como um casal. – Engasgo toda limonada e a cuspo.

—Como é...

—Sabe, eles podem descobrir um sentimento oculto e talvez... A guilda ganhe um novo casal. – Às vezes Mira tinha umas ideias muito bizarras na cabeça. – Apesar de que eu acho que Juvia é muito devota a você para fazer isso. – Eu paralisei. – Mesmo assim, ela pode ter cansado de esperar, pode ter descoberto que não vai poder tê-lo e que talvez ela tenha de partir para outro que realmente a ama.

—Isso é decisão dela, não tenho nada a ver. – E não era mentira, era ela que fazia suas escolhas, ela que decidia com quem queria... Ficar, minha cabeça estava latejando.

—E é isso que você quer? Quer que aquela garota que te amava até não restar mais forças desista de você assim? Porque se for isso que você quer, então espero que esteja pronto para perder uma coisa que lhe é tão importante quanto à vida. – Neste momento eu abri os olhos e vários flashs passaram na minha cabeça:

“Bom dia Gray-sama” “como está Gray-sama?” “está se sentindo bem? Quer algo” “Gray-sama, Juvia te ama muito” “Gray-sama aceite o amor de Juvia” “Gray-sama, Juvia assou esses biscoitos” “Juvia está feliz se estiver com Gray-sama”. “Gray-sama” “Gray-sama”

“GRAY-SAMAAAA!!!!”

Sim, parece que todo esse tempo ela sempre esteve lá ao meu lado, nunca me deixou em nenhum instante, sempre gentil com aquele sorriso costumeiro, seus abraços e seus métodos estranhos para me conquistar, até quando Lyon estava na sua cola ela o ignorou por minha causa, ela sempre foi gentil e disse sobre seus sentimentos com confiança e eu... A única coisa que eu fiz foi ignorá-la e tentar afastá-la, sempre dando voltas e nunca dando uma resposta definitiva a ela, sempre enrolando e deixando as coisas mais complicadas... Até no festival do dragão quando estávamos sendo atacados... Eu não consegui dizer. E agora tudo isso... Vai acabar?

—Então Gray? O que vai fazer? – Mira me pergunta. Ficamos um longo tempo em silêncio quando brota um sorriso nos meus lábios e um suspiro.

—Tsk... Eu duvido que ela consiga fazer uma boa parceria com outro cara, nós temos nossa técnica de combinação esqueceu? – Me levanto em direção à saída e Mira grita um “boa sorte” sorrindo. E eu também... Não sou bom sem ela.

POVs Gray off

POVs Levy on

Já tínhamos andado horrores, o dono da carroça que nos levou disse que não passava mais daquele ponto porque a montanha da floresta que íamos estava amaldiçoada ou coisa do tipo, até agora a única coisa que eu vi de macabra é a cara de enjoo do Natsu. O que uma ladra ia fazer aqui no meio do nada? Ao menos que ela tivesse uma residência boa o suficiente para aguentar o frio que faz de noite nessa montanha e os animais selvagem que esta abriga eu entenderia, mas aqui não é um lugar próprio que alguém queira morar.

O mais incrível é que depois de tantos quilômetros eu ainda estou me perguntando o que estou fazendo aqui, eu podia muito bem estar em casa lendo um livro com chá em vez de me preocupar com missões de outras pessoas, afinal é como o Gray disse “aqueles dois se conhecem bem então devem saber o que estão fazendo.” Se Gajeel que é um cara que normalmente faz missões sozinho chamou Juvia, então ele deve saber o que está fazendo. Só acho que foi maldoso da parte dele ter me despachado daquela forma, ele poderia ter dito simplesmente que ia fazer uma missão com outra pessoa. Mas ele parece gostar de ser grosseiro comigo, acho que o que Lily disse estava certo, não estamos nos dando bem. Mas até eu acho que aqueles dois se combinam, ambos se conhecem desde pequenos, foram membros da mesma antiga guilda e provavelmente fizeram missões juntas, são tão fortes e os dois tem um jeito único. Eu só achei que Juvia amasse Gray mais que tudo, penso que em algum momento todo mundo cansa, até a Juvia.

—Lu-chan já estamos chegando?

—Eu não sei bem, o mapa que aquele senhor me deu é confuso, ele disse que depois de uma grande declinação tem algumas árvores e uma extensa pradaria, mas estamos quase no pico da montanha, se tiver alguma declinação é do outro lado e no caso nós teríamos que cair e voltar ao pé da montanha. Essa montanha tem formato de pudim, inclinada em todo seu entorno e em cima é reta, já estamos quase no topo e não vimos nenhuma declinação, se tiver alguma, ou é no topo o que seria mais um buraco do que uma declinação ou teríamos que cair mesmo, mas é improvável ter um buraco no seu cume. – Cair para subir de novo? Não obrigado.

—Eu não entendi muito bem, mas o Happy não pode simplesmente voar e ver o que tem lá de cima. – Natsu usou a cabeça uma vez, isso é tão bom.

—Acha que se eu tivesse a opção eu já não teria mandado ele, o problema é que essa área tem muita neblina o que atrapalha a visão de... Kyaaaaaa – Só vemos a sombra da Lucy caindo.

—Lucy! – Todos gritam em uníssono e vão correndo em direção ao lugar que a loira caiu.

—Argh, eu estou bem, só estou pendurada em um lugar desconhecido. – E ela está bem?

Lucy estava se segurando em uma raiz, ela estava pendurada na beira de um... Buraco? Nem tínhamos chegado ao cume, mas tinha um buraco... Uma grande declinação, mas... Aquilo parecia mais uma caverna, será que poderia ter árvores e uma pradaria lá embaixo?

—Segura aí Lucy, vou te puxar. – Natsu disse, ele segurou a mão de Lucy e a puxou de uma vez ela acabou caindo em cima dele. A relação deles é tão... Linda. Sempre estão juntos se divertindo e se protegendo, eles deveriam ser mais sinceros com seus sentimentos.

—Hmpf, não temos tempo para agarrações, vamos logo. – Pra quem disse que não se importava Charl está bem animada.

—Ok. Acho que devemos descer ali. – Lucy disse confiante, se fosse antigamente ela certamente se recusaria.

—Tem um cheiro estranho vindo lá de baixo, não gosto dele. – Todos olham Natsu preocupados.

—En-então, acho melhor agente checar...

—Eu vou lá com Happy!

—O-oque? Claro que não! Vamos todos juntos! – Lucy disse, ela realmente está mudando.

—Happy e eu não podemos carregar todos. E se nós descermos duas pessoas primeiro e depois subirmos para buscar mais duas as que desceram podem cair em alguma armadilha e não ter escapatória. – Charl disse, ia começar uma discussão ali então eu disse.

—Então eu vou com Natsu, aí quando chegarmos lá embaixo eu posso usar o Solid Script e fazer uma espécie de almofada grande ou algo do tipo para vocês pularem.

—E se tiver algo lá embaixo é só eu chutar a bunda do maldito. – Natsu disse confiante. Wendy e Lucy se entreolharam e confirmaram com a cabeça.

Assim desceu Natsu e eu, era bastante fundo, quando chegamos no final não conseguíamos ver nada, Natsu colocou um pouco de luz com suas chamas era apenas uma caverna comum. Logo fiz uma almofada bem grande e macia.

—Natsu-san! Levy-san! Estão bem?— Era a voz de Wendy ela ecoava bem fraca.

—ESTAMOS BEM, PODEM PULAR. – Gritei o mais forte que pude.

Em alguns segundos já dava para ver dois pontinhos caindo, quando elas caíram na almofada começaram a quicar, eu ria da situação até que Lucy caiu para fora e se esborrachou no chão.

—Lu-chan você está bem? – Pergunto a ajudando a levantar.

—Acho que quebrei algo.

—Por isso que eu disse que ia vir só com Happy, vocês se machucam muito rápido.

—Viemos juntos e vamos até o fim juntos. – Lucy inflou as bochechas ativando seu modo fofura, Natsu a olhou tentando resistir.

—Que seja, se vocês ficarem sozinhas aqui também vai ser problemático. – Então ele começa a andar sem rumo resmungando “Lucy aquela apelona” “vai ter volta” e o seguimos dando risada.

—Ah, Natsu apague seu fogo. – Eu digo.

—Hã? Mas...

—Apague logo! – Ele faz o que mandei. – Solid Light. – No mesmo momento a caverna fica mais clara, uma grande bola de luz surge e começa a nos guiar para o interior da caverna.

—Wahh, Levy-chan que incrível! – Lucy pronuncia.

—Nem tanto, se eu fosse mais poderosa eu conseguiria iluminar a caverna toda sem precisar dessa bola. – Mas considerando os meus poderes antigos eu cresci, de alguma forma.

Começamos a andar e eu me lembro do motivo de termos vindo aqui, no fim eu ter crescido um pouco não muda nada, eu ainda não era forte o suficiente para poder andar ao lado dele, eu não quero atrapalha-lo e sim protegê-lo, preciso ser mais forte.

—Levy-chan? – Ouço a voz de Lucy e volto para a realidade, Natsu e Wendy iam na frente conversando alegremente. – No que estava pensando?

—Você disse que era incrível, mas é algo ridículo, se eu fosse mais forte...

—Está falando isso por causa do Gajeel? – Eu a olho surpresa e ela dá uma risada.

—Ele parece inalcançável, forte e confiante e sempre me protege, mas eu... Quando tento fazer algo certo eu o atrapalho, se eu fosse mais poderosa...

—Ele ia continuar te protegendo, não importa sua força, pois ele te considera alguém importante. Se força definisse algo, nossa equipe nem formada estaria, Erza uma maga classe S, Natsu e Gray dois magos extraordinários se juntaram a uma iniciante como eu e não importa aqui quem é fraco ou forte todos vamos nos proteger, já que somos amigos. Já viu como eu e Natsu somos e a diferença de poder que temos? Poder não define nada e sim a vontade de proteger aquele que você ama.

—Lu-chan... – Ela parecia ter aberto uma porta que iluminasse um novo caminho.

—E sabe... Eu acho que você é bastante amada pelo Gajeel considerando o tanto de forças que ele usa para te proteger. – Lucy deu um sorriso malicioso e eu corei.

—Você não tem o direito de dizer isso Lu-chan! Afinal você e o Natsu não são tão diferentes. – Quem vai ficar corada agora, ela estava boquiaberta.

—Quem sabe. – Ela apenas sorriu e voltou a andar.

Aquela reação me surpreendeu, talvez quem não esteja sendo sincera com os sentimentos sou eu.

POVs Levy off

Os magos andaram mais um pouco e logo ouviram um grito familiar, era a voz de Juvia. Começaram a correr em direção a voz e logo chegaram em uma grande pradaria, aquele era o cume da montanha, lá podia se ver o topo oco, lembrava um vulcão, podia ver o céu. No centro do extenso gramado Gajeel e Juvia arfavam cheios de machucados e podia se ver uma mulher à frente deles, ela era alta, cabelos médios e lisos de uma cor azul gelo, seus olhos eram negros como a noite, suas roupas estavam em farrapos e ela suava, mesmo assim demonstrava força.

A mulher moveu as mãos e em um instante uma pilastra de pedra se formou e jogou Gajeel para longe, Juvia tentou desviar de pedaços de pedras pontiagudas, mas ela não conseguiu deixar seu corpo em estado liquido. Levy e Wendy correram para socorrer Gajeel enquanto Natsu e Lucy iam ajudar Juvia.

—Gajeel! Você está bem? – Levy senta ao lado de Gajeel preocupada.

—A Juvia... Não deixem que ela leve a Juvia. – Ele gemia.

—Como assim? – Wendy pergunta confusa, mas não tem tempo para pensar, pois uma explosão acontece atrás das magas. Natsu e Lucy voam longe e Juvia cai no chão desacordada.

—Como? Eu tenho certeza que eu usei meu poder naquela mulher. – Natsu diz confuso. – Lucy você está bem?

—Mais importante agora é ir ajudar a Juvia. – Lucy diz com dor.

—Não deixe que aquela bruxa toque na Juvia! – Gajeel grita tentando se levantar.

—Não se esforce tanto! – Levy o repreende.

—Você não entende... Ela... A Juvia. – Naquele instante a mulher de cabelos azuis gelo já estava aos pés de Juvia à mesma solta um sorriso obscuro.

—Perdoem-me, mas eu e a minha irmãzinha teremos de nos retirar. – A mulher diz se agachando ao lado de Juvia e tocando em seu braço.

—JUVIAAAAAA!!!!!!!

Uma voz distante grita e a mulher da chuva abre levemente seus olhos e a última palavra proferida foi:

—Gray-sama...