Angels — Everybory Will Fall Tonight escrita por AS Kiara Ogden


Capítulo 4
Your Heart Watching Away


Notas iniciais do capítulo

Boa tarde gnt!
Como todos estão indo? Sabe, eu estou relativamente bem, e fico contente com isso. Espero muito que vocês leiam com amor, pq eu o fiz com muito.

Bjkas, até o próximo



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Your Heart Watching Away

Bem, aqui estamos.

Eu via a Eliza pentear os cabelos loiros, que chegavam na altura da cintura. Era liso de dar dó! Mas quando eu o via, lembrava do meu.

Sim, uma das poucas lembranças que tenho além da vingança é de que eu penteava o cabelo cem vezes antes de dormir. Me pergunto como eu tinha tanta paciência para fazer tal ato. Ele era enorme, chegando ao meu quadril. Sim, uma assustadora versão minha toda linda, em comparação a minha atual, com o cabelo nem passando do ombro direito.

— Sua linda, acho que você tem escola, não é? — Soltei. Não aguentava mais aquela situação caótica do seu cabelo. Ela apenas olhou para mim sorrindo, e levantou para colocar a camisa do uniforme. Eu sabia exatamente o que ela estava pensando, mas decidi ignorar.



Lizzie sempre sentava na mesma cadeira, a primeira do lado direito. Lá ela se tornava a nerd suprema, conhecedora de tudo. Eu nem imaginaria que ela, na verdade, é uma necromante se não soubesse disso.

Eu nem tinha me sentando, me sentido confortável na sala da nossa turma quando senti uma vibração bem forte. Lizzie olhou para mim, entendendo o que eu pensara.

— Mas o que foi isso? — Soltou. Andando rápido, nós duas corremos para onde estava vindo a vibração. Foi quando eu ouvi um outro som, muitíssimo alto, tanto que machucou os meus tímpanos. Tanto eu quanto Eliza caímos ajoelhadas no chão, nos contorcendo de dor. No começo, era forte e desconecto, para depois para virar algo parecido com um coral. Quando eu percebi, era algo parecido com uma mensagem, e parecia bastante com latim.

De repente, tudo parou. Os meus olhos, até então fechados, abriram e deslumbrei um ambiente azul, ou melhor, com tonalidades azuis. Por isso, era tudo frio. Esse ambiente era a própria escola, mas com essa camada fria. A minha frente, se encontrava uma figura alta, robusta, coberto por uma armadura prata. Carregava, presa a cintura, uma espada longa. O cabelo, preso em rabo de cavalo, era negro, e contrastavam bem com os olhos azuis que mais pareciam brancos.

Já me sentido melhor, levantei. Vi Eliza também levantando, mas ela parecia muito mais cansada pela aquela ação que eu.

— Essa atmosfera não é para humanos. — Exclamou a criatura, olhando para Eli. Ela apenas sorriu e respondeu algo como “sou feiticeira”, e se apoiou em mim.

— Quem é você? Que áurea é essa? — Perguntei. Perdendo um pouco a expressão séria para dar lugar uma face mais amigável.

— Eu sou um Querubim, Allanael, O Justo, provedora de votos. — Chamou-me relativo àquela cerimônia celestial doentia. — E estou aqui para te guardar.

— Hein? — Olhei assustada para Eliza, que parecia tão confusão quanto eu. — Sabe anjo, ou querubim, ou qualquer uma dessas classes, eu não preciso de ajuda, muito menos guarda. Se você não incomoda, gostaria que nos ajudasse a retornar ao plano físico.

— Provedora, eu fui mandado aqui por Gabriel. Ele quer alguém ao seu lado. Sabemos que Azalael te procura, e ele não pode te achar.

— Bem, não me chama de Provedora. Ele está com medo? Ótimo, fico muito contente. Mande Gabriel visitar um abismo, e se preocupar com os espírito lá, pois aqui estou bem. Quer saber, fui um erro ter sido capturado por vocês, e também ter aceitado o acordo de vocês. — Comecei a gritar. — Eu tenho um nome, um nome! É Lavínia! E sei que vocês adoram a facilidade da vida de angelicais: só correm para fazer algo quando chega o apocalipse! Como pode?! Não, eu não quero ajuda, e não vou aceitar a oferta por que eu não quero, e não porque o céu não vai deixar! Saia daqui agora, Allanael, eu não que um anjo da guarda. — Eu estava ofegante, falara tudo muito rápido. De repente, senti o corpo de Lizzie ficar mais pesado, e só então eu vi o quanto a situação tinha piorado para a minha amiga. Ela desmaiara. Olhei para o Querubim e continuei. — Tire-nos daqui. Olhe como ela está mal.

— Farei isso, pois sei o que fará com ela se demorarmos mais. Mas saiba que eu ainda virei até você, Provedora. — Com um gesto, toda a atmosfera fria e pesada se evaporou. O nosso mundo cheio de cores estava de volta, ao passo que o anjo tinha sumido. Eliza começou a acordar, se equilibrando lentamente.

— Aconteceu algo excepcional, Lav? — Perguntou se mantendo em pé sozinha.

— Eu consegui mandar um anjo embora. Isso é excepcional? — Exclamei irônica, recebendo um olhar nada amistoso como resposta. — Eu não entendo. Já passei por situações horríveis, mas sempre estive sozinha, nem nunca cedi. Mas porque isso agora? Não faz sentido.

— Talvez a teoria sobre os Cavaleiros esteja correta, não?

— Eu não sei, mas se for, — Gelei ao pensar seriamente na ideia. — eu terei muitos problemas.

—----//-----

Eu estava acima, mais uma vez, de toda a cidade. Não, eu não estava na casa da Lizzie. Eu estava no topo de uma montanha, observando toda a cidade. Esperando algo. Tudo o que eu queria era abrir a minha mente, para ver se algo fazia pelo menos, 10% de sentido. Inspirei e expirei, profundamente.

Ainda queria muito saber o motivo do Céu vir até mim agora. Bem, o que eu era, afinal? Demônio, anjo, um ser em transição, cavaleiro ou humana? O quê?!

Bem, uma coisa eu tinha a certeza: eles perceberam que eu estava ali, sozinha. Não tinha mais humanos, o que tornava a aparição de um deles muito mais fácil e menos perigosa — pois com toda a certeza ele não viriam pelo aquele mundo frio.

Logo senti uma leve corrente de ar, como, ironicamente, um bater de asas. Me virei para a sua direção e esperei o serzinho.

Mais uma vez, o anjo de mais cedo apareceu, mas agora menos sério, e mais cauteloso. Caminhando para um pouco mais próximo a mim, ele devia estar pensando como começar a falar comigo. E olha que nem sou tão poderosa assim.

— Provedora, retorno a me apresentar. — Se curvou levemente.

— Oi Allanael — Acenei educadamente, para ver se ele se sentiria um pouco menos temeroso.Ele podia ser daquele bendito céu? Sim, e era. Mas algo em mim falava que ele era diferente. Eu sempre soube que Gabriel era um perfeito estrategista, porém o chute dele foi certeiro. Por mais que eu estivesse farta das criaturinhas com asas, eu não posso negar que vi algo diferente nesse Querubim. — Da outra vez eu expressei a minha opinião um tanto rude de mais, e peço perdão. Bem, veja pelo o meu lado, eu me senti pressionada a aceitar o acordo dos anjos, para matar ou exorcizar aqueles que antes era como eu. E, às vezes, isso não é tão fácil, e tudo o que eu realmente quis foi ajuda. Mas não tive. —  Sua expressão agora era de tristeza, sabe, aquelas bem profundas mesmo, como se ele realmente estivesse me entendendo. — Você é do céu, mas acho que não é tão ruim assim, não é?

— Provedora, sei que disso tudo, infelizmente. Sei o que fazemos, entretanto acreditamos que só assim, matando os demônios internos e externos, que poderemos ver você melhorar. Nós perdoe também. E estamos aqui, com você agora, pois sabemos o quanto convincente um demônio nobre pode ser.

— Ele não virá aqui, ele não pode ser materializar nem possuir um corpo qualquer. — Falei com certeza, certa de que estaria mais a salva aqui.

— Está errada ao pensar assim. Ele pode possuir qualquer um, e se materializar quando quiser. O problema é a energia gasta. E se ele gastar tudo isso, ele não poderá voltar tão cedo, o que impedirá ele andar pela terra em breve. Ainda sim, você e o humano correm muito perigo, mesmo ele estando com aquele talismã poderoso.

— O que sabe sobre ele e a pedra? — Perguntei.

— A pedra é uma parte de uma espada angelical. Como esta. — Sacou a espada, longa, e me mostrou o seu cabo, onde havia cinco pedras, mas sendo as dele azuis claras. — Seu dono era muito poderoso, mas passou por um perigo muito grande, tanto que retirou uma das pedras. Quando um anjo o faz, ele libera mais poder, e clama por ajuda, porém a energia gasta é exorbitante, e e pouco tempo ele estará fora do campo de batalha. Já o humano, ele nasceu assim. Nasceu com um dom dado por Deus, que sabia o quanto necessário ele seria se viesse ocorrer essa guerra.

— Mas há grandes falhas na habilidade dele, não é?

— Isso pois ele nunca aprendeu a controlá-la. Assim ele perde a mente e o corpo para um simples demônio.

— Você disse que ele nasceu assim… Certo? Mas porquê? — Nunca entendi muito bem essa coisa de destino. Por que ele existe se tem o livre-arbítrio? E sendo Deus que o faz, por que Rodrigo teria um destino tão cruel?

— Infelizmente, eu não sei sobre isso, apenas os Arcanjos têm esse conhecimento — Afirmou. — Entretanto, é necessário que eu lhe conte algumas coisas. — Mais uma vez, sua expressão ficou séria, e esperei algo ruim.

— Então fique às vontade, sente e conte.

—----//-----

— É pior que imaginávamos, Lizzie. — Falei enquanto me sentava a sua frente, na cama. — Eu não sou um dos cavaleiro. Na verdade, eu sou uma chave.

— O que que dizer com isso? — Ela mantinha uma expressão pesada. Continuava a se perguntar se a coisa do a querubim era verdadeira, e o motivo da minha pessoa ir atrás dele. — Mas o que está acontecendo?

— Lizzie, quando falo chave, é quase que literal. Ele precisa de alguém para abrir o portão do Inferno para ele. E esses serem não podem ser de lá de dentro.

— O Prover dos Votos… É sobre isso, não? — Assenti. — Quantos passaram por isso? E que ainda não voltaram?

— Pelo o que ouvi, bem poucos. Ah! — Gritei e bati frustada na cama. Me digam, por que eu ainda tenho que está nessa briga? Eu só quero acabar de evoluir, parar de caçar, e voltar a condição de alma humana. Porém acho que ninguém gosta muito de me respeitar.  — De qualquer jeito, ele me contou mais uma coisa. Ou melhor, ele me pediu para procurar uma coisa.

— Como assim? Procurar o quê? — Levantou e foi até a bancada, onde havia uma pequena tigela, contendo vário ingredientes. Ela estava fazendo uma poção para que, tanto eu, ela e Rodrigo não fiquemos sem energia. Nesse momento, saia uma fumaça esbranquiçada de lá, o que a fez ficar com uma expressão mais preocupada ainda.

— O portão. Eles não sabem onde o primeiro portão será aberto. E eu devo encontrá-lo, para que os anjos contenham a primeira invasão. — Olhei-a. Sabia o que pensava. “Como fazer isso”?

— Então você vaia atrás dele? Assim, sem mais nem menos? Sério mesmo que você tá confiando no discurso deles?! Foi você que me ensinou que anjos podem ser mal e, às vezes, chove no inferno. Como pode mudar de lado assim?

— Ei, eu não o farei! Escute bem, não estou mudando de lado. Eu só estou… Nem eu sei. — Eu tinha me levantado para que ela entendêsse o quão forte era a minha ideologia. Mas a verdade era que ela não era forte coisa alguma. Eu estava com medo. Ou eu achava um portão para os anjos ou eu era morta por eles. Afinal, se eu morresse, seria complicado encontrar outro que ainda não se corrompeu após o Prover. Literalmente, eu estava entre a cruz — ou o portão — e a espada. — Acho que eu deveria ir. Não sei, creio que Allanael não estava mentindo para mim. Sou um ex-demônio, sei sentir mentiras. E ele não o fez. Estou com medo Lizzie. Não quero morrer mais uma vez, agora que estou viva de verdade.

— Eu sei, eu sei. — Sentou-se ao meu lado novamente. Pegou o celular e começou a discar. — Vamos falar com o Rodrigo. Se você for, nós também temos que ir. — Eu ia protestar, mas ela agitou os dedos e fez com que eu não pudesse mais falar. Essa feiticeira! — Rodrigo, oi, sou eu, Eliza. Estamos com problemas. Lavínia não é um cavaleiro, mas como a própria se definiu, é uma chave. Venha para cá que eu te explicarei melhor. Okay, Beijos.

—----//-----

O menino chegou rápido, mas eu ainda estava de boca fechada. Eliza, com a sua mania de detalhes, contou tudo, desde do encontro de hoje de manhã, com direito a como ela se sentia naquele momento, até a bendita montanha. E durante essa parte, ela se demorou bastante, contando tudo. Rodrigo se mostrava interessando, mas estava com tão nervoso como eu.

— Então você vai procurar essa negócio mesmo? — Soltou o moreno. Sua face era séria, além de descrença. — Não, eu não te conheço de verdade. Porém sei que Lavínia, ou Burn, é alguém precavido. Muito. Pare com isso, já!  — Eliza desfez o feitiço e eu pensei no que iria falar. Óbvio que eu não tinha, e iria sair idiota, eu tenho certeza.

— Parem vocês com isso, eu não queria nem me meter nessa história para começo de conversa, eu só queria paz. Agora, vamos pensar comigo. Eu sou uma das que mais corre perigo, porém em muito tempo eu vejo a necessidade de me juntar com eles. Eu gosto? Não. Entretanto temos outras opções?

— Sabe o que eu acho? — Recomeçou Rodrigo, mas a janela do quarto onde estávamos foi escancarada com o vento, dando susto em nós três. Quando percebemos, Allanael estava do meu lado, com a postura bem preocupada e agitada, e com a espada sacada na mão esquerda. Ele encostou dois dedos na testa de Eliza, que sumiu instantaneamente, e fez o mesmo com Rodrigo. Ele iria fazer comigo, mas eu segurei o punho dele.

—  O que está acontecendo?! — Tentei falar, porém fui interrompida por uma criatura negra, algo parecendo um cachorro, as com asas de morcego e salivando muitíssimo entrou pela janela também. Se libertando as minhas mãos, Allanael nos tirou dali.


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Notas finais do capítulo

Bem, é isso. Até!



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