Angels — Everybory Will Fall Tonight escrita por AS Kiara Ogden


Capítulo 3
Chasing After You


Notas iniciais do capítulo

Boa noite Gnt! Como vão vocês?
Bem, mais um capítulo, razoavelmente grande. E espero, com muito amor no coração, que gostem.
Preparados para a nossa linda Burn? (Hey, não me chama assim!)
Ok, ok :(

Bem, boa leitura ♥
Bjkas, ASaKO



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Eu havia ido bem naquela prova. Alguns me denominam de inteligente, mas eu só me considero alguém com uma boa memória. Afinal, eu já fiz isso diversas vezes. Essa bendita matéria já está no meu sangue.

Liza também foi bem, o que seria estranho senão acontecesse. Até por que, a garota estudou feito uma condenada. E o seu Senpai, ao qual ela elogia muito, gabaritou. Devo admitir que o garoto tem futuro.

 

Mas eu sei que isso realmente não importa

 

O mais importante foi a pesquisa que a Eliza fez sobre Azalael. Muito do que ela encontrou de primeira não fazia sentido. Coisas como “ele ser um monstro sem face, com várias asas”. Obviamente eu já vivi o suficiente para saber o que seria um demônio, e no caso com essa definição, ele não era.

Eu estava pensando em tudo isso sozinha, no telhado da casa da Eli. Digamos que eu não tivesse muitos lugares para ir. Na verdade, nenhum. Isso não me abalava, mas me fazia sentir um pouco presa. Como sua casa era bem no alto de um terreno e era alta, com um jardim na frente, era também fácil perder a hora pensando aqui.

— Burn — A ouvi gritar de dentro do seu quarto. — Falei com Rodrigo agora mesmo. Ele vem aqui daqui a pouco. — Ela dava pulinhos de alegria. Eu virei os olhos, esponteamento, fazendo-a fechar o rosto. — Pare com isso, você sabe que eu tô de olho nele. É uma ótima oportunidade.

— Ah claro. Você faz o “bem” ao garoto e ainda fica com ele no final. Uma ótima oportunidade mesmo. — Respondi voltado a posição anterior, a deitar. Tinha levanto com o susto que ela me deu. Também virando os olhos, ela entrou mais uma vez, e deixando-me sozinha.

Ele vir aqui ou não, não iria me ajudar em nada. Saí do conforto e desci do telhado. Era fácil, afinal o meu corpo é bem leve, pois a maioria nem existe, apenas uma camada de pele. Eu nem sabia para onde ir, só que algo me mandava dar uma volta. Meu sexto sentido, na maioria das vezes, era gente boa comigo.

Logo que atravessei o portão da casa da Liza, eu vi a cidade. Ás vezes, dali mesmo, eu conseguia sentir a vibração dos demônios. Esperava sentir algo, mas nada.

Continuei andando sem rumo, por muito tempo. Até que entrei numa avenida larga, mas escura. Ali vi um grupo brigando, se socando, quase matando uns aos outros. Tinha um maior, com uns cinco garoto, e outro, com apenas três integrantes. E por mais que houvesse desvantagem numérica, o menor parecia bater mais, ou apanhar menos.

Depois de um tempo, o maior correu, subindo a avenida, fugindo. Os restantes estavam com uma autoconfiança enorme, e ficou olhando para os outros com olhares desafiadores, por mais que estivessem tão machucados e ensaguentados quanto. Olhei o rosto de cada um, vendo estrago, e o segundo não me era desconhecido. Ele olhou para mim, e ficou tão surpreso.

— Mas o quê, Rod... — Comecei, mas sua face espantada fez que não. Chamando os outros, eles desceram a rua, correndo também. Eu eu, fui atrás.

Ele sabia que eu estava ali, olhava para trás toda hora. E estava muito nervoso. “Acho que descobri o seu segredinho, não é? Um ‘lindo bad boy’, hein”, pensava rindo. Até que o grupo se desfez numa esquina, cada um indo para um lado aleatório. Mais uma vez olhou para mim, e continuou andando, como estivesse me chamando para acompanhá-lo. Logo o alçancei, e ele não parecia nem um pouco da maravilhosa flor que normalmente era.

— O que estava fazendo lá? — Ríspido, falava cheio de ódio. Como se eu tivesse culpa.

— Ei, ei, pera… EU NÃO tenho culpa que VOCÊ fica por aí, brigando na rua. Pode parar.

— Mas você estava me seguindo! — Já tinha parado e me encarava com mais raiva ainda.

— Quem te disse isso? Filho, não sou eu que estou interessado em você, e não stalkeio os outros. Agora, se não se importa, acho que deveríamos ir para casa da Eliza. — Como estivesse derrotado, ele me seguiu sem mais um pio. Por alguns minutos, todo aquele silêncio fora maravilhoso. Nada de constrangedor, só de paz. Até ele começar a tossir, mas tanto, tanto, que parecia que estava morrendo.

— Ei, o que foi? Rodrigo, o que foi? — Ele já estava agachado no chão, comigo tentando fazê-lo respirar novamente. Digamos que eu nunca fui muito boa em salvar pessoas, nem quando eu ainda era viva. Na verdade, eu sempre me desesperava. — Menino, respira, não morre, por favor.

De repente, tudo parou. Ele respirou normalmente, sentou e me encarou. Seu rosto, antes vermelho, voltou ao normal de uma maneira muito assustadora. Como se nada tivesse ocorrido.

Por mais que estivesse irritado antes, ele tinha um olhar diferente. Me analisava, digamos assim. E percebia que eu fazia o mesmo. Até olhar para a pedra presa no seu cordão, ou melhor, só o cordão. Viu a minha surpresa, e numa velocidade gigantesca tentou segurar o meu pescoço. Entretanto, eu pulei para trás, me colocando na defensiva e já sacando as adagas.

Sua postura, em pé, era totalmente diferente da do garoto que há pouco estava ao meu lado. Totalmente reto, e com a cabeça erguida, me encarava com superioridade. Ainda com as mão vazias, ele brincava mexendo-as.

— Você não deveria ser tão insolente, sabia? Ele a quer. Ele a considera boa. E isso não é uma honra dada a muitos. — A voz, um tanto fina, deixava clara que o havia o possuído.

— Pensei que os anjos tinham pegado você também, Blow — Ela era uma demônio, quase uma succubus, como eu era. Era, sem dúvida, considerada muito linda. E morreu exatamente por isso: um homem se apaixonou perdidamente por ela, e como não a teve, ele a matou. Mas como a mesma disse uma vez, “ele acreditou mesmo que todos os problemas tinha acabado. Na verdade, para ele, só tinham começado”. Ela o enlouqueceu, e escureceu junto dele.

— Não tenho tempo para brincar com anjos. E não me chame assim. Sabe o quanto odeio essas denominações. Fazem isso para nos zoarem. — Suspirou. Mais uma vez movimentando as mãos, fez uma se formar com o ar. — Daddy mandou te buscar, com amor e carinho.

— Okay, pode começar. — Ri sarcasticamente, e como uma rajada de vento, ela veio para cima de mim. Eu, instintivamente, desviei para a esquerda, fazendo-a passar direto.  Quando parou, me olhou com desafiadoramente. Era divertido ver a face do Rodrigo assumir aquela forma, não posso negar. Mais uma vez, ela avançou em mim, mas dessa vez eu me preparei para tirá-la no corpo dele. Com a mão livre da pele humana, a espiritual passou direto pelo pescoço do garoto, porém não do da mulher. A puxei e a derrubei no chão, Imobilizando-a. Agora, com raiva de ter sido “derrotada”, se mexia para tentar se soltar de mim. Eu sentia o vento forte ao redor, e percebia que tinha que resolver isso rápido.

— Sabe, eu gosto bastante da sua pessoa, mas estou pensando seriamente chamar uns anjinhos para te dar uma auxiliada. — Falei, com o olho esquerdo já em chamas.

— Ah, como eu queria te matar! — Respondeu entre os dentes.

— É uma pena mesmo. — Puxei seu pescoço para cima para depois afundar tudo na calçada, provocando uma grande rachadura, mesmo aquele sendo o seu corpo espiritual. Sua expressão foi de dor, para depois olhar para mim com o fogo nos olhos, as diferentemente dos meus, a sua chama era acinzentada.

— Ele não vai gostar nada disso!

— Que se foda! Quero que ele me esqueça, e você também. Suma, e não volte mais, senão não hesitarei de ter entregar.

— Querida, o apocalipse está vindo. Acha mesmo que irei me importar se você vai me mandar para os anjos? Ora, ele vai liderar as tropas na terra, e tudo será diferente em pouco tempo!

— Ótimo! Mande o seu apocalipse, e principalmente o seu líder, para qualque rlugar, menos para perto de mim! Eu não me importo. EU NÃO vou me juntar a vocês, ouviu? Queimem bem em casa, querida. — A larguei, e rapidamente ela sumiu, como uma fumaça de uma fogueira some no céu noturno.

Eu sabia agora o motivo dele corre tanto atrás de nós, ele queria que eu retornasse para o seu lado. Eu tinha a força de poucos em muita quantidade. Digamos que eu fosse perigosa com ele, mas mais ainda contra ele. Sim, pode parecer idiota eu dizer isso sendo que eu fiz algo tão pequeno comparando a minha força contra a Blow, mas muitos nem chegariam perto desse tipo. Afinal, uma luta grande entre demônios acabam por utilizar chamas chamadas “Infernais”, e nem todos a tem. Não em grande quantidade. Na verdade, eu também não tinha muito, não agora, mas como eu costumava utilizar fogo, digamos assim, o fogo celestial, eu conseguia me manter firme no combate. E por conta dele que eu também me purificava cada vez que eu lutava contra um ser da minha antiga espécie.

Então, quando tudo pareceu bem mais calmo, fui ver como estava o garoto. Ele ainda estava jogado num canto da calçada, desmaiado. Chamando-o, enquanto batia de leve na sua bochecha, e ele começou a acordar. Mas, como estivesse sonolento, ele sorria, segurou a minha mão e até a beijou.

— Acorda, seu louco! — Gritei enquanto puxei a mão das dele.— Você está bem?

Imediatamente, ele levantou sobressaltado. Não estava entendendo muita coisa pelo visto.

— Acho que minha pedra caiu enquanto eu brigava. Temos que achá-la. — Levantou rápido, até me assustando, e começou a fazer o caminho inverso praticamente correndo. Logo que o alcancei, nós chegamos onde, segundo ele, tinha começado a briga.

— Me fala o motivo de vocês estarem brigando. — Perguntei, enquanto procurava debaixo de uns papelões. E me olhou como se se pergntasse se iria ou não responder aquela questão.

— Ele acha que estou pegando a namorada dele. O problema é que ela é que dá em cima de todos. Essa, na verdade a relação deles: quando estão afim, dormem com outras pessoas. Sim, saiu clichê, eu sei. — Ri.

— Sério, há coisas que eu não intendo muito bem, como esse tipo de coisa. As pessoas não deveriam ficar juntas por que se gostam?

— Bem, creio que deveriam. Mas acho que não é bem assim… Espera, qual o seu nome mesmo? — Me encarou no exato momento que eu achei a pequenina pedra no meio-fio.

— Lavínia, aqui me chamo Lavínia — Disse jogando-a para ele. Agradecido, logo a colocou no cordão, e voltou a me encarar.

— Porque “aqui”? — Começou a descer a rua novamente

— Ah, acho que “‘Burn” não seria o melhor nome para uma sociedade. — Ri lembrando quando eu decidi, definidamente, que eu deveria escolher um nome comum para mim.

— E porque esse nome? Tipo, sua mãe olhou para você e falou “essa vai ser esquentadinha. Vou chamar de Burn. Tomara que não tenha muito fogo” — Sem perceber, levantava os ombros para perguntar.

— Não, esse não é meu nome de verdade. Tipo, é bem comum as criaturas infernais esquecerem seu nome verdadeiro. Especialmente as que querem vingança. Só pensam nisso logo no período onde devemos apenas aprender que “causamos uma dor terrível, e devemos apenas pensar que fizemos de errado e nada mais”. Esse estágio nós esquecemos, realmente, de muita coisa. Como o nome. E, é claro, aqueles que tem essa lembrança, são mais fortes.

— Mas porque? — Realmente era curioso esse garoto.

— Agora eu que te falo: porque você faz tantas perguntas? — Mais uma vez, deu de ombros. Ri — Quanto mais irracional, mais monstro, mais sem controle. É como uma bola que explode a toda hora, não sabe quando guardar sua energia. O que não acontece com aqueles que sabem mais, são mais racionais, mais humanos.

— Entendo. É estranho, mas até que faz sentido. Não me leve a mal Lavínia, ou Burn, mas eu nunca tinha conhecido uma pessoa com uma experiência dessas.

— Esse é um dos pontos importantes: eu não sou uma pessoa. — Sorri como se estivesse tentando assumir aquilo não como fardo, mas como verdade mudável. Eu sabia que eu tinha feito coisas consideradas erradas, e que tinha que continua a viver para superá-la. Seria fácil? Óbvio que não. Mas quem disse que seria, não é mesmo? Suspirei e olhei mais uma vez para o garoto ao meu lado. — E fofinho, lembra de uma coisinha, não me chama de Burn, me chamada de Lavínia, ouviu?

 

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— Oh Meu Deus, como isso aconteceu? — Eliza limpava os machucadinhos do Rodrigo. Dava para ver na cara dele que estava ardendo, mas não tanto. Mas ainda sim, ele estava fingindo só para ela ficar toda carinhosa com ele. Revirei os olhos.

— Eli, por favor, — Ela falou um “desculpe” sem voz. — acaba logo com isso. O neném não vai morrer se você não terminar logo com isso.

— Lav, você deveria ser mais delicada. Ele não é forte como você. Olha isso! — Virou a cabeça dele delicadamente para mim, me mostrando o machucado. Eu sabia que eu bati muito nele enquanto estava possuído, mas aquilo não tinha sido feito por mim. Entretanto, como havíamos combinado de não falar sobre ele estar brigando na rua, eu apenas suspirei.

— Tá, tá, tanto faz. Mas temos mais coisa para conversar. Ele não quer só o Rodrigo, Eliza. Ele quer a mim também. — Deixou o algodão cair e olhou para mim.

— O que quer dizer com isso?

— Ele lembra que eu já estive sobre o seu “comando”, e pretendo me fazer entrar em seu exército novamente, para dia do grande combate.

— E o que fará sobre isso? — Perguntou, sentando bem na minha frente e esquecendo do menino mais atrás. — Vai falar com alguém?

— Com quem? Não tenho ninguém. Apenas anjos, mas dificilmente vão me ajudar. Sem contar que, na verdade, eu não quero conversar nada com eles.

— Lavínia, não estamos conversando sobre as inimigas da escola, você sabe disso! Estamos falando sobre auxiliar ou não um exército infernal a começar o fim dos tempo! — Me olhou sério.

— Mas que bosta, eu SEI! — Suspirei. — Eu já fui uma humana de verdade, você sabe disso. Já vivi em uma sociedade e há alguns anos voltei a viver nela. E também sabe que gosto, relativamente, dela e “dos filhos de Adão” agora. Bom, o suficiente para não querer matá-los… Eli, você é uma necromante, e entende sobre o que estou falando. Não quero auxiliar uma guerra desse porte, nem num lado nem outro.

— Lavínia, sinceramente, acho que você vai ser pressionada a escolher um lado. — Falou ela com medo no olhar. Não medo que eu escolheria, mas o que eles não fariam para que eu escolhesse seus lados. Suspirou pesado. Começou a falar em latim, enquanto mexia as mãos pelo ar, e logo criando uma fumaça preta por onde passava. Olhou para mim, como se falasse “é agora”. Concentrei minhas forças um pouco e a chama meio dourada, meio violeta, começou a surgir do meu olho esquerdo. Ela fez com quê que tivesse nas suas mãos recebesse a chama, e queimasse. E quando o fez, uma bolinha de fogo pulo de sua mão para o chão, e depois de ser agitar, tornou forma de algo um pouco maior. Um corvo.

— Ora, parece que um Huginn está aqui para vê-la. — Porm ais que ela já tenha feito coisas do tipo, eu nunca me acostumava. Ela virou para o animal de fogo e falou uma língua desconhecida por mim. Por trás de seus ombros, vi Rodrigo pirando tanto quanto eu. O animal ouvia, e parecia entender. Mas o que nos surpreendeu mesmo foi o fato dele responder! Ele mantinha a conversa na língua estranha. Quando terminou, Eliza falou meia dúzia de palavras naquele idioma e outra meia dúzia em latim. A criaturinha olhou para mim e voo na minha direção. Obviamente eu tomei um susto enorme, e me protegi com as mãos, mas o que ela realmente fez foi desaparecer em fogo na altura dos meus olhos. Do fogo veio, do fogo voltará…

— Bela conversar com Huginn, Eliza. — Virou os olhos e sorriu, para logo depois ficar mais séria. — O que ele disse?

— Serei sincera sobre ele e o que disse. Huginn, no caso, é uma projeção espiritual futuro, o seu. Só por ser um corvo, ele tem dois significados: um é ruim, e outro bom. Ele tem que ser alimentar. Haverá uma morte importante na hora do combate, uma que afetará você, mas não será apropriadamente você. Já a segunda significa esperança, cura, sabedoria. O lado que você escolher vai sair vencedor. — Fitou-me mais séria ainda — Lavínia, ou melhor, Burn, sei que por enquanto as coisas não estão tão, digamos assim, complexas. Mas vai ficar. Eu sinto, em cada parte de mim, de você, até mesmo de canto desta sala. Quando digo que o Fim dos Tempos está próximo eu não estou mentindo.

 

—--------//---------

 

Eu, obviamente, não tinha uma casa. Na verdade, eu nem tinha a necessidade de ter uma: não precisava dormir, comer ou qualquer outra coisa que os humanos são obrigados a fazer para a própria sobrevivência.

Entretanto, eu gostava de fazer essas coisas. Sabe, era maravilhoso comer um alimento bem feito e feito carinhosamente. Assim como era maravilhosos dormir, relaxar a mente depois de um dia cheio de “lutas mortais para que a sociedade continuasse a existir”.

Nesse exato momento, eu estava ajeitando mais uma vez a minha “cama”, um colchão e uma coberta no chão, e por cima um travesseiro, uma almofada e uma outra coberta. Eliza deixara há muito eu dormir ali. Segundo a mesma, eu não criaria confusão alguma enquanto estivesse roncando. Bem, cada qual com o seu pensamente.

— Hey, olha isso — Lizzie estava na sua escrivaninha, que ficava bem embaixo da última lamparina acessa no quarto, deixando a figura da garota com se ela fosse de uma série de investigação sobrenatural. — Achei uma relação um tanto interessante. Lembra que você me contou quem a atacou hoje? Ela não tinha poderes relacionados com o ar? Isso pode ter muito mais influência do que, simplesmente, quatro elementos.

— O que quer dizer com isso Eliza? — Rodrigo também se encontrava no recinto. E nem me perguntem o porquê disso.

— Você já viram as séries sobre o apocalipse, certo? Então, vocês lembram o quê têm todas em comum? — Acho que ela esperou alguma coisa vinda de nós, mas continuamos quietos. Depois da pausa dramática, continuou — Os quatro Cavaleiro, os Cavaleiros do Apocalipse! Com já disse, são quatro. Quando cavalgam, é que tudo já tá ferrado. É que a guerra do mundo espiritual já foi iniciada. E eles têm uma conotação maligna, certo? Pois bem, podemos muito bem relacioná-los ao Inferno!

— Okay, mas o que tem de novidade nisso que você acabou de falar? — Perguntei de braços cruzados, pois eu não tinha parado de arrumar a minha cama para ouvir algo que eu já sabia.

— Vamos de novo: quatro. QUATRO. Como os quatro elementos! — Respirou profundamente e quando recuperou o fôlego, continuou à toda — qual era a cor do fogo daquele ser?

— Acinzentada.

— Pois bem, vou ler isso para vocês. — Pegou a Bíblia antiga de seu avô e começou. — “E eu vi, e eis um cavalo branco; e o que estava sentado nele tinha um arco; e foi-lhe dada uma coroa, e ele saiu vencendo e para completar a sua vitória”. Entendeu? Foca no Branco.

— Quer dizer que ela é um dos cavaleiros? — Me sentei na beirada da cama. Estava começando a ficar interessante.

— E não só ela, mas você também! — Arregalei os olhos — “E saiu outro, um cavalo vermelho; e ao que estava sentado nele foi concedido tirar da terra a paz, para que se matassem uns aos outros; e foi-lhe dada uma grande espada.” Qual a cor da sua chama? — Realmente fazia sentido. Eu me considerava forte? Sim, para todos os efeitos. Mas sendo mais modesta, ele poderia escolher alguém mais fácil, e me matar enquanto eu estivesse desprevenida. Mas não era essa a questão: Eu era indispensável. Eu era o segundo Cavaleiro!

— Acho que, pela a primeira vez em séculos, eu vou clamar por Deus.





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Notas finais do capítulo

Até a próxima meus doces ♥
Bjkas ASaKO

OBS.: Perdão pela a péssima forma que está o texto. O Nyah e o Word, do drive e do pc, estão conspirando contra mim :(



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