Cinzas de Prata escrita por Petra del Rei


Capítulo 11
Capítulo 10 – “Voe como uma Butterfree, pique como uma Beedrill”


Notas iniciais do capítulo

No capítulo passado, Ashley se via em uma situação em que não podia fugir, enquanto estava em poder dos Rockets. Francisca evoluiu para Bayleef, mas não foi o suficiente para se sobressair contra os vilões. Foi com ajuda de Bugsy e Walker que a treinadora pode ser salva do perigo.

Enquanto isso, Silvestre observava os Rockets junto a um rapaz desconhecido. Será que a organização é um dos alvos dele?

Boa leitura!



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Ashley estava no centro Pokémon de Azalea. Francisca e Rochelle estavam em um quarto em tratamento, já que foram bastante debilitadas na batalha contra os Rockets. A garota ainda não se conforma de como foi incapaz de proteger suas amigas.

“Droga, será que vai ser o mesmo de três anos atrás?”

Bugsy também estava no centro, pois estava tratando de suas Pokémon também.

— E você vai ficar cabisbaixa aí, garota? – questionou o líder.

— Er Bugsy, eu o agradeço por ter nos salvado naquela hora... – a garota estava sem graça.

— Olha, não sei como você foi acabar nas mãos deles, mas do jeito que está, você não tem chances contra eles. Antes de tudo você precisa de um time mais forte! – o líder aconselhava – pois bem, já que meu trabalho na investigação acabou, posso me dedicar ao ginásio. Mas só venha me desafiar quando estiver realmente preparada, seus Pokémon não podem sofrer as conseqüências de sua irresponsabilidade.

Ashley ficou pensativa com as palavras do garoto. Ela já não podia mais voltar atrás no caminho de treinadora. Porém, por mais que tentava evitar, situações como daquela manhã podem ocorrer, então o melhor que pode fazer é treinar para o seu time ficar mais forte e preparado para situações de risco.

Ela resolveu chamar Rouge e a soltou de sua pokebola.

— Pois não Ashley! – a morcego esperava as ordens.

—  Er, Francisca e Rochelle não vão poder batalhar por um tempo, eu só quero te treinar enquanto elas descansam. Mais ai você também vai ajudá-las nas batalhas posteriormente. Você aceita?

 - Se com isso eu for útil para você? – respondeu Rouge.

— Mas não precisa se obrigar a isso. Você sabe que as batalhas podem se arriscadas... – a treinadora não queria de Rouge se sentisse obrigada a batalhar.

— Sei disso, mas vou fazer meu melhor para seu time.

— Então, vai ser a partir de amanhã! – declara Ashley.

— Obrigada por confiar em mim! – a morcego falava empolgada.

Não se podia perder tempo se lamentando, ela não tem pressa de desafiar o ginásio, mas é bom ter seu time cada vez mais forte para não ficar tão vulnerável como à pouco. E como já tem uma insígnia, Bugsy não pegará tão leve. Apesar de ele aparentar ser mais jovem que Falkner, ele se mostra bem mais experiente que o líder de Violet. Não é seguro contar apenas com a Rochelle contra o treinador de Pokémon inseto.

Com isso, no dia seguinte começou a treinar a Rouge. Próxima a cidade tem a floresta Ilex, lá se encontram mais Pokémon de grama, nos quais são tranqüilos para a morcego treinar. E lá ela capturou uma Oddish, na qual ganhou o nome de Olivia e foi mandada para o Professor Elm.

E foram se passando os dias com elas treinando em rotas próximas às cidades de Azalea e Violet. Elas acabaram parando nas Ruínas de Alph. Ashley viu o pequeno lago daquele lugar, e já com a vara de pescar em mãos, resolveu tentar fisgar um Pokémon daí. Rouge repousava no ombro da treinadora que estava aguardando pela fisgada.

— Ei Rouge, o que está achando do treinamento?

— Está bem tranquilo, achei que seria bem mais perigoso! – respondeu a Zubat.

— Mas pode ser perigoso! Ai, se você soubesse pelo que passei... e o pior que já perdi uma em um acidente ocorrido durante em um treinamento – Ashley avisava dos possíveis riscos que Rouge pode ter.

— Mas agora você manda em mim não é? Você se importa com minha opinião? – indagou a Zubat.

— E por que não? Você só vai tá num time se quiser, não é? Isso sem falar que seria ruim ter alguém que não queira se enturmar no time, só vai dar problema! – responde a garota.

— Bem... nunca tive uma opinião assim com nada... sabe, sempre fui o que consideram uma “Maria vai com as outras”, vou seguindo os passos uns dos outros, e foi assim que fui sobrevivendo. Agora que estou com você, irei ver um caminho diferente. Não sei se vai ser ruim ou bom está com você, mas creio que uma nova aventura me ajude a perceber melhor as coisas – explica a Zubat - E além disso, se eu evoluir para Golbat, finalmente posso saber como são as cores.

— É mesmo, você tem os olhinhos bem atrofiados, então é verdade que os Zubat mal enxergam? – indaga a treinadora, observando dois pontinhos esverdeados no rosto dela.

— Mas a nossa ótima audição é o suficiente para nos orientar – responde Rouge.

Ouvi-se um chacoalhar na água.

— Parece que pegamos algo... – Ashley começa a puxar o anzol.

Com muito esforço, ela fisga um Margikarp do lago. Ele se debate ininterruptamente mas a garota joga a pokebola e o captura.

— Um Margikarp?! Mas pelo que sei, esses bichos são inúteis e fracos, não é?

— Podem ser agora, mas eles podem evoluir para Pokémon poderosos conhecidos como Gyarados. Ai pode ser uma boa adição a nossa equipe – declara a garota com a pokebola na mão – agora vamos conhecê-lo melhor.

Ela solta o Margikarp. Ele tem um bigode esbranquiçado indicando que é uma fêmea.

— Finalmente vou sair dessa poça! – comemorava a carpa.

— Oi, meu nome é Ashley! – a treinadora se apresentava - e aí garota, como vai ser?

— Você vai me treinar, não é! Eu quero muito ser mais forte!

— Vejo que está empolgada! – Ashley gostou da determinação da Margikarp – Qual é seu nome?

— Me chamam de Maria, mas nessa poça quase todas as fêmeas se chamam assim! – respondeu a peixe – Seria bom me desse um novo nome. Um nome épico e imponente, que cause medo no coração daqueles que o ouvisse.

— Quer um nome forte?- a garota riu e começou a pensar em um bom nome – que tal Caninana?

— Caninana? – a Pokemon achou o nome meio esquisito.

— É baseado em uma lenda de uma serpente do mesmo nome que aterroriza pescadores.

— Pode ser, parece que soa bem! – a Margikarp aceita o nome.

— Agora em relação ao seu treinamento, peço que tenha um pouquinho de paciência. Estou treinando essa morceguinha por enquanto. Quando eu obtiver a insígnia de Azalea, começo a trabalhar contigo. Até lá, se quiser ficar conosco, tudo bem?

— Pode ser... mas não se esqueça de mim! – Caninana se conforma em esperar para começar a treinar.

No dia seguinte, Francisca e Rochelle receberam alta, e com isso começaram a ajudar a Rouge e prosseguir com seus próprios treinamento. Aquela Heracross de Bugsy é lutadora, e será um problema para Rochelle  que é do tipo rocha. Embora haja possibilidade do líder não usá-la, pois os líderes não são permitidos de usar um Pokemon bem mais forte do que os dos desafiante, mas prevenção nunca é demais. E ainda Heracross são extremamente vulneráveis a ataques voadores, por isso que é necessária a ajuda de Rouge. Mas a treinadora viu que o inseto conhecia ataques de rochas nos quais Rouge é vulnerável, por isso ela deve finalizá-la com um só golpe!

Passaram mais duas semanas até que finalmente Ashley e seu time estão na porta do ginásio para desafiar Bugsy.

Dentro do ginásio, havia um conjunto de plataformas situadas acima de um grande espaço profundo onde Ashley deve atravessá-lo para combater os treinadores do ginásio e, em seguida, enfrentar o líder.

— Por que os líderes têm essa obsessão de lugares altos? – Rochelle não gostou do fato de ter que atravessar plataformas novamente.

— Vamos deixar os treinadores com a Rouge! – propôs a garota – vamos ver como ela se sai em combates reais!

A Zubat vencia suas batalhas sem problemas. Agora estão perante o Bugsy.

— Estava te esperando Ashley! Espero que esteja preparada, pois eu não irei pegar leve! –avisa o líder.

Ashley engoliu seco, mas tenta esconder o nervosismo – mais uma vez eu lhe agradeço por ter me ajudado, mas vou te mostrar que não sou tão incompetente como pensa.

— Minha intenção não é duvidar de sua capacidade. Mas vamos definir que será três de cada lado, pode ser?

Três pode ser desvantajoso para a treinadora. Ela não pretende usar a Francisca.

— Se quiser pode desistir – Bugsy percebe a relutância de Ashley.

— Aceito as condições! – Afirma a garota, agora não é hora de voltar para trás! Mas se algo de errado na batalha, ela irá pedir desistência.

— Pois vamos começar! – declara o líder – você é a primeira Blade!

Nisso, uma Scyther saiu de sua pokebola.

— Então vou escolher a Rochelle! –nisso Ashley enviou sua Geodude para batalha, já que Scythers são bastante vulneráveis a ataques de pedra.

Francisca e Caninana ficaram fora de suas pokebolas para assistirem à batalha.

— Rochelle, como da outra vez, vamos nos focar primeiro no Polimento da Rocha! – comanda a treinadora.

A Pokemon terrestre vai se polindo para Melhorar sua mobilidade.

— Isso não vai funcionar! Blade, use Ataque Rápido!

A Scyther desferia ataques consecutivos em Rochelle, que resite enquanto pode!

Vendo que o Polimento da Rocha é inútil contra o Ataque Rápido, Ashley teve que aguardar uma boa oportunidade para atacar. Quando viu Blade se preparando para mais um ataque, ela deu um comando para Rochelle:

— Jogue uma rocha nela!

Rochelle prontamente desferiu uma pedra no inseto e lhe atingiu a asa, derrubando ela no chão.

— Arg! – gritou Blade.

— Vixe Blade, é Melhor parar senão vai ser difícil tratar sua asa! – Bugsy chama a Scyther de volta para sua pokebola.

— Uma foi! – declara triunfante a Rochelle.

— Mona, agora é sua vez! –dessa vez o líder envia uma Kakuna.

Ashley até sentiu certo alívio ao ver sua próxima adversária – vai você agora Rouge!

Rouge vai sobrevoando a arena.

— Ataque de Asa! – grita a garota.

Rogue desfere o ataque ao casulo, causando um fissura nele.

— Vixe essa ficou bem ferida! É melhor chamar o próximo! – sugeria Ashley.

— Observe melhor! – avisa Bugsy.

Da fenda saia uma Beedrill.

— Agora Mona, Mísseis de Agulhas! – comanda o líder.

A Beedrill desfere cinco agulhas em direção a Rouge. A Zubat tenta desviar mas é atingida por três agulhas. Mas o ataque não lhe fez muito dano pois Rogue tem bastante resistência a golpes do tipo inseto. Com um Ataque de Asa, ela derruba a Mona.

— Isso Rouge, só falta um! – Francisca incentiva sua companheira.

— Realmente as batalhas são da hora! – Caninana afirma maravilhada.

— Lisa, conto com você! – Bugsy solta uma Metapode.

— Dessa vez não me engana! Rouge, acabe com ela!

Rogue desferiu um ataque de asa que atingiu em cheio a Metapode, mas observou que só restou um casco vazio no chão e, acima dele estava uma Butterfree sobrevoando.

— Rogue não a subestime! –Ashley já havia treinado uma Butterfree e sabia que pode ter golpes psíquicos, nos quais Rouge tem vulnerabilidade.

— Lisa, Pó do Sono!

A Butterfree lança sua técnica em Rouge, mas a morcego consegue desviar e responde com Ataque de Asa.

Embora ferida, Lisa não se deu por vencida e tentou desferir o Raio de Confusão em Rogue, mas a Zubat não deixa que a Butterfree desfira o ataque e finalmente a derruba com suas asas.

— Bem, é mais habilidosa do que pensei! – Bugsy admite a derrota.

— Ainda bem que deu certo para mim afinal! – Ashley suspira de alívio e abraça Rouge - Você é demais Rogue! Foi muito bem

A Zubat não poderia estar mais feliz com os elogios.

— Um crédito extra para sua Zubat ter desviado do Pó do Sono. É muito difícil se desviar dessa técnica desferida por um Butterfree de olhos compostos – afirma o líder.

— Mas eu esperava que aquela Heracross também fosse batalhar – afirma Ashley.

— Tá falando de mim? Se fosse você não ia querer isso! – Alice, que estava se escondendo em uma arvore e assistindo a batalha, aparece de repente na arena.

— Calma aí garota! Não posso usar a Alice em batalhas de ginásio a não ser contra desafiantes que tenham ao menos seis insígnias – falou Bugsy.

Caninana olha para a Heracross, mas de repente, sem motivo aparente, sentiu um arrepio na espinha.

— Que foi Caninana? – sua treinadora questiona.

— Er... Nada... vamos treinar agora? – a Pokemon aquática estava em expectativa.

— Vamos querida! Amanhã, quando todos estiverem descansados! – responde a treinadora.

— Pois receba sua insígnia e seu TM Volta em U! – Bugsy lhe entrega os espólios – e obrigado por ajudar a Mona e a Lisa a evoluírem.

Com sua segunda insígnia, Ashley vai ao centro Pokémon para passar a noite.

No dia seguinte, Caninana estava saltitando alegremente, empolgada para o seu treinamento.

Estavam indo em direção a Floresta Ilex, mas em um rasante, um Zubat agarra a Margikarp e a carrega embora.

— Oh NÃO! VOLTE AQUI! – gritava a treinadora.

O Zubat a levou e a soltou em frente a um ruivo e a um Quilava.

— Ei Cinder, olhe o que achei! Se você o torrar vai dar um ótimo assado! – o Zubat falava com deboche.

— Devolva meu Pokémon! –quando Ashley chegou perto reconheceu o garoto ruivo!

— Só podia ser você Silvestre! Devolva ela!

— Não me diga que está treinando uma criatura patética como essa! – Silvestre falava com sua arrogância de sempre.

— Isso agora é nosso jantar, se quiser de volta vai ter que nos tirar a força! – desafia Cinder, que é um Quilava agora.

 

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Caninana

Espécie: Magikarp

Lv 10

Fêmea

Encontrada nas Ruínas de Alph

Natureza divertida (Jolly)

Gosta de destruir o que ver pela frente.

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Glossário

Mísseis de Agulhas - Pin Missile

Pó do Sono - Sleep Powder

Raio de Confusão - Confusion

Volta em U - U-turn (sei que esse é esquisito de traduzir, aceito sugestões melhores)

 

 

 

 

 


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado! Finalmente Rouge entrou em ação e apresentamos a Caninana. O nome desta é baseado em uma criatura do nosso folclore, Maria Caninana. O da Rouge, eu pensei em uma morcega que é uma personagens de jogos como Sonic Adventure 2 e Sonic Heros.

Espero que tenham gostado e estou esperando pelos comentários.

Obrigada pela leitura!



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