Only Yours Is My Love escrita por LivOliveira


Capítulo 3
Quem é Peter?


Notas iniciais do capítulo

Oie, pessoinhas. Como estão? Bem, demorei para postar porque eu demorei para escrever. Fiquei doente e isso me atrasou muito. Mas, finalmente terminei esse capítulo e estou postando para vocês hoje. Espero que gostem. Boa leitura.



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— Você foi á uma festa? - Emma pergunta.


— Eu o obriguei á ir, Emma.- Eu minto.


— É. E acontece que a festa foi péssima. - Henry conta.


— Por que não me contaram? - Emma desce o resto das escadas e para na nossa frente com os braços cruzados e uma cara não muito agradável.


— Eu não quis te preocupar. - Henry fala.


— Aliás, não é nada grave. - Completo.


— Não precisam mentir, vocês sabem disso. - Ela diz. E aí vem aquela puta consciência pesada por ter mentido. Quando nos casamos, prometemos nunca mentir um para o outro.


— Não estamos, Swan. - Afirmo.


— Henry, você sabe que sempre sei quando está mentindo, certo? - Emma pergunta e ele balança a cabeça positivamente. - Colaborem, são três da manhã. Por que não querem me contar?


— Henry, vai para seu quarto, assumo daqui. - Eu peço.


— Tudo bem. - Ele se levanta. - Tchau, mãe. Tchau, Kllian.


— Tchau, boa noite. - Digo.


— Boa noite. -Emma responde.


Henry sobe as escadas, e em pouco instantes, ouvimos a porta de seu quarto se fechar. Então Emma suspira e se senta ao meu lado.


— Eu também sei quando está mentindo, Killian. - Emma me diz, como seu eu não soubesse.


— Uns garotos picharam a viatura de seu pai e colocaram a culpa em Henry. - Conto.


— Como?


— Na festa, ele foi á uma festa onde os garotos aprontaram essa com ele. Agora ele está com medo da reação de David. E, Swan, pegue leve com o garoto.


— Por que não me contaram?


— Você não deixaria.


— Eu poderia ter permitido.


— Ele não iria correr o risco.


— Então você o está defendendo?


— Sim. Eu sei que o que ele fez foi errado, mas ele se arrependeu. O perdoe por isso.


— Eu não disse que não iria o perdoar. Só achei errado não ter me comunicado. E papai vai ficar uma fera.


— Não se você chegar cedo, levar donuts com granulado colorido e fazer uma declaração de amor de filha para pai.


— Muito engraçadinho...


— Isso é sério.


— Se bem que faz um pouco de sentido. - Arqueio as sobrancelhas rapidamente.


— Mãe, Killian não tem nada a ver com isso. - Ambos ouvimos a voz de Henry. Ele desce as escadas e para na nossa frente, olhando para Emma. - Eu que pensei em status social e acabei fazendo isso. Vou falar com meu avô amanhã. Vou explicar tudo para ele e apontar o culpado.


— Eu vou com você, Henry. - Digo.


— Killian, é sério, não precisa. - Henry pede.


— Eu vou e pronto. - Termino a discussão.


— De qualquer jeito, Henry, isso não tem problema. - Emma fala. - Não se preocupe, filho.


— Tudo bem. - Ele dá um pequeno sorriso.


— Por que não se senta e conversa conosco? - Emma pede.


— Pode ser. - Ele se senta ao lado de Emma. - O que vamos conversar?


— Henry, por que não nos conta sobre Violet? - Emma pergunta.


— Okay. Ela têm um sorriso incrível, tem um cheiro de jujuba e pele mais delicada que a de minha mãe. - Ele conta.


Oi? Ninguém consegue superar a delicadeza de Emma.


— Continue. - Peço.


E foi assim que me vi dando conselhos amorosos para um garoto de 16 anos.




* * *

Está escrito: "O XERIFE É UM BABACA.". No outro lado: "HENRY ESTEVE AQUI".


Estamos na frente da delegacia - Eu, Henry e Emma - observando a viatura que o garotos pichou. Henry dá um suspiro e vai na frente. Logo apresso meus passos e guio Emma para dentro também.


Entramos e subimos as escadas. David está falando com alguém no telefone, mas desliga quando nos vê.


— David, precisamos conversar. - Eu começo.


— Eu sei, Killian. Mas, não é você quem tenho que conversar. É com Henry. - Ele cruza os braços, tentando parecer sério, e se senta em sua cadeira.


— Vô, eu... - Henry inicia.


— ... Não fez aquilo, eu sei. - Ele termina a frase de Henry. - Eu conheço meu neto, ele não é um vândalo. Só preciso que me diga quem foi que fez aquilo.


— Peter. O nome dele é Peter. Ele é novo na escola, nunca o vira antes. - Henry responde.


— Gostaria de te fazer algumas perguntas, Henry. Pode ser? - Meu sogro pergunta, se reposicionando na cadeira.


— Tudo bem. - Henry responde. Henry parece estar meio nervoso, inseguro. Mas isso não é problema.


— Eu vou ali e depois volto. - Aviso e me retiro. Emma me segue e diz:


— Vou com ele.


Ela logo fica ao meu lado, segurando minha mão e andando pela cidade. E, durante esse passeio, percebo que essa é uma cidade que nunca muda. Tudo permanece como sempre esteve por anos.


Emma está falando sobre algo como o clima está mais quente ou como Kyle está crescendo ou talvez sobre Regina estar ignorando suas mensagens... Ou sobre qualquer coisa. Ela muda de assunto tão rapidamente que é difícil de acompanhar.


— E então, eu acho que August deveria pedir logo Ruby em casamento. - Ela está terminando de me contar algo sobre Ruby e August.


— Concordo. - Falo para não ficar em silêncio.


Não é que eu esteja a ignorando, mas tem momentos em que meus pensamentos estão bem maiores que os papos animados dela.


— Killian, estou te achando estranho... - Ela me conta.


— Estranho como?


— Sei lá, só estou te achando meio disperso.


Estou prestes á responder quando surge Aurora dizendo:


— Oi, Killian. Desculpa por não ter agradecido antes a carona que você me deu. Ah, oi, Emma.


— Sem problemas. - Digo tentando a confortar.


— Oi, Aurora. - Emma dá um sorriso nervoso.


— Bem, só foi isso mesmo. Tenho que ir. Tenham um bom dia. - Aurora fala, se afasta e atravessa a rua.


— Você deu carona á ela? - Emma me pergunta.


— Sim, por quê?


— Tipo... Você e ela no carro? Sozinhos?


— Oh, eu amo quando você está com ciúmes. - Arqueio as sobrancelhas com um sorriso.


— Não é ciúmes, só estou perguntando.


— Uma pergunta comum de ciumentos.


— Eu não entendo uma coisa: Nunca te vi com ciúmes.


— Deve ser porque eu tenho autoconfiança. Por que eu estaria com ciúmes se eu sei que eu te amo e você me ama? Por que me trocaria por outra pessoa? Perguntas á se fazer reflexões.


— Eu nunca te trocaria.


— E eu também não. Então, por que ter ciúmes?


— Você tem razão.


— Sempre tenho, eu já disse isso?


— Você diz isso todos os dias.


— Deve ser porque tenho razão.


— Nossa. - Ela cai na risada e eu a acompanho.


Quando a vejo rindo, concluo uma das metas que tenho com ela: Fazê-la rir ou sorrir todos os dias.




* * *


Eu e Emma estamos almoçando no carro - estacionado na frente do Granny's -, como sempre fazemos todos os dias. Normalmente rola alguns momentos românticos juntos, mas hoje Henry está aqui.


— Espera, quem foi que fez aquilo mesmo? - Emma pergunta para Henry enquanto pega a lata de refrigerante e dá um gole.


— É um garoto da escola chamado Peter. - Henry responde, do banco de trás do carro, enquanto eu estou no banco de motorista e Emma no banco do passageiro.


— Quem é Peter? - Pergunto.


— Eu sei lá, só quero esquecer um pouco isso. Só por alguns minutos. - Henry me responde.


— Vamos resolver isso. Vamos encontrar esse Peter e ele terá que fazer algum trabalho comunitário. Essas são as novas normas de Regina. - Emma diz.


— Vou entrar e esperar minha mãe vir. Ela deve ter elaborado um questionário para eu lhe responder sobre o que aconteceu. - Henry avisa saindo do carro e entra no Granny's.


Termino de beber (já tinha terminado de comer) minha Coca Diet e deito de forma horizontal, apoiando a cabeça no colo de Emma. O freio de mão está me incomodando um pouco, mas não é nada sério. Minha perna esquerda está dobrada sobre a direita enquanto tento me manter confortável.


— Você vai ficar assim? - Emma me pergunta.


— Sim. Ainda falta meia hora para nosso horário de almoço terminar.


Emma começa á me olhar sorrindo e fazer cafuné em meu cabelo. Olho em seus olhos, uma coisa que adoro fazer. A forma em que seus olhos verdes brilham quando me olham, me faz amá-la mais. Por que Deus fez uma criatura tão perfeita como ela?


— O que foi? - Pergunto para Emma, já que ela não para de me olhar.


Emma sorri e me beija. Pensei que ela não iria fazer isso.


Parece que toda vez que eu a beijo vem uma chama de adrenalina em meu corpo. Me controlo para não cair nessa tentação, já que estamos em um carro e na frente do Granny's. O máximo que consigo fazer é continuar beijando-a e acariciar seu rosto.


Por um momento, Emma afasta os lábios dos meus e fecha as janelas, tentando esconder algo que já está claro. Quem estiver passando próximo ao veículo, com certeza verá.


Enquanto ela fecha as janelas, eu me sento outra vez, como antes, porém mais próximo á ela. Quando ela termina, eu a beijo outra vez.


Não duramos muito assim, ouvimos algumas batidas na janela do meu lado. Então paramos e nos viramos para ver quem nos interrompeu. É Regina. Abro a janela e do um sorriso encantador para Regina.


— Oi, prefeita... - A cumprimento.


— Onde está meu filho? - Ela pergunta.


— Ele entrou. - Emma responde.


— Eu acredito que aqui não tenha acontecido nada, certo? - Regina fala.


— Na verdade, várias coisas aconteceram nesse carro. Muitas mesmo. Posso citar algumas como...


— Emma, dá para você segurar seu marido loquaz? - Regina me interrompe.


— E a Rainha Má ataca. - Digo.


— Eu acho que entrando e conversando sobre os últimos acontecimentos com meu filho eu ganho mais... - Regina diz e se afasta.


Ela vai caminhando e entra no Granny's. A partir daí, não conseguimos mais vê-la.


Regina sempre manteve a classe mesmo estando errada. Ela faz com que sempre esteja certa. Ela é tão organizada e certinha que ás vezes esconde o que ela fez com Emma. Sabe o que eu acho? Que Emma é muito boa. Muito boa para ela e para todo mundo.


Assim que Regina sai, meu sogro me chama pelo walkie-talkie:


— Emma e Killian, podem ir para casa, dou conta de tudo. - Ele diz. Pego o aparelho e respondo:


— Tudo bem, obrigado. - Respondo.

— Temos que pegar Kyle e Emilie na casa de meus pais.


— Ah, sim, claro. Vamos. - Coloco o cinto e ligo o carro. - Henry vai ficar na casa da Rainha Má, não é? - Engato a marcha e acelera.


— Sim, vai. E para de chamá-la assim, Killy. Ela nem é tão ruim com você.


— Ela é praticamente com a cidade toda. - Emma ri. - Como ela consegue sempre ser prefeita? Será que ela paga para votarem nela?


— Alguém tem interesse em ser prefeito por acaso? Não. Então acho que ela têm o direito de ser prefeita. E até que a cidade está ótima sob os domínios dela.


— Também não tenho nada contra o reinado da Rainha, porém ela particularmente me irrita.


— Tira essa ideia de Rainha Má da cabeça.


— Vai ser a mesma coisa de tirar a juba do leão.


— Killian, presta atenção no trânsito. - Foco na estrada. - Já falou com Robin?


— Já. Ele falou que ele e o filho estavam na floresta, até que ele se distraiu e Roland sumiu.


— Essa floresta está começando á ficar macabra.


— Concordo. Ano passado foi Guinevere que estava por lá e sumiu.


— É mesmo. Ela só foi encontrada quatro dias depois, sem lembrar de nada, tampouco o que estava fazendo na floresta. Me lembro que ficamos paranoicos e focados na investigação que nem percebemos que deixamos nossos filhos de lado. Mas só durou uma semana, porque não saímos do lugar. Sem pistas, uma investigação não é uma investigação.


— Será que aqui está acontecendo eventos sobrenaturais?


— Tá bom. Sem filmes de terror e suspense por um mês para você.


— Não, estou falando sério.


— Eu também. Terá que assistir romance e comédia a partir de agora.


— Que droga, Swan.


— Também te amo.- Olho para ela, que está sorrindo.


— Como não te amar também? - Sorrio de lado e me inclino para lhe dar um beijo rápido, mas logo volto á prestar atenção na pista.




* * *


— Pai! Mãe! - Kyle grita nos abraçando.


— Como foi, capitão? - Pergunto sorrindo.


— Hoje foi incrível! - Kyle nos conta.


— Que bom. - Emma diz. Pego a mochila de Kyle enquanto Emma o carrega.


— Cadê Emilie? - Pergunto, correndo o olhar pelo apartamento dos meus sogros.


— Estou aqui. - Emilie avisa descendo as escadas com Mary. - Oi, mamãe. Oi, papai. - Ela vem nos abraçar.


— Como foi o dia? - Emma lhe pergunta.


Emilie pensa por um tempo e balança a cabeça positivamente dizendo:


— Foi bom. Fizemos várias coisas legais.


— Vamos para casa agora? - Kyle pergunta.


— Sim. - Eu respondo.


— Oi, filha. Oi, Killian. - Mary cumprimenta eu e Emma.


— Oi, Mary, como vai? - A cumprimento de volta.


— Vou bem e você? - Ela responde.


— Ótimo, no entanto, cansado.


— Eu entendo. Ser xerife é bem cansativo.


— Obrigada por cuidar das crianças, mãe. - Emma agradece.


— Não querem ficar mais um pouco? - Mary pergunta. Típico dela. Se aceitássemos todas as vezes que ela nos perguntasse isso, estaríamos morando aqui.


— Não, temos que ir. - Emma recusa.


— Qualquer coisa, é só me ligar. Caso estejam querendo conversar, estarei aqui. - Mary avisa.


— Tudo bem, obrigado. - Digo segurando a mão de Emilie e saindo do apartamento.


— Tchau, mãe. - Emma se despede e então me segue.


— Até mais. - Mary fala e fecha a porta.


— Vamos. - Emma diz. - Kyle, você está ficando pesado. - Emma comenta descendo as escadas com Kyle no colo.


— Estou virando um homem, mamãe. Quer dizer, um pirata, igual ao papai. - Kyle responde.


É incrível ver o seu filho querendo ser o seu espelho. Se bem que Kyle têm uma paixão louca por piratas mais do que eu. Ele é mais solto, fala muito e ainda expressa seus sentimentos com facilidade. Ele se parece muito comigo. Já Emilie é o posto disso. Ela é tão quieta, silenciosa e costuma ser um pouco reservada. Vendo ela de um certo ângulo, nem parece minha filha. Deve ser porque ela se parece mais com Emma, embora seja mais apegada á mim, igual á Kyle. E, na verdade, amo os dois do jeito que são.

Sabe, ter uma família é um dos motivos que me fazem levantar todos os dias e encarar a vida. Eu amo todos; de Henry á Emma, e ninguém pode mudar isso. Aliás, o amor que tenho ninguém é capaz de mudar.


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Notas finais do capítulo

Obrigada por ter lido e agradeço á todos que comentaram os capítulos anteriores. Vocês são maravilhosos. Então, bjs e até opróximo ♥ ♥ ♥ ♥



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