Only Yours Is My Love escrita por LivOliveira


Capítulo 27
Lar Doce Lar


Notas iniciais do capítulo

Oie, mores. Mais um capítulo pra ocês. Estão bem? Espero que sim. Bem, no final dessa semana (sexta ou sábado) eu vou postar o próximo pra vcs. Bem, boa leitura.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/701804/chapter/27

Acabei de chegar em casa e sou surpreendido com abraços calorosos de Kyle e Emilie. Após cumprimentá-los, agradeço a  Aurora por ter tomado conta deles. 

Ruby precisou se ausentar hoje pela manhã, então a chamou para cuidar das crianças.

— Você é uma ótima amiga. — digo.

— Eu devo isso, Killian. Quantas vezes você esteve ao meu lado quando tudo ia mal? — ela pergunta. — E esses dois são uma fofura! Como não amá-los?

Ela aperta a bochecha de Kyle, que está sentado em meus ombros.

— Acho que você precisa voltar para o hospital, não é? Ou para qualquer compromisso... — falo.

— Sim. Bem, caso precise de algo mais, sabe onde me encontrar. — ela se despede das crianças e sai da casa.

— Essa que é a casa? — pergunta Merlin deixando as suas ambas malas ao lado do sofá.

— Sim. Por quê? — pergunto.

— É bem grande...— ele comenta olhando ao redor.

— Eu quis uma casa grande para caso termos uns vinte filhos. — respondo, deixando Kyle no chão. Merlin me olha com espanto e percebe que estou brincando por conta do meu sorriso. — Esses são Kyle e Emilie. — apresento ambos.

— É um prazer conhecê-los, bebês. — ele bagunça o cabelo de Kyle.

— Eu não sou um bebê! — exclama Kyle com os braços cruzados.

— Claro que não, eu estava só brincando... — Merlin se desculpa.

— O que é isso? Posso ver? — Kyle pergunta tentando arrancar o notebook dos braços de Merlin. — Ah, meu pai tem um desse! Ás vezes assistimos filmes aí, você também tem filme?

— Não, não, não. Não tenho filme. Ah... Você é meio forte para a sua idade, não? — Merlin tenta impedir que Kyle tire o notebook dos seus braços. — Você não pode pegá-lo!

Eu e Emilie estamos rindo. Eu sei... Como pai, eu deveria ensinar para Kyle que não se deve mexer nas coisas dos outros, mas a relação de Merlin + notebook já estava me irritando.

— Você tem figurinhas nele? Deixe-me veeeeer!! — Kyle insiste.

Avanço na direção deles e carrego Kyle.

— Isso é feio, Capitão. Peça desculpa para Merlin. — digo.

— Desculpa. — Kyle diz com um sorriso travesso. Dizendo que seu "desculpa" foi apenas da boca pra fora.

— Seu filho é bem... Interessante. — Merlin diz com um sorriso amarelo.

Henry entra pela porta com a mala dele e a deixa ao lado das de Merlin. Ele passou na biblioteca para falar com Belle sobre um livro e logo chegou em casa.

— Como vão? — Henry cumprimenta os dois com um abraço. — Se comportaram?

— Eu sim, como sempre. — responde Emilie.

— Eu não tenho muito o que dizer. — diz Kyle.

— Onde está a mãe de vocês? — pergunto para os dois.

— Ah, ela saiu com Lonceloite e Philleipe. — Kyle responde.

— Lancelot e Phillip. — Merlin o corrigiu.

— Tanto faz. — Kyle sobe no sofá e dá pulos animados.

— Kyle, desce! — ordeno.

— Me pegue! — ele grita e desce correndo do sofá.

— Onde eles devem estar? — pergunta Henry, ignorando aquele garotinho de cabelos preto correndo pela sala.

— Iremos descobrir. — pego meu celular do bolso.

Kyle passa correndo e o tira da minha mão, subindo as escadas em seguida.

— Kyle!! — berrei de raiva e subi as escadas.

— Estou vendo que vou passar gloriosos dias aqui. — escuto Merlin comentar, da sala.

Sigo para o quarto deles, onde o encontro sentado na cama de Emilie com um sorriso travesso no rosto.

— Onde está meu celular, Kyle? — pergunto com toda a calma.

— Eu não sei. — ele responde.

— Eu te perguntei: onde está o meu celular? — repito.

— Não sei! — ele grita para mim, agora sem o sorriso.

— Sem histórias, sem filmes, sem desenhos, sem espadas e sem sobremesa. Você me decepcionou, Kyle. — me levanto e vou saindo do quarto.

— Por favor, papai! Não, não, por favor! Me perdoa! — ele segura meu braço e me devolve o celular.

— Você está de castigo, Kyle. Não adianta implorar. — falo o afastando de mim para eu conseguir andar.

— Não!! Por favor!! — ele se segura na minha perna.

— Já chega, Kyle!! Você tem que entender que o mundo não gira em torno de você, garoto! Por favor, entenda! — acabo sendo grosso com ele, que chora em seguida.

— Por que está dizendo isso? — ele pergunta, me soltando, entre soluços.

Eu não consigo ficar bravo com ele. É só uma criança... Claro, implora por atenção á todo momento, mas é uma criança... Não posso simplesmente gritar com ele e esperar que seus atos se modifiquem de um segundo para o outro. Ele é assim. E eu devo aceitá-lo e amá-lo.

— Ah, Kyle... — me ajoelho para ficar da sua altura e o puxo para os meus braços. — Papai te ama... Mas ele tem que fazer o melhor para seus filhos. — minha camisa molha com as suas lágrimas e afago seus cabelos — Papai deve fazer isso para o seu bem, Kyle.

— Mas...

— Sinto muito, Kyle. — beijo sua face e continuo afagando seu cabelo.

— Eu quero minha mãe... — ele choraminga.

— Venha. — o carrego o coloco sentado nos meus ombros. — Vamos achar mamãe. — caminho pelo corredor e desço o lance de escadas.

Henry e Merlin ficam olhando para nós, atentos.

— Uma coisa dessas na minha casa é motivo para jarro voar! Como consegue manter a paz e boa convivência num lugar com pessoas de personalidades um tanto distintas? — pergunta Merlin, passando a mão pelo queixo, como se estivesse refletindo.

Com certeza ele e Henry ouviram nossos gritos.

— É simples: com amor. — respondo.

— Minha mãe está num bar com Phillip e Lancelot. — conta Henry, guardando o celular que estava, até pouco tempo, na sua mão.

— Num bar? Que raios ela faria num bar com dois caras? — pergunto, segurando as pernas de Kyle para assegurar que não caia.

— Parece que teve uma briga feia... Ela disse que tinha um cara sangrando, se me lembro bem... — ele faz cara de pensativo e conclui: — É, é isso mesmo. — balança a cabeça positivamente.

— Vamos, então. — seguro a mão de Emilie.

— Aqui, anotei o endereço. — ele me entrega um papel e seguimos para fora de casa. Olho para trás e não vejo Merlin nos acompanhar.

— Vai ficar aí plantado, Merlin?! — grito. Ele sai correndo e fecha a porta.

Atravessamos o jardim e paramos na frente do carro. Todos nós entramos no mesmo e eu dirijo até o bar em que Henry me dera o endereço. Paro na frente do local e saio do carro. Ajudo Kyle e Emilie a saírem das cadeirinhas e entramos no local.

— Não acho que esse é um bom lugar para se entrar com criança. — comenta Merlin quando nós já estamos dentro.

— Você tem razão. Mas eu preciso trabalhar. — respondo olhando ao redor.

Com Kyle nos braços e segurando a mão de Emilie, me aproximo de um barman e pergunto:

— O que aconteceu? Onde está a xerife Emma?

— Ah, houve uma briga de dois caras aqui. A xerife está nos fundos conversando com os dois. — ele responde. — Estão do outro lado. — ele aponta para um porta nos fundos.

— Obrigado. — agradeço e caminho até ali.

— Não sabia que existia tantas mulheres bonitas por aqui... — Merlin comenta.

— Cala a boca e abre essa porta. — o mando fazer.

Merlin revira os olhos e gira a maçaneta para mim e, enfim, saímos do estabelecimento. Logo á frente, consigo ver Emma, Phillip e Lancelot, em pé, olhando e conversando com dois caras sentados no chão. E realmente, um deles sangrava pelo nariz.

— Eles não deveriam ver isso. — Merlin sussurra para mim.

Emma termina de falar com eles e ambos se levantam. Apertam a mão um do outro e seguem caminhos opostos. Emma se vira para trás e se depara conosco.

— O que faz aqui com as crianças? — ela pergunta, vindo em nossa direção.

— Bem... Estive te procurando, Swan. — respondo.

— Esse lugar não é para crianças, Killian. Não pensou nisso? — ela me adverte.

Abaixo o olhar, um pouco envergonhado pelo seu modo de falar, como se eu fosse um adolescente que foi pego bebendo na escola e ela estivesse exercendo o papel do pai que, simplesmente diz: "Não pensou no que estava fazendo? Escola não é lugar para isso. Pense a respeito sobre o que fez e depois conversaremos".

Ela tira Kyle dos meus braços e o abraça.

— Qual foi a causa da briga? — Merlin pergunta.

— Rivalidade política. Um prefere Regina e o outro, Neal. Então discutiram com as mãos. — Lancelot responde.

— Vamos para casa? Estou congelando... — Emma pede.

Aceno com a cabeça e tiro minha jaqueta.

— Não precisa, estou bem. — Emma diz antes de eu poder lhe cobrir e á Kyle.

— Eu quero! — Emilie ergue o dedo indicador.

Visto minha jaqueta nela e a carrego.

— Você fica linda até na jaqueta do papai, minha princesa flor-de-lótus. — comento me virando, para dar a volta no estabelecimento.

— Obrigada, papai. — ela deposita um beijo molhado na minha bochecha e envolve meu pescoço com seus braços.

— Eu sou sincero, meu amor. — acaricio seu rosto e paro na frente do meu carro. — Swan... — me viro para trás. — Onde está o seu conversível amarelo?

— Que engraçado, Killian... — ela diz sarcasticamente. — Ele está aqui na rua ao lado. Te vejo em casa. — ela vai para o outro lado.

— Ela ficou chateada pra caramba. — diz Henry.

Quando cair a noite, meu rapaz, me controlo para não dizer, e ela estiver ao meu lado na cama, toda a sua chateação vai ter ido embora quando eu mostrar-lhe meu amor.

— Emma é o ser mais fácil de se irritar que eu já conheci. — digo quando abro a porta. — E eu a amo mesmo assim. Foi a irritando que consegui seu coração e ela conseguiu o meu.

— Interessante essa relação de vocês dois. Adorarei ouvir um dia desses... — diz Merlin.

Deixo Emilie sentada na sua cadeirinha e coloco o cinto de segurança da mesma.

— Killian é o melhor contador de histórias de todo o Maine. — Henry conta, se sentando ao lado de Emilie e colocando seu cinto de segurança.

— Oh, sério? Interessante... — Merlin se senta ao lado do banco do motorista, onde estou me sentando.

— Você não tem outra palavra no seu vocabulário? — pergunto puxando o cinto de segurança e o passando pelo meu corpo.

— 'Interessante' resume bem as coisas que acho interessante. — ele conta.

— Nossa... — sussurra Henry, mas sou capaz de ouvir.

— Você é idiota? — pergunto e giro a chave.

— É, eu acho que sim. — Merlin responde, sorrindo desajeitadamente.

***

Emma tem o poder de chegar nos lugares primeiro que eu. Acabei de entrar em casa e já a vejo na cozinha com Phillip, preparando algo para o jantar. Lancelot não está na sala, talvez esteja lá em cima desarrumando a mala.

— ... Eu aprendi com minha mãe. Ela disse que deve colocar bastante molho. — pego uma parte do que Phillip está contando para Emma.

Kyle está com sentado no chão com um carrinho enquanto resmunga alguma coisa - deve estar falando sozinho ou fazendo algum efeito sonoro de motor, ou sei lá; algo normal nessa idade.

— O que está fazendo? — Emilie pergunta para ele, se aproximando e sentando-se ao seu lado.

— Brincando com o carro que tia Regina me deu. — responde ele.

— Posso brincar também? — ela pergunta.

— Você tem um carro? — Kyle pergunta de volta.

— Eu tenho o meu da Barbie. — diz Emilie.

— Nada de carro da Barbie! — ele reclama. — Eu posso te emprestar um meu.

Me sento no sofá e observo os dois.

— Tudo bem. Mas depois vamos brincar com o seu Max Steel e a minha Barbie. Eles devem ir para uma missão secreta na Angola!

— Quem é Angola? — quer saber Kyle.

— Minha professora disse que é um país. — ela responde, dando de ombros.

— Então devemos ir para Angola em uma missão secreta para resgatar o Pirata Charles, que foi sequestrado por super-vilões! — Kyle se anima.

— E também devemos resgatar a princesa que o Pirata Charles ama, Kyle. Esqueceu-se de Leia? Eles são um casal, não podem ficar separados, ou irão mergulhar na tristeza profunda! Ah, e eles foram sequestrados pela Rainha Má. Vou pegá-la lá em cima! — Emilie se levanta.

— O que a Rainha Má estaria fazendo na Angola? — Kyle cruza os braço.

— Sequestrando um casal, ora! — Emilie corre para cima e volta com o boneco do Max Steel, a Barbie, a Princesa Leia, o Pirara Charles e a Rainha Má.

Merlin senta-se ao meu lado.

— Vocês têm crianças adoráveis. — comenta ao vê-los se divertindo com os bonecos.

— Eu sei, Merlin. — respondo.

Logo meu celular toca e tenho que atender a ligação de Ruby.

— Sim? — pergunto.

— Meu Deus, Killian... Não sei nem a quem recorrer... — ela diz, com uma mistura de nervosismo, confusão e agitação.

— Como assim? — me levanto e caminho para fora da casa, pela porta que leva para a área da piscina, que está coberta.

— Eu acabei de fazer o teste, Killian! — ela diz.

— Teste? Teste de quê? — pergunto, mergulhado na confusão da conversa.

— De gravidez, Killian! Meu Deus...

— De gravidez? Por quê? Como assim?

— Estive enjoada esses dias e a Granny me aconselhou a comprar o teste, crendo que eu estaria grávida.

— E o que deu?

Ouço-a respirar fundo pelo celular.

— Positivo. Acha que se desse negativo eu estaria te ligando desse jeito? E gastando os meus créditos? É claro que não! — ela responde. — A Granny diz que eu e August devemos nos casar logo. E acho que é isso que vou fazer... Ah, está tudo confuso...

— Calma, Ruby. Está tudo bem. Você quer esse filho? Quer se casar agora?

— Quero... Eu quero... Mas esse não é o problema.

— E qual é? — olho para o céu nublado.

— August. Ele quer isso? Eu não sei...

— Acha que ele teria saído de Nova York se não quisesse? — pergunto.

— Claro que não. Olha, Killian, você é um amigo fofo e maravilhoso, mas isso não tem a ver só comigo, tem a ver com nosso filho também, entende?

— Entendo. Então eu acho que deve encontrar-se com ele hoje para conversarem sobre isso.

— Piorou de vez?! — ela grita. — E se ele não quiser aceitar?

— Desculpa, Ruby, mas ser pessimista agora vai te afundar na merda. — respondo calmamente. — Não vou falar com ele porque isso não me diz respeito. Cabe a você levantar desse banco e contar a verdade para ele.

— Eu não quero apressar as coisas, sabe? Ele falou que queria se casar só no ano que vem...

— Sabe, o ano já está terminando, amor. Acho que vocês podem fazer isso um pouco antes do planejado.

— Tudo bem. Vou falar com ele. Obrigada, Killian. Você é um ótimo amigo. — e desliga.

Volto para dentro e vou para a cozinha. Emma está colocando algo no forno enquanto Phillip pega alguns ingredientes na geladeira.

— Amor? — a chamo. Ela ergue o corpo e se vira para mim. — Logo teremos um casamento para ir.

— Tão perto? De quem? — ela pergunta.

— Ruby e August. — respondo.

— Por que tão cedo? — ela coloca as mãos na cintura, posição que eu adoro quando ela faz.

— Ruby está grávida. — conto.

Emma sorri encantadoramente e corre para pegar seu celular, indo ligar para a amiga e saber de tudo. Phillip me olha com certa curiosidade.

— Eu assumo daqui. Ela não vai sair do telefone tão cedo... — me vejo, então, cozinhando com Phillip.

Só depois Emma foi nos ajudar, bem depois. Ela parece estar preocupada, mas não fala nada. Apenas dá atenção á comida.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Olá, amiguinhos! O que acharam do capítulo? Comentem a opinião de vocês e falem o que pode ser melhorado também porque eu aceito qualquer tipo de crítica. Então espero vocês no fim da semana, ok? Bjs no core ♥ ♥



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Only Yours Is My Love" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.