Only Yours Is My Love escrita por LivOliveira


Capítulo 12
A Morte Do Nosso Pai


Notas iniciais do capítulo

Hey, lindos! Hoje é o último dia de aula para mim! Êbaaa. Desculpem pela demora do capítulo anterior. Mas, não demorei para postar esse. Bem, espero que gostem desse capítulo e boa leitura.



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Assim que pegamos Kyle e Emilie da escola, eu e Emma fomos para casa. Lá, encontramos Henry e David jogando Xbox e Mary cozinhando um assado que estava delicioso. Kyle e Emilie atrapalharam o jogo dos dois e fomos brincar no jardim com eles enquanto Mary e Emma cozinhavam. Tudo aconteceu bem, menos a parte em que eu caí no chão quando me esbarrei com Henry. 

E, agora estou sentado no sofá porque me expulsaram da brincadeira. Legal, não? 

Emma e Mary estão sentadas na beira da piscina conversando e os outros no jardim brincando de futebol. 

A brincadeira parece ter parado lá fora. Não consigo ouvir os gritos de Kyle. Me levanto do sfá e vou para fora de casa. Me espanto ao ver Liam conversar com David enquanto Kyle, Emilie e Henry estão ao lado, ouvindo. Me aproximo devagar. 

— Ei, o que está havendo? — pergunto. 

— Killian, por que não contou sobre Liam? — pergunta David. 

Liam olha para mim e sorri. 

— Não contei? Oh, sinto muito. —  digo. — Com essa confusão sobre Neal, eu esqueci de falar sobre meu irmão. 

— Então esses são Kyle e Emilie? —  Liam aponta para os meus filhos. 

— Sim. Kyle, Em, cumprimentem seu tio. — falo e me aproximo dos dois. 

— Prazer, sou Kyle, sou capitão de um navio. —  diz Kyle estendendo a mão para Liam. Liam aperta a mão dele sorrindo e diz: 

— Prazer, Kyle. Quando eu era um pouco mais velho que você, também quis ser capitão de um navio, mas desisti. Não faça igual á mim. 

— Mas eu já sou um capitão! Sou capitão do navio de meu pai, a Jolly Roger. — conta ele. 

— Tão novo e já é um capitão? —  Liam pergunta de brincadeira e Kyle balança a cabeça positivamente. — Uau, deve ser bem admirado. 

— Sou sim. — responde Kyle, orgulhoso de si mesmo. 

— Bom de papo, gostei dele. — Liam se dirige à mim. —  E essa? Parece com Emma. —  ele olha para Emilie. 

Emilie agarra a minha perna e esconde o rosto na mesma. Ela resmunga algo que deveria ter sido o nome dela. 

— Ela é tímida. —  digo. — Ei, flor-de-lótus, não fique envergonhada, ele é do bem. — ela não sai do lugar.  

Seguro-a e a carrego. Logo Liam consegue ver seu rosto e sorri.  

— Qual seu nome, pequenina? —  pergunta ele. 

— Emilie. — ela responde. —  Sou Emilie. 

— Emilie? Que nome bonito. E o que você faz? É uma capitã que nem seu irmão? — Liam se aproxima. 

— Não. Estou aprendendo á ler. — ela responde. 

— Já? Uau! Bem, aposto que lê tão bem quanto eu.  

Emilie nada responde, outra vez.  

— Esse é meu sogro, David Nolan. — aponto para David. 

— Prazer, Liam. — diz David sorrindo. 

— O prazer é todo meu. — diz Liam. 

— E esse é meu afilhado, Henry. —  aponto para Henry. 

— Que rapaz encantador. — comenta Liam. 

— Prazer. —  diz Henry, meio tímido. 

Emma e Mary saem de casa e se aproximam de nós. Mary fica ao lado de David e Emma ao meu.  

— Ah, Mary, este é meu irmão, Liam Jones. — a apresento. — Liam, esta é a minha sogra, Mary Margareth.  

— Liam? Oh, muito prazer em lhe conhecer. Killian me falou sobre você. — fala Mary. 

Emma me olha de um jeito estranho. Talvez porque eu nunca lhe contei muito sobre meu irmão. 

— Ah, sério? Bem, o prazer é todo meu. — responde Liam. 

— Oi, Liam. — diz Emma se virando para ele enquanto carrega Kyle. 

— Oi, Emma. Como vai? —  diz Liam. 

— Bem. —  ela responde. 

— Por que nunca contou sobre ele, Killian? Tipo... de verdade. — David pergunta. 

— Bem, quando eu tinha catorze anos ele sumiu. Então eu temia esse assunto. Até mesmo para Emma eu contei pouca coisa. Mas, agora vocês sabem, porque ele voltou. —  conto. 

— Foi basicamente isso. —  diz Liam. 

— Então....Liam, podemos conversar um pouco? — pergunto. 

— Claro. — ele repondo. 

Deixo Emilie no chão e caminho em direção á calçada. Liam me segue e se despede de todos com um aceno Quando alcançamos uma distância segura, pergunto: 

— O que está fazendo aqui? 

— Eu estava te procurando. Aí aquela moça, Ruby, me disse onde você mora. Eu quis lhe fazer uma visita. Senti que esteve me evitando esses dias. 

— Eu me sinto um pouco incomodado com sua presença, sim. Talvez porque eu havia dormido com alguém que eu amava no mesmo ambiente e que teria de me proteger - não que eu precisasse - e acordado sem ninguém em um apartamento em uma cidade onde eu não tinha amigos.  

— Sinto muito. Tive que te deixar, Killian. Não iria precisar de mim para sempre mesmo, não é? 

— Não. Mas, naquele momento eu precisava. 

— Eu tinha que descobrir quem matou nosso pai. 

Opa, essa é nova. 

Liam nunca quis admitir a morte de nosso pai no passado. Então quis descobrir sobre a morte dele? 

— Então foi por isso que me largou? Para achar quem matou nosso pai? Eu poderia ter ido com você. 

— Você era um garoto. 

— Você também. 

— Eu era mais velho. 

— Não quer dizer nada. 

— Olha, eu entendo que você esteja bravo e tudo mais... Mas, Killian, isso foi passado. 

— Eu pensei que haviam te sequestrado, Liam. 

— Eu pensei que você estava bem, que saberia se virar sozinho.. 

— E eu me virei bem sozinho, para você saber. E ainda tenho um navio. 

— Pensei que Kyle estivesse brincando. 

— Não, é verdade.  

— Bem, o único jeito de darmos um passo para frente é deixando o passado para trás 

— Eu quero saber o que aconteceu, Liam. 

— Deixe o passado para trás 

Por mais que o Liam fez foi errado, é difícil culpá-lo por aquilo. Ele estava desesperado. 

 

#-#-#-#-#-#-#-#-#-#-#-#-#- Anos atrás -#-#-#-#-#-#-#-#-#-#-#-#-#-#-#-#-#-#- 

 

Estava chovendo forte. Uma tempestade, talvez. Eu não sabia se meu pai voltaria naquela noite. Ele sempre saía sexta-feira á noite e voltava de madrugada. Mas, naquele dia, eu quis esperá-lo. Eu queria  mostrar para ele o troféu de natação que eu ganhe na escola, em uma competição. Segundo lugar, eu me lembro. Ele teria ficado orgulhos de mim.  

E eu estava na janela principal do apartamento, olhando a rua, a chova cair, esperando um carro, um táxi ou qualquer sinal que me alertasse que meu pai havia chegado... 

... e nada. Nada aconteceu.  

Fiquei preocupado e fui acordar Liam.  

— O que foi, Killian? — perguntara Liam assim que o chamei. 

— Papai, até agora não voltou — disse eu. 

— Ele deve estar em um cabaré, num cassino ou até num bar, sei lá. Quem se importa? Ele voltará logo. 

— Não, Liam. Hoje ele realmente está demorando. Tenho um mal pressentimento. 

— Bobagem, Killian. Sabe do que você precisa/ Macarrão instantâneo. 

Liam se levantou da cama e saiu do quarto. O segui até a cozinha e ele começou a preparar o macarrão. 

— É sério, Liam. 

— Não se preocupe, papai está bem. 

— Espero que sim. — eu disse.  

E, naquela mesma noite, madrugada, enquanto comíamos nossos macarrões, a campainha tocou. 

Pensei que era papai, corri feito louco para abrir a porta e me depare com um homem enorme. Aquele não era meu pai. 

— Vocês são Killian e Liam? — perguntou o homem. 

— Sim. — respondi com um frio na barriga. Liam logo ficou ao meu lado, fitando aquele gigante. 

— Sinto muito pelo seu pai. — disse ele. 

— Como assim? —  Liam perguntou. 

— Ele se foi, garotos. Morreu, bateu as botas. Um homem o matou com seis tiros. Ele está com Deus agora. — dissera. — Meu patrão irá pagar o velório e tudo mais. Espero que tenham sorte na vida. — se virou e foi embora.  

Liam fechou a porta e me abraçou. Desatei de chorar naquele momento. Sabíamos que era verdade. Meu pai já dissera que quando morresse alguém iria nos avisar, em nossa porta. Disse também que mexia com coisas perigosas, algo de vida ou morte e nem sempre iria ganhar.  

O macarrão havia esfriado e o joguei no lixo. Continuei chorado na minha cama. Liam esteve lá por mim. Me apoiou e dizia frases estimulantes. Falava coisas sobre planos que iriamos colocar em prática e como nosso pai foi bom para nós. Mas, eu sabia que era da boca para fora, coisa de momento. Nosso pai nunca foi bom para nões. Mas era nosso pai e era o único que tínhamos. 

— Estamos juntos agora, Killian. — dissera Liam em algum momento. — Ninguém vai nos separar. Seremos só eu e você contra o mundo todo.  

— Você não vai fugir? —  eu havia perguntado. 

— É claro que não. Mas eles nos darão tutores. Uns pais falsos que vão cuidar de nós. Mas, eu ainda vou estar aqui para cuidar de você. 

— Não está triste pelo papai? 

— Claro que estou. Mas, quer saber? É melhor assim. Pelo menos vamos ser mais felizes, não é? E o papai ainda têm as economias dele, não deve ser muito, não é? Mas, não tem problema, porque estamos juntos nessa. —  Liam sorriu.  

Eu acreditei naquele sorriso. Acreditei no que dissera; tanto que me espantei quando vi que a economia de nosso pai era de U$50.000,00. 

Dormi olhando-o sorri e acordei tarde naquela manhã. Ele não estava em local nenhum. De início, achei que teria ido comprar um pão, mas não se demora duas horas para se comprar um pão, não é? Eu o esperei e nada. Até que percebi um papel na geladeira. O peguei e o li. 

 

"Querido irmão, 

Você já deve ter acordado e notado a minha ausência. Mas não se preocupe, estou bem. Tem comida aí e chegou uma carta sobre nossos tutores. Ou sobre os seus tutores. Não vou ficar aí, eu fui para sempre. Sinto muito, mas tinha que ser assim. Você vai ficar melhor sem mim, Killian.  

Um abraço de seu irmão, 

Liam Jones." 

 

Mas eu não fiquei. Assim como ele, eu fugi. Fugi e nunca mais voltei. Tranquei a porta e até hoje tenho a chave. Soube que a polícia estava á minha procura, mas eu sabia me virar sozinho e não me meter em encrenca. Mas, eu nunca me esquecera de Liam. Gostava de acreditar que estava desaparecido, e não havia fugido. Mas, pelo visto, estive enganado minha vida toda... 

 

#-#-#-#-#-#-#-#-#-#-#-#-#-#-#-#-#-#-#-#-#-#-#-#-#-#-#-#-#-#-#-# 

 

— Tudo bem, Liam. Eu lhe perdoo. — digo. — Não te culpo mais. 

Porém, no fundo, sim. 

— Que bom, Killian. Não gostaria te ver bravo comigo. 

— Não estou. E, então, o que aconteceu. 

— Eu quis descobrir quem matou nosso pai. 

— E descobriu? 

— Não. Só descobri aquela foto que lhe mostrei. Ela deve ser uma de nossas mães. 

Que droga... 

Se existisse algo que falasse ou dissesse alguma pista sobre isso seria mais fácil. Um lugar, talvez. Em Storybrooke não temos muita opção, agora em Portland... Sim! Em Portland, é claro! Deve haver algo no apartamento que nos dê uma pista. Tudo será resolvido. 

— Em Portland! — quase um grito. — Talvez tenha algo lá. Alguma pista, talvez. 

— Ah, é mesmo! Como eu não havia pensado nisso antes? 

— Que tal irmos para lá? Para dar uma olhada? 

— Você tem a chave? 

— Sim. Está no meu navio. Olhe, me encontre amanhã de manhã bem cedo. Talvez umas sete da manhã. Vamos para Portland descobrir quem matou nosso pai. Com certeza lá terá algo falando sobre isso ou pelo menos uma pista. 

— Tudo bem. Até amanhã, então.  

— Com certeza. — sorrio.  

Liam segue para o Granny's enquanto eu aproveito o caminho e vou direto para a delegacia. 

Chegando lá, vejo Graham jogando paciência no computador. 

— Que trabalho, hein? — comento enquanto puxo uma cadeira e me sento ao seu lado. 

— Nunca ganhei esse jogo, acredita? — diz ele. 

— Vindo de você, acredito. —  respondo. 

— O que foi? Não deveria estar de folga no período da tarde? 

— Sim, estou. 

— O que está fazendo aqui? 

— Vim falar com você. 

— Sobre...? 

— A sexta do boliche, ué. Hoje não vou participar.  

— Faz semanas que você não vai, o que aconteceu? 

— Amanhã vou sair da cidade. 

— Por quê? 

— Vou até meu antigo apartamento descobrir sobre meu pai.  

— Ele não morreu? 

— Por isso mesmo. 

— Vai sozinho? 

— Vou com Liam. 

— Seu irmão. 

— Sim. 

Ficamos alguns segundos em silêncio. 

— Por que nos afastamos? Não somos mais colados como antes. 

— Eu não sei. O tempo não esteve ao nosso favor. 

— Semana que vem você vai? 

— Para onde? 

— A sexta do boliche.  

— Ah, bem, talvez. Neal está me cansando. Quando eu vê-lo da próxima vez, vou ter o prazer de lhe socar o rosto.  

—  Ele é um tremendo idiota. Acha que ele enlouqueceu? 

— Não sei. Não quero falar sobre ele. 

— Também não.  

— Quer beber comigo? 

— Rum? 

— Rum. 

— Pode ser.  

— Tenho um esconderijo só de rum por aqui.... 

Me levanto e vou até o escritório de xerife. Abro o primeiro armário que ninguém abro e tiro de lá uma garrafa de rum e dois copos de vidro. Sento-me de volta ao lado de Graham e sirvo os dois copos. Dou um para ele e o outro fico. 

— É um prazer a sua companhia. Senti saudades de beber com você. 

— A diferença é que eu não posso ficar bêbado como antes. 

Graham ri e ergue o copo para um brinde. Ergo o meu e brindo com o dele. Logo pós, ambos ingerimos o líquido ao mesmo tempo.  

E, antes que eu me desse conta, já estávamos falando sobre os velhos tempos. Aquele, sim, era um tempo bom. 


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado. Até o próximo capítulo, bjs no core ♥ ♥ ♥



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