X-Men: À Procura de Mutantes escrita por Larenu


Capítulo 3
Cidade Baixa, Madripoor


Notas iniciais do capítulo

Há uma referência neste capítulo que será importante para a Fase 3 da fic principal... Conseguem achar?



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Scott Summers, o Ciclope, foi deixado em Cidade Baixa, a parte mais pobre de Madripoor que era dominada pelo crime organizado, que era comandado em maior parte pelo Samurai de Prata, diretamente da Cidade Alta, ao lado da Víbora, a criminosa que fora a Madame Hidra da organização terrorista combatida pela S.H.I.E.L.D.

Quando lhe contaram que Víbora estava por lá, Scott imediatamente pensou em captura-la e leva-la para a S.H.I.E.L.D. Mas logo enxergou que, se a própria S.H.I.E.L.D. não viera atrás dela ainda, era porque as consequências poderiam ser desastrosas, visto que ela era protegida pelo Samurai de Prata e, consequentemente, pelo crime organizado de Madripoor.

Ele foi até o local onde estaria Logan, o homem que viera buscar. Era um bar chamado de “Bar Princesa”, mas que, apesar do nome, não era o lugar onde você esperaria encontrar uma princesa. Logan estava sentado ao balcão, bebendo um copo grande de rum.

Assim que Summers entrou, os brutamontes peludos, grandes e musculosos olharam para Scott como felinos que visualizam sua presa. Ele era o único ali com roupas coloridas, sem contar o seu estranho visor. Sentou-se ao balcão ao lado de Logan, e o barman se aproximou, enxugando um copo com as mãos.

— O que vai querer?

— Nada, por enquanto.

O barman o olhou estranho, e não foi embora.

— Pensando melhor, quer um copo de cerveja — pediu Scott, por livre e espontânea pressão.

Disfarçadamente, olhou para Logan por baixo do visor.

— Você é mais um daqueles? — perguntou Logan, rabugento.

Ciclope o olhou, confuso.

— Daqueles o quê?

— Um daqueles guris com roupas engomadinhas e coloridas.

— Você diz os Vingadores?

— É assim que eles se chamam? Dane-se, pouco me importa. Se eu fosse você, guri, iria embora daqui logo, a não ser que tenha habilidades especiais. O último de vocês que veio era milagroso, pra não dizer outra coisa. Convenceu os outros a servi-lo, e agora faz parte da elite criminosa da Cidade Alta.

Logan cuspiu no balcão, e o barman logo limpou com um pano.

— Resumindo, virou mais um dos drogados de luxo com suas prostitutas baratas.

Logan colocou dinheiro em cima do balcão e se levantou. Scott colocou o dinheiro também, e, quando o barman passou para pegar o dinheiro, Ciclope fez uma pergunta.

— Quem é ele?

— Logan. Um dos brutamontes antissociais que todos odeiam, mas ninguém provoca. Da última vez que empurraram ele, o cara terminou com garras de metal atravessando seu crânio.

Scott engoliu em seco. Era a prova que precisava de que aquele era o homem certo.



Enquanto isso, em Cidade Alta, Pyro falava com o Samurai de Prata e a Víbora.

— Então você está atrás de Logan-san — disse o Samurai, com um sorriso macabro sob seu capacete prateado. — De bom grado eu vos entregarei Logan. Ophelia, minha querida, mande alguém levar nosso visitante para a Cidade Baixa.

Com um simples estalar de dedos de Ophelia Sarkissian, dois homens se aproximaram de Pyro.

— Venha, vamos te acompanhar.



Logan dirigiu sua moto até seu “cafofo”: um apartamento apertado caindo aos pedaços, com uma cama de solteiro que era guardada na parede e apenas um balcão como cozinha e uma cadeira como sala de estar.

Muitos ficariam irritados com aquelas condições precárias, e aspirariam viver como bonecas de luxo na Cidade Alta, contudo Logan se contentava com aquilo. Não queria ser visto como uma grande figura do crime, nem como um bom-moço. Gostava do respeito que adquirira na força bruta com os outros moradores de Cidade Baixa.

Ele tirou sua jaqueta de couro, ficando apenas com uma regata apertada cinza que outrora fora branca, a qual mal escondia direito seus pelos no peitoral. Ele se deitou de barriga para cima em sua “cama” e cerrou o punho.

Três garras brotaram de seu punho, feitas de um metal praticamente indestrutível: o adamantium. Fechou os olhos, e a imagem dele mesmo saindo de um tanque de água aos gritos de dor tomou conta de sua mente. Ele logo abriu os olhos, sentindo cheiro de queimado no ar.

Pulando do colchão, ele foi até a porta, sentindo o calor no apartamento aumentar. Se atrapalhando com o molho de chaves, acabou por acertar um soco na porta e quebra-la. Passou pelos destroços, a tempo de ver o fogo subir em seu apartamento.

Correu pelos corredores até as escadas de incêndio, as quais desceu com ferocidade. Saiu do apartamento a tempo de ver os responsáveis pelo incêndio. Dois capangas do samurai de Prata estavam em companhia de um homem loiro de uniforme amarelo e vermelho que disparava fogo pelas mãos.

Logan pôs as garras para fora.

— Filhos da... — começou a xingar Logan, mas sendo interrompido por Pyro.

— Então você é o implacável Logan? Vejamos o quão indestrutível você é de fato.

Então, Pyro arremessou bolas de fogo em Logan. O corpo dele começou a pegar fogo, com queimaduras de altíssimo grau surgindo em sua pele. Ele soltou alguns gemidos de dor, mas nada muito efetivo. Com sangue nos olhos, correu na direção de seus algozes.

Antes mesmo que os capangas do Samurai sacassem suas armas, eles foram partidos ao meio pelas garras de Logan. O fogo nele se alastrou para eles. Mais homens surgiram no topo do prédio, pulando para o chão. Então, para a surpresa de Logan, um laser vermelho partiu os cinco homens ao meio.

Ciclope surgiu ao longe.

— Isso não dói? — ele perguntou, sorrindo.

Logan não respondeu. Tanto ele quanto Scott se voltaram para Pyro.

— Merda — ele disse, se virando e correndo. Então, virou num beco e pulou o muro que o encerrava, continuando a correr.

Ao lado de Scott, uma pilha de lixo pegava fogo.

— Canalha — xingou Logan, voltando para a rua principal. Ele levantou o olhar para seu apartamento em chamas. — Não tenho para onde ir agora. Merda.

— Bom, esse é o momento para me apresentar. Sou Ciclope, mas pode me chamar pelo meu nome, Scott. Vim aqui atrás de pessoas especiais como você. Tenho uma equipe nos Estados Unidos. Podemos te fornecer abrigo.

Ele deu de ombros.

— Tanto faz para mim. Não tenho mais nada aqui, mesmo.

— Ótimo.

Então, Scott lhe passou o lugar onde deveriam embarcar no Jato X no dia seguinte. A única exigência de Logan era para poder levar sua moto.



BÔNUS

Quartermain e Lorelei caminharam até a porta do hangar da Balsa, na parte dela que ficava emersa. Lá, um brutamontes com um machado e uma mulher loira de roupas verdes os esperavam: eram Encantor e Executor.

— Irmã, ótimo, você voltou. Faça ele abrir isto.

Lorelei olhou para o agente Quartermain.

— Pode fazer isso por mim, meu agente predileto?

Ele sorriu.

— Receio que não...

A expressão dela mudou rapidamente para a irritação.

— Como não? Claro que pode, confio em você.

Quartermain engoliu em seco.

— Há uma chance... mas teria que chamar por reforços. Vocês teriam só alguns minutos.

Lorelei olhou para Encantor.

— Amora, é mesmo necessário? Poderíamos invocar a Bifrost...

— Sim, é. Quero fazer algo.

Irritadiça e contrariada, Lorelei acariciou o braço de Quartermain.

— Faça o que for preciso, querido!

Ele pegou seu comunicador.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado e achado a referência! o



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