Regina se aproxima da porta com cuidado; Robin arregala os olhos ao nota-lá;
— Bom, acho que não temos mais nada para conversar; - Ele diz aos homens ali parados;
— Por momento! - Robin se arruma para argumentar, mas desiste por conta de Regina; eles se viram, e observam agora a morena que estava atras deles; - interessante! - um deles exclama, antes de a porta do elevador abrir; Robin entra em sua casa, sem dizer uma palavra sequer;
— Tudo bem? - Regina pergunta ao notar sua expressão;
— Tudo! - Ele diz simplesmente;
— Quem eram? - Ela questiona em relação aos homens com quem ele conversava minutos antes;
— Cobradores.
— Cobradores?
— Eu realmente não quero falar sobre isso! - ele exclama rígido; Regina suspira;
— Desculpa; - Ela fica cabisbaixa; após alguns segundos, prossegue; - acho melhor eu ir para minha casa; - diz pegando sua bolsa, no entanto, é parada por Robin;
— Não! Desculpe, fique; não era minha intenção; é só que... Jekyll e Hyde, os homens com quem eu conversava, é complicado, é um estresse a cada visita; mas não quero que se envolva, tudo bem?
— Claro! - Ela responde ríspida; - vou tomar um banho, foi um grande dia; - ela força um sorriso, e se vira em direção ao seu quarto, meses antes ocupado por Marian;

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" Era uma noite quente, chegado o verão, o escritório era um ambiente nada agradável; mesmo que com o ar condicionado, a brisa quente invadia os corredores;
Regina estava em sua sala, em frente ao seu computador, trabalhando, como de costume; um bater de porta lhe tira a atenção;
— Entre! - Ela diz, sem tirar os olhos do monitor;
— Incomodo? - Sorri, ao reconhecer a rouca voz de seu amado; levanta seus olhos lentamente para o observar;
— Nunca!
— Eu adoro o verão! - Robin confessa malicioso, ao notar o belo decote de Regina;
— Pois eu prefiro o inverno! - Robin tranca a porta, e se aproxima da mesa, Regina sorri; Robin lhe levanta e coloco-a sentada sobre o vidro, beija seu pescoço, lhe fazendo arrepiar;
— Eu adoro qualquer estação, desde que eu esteja com você! - Robin lhe beija com ternura; o beijo começa devagar, mas se faz acelerado, conforme seus corpos foram se unindo; Robin desliza seus dedos sobre a coxa de Regina, fazendo-a gemer; sobe suas mãos para a aba da camisa da morena, e para procurando por consentimento; Regina morde o lóbulo de sua orelha em concordância, após partes de suas roupas estarem no chão, Robin vai em direção ao sofá, com Regina nos braços, a deita delicadamente, e beija suavemente cada parte de seu corpo, depositando um último beijo em seus lábios, ele olha profundamente em seus olhos, antes de..."
Robin é desperto pelo celular, abre os olhos, eram sete horas da manhã, senta-se com dificuldade na cama, e se vangloria ao notar seu membro rígido; notara que por mais que não sentisse as pernas, ainda se excitava; Com esforço pula para cadeira de rodas, e vai em direção a cozinha, contudo, para ao notar a porta do quarto de Regina semi-aberta; analisa a morena dormindo serena, "ela é tão bonita", ele pensa; seus pensamentos são tomados pelo sonho, e o mesmo se questiona pelo quão real ele parecia; "era um sonho, ou uma lembrança?"

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Alguns dias se passam; Robin e Regina voltam ao escritório, Dr. Whale orientou que seria melhor para a memória de Robin, se ele voltasse com seus afazeres do ano perdido; Bella explica tudo ao Robin, com muita paciência; ao notar o esforço da menina, e das informações que ela obtinha, resolve lhe fazer uma pergunta;
— Bella? É Bella? - Robin lhe interrompe;
— Sim!
— Posso lhe fazer uma pergunta?
— Claro! - O loiro respira fundo antes de prosseguir;
— Você sabe de minha situação, e tudo isto está tão confuso; e eu realmente quero entender, me lembrar de tudo;
— O que o senhor quer saber? - a jovem questiona suavemente;
— Eu e Regina... você sabe se tínhamos alguma coisa? - Bella sorri;
— Por mais que tentassem negar, tinham sim! O escritório não abafa todos os Sons; - Robin cora, ao recordar-se do sonho; - e os olhares, e o modo como dona Regina mudou depois da vinda do senhor; - Bella desconversa; Robin fica cabisbaixo;
— Eu realmente gostaria de lembrar! - Bella força um sorriso;
— Se o amor de vocês for verdadeiro, o que tenho certeza que é. Ele vencerá, com memória, ou sem memória, há somente uma alma gêmea, e você e Regina, com certeza são; - Robin agora observava de longe Regina em sua sala, e seu coração se fez por bater mais forte; ele a amava, e lutava contra tudo, para se lembrar porquê;

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Passados outros dias; Regina estava no shopping com sua mãe e sua irmã; Zelena e Hades, iriam finalmente firmar seu casamento; e os preparativos estavam à tona;
Pararam num restaurante japonês, fizeram seus pedidos, mas antes que Regina saboreasse o primeiro sushi, enjoou; ao voltar para a mesa, Cora e Zelena estavam a sorrir; Regina as observa confusa;
— o que houve? - A morena questiona;
— Regina! - A ruiva mais nova lhe fitava;
— O que houve? - Ela insiste;
— Eu acho que você está grávida! - Cora disse finalmente;

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No dia seguinte, Regina fizera o teste, e demoraria algumas horas até que saísse o resultado, pediu que Emma lhe acompanhasse, e a amiga o fez de bom grado;
— Se você estiver, como vai contar para ele? - A loira pergunta;
— Não vou! - Regina engole seco;
— Como não vai?
— Emma, ele perdeu a memória; como você acha que vai ser, se um filho simplesmente cair de paraquedas? - Regina diz tristemente;
— Eu acho que ele deveria saber; com memória ou sem memória, ele é o pai;
— Isso se eu estiver grávida!
— Você realmente ainda acha que não; - Nesse instante, uma atendente chama Regina, lhe entregando o tão esperado envelope; a morena pega o mesmo, sem ter coragem de abrir, entrega-o para Emma, que abre de imediato; ao ler, fica em silêncio por alguns segundos, deixando Regina nervosa;
— O que diz? - Ela indaga; Emma lhe olha nos olhos, e com um sorriso diz;
— Você está grávida!

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Regina fora em direção ao apartamento, se questionando diversas vezes sobre contar ou não, a verdade a Robin, não sabia se era o momento, mas então, um pensamento lhe tomou a cabeça; "e se ele nunca mais se lembrar?"; ela iria contar, sabia que era certo, e que era justo;
Abriu a porta e encontrou Robin fazendo sua fisioterapia de rotina; notara que ele ainda não firmava suas pernas, sentou-se na cadeira com frustração, ao notar Regina, ele sorri; a mesma se aproxima dele, e lhe oferta a mão;
— Vamos! Você vai conseguir; - Robin se apoia em Regina para se levantar, e sente suas pernas cambalear, força para sentar, mas Regina lhe repreende; - Não desista! - com muito esforço Robin fica de pé, e movimenta lentamente uma de suas pernas, dando um passo curto, e cai logo em seguida; No entanto, sorri, era o mais longe que ele já chegará; Regina retribui o sorriso;
Algumas horas se passam, Roland estava dormindo no sofá, Regina leva-o para o quarto, ao colocá-lo na cama, o menino desperta;
— você vai ser minha mamãe, quando o papai se lembrar? - Regina se surpreende com a pergunta; - acho que ele tá ficando velhinho, por isso não lembra de algumas coisas; - Regina ri;
— Eu não sei! - Ela afirma; - mas, eu iria adorar se eu fosse; - Roland sorri;
— Eu te amo, Regina;
— Eu também! - Regina o observa; - você é muito esperto! -Ela exclama; - Boa noite! - a morena deposita um beijo na testa da criança, e se retira para a sala, onde Robin lhe aguardava;
Regina junta-se a Robin no sofá; o silêncio se faz presente; Robin pensará no que Bella lhe havia dito dias atras, enquanto Regina pensará sobre sua gravidez, e em como iria contá-la;
— Posso te perguntar uma coisa? - Robin quebra o silêncio;
— Claro! - Regina responde nervosa;
— Bella me contou algo, e eu gostaria de saber se é verdade; - Regina consente; - Você e eu, nós... - Ele gesticula lhes apontando; - tínhamos alguma coisa? - a morena suspira, fita Robin por alguns segundos, até finalmente respondê-lo;
— Sim! - um peso sai de seu peito nesse instante;
— Porque não me contou?
— Tive medo, raiva, talvez; você acordou, e tudo que se lembrava era em sua vida com Marian; com esse ano desaparecido de sua mente, quem sou eu para você? - Robin pega na mão de Regina;
— Rê; - ele acaricia seu rosto suavemente; ela fecha os olhos, apreciando o carinho; - Não é preciso um ano, para se apaixonar por você! - Regina sente seu corpo tremer com aquela revelação; estava tão longe, que nem notou a aproximação de Robin, que lhe surpreende com um beijo; que é cessado após alguns segundos por Regina;
— Robin eu preciso lhe contar uma coisa;
Naquele momento, Robin sentiu-se tonto, empalideceu, apoia sua cabeça sobre as mãos;
— Robin, você está bem?
— Rê, eu.... - seu celular toca; Robin pega o celular que estava no braço do sofá, e nota que recebeu uma mensagem;
"11/10 23:47
Então conheceu uma nova dançarina, ou está dança somente para você? -desconhecido"
Seu celular toca;
— Regina me ajude a ir para a cadeira? - Ele pede; ela o faz; - Robin se afasta para atender o telefone;
— O que você quer? - Diz ríspido;
— Acho que estamos ficando sem dinheiro;
— Já paguei o que lhes devia, prometeram não machucar Marian;
— Oh, não vamos machuca-la, aliás, Marian está muito bem no Caribe, ela sempre gostou de lugares quentes;
— Eu não vou lhe dar mais nenhum centavo;
— Bom, então acho bom se despedir da morena, Regina?
— O que vocês querem?
— Cinquenta mil;
— Eu pago!
— Mas, não acho que seja o suficiente; - Robin escuta um sussurro no outro lado da linha; - Se afaste dela Robin! você tirou nossa garota, e agora vamos tirar a sua; - a ligação é terminada; Robin fica pensativo por alguns minutos, até voltar para a sala;
— Regina! - ele a chama; agora ele a observava com tristeza, e todos os momentos em que passaram juntos, tomam-lhe a cabeça; ele se lembrará de tudo, se lembrará da taberna, das cartas, do primeiro beijo, e agora se tornaria mais torturante tê-la que deixá-la; mas era preciso. Robin precisava tirar Regina de sua vida, e agora, novamente, o amor verdadeiro lhe estaria negado.