Regina acordou procurando por Robin, mas notou a cama vazia; sentou-se, e o chamou, não obtendo resposta; No entanto, um cheiro, vindo da cozinha, lhe fez abrir um sorriso; cobriu-se com um robe e foi ao encontro de seu amado; encostada na divisória da porta, Regina observava um homem sem camisa, com as costas perfeitamente desenhadas, cantando, enquanto fazia, o que pareciam panquecas; distraído o suficiente para que não notasse a presença da morena; Ao se virar para colocar a comida nos pratos, disfarçou o susto ao nota-la enfim;
— Poxa! eu queria mesmo ter te acordado com um café na cama; - Ele diz, fazendo-a rir;
— Se quiser eu posso voltar, e fingir... - Robin a calou com um beijo, suave;
— Bom dia! - Ele diz com um sorriso;
— Bom dia! - ela retribui;
Os dois tomam café, e se arrumam para a enfim reunião que os trouxera ali.
A proposta de Sr.Gold, era abrir lojas de antigos artigos, com filiais em diversos estados; No começo não só Regina e Robin, mas todos os outros presentes, duvidaram da reciprocidade que a empresa traria, portanto, Gold os fizera acreditar, que era um grande mercado a ser explorado;
O dia passou e chegará a hora de voltar para Boston; Regina e Robin trocavam olhares, sem nunca comentarem sobre a noite anterior; Ao chegarem, pegam o mesmo táxi, já que a casa de Regina era no meio do caminho; o silencio transparece; o táxi para; Robin desce para ajudá-la com a mala, ambos se olham; respiram fundo; Regina se vira em direção a porta, mas sente-se puxada por Robin, que a surpreende com um terno beijo; A morena o fita;
— E agora? - Ela pergunta;
— Eu não sei; Roland está feliz com a volta da mãe dele.. - Regina abaixa a cabeça, Robin levanta seu rosto delicadamente com o dedo; - Mas eu não estou; eu quero você; e vou resolver esse problema o mais rápido que eu puder; - Ele lhe beija novamente, Regina sorri, Robin vai embora;
Ao chegar em casa, Robin é recebido animadamente por Roland, que dá um salto para seu colo; Marian lhe dá um abraço, e ele nota o quão distante ela expressa estar;
— Precisamos conversar. - dizem ambos em uníssono;
— Já tomou banho? - Robin pergunta ao pequeno que ainda estava em seu colo;
— Já sim papai; Só estava te esperando para me fazer dormir; - Robin lhe dá um sorriso; - Já volto; - Diz para Marian, enquanto leva o menino até seu quarto; o coloca na cama;
— Estava com saudades papai;
— Eu também; sua mãe cuidou bem de você?
— Um pouquinho;
— Um pouquinho? - Robin ri, mas o menino permanece cabisbaixo; - O que houve? - Seu pai lhe pergunta;
— A mamãe não gosta de mim, papai?
— Claro que gosta, por que pergunta isso?
— Mamãe não brinca comigo, não canta pra mim, a Regina devia ser minha mamãe, ela é mais legal; - Robin passa a mão nos cabelos do filho;
— A mamãe passou por um momento muito difícil, e está reaprendendo a lidar com tudo na vida dela, tenha paciência ok; - o menino abraça seu pai, e vira-se para dormir;
Robin vai para a sala a encontro de Marian, que está a andar de um lado para o outro; Ao notar a presença de Robin para;
— Eles sabem que eu voltei;
— Quem?
— Jekyll e Hyde;
— Como? Quem te disse isso; - Marian pega o celular e mostra para Robin;
— Eu recebi essa mensagem;
15/06 14:36
"...Não esquecemos de você, e agora que a bela adormecida acordou, já pode nos pagar o que deve..." - Número desconhecido
— Mas essa mensagem é antiga; porque não me contou antes?
— Porque você estava muito ocupado fazendo planos com a Regina; - Marian altera o tom de sua voz;
— Não grite, por favor; - Robin sussurra; - e eu e a Regina... mas afinal o que isso importa? Nosso casamento não funciona, e não é de agora...
— Você está com ela? - Ela pergunta simplesmente;
— Como a conversa se desencaminhou para esse assunto? - ambos fizeram silêncio; Robin agora estava sentado no sofá, e Marian na divisória da cozinha;
— Eu estou com medo Robin; - Marian afirma finalmente;
— Eles não podem te achar, não sei como descobriram que você havia acordado, mas estamos em Boston agora; - Robin respira fundo - Eles não podem te achar; - Repete mais para ele mesmo, do que para Marian; - vou dormir; - Ele se levanta, e vai em direção ao quarto, mas para no caminho; - Marian - Ela o olha; - Seja uma mãe melhor pra o seu filho, do que você foi como esposa para mim; - ele sai, deixando Marian pensativa;
Robin e Marian não dormiam juntos, mas do outro lado da cidade, alguém ocupava seus pensamentos com isso; Regina pensará em Robin, pensará nele desde o momento em que se separaram ha algumas horas, e no fato de que o mesmo, não mandará nenhuma mensagem ao menos, também que sua esposa estaria o recepcionando, e Regina sentiu um ciúmes incontrolável, ao pensar em como essa recepção seria; Regina estava apaixonada, e mal sabia o quão verdadeiro e recíproco, era esse sentimento;

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A manhã chegará, era um dia de domingo; Regina ainda se recuperava da viagem; pensará em como queria ter acordado novamente com Robin ao seu lado; levantou-se da cama, e foi ao banheiro, lavou o rosto, e ao olhar para o espelho, disse a si mesma;
— Sério mesmo Regina? Você achou que ele largaria a mulher para ficar contigo? - Ela respira fundo; - Eu acho que não nasci para ter um final feliz! - A campainha toca;
O som se repete umas três vezes até Regina alcançar a porta;
— Já vai! - Ela grita; Ao abrir a porta é recepcionada por um forte abraço; - Sis; - Retribui o abraço calorosamente;
— Já que minha irmã não vai me visitar, eu venho até ela;
— Desculpa Sis; tenho andado muito ocupada; - ambas sentam no sofá; - Mas me conte tudo, como está sendo na nova casa?
— Tá ótimo! Finalmente, eu e Hades estamos livres, temos o nosso espaço;
— E a mamãe, o que está achando?
— No começo, ela não gostou muito da ideia; mas ela tá diferente, disse que só quer nossa felicidade;
— Porque que com você foi sempre mais fácil! ela me cobra tanto; quero dizer, você é artista, e ela nunca te julgou por isso; eu escolhi ser quem eu sou, mas... não sei, parece que tudo que eu faço, nunca é o suficiente para agrada-la;
— Ela tá diferente Rê, faz um tempo já; acho que ela tá tentando se redimir; você devia ir vê-la;
— Claro; - Regina dá um meio sorriso;
— Mas e o Robin? - Zelena pergunta; - ou você acha que eu esqueci do homem das cartas?
— Ah... - A morena levanta nervosa; - Nós... nada... por que teria algo?
— Oh... eu não falei vocês... - a ruiva indaga; Regina coloca a mão no rosto, julgando-se por não conseguir esconder nada da irmã;
— Eu... posso ter comentado algo com ele...
— Comentado?
— E talvez... eu e ele possamos ter...
— Ah meu Deus! Você dormiu com ele!
— Fica pior quando você fala;
— Rê, eu não acredito! - Regina fica cabisbaixa; - e porque você não está feliz;
— Porque ele é casado;
— Detalhe!
— Eu não quero ser só um caso!
— Eu não acho que seja; mas o Robin é muito certo, em tudo; ele vai pensar em Roland primeiro; seja paciente, eu acredito que vocês ainda tem uma história para ser vivida; - Regina sorri e abraça a Irmã; a mesma olha o relógio, antes de se levantar; - Preciso ir Sis, faltam alguns meses ainda para minha exposição, mas os preparativos começam desde já;
— Tenho certeza que essa será a melhor exposição que essa cidade já viu!
— Tomara!
Ao abrir a porta, encontram Robin parado, há alguns centímetros da porta; não sabiam quanto tempo o mesmo estava ali, mas estava visivelmente nervoso, tomando coragem para tocar a campainha;
— Robin! - Regina exclamou surpresa;