Impulsos escrita por Grazi


Capítulo 8
Capítulo 8


Notas iniciais do capítulo

OIIIIIE AMORECOS!! Tudo bem com todos vocês? Espero que estejam todos bem. Estou de volta depois de taaanto tempo! Mas vocês não sabem mesmo o que aconteceu comigo. Fiquei super ocupada com escola, trabalho, cuidar do meu vôzinho e desde aquele dia não entro aqui no site acreditam? Me sinto super culpada e nem sei como eu dei as caras por aqui! Mas olha só FINALMENTE TROUXE O CAPÍTULO DO DIMKA!! Curto mas trouxe! Eu prometooo que agr em diante eu vou escrever capítulos maiores e mais rápido ok? é uma promessa! Estava com taaantas saudades de vocês! Espero que ainda estejam aí!! Espero que gostem!



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Quando eu acordei naquele dia, não tinha nem passado na minha cabeça que eu poderia ver Rose novamente. 

Fazia tantos anos que eu não a via. Tantos anos aguentando a ausência dela. Nunca deixei de me culpar por sua partida e nunca deixaria.

Eu deveria ter ido atrás dela, devia ter recusado o cargo de guardião de Lissa, devia ter feito as coisas diferentes. Mas já era tarde demais.

Os anos se passaram e eu nunca me esqueci do rosto dela, de seus cabelos negros e ondulados, ela ainda se fazia presente dentro de mim. Quando penso que quase cheguei perto de ter conseguido acha-la tenho vontade de me bater por ter sido burro em ter caído em mais uma das armadilhas de Abe Mazur.

Depois daquilo perdi todas as minhas esperanças de ver minha Roza novamente. Até o dia que Janine foi atacada.

Por mais que eu estivesse preocupado com o ataque minha mente logo pareceu se iluminar com a possibilidade de Rose voltar para estar junto de sua mãe. Mas quando Abe apareceu sozinho na Corte toda a minha expectativa se esvaziou.

O que eu estava pensando? Rose tinha ido embora fazia tanto tempo. É claro que se ela voltasse as coisas nãos seriam como antes. Ela já devia ter me esquecido, ter arranjado outra pessoa, e conhecendo minha Roza, eu, e Lissa no máximo receberíamos um tratamento frio e cheio de ironias.

Rose poderia ter me esquecido mas eu nunca tirei ela da minha cabeça. Durante esses quase seis anos nunca deixei que seu rosto desaparecesse da minha cabeça nem que a sem sensação de sua pele tocando a minha fosse apagada da minha mente.

Roza sem habitava meus sonhos e até meus pesadelos. Das vezes que visitei minha mãe durante esse tempo ela sempre me dizia que tinha sido um erro ter deixado Rose ir embora e Yeva sempre resmungava irritada alguma coisa. Enfim, eu estava destinado a sempre pensar em minha Roza.

Naquele dia eu tinha me levantado mais cedo que o habitual, por mais que fosse minha folga – uma coisa que eu acho desnecessária, mas a rainha nunca aceitava um não como resposta. Rose sempre me dizia que tinha tendências anti sociais e agora eu via que era verdade. As únicas pessoas com eu tinha conversas de verdade eram Christian e Lissa, com quem eu me tornara grande amigo. Acho que minha amizade com Lissa passou de gratidão para uma espécie de uma dor compartilhada pela partida de Rose.

Sai do quarto e caminhei por entre a Corte. Era noite para os Moroi, ou seja era dia para os humanos. Era bom sentir os raios solares depois de tanto tempo vivendo na escuridão da noite. Sentei em um banco e fiquei lá observando as poucas pessoas que passeavam por ali. Para passar o tempo comecei a ler algum livro qualquer.

Não sei quanto tempo ao certo se passou mas senti alguém bater na minha perna. Quando abaixei o livro vi uma criança que não parecia ter mais de seis anos. Ela tinha cabelos castanhos e ondulados e os olhos castanhos. Me peguei pensando que em uma outra realidade aquela criança poderia ter sido fruto do meu amor com Rose.

— Moço, você quer brincar comigo? – Ela me perguntou com aquela vozinha de criança.

Olhei ao redor procurando pelos possíveis pais daquela menina, mas nada.

— Onde estão seus pais menina? – Ela não pareceu estar incomodada com a pergunta e logo respondeu.

— Minha mamãe não sei onde está e mamãe disse que ainda não é hora de conhecer meu papai. – Ela respondeu e se sentou no chão. – Você parece triste.

Achei estranho, mas ela não pareceu estar triste, ou uma criança que está procurando a mãe.

— Eu não estou triste.

— Então porque está com cara de triste? – Ela continuou olhando pra mim com aqueles olhinhos que eu tinha a impressão de já ter visto em algum lugar. – Tio Andy sempre diz que quando uma pessoa tá triste olha pro nada igualzinho a mamãe para aquela caixa cheia de fotos.

Fiquei sem saber o que responder. O que falaria? Não encheria uma criança com meus problemas.

— Do que você quer brincar?

A menina soltou um sorriso e se levantou do chão já me puxando pela mão.

(...)

Depois de muito brincar com a garota – que eu descobri se chamar Lyanna -  ela pareceu se lembrar de uma coisa e me disse uma coisa.

— Príncipe, eu estou com fome.

Ela havia começado a me chamar assim porque dizia que o tal Tio Andy que ela tanto falava sempre contava histórias de príncipes e princesas, então ela me escolheu para ser o príncipe da mãe dela. Eu achei graça e continuamos a brincar.

Meu primeiro instinto foi oferecer doce a Lyanna, mas eu sempre via minhas irmãs brigarem com Paul e Zoya quando eles comiam doces demais. Então achei que o melhor seria lhe oferecer um sanduíche.

Estava a levando para o refeitório quando ela parou de repente e saiu correndo. Pude ouvir alguém gritando o nome de Lyanna e quando me virei vi uma mulher abraçando a criança.

De repente fiquei feliz com cena, que me trouxe aquele sentimento de querer ter um filho novamente. Quando a mulher levantou o rosto pra olhar melhor para filha eu vi quem era. Era minha Roza.

Fui me aproximando melhor delas duas, enquanto via, Rose ao que parecia dar uma bronca na filha. Em minha mente eu não queria acreditar que minha Roza tinha sido tocada por outro homem. Que tinha tido uma filha com outro homem. Que tinha uma família. Lyanna se virou de costas para a mãe e me chamou com a mão.

Então Rose finalmente percebeu minha presença. Eu a olhava imaginando se aquela ali na minha frente era real ou se era alguma peça da minha mente. Não consegui deixar de escapar o nome das pelos meus lábios.

— Roza.

Percebi ela estremecer e não soube distinguir se aquilo era bom ou não.

— Príncipe, príncipe! Essa é a minha mãe! Eu não disse que ela era linda? – Lyanna soltou, mas não consegui dar atenção a menina. Meu olhar estava vidrado em Rose. Ela estava linda. Ainda mais do que eu me lembrava.

Senti Lyanna puxando minha camisa para chamar minha atenção e Rose pareceu se dar conta de alguma coisa.

— Lyanna. – Rose começou, dando a mão para a filha pegar. – Vamos filha.

— Mas mamãe eu ainda não terminei de brincar com o príncipe. – A filha de Rose bateu o pé no chão contrariada. Meu Deus, ela era igualzinha a Rose.

— Agora Lyanna. – Minha Roza falou autoritária e Lyanna se conformou, Rose a pegou nos braços e virou pra sair dali.

Mas antes que ela pudesse dar um passo, eu me movimentei e fiquei a frente dela, a impedindo de andar.

— Com licença. – Continuei parado. Ela tentou ir por outro lado, mas a impedi novamente. – Saia da minha frente Belikov.

A forma que ela falou meu nome, de uma forma quase como se tivesse nojo, me atingiu de várias formas.

Continuei no mesmo lugar olhando para Rose. Tentava achar alguma alternativa para que aquela criança nos braços dela não fosse realmente sua filha. Mas nada me vinha na cabeça. Quando minha mente se convenceu que aquela criança era sim, filha de Rose, abri minha boca diversas vezes tentando formar uma frase.

Mas a única coisa que saiu dos meus lábios foi.

— Ela... Ela é sua?  - Disse cada palavra com cuidado, cuidado comigo mesmo.

— Você já foi mais esperto Dimitri. É claro que ela é minha filha. – E eu fiquei paralisado. Ela aproveitou e saiu o mais rápido que pode.

Me deixando com cara de idiota pra trás.      

Ter levado um tiro doeria menos.

(...)

Não sei ao certo quanto tempo fiquei parado em pé naquele lugar. Mas quando dei por mim já estava nos aposentos de Lissa. Assim que bati a porta, a mesma foi aberta po Christian.

Ele olhou atentamente para mim e logo deduziu o que acontecera. Eu devia estar com uma cara péssima.

— Vejo que já viu Rose.

Entrei nos aposentos deles. E vi Lissa sentada na cama, com o rosto inchado, provavelmente por tanto chorar.

Não me acanhei e me sentei em uma poltrona perto da cama. Logo Christian se sentou ao lado da esposa. E todos nós olhando uns para os outros.

— Ela voltou. – Lissa quebrou o silêncio. – Ela está tão linda.

— Sim ela está. – Concordei. – E tem uma filha.

— O quê? Ela tem um filha? Como... como isso é... – A rainha deixou a frase morrer e voltou a chorar. – Ela engravidou. E eu nem pude acompanhar nada. Nada. Céus eu sinto tanto a falta dela.

Christian abraçou a mulher e eu fiquei ali, sentindo a dor se espalhar por cada parte do meu corpo.

— Ela me tratou tão mal, me olhou como se eu quisesse que eu morresse. Aquilo doeu tanto. – Ela continuou e eu quis chorar. – Seis anos. Seis anos sem vê-la e a primeira imagem que eu tenho dela é ela com nojo de mim.

E voltou a chorar com mais força.

— Eu vou voltar pro meu quarto Majestade. – E saí.

Precisava ficar sozinho. Processar tudo. Aceitar a dura verdade que eu sempre temi.

Que Rose havia se esquecido de mim afinal.                                           


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Notas finais do capítulo

O que acharam??? Me desculpem se ficou ruim, mas estou um pouco enferrujada! Eu adoro todos vocês! E espero que não me abandonem! Beijjjooos