Impulsos escrita por Grazi


Capítulo 6
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

OIIIIE MEU AMORES! Tudo bem com vocês? Eu quero me desculpar por não ter postado o capítulo no sábado e ter atrasado o capitulo de ontem. Aconteceu uns lances lá minha casa e pah não tive nem cabeça pra entrar aqui no Nyah, mas eu volteeii! E quando eu entro aqui vejo os maravilhosos comets de vocês ♥ Obrigada fofuxas! E então? Quem tá animado pro capítulo novo ein?



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/701421/chapter/6

Eu não consegui dormir de noite. Só de pensar que eu estaria de volta a Corte em poucas horas meu estômago revirava. Não tinha como eu não esbarrar em Dimitri ou Lissa ou qualquer outro conhecido por aqueles corredores. Além de que, assim que eu pisasse os pés na Corte Lissa seria avisada.

Então eu decidi que essa viagem até a Corte seria o mais rápido possível. Eu ajudaria minha mãe com o que eu pudesse e assim que ela recebesse alta do hospital eu iria embora. Vou me recusar a falar com qualquer outra pessoa que não seja Abe ou um dos médicos. Infantil? Talvez, mas não posso fazer nada sobre isso.

E ainda tinha Lyanna.

Eu não podia deixar Lyanna sozinha aqui. Andrew vai comigo e ele é a única pessoa que eu confiaria em deixar ela. Não poderia ir sem algum dos dois.

Andrew entrou no meu quarto com uma caneca do que eu sabia que era café nas mãos e se sentou no canto da minha cama. Ele me entregou a caneca já prevendo que eu não dormi nada na noite passada.

— Você quer mesmo ir Rose? – Não. Eu não queria. Mas é a minha mãe.

— É minha mãe Andrew.  – Tomei um grande gole de café desejando que a cafeína me desse alguma coragem.

Andrew ficou em silêncio e eu desejei que aquele maldito ataque nunca tivesse acontecido.

— O que vai dizer pra eles sobre a Lya?

— Nada. – Andrew me olhou com as sobrancelhas franzidas. – Porque eu não vou falar com eles.

Me levantei da cama e fui até o banheiro. Joguei água no rosto e escovei meus dentes.

— Você realmente acha que vai até lá e não vai falar com eles? – Me virei para ele e o olhei. Ele estava com aquele olhar desafiador. – Você já foi mais inteligente Rosemarie.

— O que eu você quer que eu faça Andrew? Que chegue naquele maldito lugar abraçando a Rainha e me jogando nos braços de Dimitri?

— Não Rose. Eu só quero que você entenda que uma hora ou outra você vai ter que falar com eles. Não vai dar pra fugir deles pra sempre. – Andy sentou na minha cama e me senti derrotada. Eu sabia que ele estava certo. Por mais que eu não queira eu teria que ao menos dizer algumas palavras a certas pessoas. – E saiba que quando chegar a hora eu vou estar lá com você.

Me sentei ao lado dele e coloquei minha cabeça no ombro dele.

— Eu sei disso Andy. – O ouvi suspirar e eu só queria paralisar esse momento. -  Eu só sinto que Lya tenha que estar nesse fogo cruzado.

— Ela vai ficar bem Rose. Ela tem mim, a Abe e eu tenho fé que terá a sua mãe do lado o mais rápido possível.

— Eu espero que sim Andy. – Beijei seu ombro e me levantei. – Você faz o café da Lya, por favor?

Não esperei ele responder e fui em direção ao quarto de Lya. Quando eu entrei ela estava de barriga pra baixo agarrada ao seu ursinho de pelúcia. Ela estava tão linda. Tive pena de acorda-la.

Me abaixei até de ficar de joelhos perto da cama dela e comecei a cutuca-la.

— Lya acorde. – Ela resmungou e mexeu o narizinho como sempre fazia quando eu ia acorda-la. – Vamos princesa a mamãe tem uma surpresa pra você!

Mesmo assim Lyanna só virou para o outro lado.

— Lyanna Hathaway Mazur se você não se levantar dessa cama em dez segundos eu pego o senhor felpudo e jogo pela janela. – A menininha se levantou a contra gosto e me olhou carrancuda. Sorri com aquilo, ela parecia tanto comigo.

A levei até o banheiro, ela escovou os dentes e dei banho nela. Já mais desperta, Lya voltou ao quarto brincando e me perguntando qual era a surpresa que eu tinha dito.

— Ah agora você quer saber é? Não parecia estar interessada quando eu falei mais cedo. – Ajudei-a a vestir a calcinha e o vestidinho que escolhi na noite anterior.

— Ah mamãe! Me conta! – Ela pulou da cama pros meus braços e a girei e a coloquei no chão.

Ela procurou os sapatinhos rosa que sempre quer usar e parou. Olhei para onde ela vidrava o olhar e era na malinha dela.

— A gente vai viajar mamãe? – Ela pegou os sapatinhos e veio até mim me entregando-os para que eu a calçasse.

— Essa é a surpresa meu amor. A gente vai viajar pra um lugar beeem distante. – Calcei o primeiro pé e fiz cócegas no outro. – A gente vai pro lugar onde a mamãe viveu um tempão.

— A gente vai ver a vovó Janine? – Assenti e ela gritou. – Ebaa! O tio Andy vai também?

— Vai sim meu amor. Ele já tá lá na cozinha fazendo o café e a gente vai. – Ela deu um pulo e saiu correndo até a cozinha para contar a novidade para Andrew.

 Eu estava cansada. Muito cansada. Só de pensar no que poderia acontecer com minha mãe ou quando eu visse Lissa e Dimitri me cansava mentalmente e fisicamente.

Me arrumei e quando cheguei na cozinha Lya e Andrew já comiam as panquecas de chocolate que Andy fez.

— Mamãe quando a gente chegar eu posso ver a vovó Janine? – Olhei para Andrew esperando que ele respondesse por mim.

— Acho que a vovó Janine deve estar trabalhando Lya. É melhor ligarmos antes de vê-la. – Minha florzinha murchou um pouquinho, mas logo ela enfiou um enorme pedaço de panqueca na boca e o sorriso dela se mostrou novamente. Ela era a Rose 2.0.

Quando terminamos de comer pedi que Andy pegasse nossas malas e colocasse na sala para esperarmos os lacaios de Abe chegar enquanto eu lavava a louça. Eu ouvia Lya brigando com Andy  por querer levar brinquedos demais e ele falando que só poderia levar dois. Ouvia o som do tique-taque do relógio da cozinha. Ouvia Andy prometendo a minha filha que compraria mais brinquedos quando chegássemos a Corte. E ouvi a campainha tocando.

Terminei de guardar as louças e sequei minhas mãos. Ouvi Lya saltitando até a sala com Andy atrás dela. A porta se abriu e eu ouvi as vozes dos lacaios de Abe. Quando cheguei até a sala me surpreendi ao ver Pavel ao lado de dois enormes guardiões.

Pavel sorria pra minha filha que o abraçava. Os outros dois guardiões pegaram as nossas malas e já foram descendo.

— Pavel? O que está fazendo aqui? – Pavel era o guarda pessoal de Abe e Baba nunca ficava sem Pavel.

— Seu pai me mandou te buscar Rose. 

— Por quê? Ele nunca fica sem você. – Andy pegou Lya no colo e todos saíram do meu apartamento. Olhei uma última vez para a minha casa e tranquei a porta.

— Sem perguntas Rose. Ele só me mandou vir te pegar e levar você e Lyanna em segurança. – Levar a mim e Lyanna em segurança? O que estava acontecendo na Corte para que Abe mandasse o seu guarda pessoal vir me escoltar até lá?

Não ousei perguntar mais nada. Pavel não me contaria nada sem que Abe quisesse que eu soubesse.

A viagem de carro foi mais rápido que eu imaginei. Lya contava animadamente a Pavel os lugares que ela visitou nos nossos passeios e o guardião de meu pai brincava com ela.

Quando chegamos ao jatinho que Abe mandara vi mais de seus lacaios nos esperando. Andrew percebeu que alguma coisa estava errada e veio me informar. Também disse que tinha achado muito estranho aquele monte de lacaios a nossa espera, mas não disse mais nada.

A viagem até a Corte passou mais rápido que eu esperava. Durante metade do trajeto até a Corte Lyanna foi conversando com os guardiões que até suas máscaras de guardiões frios foram quebrados pelo encanto que minha filha tinha. Quando estávamos chegando perto da Corte Lyanna caiu e dormiu nos meus braços e eu agradeci aos céus por isso.

Seria mais fácil leva-la para onde Abe estava e mantê-la longe de olhares curiosos. Quando desci do avião com Andrew logo atrás de mim fui atingida por lembranças que eu jurei nunca mais trazer de volta a minha mente.

As coisas não tinham mudado muito desde que eu fui embora. As árvores que cercavam a Corte ainda eram enormes e ainda me lembravam da floresta da St. Vladimir. Quando Pavel nos mandou o seguir eu ajeitei Lyanna nos meus braços para que seu rosto não aparecesse. Andrew seguia trás de mim com as nossas malas.

Os lacaios de Abe fizeram uma espécie de paredão ao nosso redor que pelo o que eu percebi começava a chamar muita à atenção, mas não deixava que vissem quem os guardiões protegiam. Um belo truque de mestre Abe. Provavelmente achavam que eu era algum Moroi super importante e rico.

 Seguimos até a ala dos alojamentos e logo que adentrei no alojamento que era de Abe não deixei de me surpreender. Aquilo não era um quarto era um apartamento completo. Tinha cozinha e um corredor que levaria para os quartos. Deveria saber que Abe não iria querer um quarto qualquer para sua filha e neta. Além de que, Abe não sabe viver sem luxo.

Pavel me disse que tinha um quarto para mim e para Lya e logo ao lado um para Andrew. Coloquei Lya na cama do meu quarto e voltei para a sala.

Pavel me esperava junto com Andrew, ele queria me levar para onde Janine estava.

— Mas e Lyanna? Não posso deixa-la sozinha aqui Pavel.

— Esse apartamento está cercado de guardiões do seu pai Rose, a última coisa que Lyanna está é sozinha.

Com muita relutância eu aceitei ir com Pavel. Não gostava de deixar Lyanna sozinha, ainda mais em um lugar que ela não conhecia.

No caminho os lacaios de Abe fizeram novamente o paredão nos escoltando até o hospital chamando a atenção por onde passávamos. Quando chegamos até lá Abe me esperava.

Andei até ele calmamente tentando não chamar mais atenção do que já estava. Abe estava um pouco mais velho desde a última vez que eu o vira á quatro meses atrás. Mas provavelmente era mais pelo cansaço e pela preocupação. Eu sabia que meu baba amava minha mãe, mas ela era muito cabeça dura para aceitar isso.

— Como você está kiz?

— Como acha que eu estou baba? Preocupada, com medo. E isso não é nem metade das coisas que eu estou sentindo no momento. – Abe sorriu daquele jeito que me fazia querer abraça-lo. – Onde ela está?

Baba não disse nada. Ele me levou até um quarto e quando eu entrei senti meu coração se quebrar.

Janine estava deitada na cama com um tubo ligado ao seu nariz e com uma coisa que eu não sabia o nome ligado ao dedo dela que mostrava seus batimentos cardíacos. Seu cabelo ruivo e curto estava sem vida, seus lábios estavam ressecados e eu daria tudo pra ver aqueles olhos verdes abertos novamente.

Me aproximei da cama e peguei a mão da minha mãe.

— Como aconteceu? – Perguntei olhando para o corte acima da sobrancelha dela.

— Sua mãe estava de folga e foi até a cidade para comprar o presente da Lya. Quando ela voltava foi atacada por quatro Strigois. Ela conseguiu abater três, mas com o quarto ela teve um pouco de dificuldade. Ela já estava ferida por causa dos outros três e quando foi lutar com o quarto ele a torturou e...

— E o que? – Abe não me respondeu e eu me irritei. – Fala logo Abe!

— Ele... – O velho começou mas foi interrompido por gritos vindos do lado de fora do quarto.

Majestade o senhor Mazur disse que gostaria de ficar a sós.

— Não me importa o que ele disse! Eu sou a rainha e vou entrar aí!

Quando a porta se abriu eu pensei ter visto um anjo. Lissa estava mais linda do que eu me lembrava. Seus cabelos loiros estavam maiores e desciam sobre as suas costas. Ela usava uma daquelas saias de secretária e aqueles blazers de empresárias.  Eu estanquei quando ela parou o olhar sobre mim.

— R-rose? – Ela perguntou indecisa, não sabendo se o que via era uma ilusão de sua mente ou se era realmente eu ali. – É você?

— A única. – Disse ácida e ela pareceu se recuperado aparente choque de me ver.

— P-por onde você andou todos esses anos? – Ela perguntou e me controlei para não revirar os olhos.

Caminhei até a porta, mas Lissa impediu minha passagem.

— Saia da minha frente. – Sibilei, mas ela se manteve onde estava.

— Não até conversarmos. – Se acalme Rose. Não a soque. Não a machuque. Ela é a rainha. Se você a arranhar pode ser morta.

— Não me importa se você é uma maldita rainha Vasilissa, mas se não sair da minha frente eu juro que quebro seu braço. – Não esperei que ela me respondesse, dei um empurrão nela e saí pela porta o mais rápido que consegui.

Passei pela recepção como um furacão e soube que Andrew viria atrás de mim. Eu tentava lembrar o lugar que passei quando vim para o hospital e logo cheguei até o apartamento de Abe.

Fechei a porta e andei apressadamente até meu quarto esperando encontrar Lyanna na cama. Mas eu só esperava mesmo porque a minha filha não estava deitada onde eu a deixei quando saí.

— Lyanna! – Esperei que a minha filha viesse até mim quando ouvisse a minha voz, mas nada aconteceu. – Lyanna!

A partir daquele momento eu comecei a me desesperar imaginando mil e uma possibilidades. Ouvi Andrew entrando e chamando o meu nome. Fui até a sala e ele me olhou com um uma sobrancelha erguida.

— O que aconteceu? – Acho que meu desespero era tão nítido que Andrew logo se preocupou.

— Lyanna sumiu. Ela não está no quarto. – Passei as mãos nos cabelos nervosamente.

— Calma Rose, ela deve ter saído com algum dos guardiões. – É pode ter sido isso mesmo.

Um dos lacaios de Abe entrou no apartamento parecendo preocupado.

— Senhorita Rose? – Ele disse parecendo estar com medo.

— Sim?

— A pequena Lyanna fugiu.  – Meu mundo pareceu parar quando ouvi aquelas palavras.

— COMO ASSIM ELA FUGIU? ELA SÓ TEM CINCO ANOS SEU IDIOTA! ELA NÃO SABE NEM O QUE É FUGIR! – Eu gritei e o lacaio idiota pareceu se encolher. – Se alguma coisa acontecer com a minha filha eu juro por Deus que não vai ser eu a te matar. Vai ser Abe Mazur. O que acha que ele vai fazer quando descobrir que perderam a neta dele?

O lacaio pareceu se tremer todinho e só queria socar a cara dele.

— O que você ainda está fazendo aqui? ACHE A MINHA FILHA! – O lacaio saiu correndo do apartamento e só queria voltar no tempo, onde eu ainda estava na Inglaterra com a minha filha nos meus braços.

— Se acalma Rose. – Andrew chegou perto de mim e eu só consegui o fuzilar com o olhar.

Sai pela porta e só consegui ouvir os gritos de Andrew me chamando, mas nem olhei para trás.

Eu precisava achar a minha filha.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E então?? O acharam?? Me digam! Eu sei que todo mundo tá esperando por um POV do Dimitri, mas eu só tenho planos de escrever um POV dele lá pro capítulo 8. O que não está muito longe de acontecer não é mesmo? Então amorecos por hoje foi só, eu vou responder todos os coments e vejo vocês no próximo capítulo! Beeeeeijos!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Impulsos" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.