Impulsos escrita por Grazi


Capítulo 5
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

OIIIIE AMORES! Tudo bem com vocês? A ação começa por aqui! Estão prontas? A cada capítulo que se passa o nosso russo preferido se aproxima cada vez mais! Espero que gostem do capítulo!



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Dois anos depois...

Depois do aniversário de um ano da Lya muita coisa mudou. No dia seguinte a festa, minha mãe foi embora com Christian. Abe ameaçou Christian de diversas maneiras e disse que nunca achariam o corpo dele caso ele contasse o paradeiro de Rose Hathaway.

Mas é claro que devia ter previsto que o Ozera não ia ficar de boca fechada. Um mês depois do aniversário de Lyaanna, Lissa apareceu junto com Dimitri na casa de Abe. Graças a Deus eu estava em um passeio com Lya na cidade quando Pavel ligou para mim me avisando que eles estavam me procurando.

Claro que eu não quis voltar para casa, então como eu estava de carro eu fui direto para um aeroporto. Impulsiva? Sim. Mas como Abe já me disse diversas vezes as minhas melhores escolhas são as impulsivas. Lyanna era a prova mais concreta delas.

Eu não sabia muito para onde ir, ou o que fazer. Comprei passagens pra o primeiro lugar que vi no primeiro voo que consegui. Grécia foi o destino.

Foram horas de viagem e eu vi que Lyanna estava muito cansada. Então quando aterrissamos em Atenas eu fui direto para um hotel qualquer e aguardei contato de Abe.

Dois dias depois, depois de muitas perguntas por parte de Lya, muita paciência e muita comida pedida no quarto Abe ligou para mim. Ele disse que Lissa tinha chegado lá com Dimitri em seu encalço e feito um escândalo exigindo me ver. Tive que rir um pouco quando baba me disse aquilo. Lissa exigindo me ver. Que hipócrita. Também me contou que eles passaram aqueles dois dias na cidade apenas me esperando voltar para casa.

Mas como eu sempre disse Abe sempre tem tudo sobre controle.  Como ele sabia que Lissa não desistiria de me procurar, ele plantou uma informação que de que iria para a Noruega, Lissa logo deduziria que ele iria atrás de mim e iria atrás dele. Mas ele ao invés de ir para a Noruega, ele veio para a Grécia.

Como eu não queria correr riscos na Turquia, eu decidi que me mudar era uma boa.  

Foi bem difícil encontrar um lugar que me agradasse e que ao mesmo tempo eu achasse seguro para Lya. Mas quando finalmente o achei, pensei que não tinha lugar melhor.

Brighton, no litoral sul da Inglaterra foi o lugar escolhido. Seria um alivio pode falar normalmente com alguém sem ficar dependendo de alguém pra traduzir pra você e é claro que Abe me ajudara com tudo como sempre. Hoje em dia eu mal o chamava pelo nome e sim de pai ou baba.

Brighton não era uma cidade grande, mas também não era pequena. A praia de lá era maravilhosa e eu já imaginava levar Lyanna lá no verão, com sorvete e perseguições divertidas pela areia. O píer de lá era sim muito lindo e eu me apaixonei assim que o vi. Então não pensei duas vezes em me mudar para lá

Abe me dera de presente um lindo e espaçoso apartamento no centro da cidade. Ficava perto de tudo! Uma linda lanchonete temática que eu achei super legal. Uma livraria que eu não dei muita importância. Uma academia de luta. Um mercado. Aquele lugar era maravilhoso.

E como se já não bastasse eu ganhei um carro. Na verdade quem ganhou foi a Lya. Mas o pai disse que eu poderia fazer um bom uso dele enquanto ela não tinha idade suficiente para usa-lo. O meu carro teve que ficar na casa de Abe, já que eu não achei que tinha espaço suficiente para Lya.

E aqui estou eu. Três anos depois que a minha vida mudou completamente. Com 21 anos, mãe de uma garota de 3.

Lyanna estava crescendo cada vez mais e eu só me orgulhava cada vez mais dela. Com três anos os cabelos castanhos dela já lhe tocavam o meio de suas costas e os olhos chocolate que eram tão conhecidos por mim era o que dava mais um charme a ela.

Eu não tinha vontade de voltar a trabalhar com guardiã. Não ia por a minha vida me perigo quando eu tenho Lya pra cuidar. Não seria justo deixar ela sozinha no mundo. Eu poderia muito bem não trabalhar. Abe não deixaria faltar nada pra a sua filha e neta, mas eu não conseguiria ficar parada sem fazer nada.

Então arranjei um emprego na academia de luta perto de casa. Desde pequena eu sempre contei as histórias da nossa raça para Lya. Afinal ela também é uma Dhampir.

Eu não queria a minha filha correndo perigo ou lutando contra Strigois, mas eu não podia esconder o passado dela. No momento certo eu vou contar sobre os pais verdadeiros dela. Mas enquanto isso falar sobre a nossa raça está de bom tamanho.

Quando eu contei sobre os Moroi e os Strigoi – de uma forma bem menos assustadora – minha pequena tomou um espirito guerreiro sobre si e me pediu para eu a ensinasse a lutar. “Me enxina mamãe, me exina a acabar com os Stligoi”. Essa foi à frase que eu e escutei e não pude dizer um não.

No dia em que fui matricular ela na academia de luta, vi que tinha uma vaga disponível, então logo me candidatei. O dono da academia foi muito gentil e ouso até dizer um pouco insinuador. O cara flertou comigo descaradamente e é claro que eu ia desperdiçar a chance de ouro que estava tendo. O cara era alto, musculoso e loiro. E era legal.

Ele tratava Lya muito bem e isso era o principal para mim. Não ia ficar com uma pessoa que a minha filha não gostasse. A correria de “Tio Andy” pra lá e pra cá lá em casa era legal de se ver. Um possível pai para Lya.

Às vezes baba vem nos visitar e já prometeu conversar com Andrew (Tio Andy) sobre a nossa “relação”. Sim, uma relação. Saímos dos flertes e fomos para os encontros em restaurantes e o mais importante. Os passeios com a minha filha. Devo dizer que ela adora sair com o Tio Andy.

Eu estava feliz. Muito feliz. Tinha uma filha maravilhosa. Uma casa em um lugar de tirar o fôlego. Um namorado bem atencioso comigo e com minha filha. Pais próximos e vida legal.

Não poderia estar tão feliz.

Dois anos depois...

Era aniversário de cinco anos de Lyanna. Eu e Andrew estávamos a levando ao píer, porque ela queria ir à montanha russa de lá. Era verão e estava relativamente quente naquela tarde. Lya estava eufórica. Tinha entrado de férias na semana anterior e hoje era aniversário dela.

Cinco anos que minha princesinha estava fazendo. Cinco anos desde que minha vida mudou por completo.

Lya puxava Andrew para a fila da montanha russa e eu ria da empolgação dela. Andrew prometeu que ia fazer tudo o que ela quisesse hoje e eu só sentia pena do que meu amigo ia passar nas mãos da minha filha.

Eu e Andrew não conseguimos manter um relacionamento. Não nos gostávamos como deveríamos gostar. Sabíamos que nunca daríamos certo, então resolvemos só sermos amigos. Minha filha gostava muito dele e devo dizer que ele virou um irmão para mim. Eu não me sentia constrangida com o fato de ele eu termos namorado. Só aumentou ainda mais a nossa intimidade.

Um irmão que você já transou.

Andrew sempre estava lá tanto para mim quanto pra Lya, quando eu não podia pega-la na escola, era ele quem a pegava. Quando eu tinha que sair pra resolver algum problema, era Andy que ficava com minha filha. Era tio e sobrinha. Assim como ele era meu irmão.

Ah! Uma coisa que eu descobri sobre Andy é que ele era um Dhampir também. Em um dia qualquer eu vi a marca da promessa dele e algumas marcas monija na nuca do mesmo. Ele já tinha visto as minhas marcas, mas nunca disse nada. Não queríamos nos envolver mais com o perigo e era isso. Mas é claro não deixávamos de nos proteger. Eu sempre andava com uma estaca de prata comigo e eu sabia que Andy também.

Como era aniversário de Lya, fiz todos os gostos dela. Fomos à montanha russa duas vezes e comemos todo o sorvete que ela podia aguentar. No final da tarde, Lya já estava cansada e dormia nos braços de Andrew.

— Você vai dar aula manhã Rose? – Andy me perguntou quando entramos nos carro.

— Acho que não Andy. Quero passar o dia todo com a Lya amanhã tudo bem? – Perguntei já sabendo a resposta. Andy não negaria meu pedido. Era só olhar com aqueles olhos pidões que ele logo aceitava.

— Você sabe que eu não consigo negar nada a você né Rose. – Sorri com a resposta e só de levada coloquei meus pés em cima das pernas dele. – Odeio quando faz isso. Suja a minha calça toda.

— Pensei que máquinas de lavar roupa servissem pra isso doce Andy. – Andrew revirou os olhos, mas acabou sorrindo.

Quando chegamos à porta do meu prédio eu pedi que ele levasse Lya, entramos no elevador e eu bocejei cansada.

Entramos no meu apartamento e Andrew levou Lya até o seu quarto. Senti meu telefone vibrar no bolso da minha calça e quando vi quem estava ligando estranhei. Baba já tinha ligado hoje pra desejar feliz aniversário pra Lya.

— Baba?

Rose?— Abe estava com uma voz tensa. – Está em casa?

— Sim baba, acabei de chegar do píer com Lya e Andrew. – O loiro voltou à sala e se sentou no sofá. – Tudo bem baba?

Rose aconteceu uma coisa com sua mãe.— Meu corpo ficou tenso e Andrew percebeu isso e logo ficou em pé ao meu lado.

— O que aconteceu? – Sussurrei, mas não sei Abe conseguiu ouvir do outro lado da linha.

Ela estava de folga ontem quando foi atacada por Strigois. Ela conseguiu matar todos, mas ficou muito ferida. Ela precisa de você Rose. Perdeu muito sangue e querem fazer transfusão.

Não consegui dizer nada. Minha mãe estava na Corte. Então se precisavam de mim, precisavam na Corte. Ou seja, eu teria que ir pra a Corte.

— Mande um jatinho, vamos amanhã de manhã. Espero que já esteja lá quando chegarmos.

Você não vem sozinha? — Eu queria. Mas não conseguiria viajar sem Lya. E nem Andrew. Se for pra eu voltar pra lá, que seja com alguém que me ajude a enfrentar tudo isso.

Andy sabia tudo o que se passou comigo e como um bom irmão que era agora me protegeria.

— Lya e Andy vão comigo baba. – Abe sabia que não valia a pena discutir comigo então nem discutiu.

Amanhã alguns dos meus funcionários vão buscar vocês de manhã bem cedo. – Assenti e suspirei.

Mas que grande merda! Porque isso agora? Eu estava muito bem feliz e quieta aqui no meu canto.

— Tudo bem. – Olhei para Andrew que me olhava com expectativa. – Até mais baba.

Até Rose. Tome cuidado.— Eu desliguei o telefone e me sentei no sofá.  Andrew continuou em pé olhando para mim.

— Então... Vamos pra onde Rose? – Andrew iria comigo sem hesitar. E iria querer ir ainda mais quando e dissesse o destino da viagem.

— Corte. Vamos para a Corte Andy. – Ele arregalou os olhos surpreso. – Minha mãe sofreu um ataque e se feriu muito. Precisam fazer transfusão.

Nos olhamos por um tempo, e sabia que Andy sabia exatamente o que eu estava pensando. Ele viu nos meus olhos a hesitação de ir, o medo de ver os fantasmas do passado, de tudo voltar à tona.

— Quando vamos?

— Amanhã de manhã cedo. Vão vir nos buscar. – Andrew assentiu e coloquei minha cabeça entre as pernas.

— Vai dar tudo certo Rose. – Andy se sentou ao meu lado e acariciou minhas costas.

— Eu espero Andy. Eu realmente espero. – Quando deu oito da noite Andrew saiu da minha casa para ir até a sua e pegar algumas coisas. Enquanto eu fiquei em casa e arrumei as coisas de Lya e as minhas. Quando tudo estava pronto fui até o quarto da minha filha e a observei dormir.

— Ah minha pequena. Estávamos tão bem aqui. – Acariciei os cabelos dela e fechei os olhos sentindo o aroma de camomila silvestre que saiam deles. - Espero que voltemos para cá sãs e salvas.

No fundo eu estava realmente torcendo pra que aquilo acontecesse de verdade. Mas alguma coisa em mim dizia que não era isso que iria acontecer.


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Notas finais do capítulo

Então?? O que acharam?? Me contem a opinião de vocês! Até o próximo capítulo!



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