Puzzle escrita por Bee


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Ei, meus amores e possíveis novos leitores.
Essa é uma ideia maluca que me surgiu depois que eu li "Os 13 porquês", se vocês querem um livro legal para ler, é esse. Mas tudo bem, não tenho muito o que falar. Espero que vocês gostem dessa ideia maluca.



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Freddie encarou a carteira de Sam que ficava a alguns passos da sua. Ela nunca faltava aula, nem quando tinha um jogo importante ou havia ido a uma festa na noite anterior. Freddie sabia disso porque ele sempre a observava, principalmente depois daquela festa. Ele olhou o celular, faltavam cinco minutos para que a aula acabasse. Não queria demonstrar, mas ele tinha a eterna esperança de que Sam iria mandar uma mensagem. Ele era um sonhador ainda.

No almoço, ele se sentou com seu grupo de audiovisual, sua equipe eterna na escola. No Ensino Médio, você pertence a um grupo de inicio ao fim, era uma regra que ninguém gostaria de quebrar. Uma garota - Jenny o nome-, uma nerd assim como ele, o abordou, ela entregou a Freddie um papel dobrado e saiu correndo.

“Me encontre embaixo da arquibancada exatamente às duas horas. E venha sozinho.” Freddie encarou o papel e olhou para os lados procurando quem poderia ter mandado aquele bilhete. Apesar de Jenny ter entregue o papel, ela namorava um grande amigo de Freddie, então ela não poderia ser.

Às duas horas da tarde Freddie apareceu embaixo das arquibancadas, aquele era o lugar dos viciados, mas sempre que alguém precisava de privacidade, era o lugar mais requisitado. Havia sido ali que Freddie e Sam... Isso fica mais para adiante. A questão é que os viciados não ligavam para a vida de ninguém, apenas para suas próprias. E foi ali, em meio aos viciados, que Freddie viu uma morena sentada, o uniforme de líder de torcida se destacando completamente, e a forma acuada com que ela se mantinha no canto. Carly Shay era a pessoa que Freddie menos esperava encontrar naquele lugar.

— Foi você quem me chamou? – perguntou sentando-se ao lado dela. Eles costumavam ser amigos na infância, mas a vida dá guinadas estranhas e leva as pessoas para os lados menos esperáveis.

— Sim, Freddie, finalmente você chegou. – a típica voz doce da garota o assustou, era estranho como alguém podia voltar para a sua vida desta forma. – Eu estava com medo que você não aparecesse, ou que Jane não tivesse entregado o bilhete.

— É Jenny, e ela entregou. – ele respirou fundo, Carly era a típica garotinha líder de torcida, aquela que você espera encontrar em uma escola e poder socar a cara, o fato dela não se importar nem com o nome da garota que havia lhe feito um favor era frustrante. – O que você quer? – tudo bem, podemos dizer que isso pode ter soado rude, mas eles não tinham mais intimidade, e o fato de estar próximo da sua primeira paixão deixava Freddie nervoso.

— Direto, hein? – ela lhe lançou um sorriso nervoso, mas se calou por um tempo. Ela tirava o esmalte das unhas perfeitas, em um ato de puro nervosismo. – Eu não sei exatamente como falar isso. – ela o encarou – Sam sumiu, os pais dela não sabem onde ela está, eles estão preocupados e eu também. – Carly se calou novamente. Freddie se questionou se ela não estava esperando por algum ato solidário dele, ou uma palavra de conforto, mas ele não tinha nada a dizer. Carly costumava aproveitar de suas regalias como líder de torcida.

Ela estava constantemente cercada, constantemente abordada por todas as pessoas inesperáveis. Mas Freddie não era uma dessas pessoas, ele não iria inflar o ego dela mais do que já era inflado. Ele apenas permaneceu calado, os olhos castanhos dele encaravam uma bituca de cigarro jogada em um copo de cerveja, Freddie só conseguia pensar em como aquilo poderia fazer surgir insetos indesejáveis.

— Eu não sei exatamente eu entro nessa história, eu nem conheço a Sam, ela só faz umas matérias comigo. – ele mentiu, ele costumava ser um péssimo mentiroso, por isso evitou os olhares da antiga amiga, forçou a sua voz para que não tremesse. Ele conhecia Sam, isso não era possível negar.

— Não minta pra mim, Fredward. – Carly falou séria. – Eu sei sobre a festa e vocês, não tente me enganar. Ela é minha melhor amiga.

— Tudo bem, Carly, mas eu ainda não sei exatamente onde me encaixo na história do sumiço da Sam. – o moreno disse exasperado, não sabia se naquele momento já era considerado que Sam havia sumido, era apenas um dia.

— Bom, é exatamente por isso que eu te chamei aqui. – ela suspirou cansada. E estendeu uma caixa para Freddie. “Desde quando ela estava com aquela caixa?” ele se perguntava encarando o papel enfeitado que cobria, não era um papel de presente, mas aparentava ser um papel de parede ou contact que ela encontrou e colou ali. – Eu encontrei na minha cama esta manhã. – a morena estendeu um bilhete na direção dele. – Com isso sobre ele “Entregar somente a Freddie Benson. Não abrir.”

— O que é isso?

Freddie encarava a caixa com certa afixação, seus olhos castanhos procuravam por alguma pista de que aquilo era a chave do mistério. Sam possivelmente era um mistério a ser desvendado já que ela fugia e não se importava por isso de todos os padrões elencados para as lideres de torcida do Ridgeway High School. Se você via Sam ao lado de Carly se questionaria sobre a razão de andarem juntas.

Sam não usava aquele uniforme ridículo o dia inteiro, usava-o apenas para o treino. Ela não namorava jogadores de Futebol, nem de Basquete, na verdade, era difícil você vê-la com alguém. Apesar do jeito marrento da loira, ela cuidava de todos ao seu redor, mesmo que algumas vezes fosse mais silenciosa em seus atos, como na vez em que ela colocou corante no chão do banheiro interditado, e guiou a todos até o idiota que fumava lá dentro. Sam era mais inteligente do que demonstrava ser, Sam era um quebra-cabeça.

— Bom, abra. – Carly suspirou cansada encarando a caixa.

— Você abriu? – Perguntou esperando uma resposta positiva, amigos podem quebrar com a privacidade do outro, não é?

— Não, eu queria abrir, mas é um pedido da Sam. Nunca quebraria a confiança dela.

— Tudo bem. Será que não vai explodir?

A campainha soou alta, Freddie estava sentado na sala encarando a caixa, a impessoalidade que havia ali por fora. Ele e Carly decidiram por esperar para abrir essa caixa juntos, mas não na escola. Mas agora ela estava ali, e ele não sabia se estava pronto para aquilo. Ele bateu as mãos nas coxas e se levantou rapidamente, a campainha soou novamente, e ele abriu a porta.

— Vamos terminar logo com isso, ok? – Carly disse apressada encarando o celular.

— Tudo bem. – Freddie suspirou ao fechar a porta. Ele com calma abriu a caixa. Precisou rasgar o papel que a envolvia, e após abrir encontrou uma carta e um DVD. – E agora, lemos primeiro a carta ou vemos o DVD?

— Vamos ver o DVD, acho que a carta é apenas para você. – Carly disse por fim encarando a caixa vazia. Não demorou muito para que o moreno ligasse o DVD e colocasse para rodar aquele pequeno disco prateado. Os olhares apreensivos dos dois estavam em consonância, e eles apenas relaxaram ao verem a cabeleira loira na tela.

“Oi Freddie, e Carls. – a loira disse com um sorriso – Fico feliz que a Carly tenha se forçado a entrar nesse projeto, bom, eu sabia que isso iria acontecer, ok? Eu estou bem antes que vocês fiquem ansiosos e levem esse DVD para a policia, por favor, não façam isso. Eu quero apenas falar com os dois nesse momento.

Eu sei que provavelmente vocês estão se perguntando onde diabos eu estou. Bom, isso não é algo que eu possa responder nesse momento, mas em breve vocês dois serão guiados até mim. Eu sei, Carls, o semestre tá acabando, e eu não posso perder as aulas. Eu não vou demorar, eu prometo. Mas eu descobri uma coisa sobre mim, e eu preciso encontrar algumas pessoas para poder me encontrar.

E agora vocês dois devem estar me olhando com a maior cara de assustados, até chocados, apesar de que pelo que conheço o Freddie, ele deve estar forçando-se para parecer não se importar. Acertei? Ah, eu sabia.”

Sam sorriu para baixo, em direção ao chão. Parecia estar pensando no que falaria a seguir. E Freddie só conseguia se perguntar o motivo de ele estar sendo arrastado para aquele furacão. Mas naquele momento, encarando a tela, ele não conseguiu evitar o sorriso por ela o ter escolhido naquele momento para fazer parte daquela confusão.

“Agora, eu tenho uma missão para vocês dois.” – Sam disse séria. “E não tentem fugir disso, eu tenho meus espiões, eles estão nesse momento atrás da porta.” – Freddie ouviu três batidas na porta, o que comprovava que a Sam tinha ajudantes e cada movimento deles era observado. “E eu escolhi vocês por uma simples razão, vocês são os únicos em quem confio nesse momento.

Há um envelope junto com esse DVD, nele há um mapa que os guiará para o primeiro alvo. E eu quero que vocês gravem cada um desses momentos da missão, tudo bem? Quero provas de que vocês atingiram todos os alvos. Nesse momento, meus espiões deixaram uma caixa na frente da porta. Peguem-na, e levem o DVD até o ponto circulado no mapa.

Acho que é isso por hora, quando tiverem terminado essa primeira parte, meus espiões deixarão a próxima para vocês.”

O vídeo terminou, e a tela preta e o silêncio dominaram a sala. O envelope na mão de Freddie parecia pesar mais do que antes.

— Uma missão? – Carly perguntou atônita.

— Parece brincadeira, não é? – Freddie a encarou, e então olhou para o envelope. – Acho que a gente deveria ver se tem realmente uma caixa na porta, não é?

— Ah, é. – Carly se levantou calmamente, parecia entorpecida com o vídeo, mas Freddie também estava. A morena abriu a porta e ali estava, como um alerta, a caixa, exatamente como a outra. Carly a pegou e levou para a sala. E eles se sentaram se encarando por um longo minuto. – Acho que deveríamos abrir o envelope, e ver onde temos que ir.

O menino não disse nada, apenas concordou com a cabeça e abriu com as mãos tremulas o envelope, tirando de lá o mapa dobrado. Parecia um idiota seguindo as ordens de uma garota em uma tela. Mas não era apenas uma garota, era Sam. A primeira grande paixão de Freddie. Ele desdobrou o mapa, e ele e Carly encararam a casa circulada.

— É a casa da Sam. – Carly constatou chocada. E então eles olharam para a caixa.


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Notas finais do capítulo

Então, alguém leu até o final? Se sim, me deixe saber, me digam o que esperam dessa fic. O que será que a Sam descobriu? Por que a casa dela é o primeiro ponto? Alguém tem alguma opinião formada sobre tudo?
Me digam.
Amo vocês.