Move Along escrita por Erin Noble Dracula


Capítulo 5
Goodbye my love




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P.O.V. Klaus.

Logo ela entrou em trabalho de parto e foi uma coisa inacreditável. Aqueles bebês a rasgaram de dentro pra fora, aquilo não foi um parto foi uma carnificina.

Quando tentei dar o meu sangue pra ela, ela vomitou. O corpo de Caroline rejeitou o meu sangue. As alucinações começaram, ela gritava como se estivesse... sofrendo demais. Gritava que estava pegando fogo.

Ela estava toda suada, com febre.

—Ela ta morrendo Klaus. Você queria que ela estivesse como?

—Calma vai ficar tudo bem.

A Doutora só podia tentar baixar a febre e dar a ela o máximo de conforto que pudesse.

P.O.V. Caroline.

Agora eu sei como é estar no Inferno. Eu já tive o veneno do Tyler e o do Klaus correndo pelas minhas veias, mas isso é completamente diferente mil vezes pior. É como estar pegando fogo, como ser queimada viva.

Então eu vi aquela figura.

—Você. Sua desgraçada!

Eu avancei sob ela e ela me dominou. Me segurou.

—Caroline, eu não sou a Katherine. Eu sou a Renesmee. Lembra?

Eu então voltei a realidade.

—Me desculpe.

Olhei pra ele. 

—Você venceu. Você venceu! Agora, me mata! Por favor, me mata!

—Caroline...

—Vai ser moleza né? Por favor, Klaus me mata. 

Senti o veneno querendo me dominar de novo.

P.O.V. Klaus.

Ela olhou pra mim e me implorou para que eu a matasse. Disse que eu tinha vencido.

Ela veio até mim, segurou o meu rosto perto do dela, grudou sua testa na minha e implorou chorando.

—Eu amei você. Ainda amo, mas eu não posso viver nem mais um dia. Eu não posso mais viver com isso, por favor entenda. Por favor, me mata.

Eu quebrei a mesa, peguei uma estaca e mirei no coração dela. Ela fechou os olhos e sorriu. Quando senti a estaca começar a perfurar seu coração eu parei.

Ela abriu os olhos.

—Klaus, por favor. Eu to pronta.

—Eu te amo.

—Eu te amo.

 Num segundo de distração minha ela tomou a estaca da minha mão e a cravou no próprio peito.

—Não! Caroline. Caroline, fica comigo, olha pra mim.

—Eu estive no inferno por três dias inteiros. Me deixe morrer.

—Não!

Ela sorriu, seu rosto começou a ficar cheio de veias. Ela estava morrendo. 

Logo seu corpo ficou em chamas. E eu a vi do meu lado.

—Caroline.

Ela abriu os braços, me abraçou e sussurrou no meu ouvido:

—Obrigado.

Então eu senti ela estava passando. Eu senti a dor, era uma dor insuportável, era como ser queimado vivo só que pior. De repente, passou.

—Agora você sabe porque eu disse que estava no inferno.

—Sim. Eu entendo.

—Tá pronta pra voltar?

—Voltar?

—Vai trazê-la de volta?

—Esse é o plano, mas vão haver alguns percalços.

—Percalços?

—Ela vai voltar, mas ela vai esquecer. Esquecer de tudo e todos, amnésia total. Não vai saber nem falar.

—Eu vou voltar como bebê?

—Ela perguntou se vai voltar como bebê.

—É um pouco mais complicado que isso. Você vai voltar numa nova e muito melhorada versão de você, você vai voltar como um ser humano, um ser humano com habilidades especiais e capacidade cerebral avançada, mas um ser humano.

—Como assim?

—Vou mostrar. Venham comigo.

Ela abriu uma passagem secreta que eu nem sabia que existia.

—Eu sei. Eu fiz.

—Como?

—Mágica.

Logo estávamos numa especie de laboratório e boiando na água havia uma Caroline. O cabelo estava mais comprido, bem mais e ela estava nua, mas era ela.

—O que é isso?

—Isso, é a XX 104. É você. Eu tive que fazer cento e quatro clones seus até acertar.

—Um clone?

—É uma duplicata não natural e nem sobrenatural.

—Ela tá morta?

—Sim e não. Ela não tem alma, mas está viva. Morta, mas viva.

—Como assim?

—Chamemos isso de Frankenstein dois ponto zero. Porque o serviço de Viktor Frankenstein foi muito porco, muito mal feito, mas considerando a época e o fato dele não ter um pingo de magia até que ele se saiu bem.

—Frankenstein é um mito.

—Diz isso pro Adam.

—Adam?

—O "monstro" de Viktor. Quando ele soube sobre mim e sobre minhas habilidades... ele veio até mim e me pediu para cumprir a promessa de Viktor Frankeinstein.

—E que promessa foi essa?

—De fazer-lhe uma companheira. E eu fiz. Claro que o acesso ao diário científico de Viktor foi uma mão na roda, ele refinou o processo significativamente depois do Adam, mas nunca teve coragem de fazer de novo.

—E você fez?

—Eu fiz. O nome dela é Cora. Eu disse a Adam que faria-lhe uma companheira, mas impus uma única condição.

—Que seria?

—Eu não profanaria nenhum túmulo. Ele ficaria responsável por trazer as matérias primas e ele nunca me diria o nome das mulheres que ele escolheu. Ele me pediu para que ela ficasse como ele assim ele não se sentiria tão mal. Então eu tive que suturar várias partes de oito cadáveres diferentes, as minhas suturas ficaram muito melhores do que as de Viktor, mais sutis, mas... eu fiz elas aparecerem de propósito.

—Mas, eu não vou ter nenhuma sutura? Vou?

—Caroline está perguntando se ela vai ter alguma sutura.

—Não!

Ela trouxe Caroline de volta e ela não se lembrava de nada. Como Renesmee havia dito amnésia total.

Um recomeço. Era um bebê no corpo de uma adolescente de dezessete anos.

Mas, ela aprendeu a uma velocidade alucinante. Em vinte e quatro horas ela já estava falando e falava vinte línguas fluentemente, aprendeu a fazer movimentos de karatê assistindo um filme do Bruce Lee que estava passando na televisão e decorou todas as falas.

—Como isso é possível?

—O corpo ficou na câmara de gênese dezessete anos. Ela desenvolveu cem por cento da sua capacidade cerebral. Como eu.

—Você?

—Eu respondi a seus pensamentos não verbalizados duas vezes só hoje e você nem percebeu.

—Mãe, ajuda.


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