POV HIME

                O meu passado não era importante, muito menos as coisas que já fiz ou quem conheci. A única coisa que permanecia importante era o que eu faria com o meu EU de agora. Foi isso que pensei quando me tornei andarilha das terras shinobi e nobre de cada vila. Era tudo o que eu podia me torna, já que depois de alguns anos começava a perde a memoria e logo não reconheceria mais ninguém.

Foi assim que conheci Raj, em uma das minhas andanças pelas vilas. Mas o que eu não havia imaginado é que ele tivesse se ligado tanto a mim. Isso era pior que um laço afetivo quando se trata de um Chinyu. Uma vez que esse laço se estabelece seu corpo é automaticamente atraído para ele. E foi assim que meu corpo se permitiu volta. Eu sabia que algo assim iria acontecer, pois havia encontrado Menma observando Raj na primeira vez que estive em sua casa e foi um dos motivos deu ter continuado mais uns dias por lá.

Eu sabia o que iria acontecer, mas o que poderia fazer? Havia prometido nunca mais me envolver com a família nobre ou os Shinobis. Não aguentaria participa de outra guerra desdá vinda de... – Qual era o nome dela mesmo?

Droga! No fim das contas eu estava em apuros com três crianças que não sabem nem se cuidarem e muito menos para onde irem. – E pior, tem sangue nobre dos três clãs que existiam em Konoha nessas crianças. – O que é o mesmo que chamar confusão e perde o controle. – Isso quase havia acontecido com Sarah e Menma. - Teria sido até bastante cômico a cara que Menma faria quando Sarah ativasse seu modo Uyamada, o que quase havia acontecido.

Henrique por outro lado parecia bem frágil, apesar de ser bem habilidoso. Sem nem mesmo percebe ele havia dado um choque nas mãos de Menma antes que Sarah acertar-se o chute. Seu corpo havia agido inconscientemente para sua própria proteção. Se ele ao menos tivesse sido treinado corretamente poderia ser tão bom quanto seu clã.

Mas o que me chamava à atenção era o Raj. Pois ele tem chakra quase ilimitado por causa do seu sangue nobre, ainda maior se imaginar que ele tem sangue Uzumaki. É praticamente muito poder, mas nunca tinha presenciado nenhuma habilidade impressionante da parte dele. – Pelo contrario, as notas dele eram tão ruins quanto do meu...?

Não sabia explicar e minhas memorias eram ainda piores. Mas era algo naquele menino que me chamava atenção além do laço formado pela habilidade Chinyu. Era como um ser dentro dele poderoso o bastante para sugar uma boa parte do seu chakra.

Agora a única coisa que me restava era treina-los para vê se eles poderiam ser tudo aquilo que seus clãs já foram... Deuses do chakra.

Paramos em uma pequena vila rodeada por floresta. Tinha muitos campos em aberto para treinarmos e uma casa muito antiga que eu tinha encontrado da ultima vez que tinha vindo aqui e por algum motivo tinha comprando-a com a sensação de precisar muito de uma casa. Mas é claro que nunca tinha dormido nela.

A casa inteira era feita de madeira e tinha muitos moveis antigos, mas era bem grande. Sua fachada era de casa simples, mas elegante e tinha pequenos jardins em sua frente com uma mini escada de três degraus. Assim que entramos havia a sala com uma grande escadaria que dava uma volta como nos filmes (Coisa que pra mim é relativamente novo como a tv, pois nunca precisei mexer em uma, apesar de isso existir desdá época da Hokage Sarada). A cozinha vinha logo em seguida no pequeno corredor da sala perto da escada. Tinha um armário de serviço nesse corredor. E por fim um banheiro perto da cozinha. Assim terminava o primeiro andar.

O segundo andar também não era tão grande assim, tinha apenas quatro quartos pequenos e um banheiro. O seu corredor era assustador, cheios de quadros que tinha vindo com a casa, mas tinha um em especial de uma mulher de cabelos negros e com mochila andando de costas. Era lindo e até um pouco parecido comigo.

As crianças logo gostaram da casa, mas nada falaram, além de Raj que gritou um grande UAU e correndo logo em seguida enquanto jogava a mochila no chão e ia a todos os cômodos da casa.

—Esse quarto é meu! – Gritou ele quando viu o segundo quarto maior, ao qual era do lado do meu, que tinha uma plaquinha de madeira escrita Hime. Já tinha vindo com a casa e como eu não me lembrava do meu próprio nome, decidi adotar.

—E esse é meu! – Informou Henrique com a voz séria. Tinha escolhido o menor quarto e com a melhor visão da floresta.

—Então sobrou esse pra mim. – Exclamou Sarah incomodada. – Af, que cheiro é esse Hime? Qual foi a ultima vez que essa casa viu uma limpeza?

—A casa nunca foi limpa desde que foi desocupada. Sinto muito Sarah, mas vamos ter que arruma tudo antes de irmos dormi. – Informei-os. Raj logo me olhou com cara de tédio e começou a reclamar, Henrique nada me disse apenas suspirou.

—Então garotos, mão a obra! Nem pensem em me deixa sozinha nessa! – E foi subindo sua manga cor de rosa até o cotovelo e descendo as escadas. – Peguem algumas vassouras, balde, pano e agua. Mas deixem a parte da agua comigo! Vocês com certeza estragariam a madeira. – Disse Sarah com uma voz autoritária. Eu apenas conseguir rir da cara dos meninos.

—Desculpem, mas não vou poder ajuda na limpeza por enquanto. Vou ter que comprar algumas coisas pra comemos mais tarde. – Dizia enquanto descia as escadas e antes de ver algum deles reclamar, sair correndo porta a fora.

                Havia passado apenas algumas horas desde que tinha saído da casa, mas quando cheguei peguei Sarah terminando de guarda a louça (Que nem era tanta) e os meninos esparramados no sofá.

—Vejo que Sarah sabe como organiza uma casa como ninguém! Que beleza! Hihi.

— Okaeri! – Murmurou Raj que parecia exausto da limpeza. – Hime, da próxima vez EU que vou fazer as compras. – Resmungou. Mas na mesma hora que ele disse isso, Sarah tacou um talhe na cabeça dele.

—Ela não seria tão louca assim de deixa você fazer as compras daqui né idiota! – Gritou Sarah.

—Ta, ta. – Continuou a resmungar.

—Sarah, você sabe cozinha? – Perguntei. Ela assentiu na hora. Aproximei-me e coloquei as sacolas na bancada. – Ótimo! Ajuda-me a fazer a janta de hoje! Hihi. – E rir com a minha melhor cara.

—Você tem uma risada tão estranha! – Comentou.

—Eu sei, mas você se acostuma! – Disse disfarçando a raiva que tive ao ouvir isso mais uma vez quando dei um tapa na cabeça dela. – E procura não disser isso de novo! – Grunhir.

—Ai, Minha cabeça! Eu só estava falando a verdade!  – Resmungou. Demorou um pouco até conseguimos nos acerta. Mas depois rimos disso e começamos a cozinha.

                Foi até divertido, com exceção do Henrique que pouco falava e logo se trancou no quarto. Sarah ficou pra arruma toda a bagunça e Raj, é claro foi cochilar no sofá. Como não era o meu costume dormi em casas, preferi fica no telhado observando as estrela antes que o sono vinha.

Uma semana depois...

                Acordei com pique acordando-os bem cedo, assim que saio os primeiros raios de sol e pedi para ficarem de frente do seu alvo e me mostrar o que conseguiriam fazer. Henrique foi muito bom em todos, além de ter uma pontaria muito boa, o oposto de Raj que pouco se preocupava fazer certo, até Sarah começar a compara-lo com Henrique. Sarah, por outro lado me decepcionou muito, não tinha a motivação que teve quando perdeu o pai, apenas acertou alguns.

—Vocês vão fazer um treinamento especifico. Sarah sente-se alguns minutos que vou fazer um treinamento diferente com você. – Disse apontando para a pequena escada da casa. - Creio que vocês deve ter aprendido a controla o chakra de vocês, não? – Me referir aos meninos.

—Até esses dias o Raj nem sabia fazer clones! – Gritou Sarah enquanto sentava-se na escada da casa.

—Cala a boca, Uchiyama! – Retrucou Raj uns minutos antes da sandália de Sarah voar em sua cabeça.

—Então vamos tentar. Quero que vocês concentre o chakra nos pés.

—Como? – Perguntou Raj.

—É simples, idiota. A Hime quer disser que o chakra é a energia elementar da vida que usa no jutsu, a fonte de todo o seu poder. Essa energia tem duas formas; a energia física que existe em toda a célula do corpo e a energia espiritual que suprimimos que é aumentada através de treinamentos. O que sei é que essas duas energias tem que trabalhar juntas para ser conseguir completar o jutso. E finalmente as posições da mão que concentra e descarrega o chakra. – Explicou Sarah com a maior cara de tédio.

—Vejo que a Sarah é a mais inteligente do grupo. Cuidado rapazes, ela é capaz de derrota-los apenas usando o cérebro. – Comentei humorada. Ambos os rapazes não gostaram muito. – Agora darei uma tarefa simples para os dois. Vocês subiram numa arvore.

—COMO? – Gritou os dois.

—Mas há uma regra que vocês terão que seguir. Não poderão usar as mãos, apenas os pés.

—E como vamos fazer isso Hime? – Questionou Henrique, falando pela primeira vez depois de muitos dias.

—Concentrando o chakra na ponta dos pés e controlando a energia gasta para subir na arvore. Mas uma dica rapazes, não use muita força, caso contrário a arvore vai se quebrar e te empurra pra trás. – Respondeu Sarah.

—Como sabe? – Henrique voltou a questiona. Ainda estava muito mal-humorado.

—Porque ela já fez isso antes, não é mesmo Sarah.  –Respondi por ela, que assentiu. – Agora comecem! – Ordenei. Eles se concentraram e correram em direção a arvore. Raj foi o primeiro a cair. Henrique levou mais tempo para cair também. – Sarah! – Chamei-a. – Pegue essa chave. Naquela porta de baixo da escada tem um porão que te leva direto para a biblioteca da casa. Deixei alguns livros em cima da escrivaninha. Quero que você aprenda tudo que conter neles. Assim que saber tudo que contem neles, me procure e começaremos o seu treinamento.

—Tudo bem. – Respondeu se levantando e entrando na casa.

                O treinamento dos rapazes progredia muito bem para a idade deles. Henrique ainda não tinha alcançado o topo, mas estava cada vez mais próximo, enquanto Raj subia lentamente, um acima do outro. Mas que aos poucos se aproximava de Henrique e até estava na metade da arvore. Durante a noite Sarah ficava assistindo eles comigo.

                Raj já não parecia o mesmo garoto de antes. Henrique muito menos. Talvez Sarah seja a única que se manteve intacta, apesar de sempre parecer distante. Entre os três Raj era o único que estava se superando, apesar de ainda não esta no mesmo nível que nenhum dos seus amigos. Enquanto Sarah começava o seu treinamento comigo. Pela sua energia e inteligência, treina-la como ninja médica seria muito interessante e foi o que escolhi fazer. E não só curar, como estava ensinando-a numa casa de cura da pequena vila, mas também a se defender e desviar-se. E confesso que o meu treinamento não era nada fácil ao comparar dos rapazes.

                Henrique e Raj conseguiram chega ao topo ao mesmo tempo. Logo passei outros treinamentos aos dois. Enquanto Sarah aprendia suas mais novas habilidades.

                Sarah era muito boa em livros de teorias e medicinal, anatomia e memorizar as coisas detalhadamente, como um computador de ultima geração. Era incrível a maneira como ela gravava as coisas muito rápidas e pegava tudo no ar. Chegava a ter uma mente brilhante. Ao contrário de Raj, que era mais agressivo apesar da sua natureza passiva. Coisa ao qual ele pegou como forma de defesa como menino órfão da cidade nobre de Konoha.

                Henrique também parecia ser um menino muito inteligente e habilidoso e sempre vencia Raj, apesar dele não ser tão forte como o Uzunara.

—Qual vai ser o treinamento de hoje, Hime? – Perguntava Raj, como sempre animado.

—Vocês já sabem fazer tudo que um chunin sabe fazer, então vamos trabalha com algo mais difícil como; Rasegan e Chidori.

—Traduza... De preferencia no nosso idioma Oni-Sama-Hime...

—(Suspirei) Raj, você tem afinidades com o elemento agua por genética do seu clã e Henrique com o elemento raio. Portanto, Raj ira aprender o rasegan com um dos meus clones e Henrique... Ou Rick, como esta preferindo ser chamado, vai aprender o Chidori com o meu outro clone.

—E você Oni-Sama, vai fazer o que? – Perguntava Raj com a voz triste pela falta da minha presença verdadeira. Parecia até um cachorrinho que estava sendo abandonado.

—Irei continua o treinamento com a Sarah. Até mais tarde garotos.

—ATÉ! – Gritaram juntos antes de saírem correndo.

—Que meninos levados! Hihi. –E virei-me para encontrar-me com a pequena Sarah.

—COMO VAI, HIME OOTSUTSUKI! – “Otkez Preto” – Foi o nome que me veio à cabeça. Não sabia por que ou quem era ele, mas todo o meu corpo comandava as minhas atitudes e logo transmiti a minha melhor cara de tédio e indiferença.

—Ot-Kez – Pronunciei pausadamente. – O que faz aqui?

—Tava observando você nesses últimos meses com essas crianças e pensando o quanto você estaria envolvida com eles.

—Assim que eles forem capazes de morrerem por si mesmo, os mandarei embora, apenas isso. – Respondi. Era uma maneira bem segura disser isso para aquele estranho aparentemente não tão estranho.

—Você costumava ser mais emocional, Himawari Eleonora Ootsutsuki. – “Quem? Eu?” – E pelo que eu saiba você deveria perde memorias depois de dez á cinquenta anos de vida. Agora você deve esta com quantos? Quatrocentos? Mil?

—É pra isso que serve a cabeça, bola maneira de sobreviver a tudo nesse mundo de...

—Paz? Destruição? Mentira? Felicidade? Ilusão? – Foi palpitando quando me interrompeu.

—Espertos! – ‘Ah’ foi tudo que ele respondeu antes de da um adeus e um aviso de que voltaria. – Que será esse cara? Porque eu não me lembro? Que raiva!

—Você vai nos deixa, Hime? Vai nos abandona assim que tiver chances? Por quê? Não gosta da gente, não quer ficar com nós? Não merecemos ficar sozinho! Não quero ficar sozinha de novo...