Formulário de Inscrição - DPZ! escrita por Lana Kabana


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

- Uau!!! Você viu a cara dela? Você viu? Agora ela vai pra cadeia pagar por todo o mal que causou. Eu nem acredito Nick, eu nem acredito!
Os dois estavam a porta do museu de história Natural, Judy eufórica pela virada no caso, mal cabendo em si de tão contente e tudo graças a ajuda de seu único amigo: Nick Wilde.



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— Uau!!! Você viu a cara dela? Você viu? Agora ela vai pra cadeia pagar por todo o mal que causou. Eu nem acredito Nick, eu nem acredito!

Os dois estavam a porta do museu de história Natural, Judy eufórica pela virada no caso, mal cabendo em si de tão contente e tudo graças a ajuda de seu único amigo: Nick Wilde.

— Sim Cenouras, é claro que eu vi! Nossa nem acredito que tudo isso acabou. Feliz?

— Estou tão feliz que posso até gritar bem alto: nós conseguimos!!!

— Cenouras...Acalma-se, ficará tudo bem agora, depois disso você será condecorada como a melhor oficial de Zootopia. – Com isso Nick jogou-lhe algo no ar, ela segurou rapidamente.

— Sua cenoura-caneta-gravador ou o que quer que você chame isso, tome, estou devolvendo.

— Raposa astuta, posso te perguntar o por quê disso agora? Eu só preciso de uma cópia da gravação...

— Acho que nosso trabalho juntos acabou, não? – Com aquele olhar habitual ele continuou - Agora você precisa continuar seu trabalho na policia e eu minha vida, coelhinha boba...

— Espera! – Judy o segurou pela gravata, não ia deixá-lo partir sem antes dizer-lhe mais uma coisa. – Enquanto você não preencher isso eu não saberei se você me perdoou de verdade, veja!

Ela puxou do bolso um papel, na verdade um formulário dobrado.

— Já que você quer me devolver a minha caneta, eu quero lhe dar isso...

Para a surpresa de Nick era um formulário de inscrição para policiais na DPZ... Nick ainda se lembrava bem da última conversa que tiveram, ele havia guardado o mesmo formulário preenchido desde o dia que ele e Judy haviam se visto na última vez na coletiva de impressa

— Eu policial?! Obrigado Cenourinha, mas é melhor não...Nos vemos por aí. Se você precisar de algo sabe onde me encontrar. Até breve...Mantenha o repelente com você, nunca se sabe o que pode acontecer.

— Mas, mas...Eu não carrego mais comigo essa besteira...

Nick virou-se tão rápido para fingir que não ouvia a resposta dela e tudo que Judy pode perceber a sua calda a sacodir de um lado para o outro enquanto ele se distanciava com seu andar malandro, aquele cena só foi quebrada pelos policiais que vieram buscá-la para festejar a resolução do caso que estava a dividir toda a cidade. Diante de toda a festa, ainda assim suas orelhas permanceciam abaixadas

Foi um alívio quando Judy chegou no alojamento da polícia – já não possuia mais sua quitinete, estava exausta e hiper-ativa, tudo ao mesmo tempo. Da cama para a cadeira, da cadeira para o banheiro e todo o caminho de volta, por duas ou três vezes pegou o telefone e ficou olhando o número do telefone de Nick em seu celular. Já passava da meia-noite...Afinal o que ela diria para ele para convencê-lo de entrar na policia, de simplesmente não desaparecer naquela selva de prédios que agora ela observava pela janela. Melhor que conseguisse dormir, amanhã precisaria voltar as Tocas para buscar suas coisas. Estava decidida a voltar a vida de policial.

Enquanto isso, em sua casa debaixo da ponte naquele parque Nick já havia lido e relido o formulário...ser um policial agora era como o sonho de criança de tornar-se um escoteiro, ele sabia que não estava pronto pra outra decepção daquele tipo na vida.

— Bom dia Nick, que temos pra hoje? Sua amiga coelha está em todos os jornais...

— Bom dia Finnick, sim, deve estar, ela finalmente resolveu o caso dos animais selvagens. Que horas são?

— Hora de fazermos alguns trocados, que houve com você?

— Estou cansado...Vou ficar por aqui hoje...

— De novo Nick, de novo!

— Não estou entendendo....De novo, o quê?

— De novo com saudades da coelha! Eu pensei que vocês tinham feito as pazes, ela não veio atrás de você? Ela me achou na cidade e a única coisa que ela sabia falar era que precisava falar muito com você

Finnick não tinha medo dos rosnados mal-humorados de Nick pela manhã, como o velho ditado dizia cão ou raposa que ladram não mordem.

— Chega Finnick, se você não fosse meu amigo desde criança eu...

— Por eu ser seu amigo desde criança eu sei que sim, você senta saudades daquela coelha inquieta...Vocês brigaram de novo?

— Não é isso, não é isso! – Mais um rosnado. – Vou comprar um café, você vem?

Com o café Finnick sabia que aquela conversa estava dada por encerrada. Definitivamente Nick não ia lhe contar o motivo de tanto mal-humor.

— Judy, Judy, nós vimos tudo pela tv, parabéns filha!

Judy foi recebida com festa nas Tocas, seus pais e todos seus 275 irmãos fizeram uma grande festa para recebê-la, finalmente eles viam aquela Judy alegre e otimista que eles tanto estavam acostumados.

Não era preciso dizer que o senhor e a senhora Hopps sabiam que aquela seriam uma das últimas festas que teriam Judy por perto, era óbvio que agora mais do que nunca ela voltaria para a vida que levava em Zootopia.

— Senhor Wilde, em 5 dias entraremos em contato. O telefone de contato está correto?

— Sim, sim.

— Muito obrigada pelo interesse em unir-se a corporação. Eu, Pigméia Leits agradeço em nome de toda a corporação policial de Zootopia. – Ela se despediu fazendo a continência policial

Nick saiu do posto de inscrições meio anestesiado, onde ele estava com a cabeça em entregar aquele formulário...Uma raposa policial...Ele seria a maior piada na DPZ por um bom tempo...Agora já era tarde...Ele sacudiu a cabeça tentando jogar pra bem longe as lembranças de quando era um garoto...Judy jamais entenderia.

Enquanto a DPZ não confirma seu formulário para a academia de policial Nick tentava manter a vida o mais normal possível junto a Finnick e seus amigos, várias vezes pensou em ligar para Judy ou enviar-lhe uma mensagem para contar que havia mudado de idéia, mas, mas – e se ele não fosse aprovado? Melhor que essa decepção fosse somente sua.  Aquela coelha deveria estar muito ocupada e nem deveria estar se lembrando dele naquele momento.

— Tchau mãe, tchau papai! Tchau gente!

— Tchau Judy! Volte logo! – Não havia coisa mais fofa do que um coral de coelhinhos na estação ferroviária das Tocas pra dar adeus a um dos seus...

“Eu nem acredito que estou voltando pra minha nova casa! Eu consegui, vou ser uma policial!!!”

“Consegui meu apartamento de volta, meus vizinhos alces de volta, agora só falta achar o Nick pra convencê-lo de ser um policial, se ele quiser pode até ser meu parceiro como eu havia proposto antes!”

Gazelle foi a trilha sonara que ela escolheu pra voltar pra seu novo lar.  A música só foi interrompida por uma mensagem do Chefe Bogo, ela deveria comparecer urgente a DPZ. O que seria agora? Mais um caso que só ela poderia resolver...Mas ela precisava de Nick a seu lado, quanto tempo levaria até ele ser aprovado na DPZ?

— Bom tarde oficial Hopps! – Ambos se cumprimentaram através de uma continência.

— Boa tarde Chefe Bogo, desculpe o atraso, a culpa foi do metrô, acabei de chegar das Tocas pra ficar!

Revirando os olhos impacientemente o búfalo pediu silêncio, se uma das coisas que Judy precisva aprender era ficar de boca fechada por alguns instantes.

— Oficial Hopps, eu sei que na investigação das uivantes aquela raposa Nick Wilde te ajudou, mas o quê significa isso agora?

Os olhos violetas de Judy se fixaram no papel que Bogo balançava com uma das patas de um lado para o outro, ela teve que abafar seu grito de alegria, as palavras daquele búfalo não lhe sairiam da cabeça por toda a tarde.

“Oficial Hopps, eu preciso de uma justificativa, algo muito bom para convencer os selecionadores que é seguro, bom, que é confiável, ou melhor dizendo recomendável selecionar uma raposa para o treinamento da academia de polícia. Você tem 24 horas para preparar uma carta de recomendação...Afinal, não venha me dizer que isso não foi idéia sua! Dispensada!”

Nick sabia que a resposta para sua inscrição estava demorando mais que o habitual e não poderia culpar Flecha e seus amigos por isso, nenhum bicho-preguiça era responsável por aquele setor até onde ele sabia. E o pior, em mais alguns dias seu dinheiro iria acabar e ele se veria obrigado a aceitar as ofertas de Finnick para que voltasse a ativa.

Dez dias sem resposta.

Ele dediciu por dar-se mais uma semana, talvez houvessem transferido  Flecha para um novo departamento...

— Nick acorda!

— Nick acorda!

— Finnick, eu já disse que não quero você me acordando aos  berros...Finni..Judy?! O que você faz aqui? – Nick meio atrapalhado continuava com os olhos arregalados tentando se ajeitar na sua cama, nem se lembrava se estava de calças por baixo dos lençóis.

— Bom dia, nossa que recepção!

Judy estava com uma camiseta branca e legging azul escuro, suas orelhas amarradas como um rabo de cavalo e era o suficente para deixar Nick ainda mais atrapalhado.

— Eu sei que coelhos são emotivos, mas madrugadores? Diz uma coisa Cenourinha, como vocês tem energia para fazer tantos filhos?

Judy segurou o sorriso, suas bochechas ficaram levemente rosadas...Era o suficiente para Nick perceber o fora que havia dado. Logo de madrugada tentando disfarçar algo que nem ele entendia direito.

— Desculpe, Cenouras...Eu...Bom, eu preciso acordar...Não sou ninguém seu meu café...

Ela também prefiriu não insistir naquele assunto.

— Eu posso ir comprar o café pra gente...Mas é que eu realmente preciso te dizer uma coisa...É muito importante!

— O que é mais importante que um copo de café às sete da manhã, Cenouras?

Judy apenas extendeu a pata e lhe entregou um envelope fechado, o símbolo da DPZ e seu nome impresso: Nickolas P. Wilde.

— Como você conseguiu isso? É uma piada? Por que a DPZ não me ligou?

Cenouras, se for algum tipo de brincadeira é melhor parar por agora, ok?

Judy balançou a cabeça, seus olhos lhe deram a resposta, ela jamais brincaria com algo tão importante.

— Eu também tenho amigos Nick!

Enquanto Nick titubiava em abrir o envelope, Judy rapidamente o pegou de volta e rasgou o lacre:

— Leia Nick, você conseguiu!

Antes que ele pudesse ter qualquer reação, foi surpreendido por um abraço apertado de Judy. “Parabéns! Parabéns!” Ele ainda se conteve para corresponder ao abraço, mas acabou se entregando. Era insanamente bom ela estar ali...com ele.

— Obrigado!

— Errr, eu atrapalho algo?

— Rrrrrrrr... – Nick soltou-se dela rápido, tudo que ele queria era que Finnick saísse dali, por que a sensação que ele definitivamente precisava de uma casa com portas...

Finnick não pôde conter o sorriso malicioso, afinal havia flagrado Nick derretido por uma coelhinha que o abraçava ainda na cama

— Bom dia Finnick...Não atrapalha nada! Nick é assim que você dá bom dia pras pessoas? – Ela saltou da cama rapidamente como todos de sua espécie fariam – Finnick, você também aceita um copo de café? Eu vou lá buscar!

Assim que ela ficou longe o suficiente,  Finnick foi educadamente convidado a sair.

— Nick...

— Finnick, você está vendo coisas...

— Uma raposa não engana um fêneco...Só não se machuque meu amigo..Boa sorte na DPZ e parabéns! Se precisar de algo, sabe onde me encontrar.

Naquele momento Finnick sabia que precisava dar espaço para a mais nova amiga de Nick...Ele precisava dela.

Judy voltou rapidamente com café para três...

— Treinar?!

— Claro Nick...Seus olhos verdes não vão te ajudar a passar nas provas da academia! Vamos, ânimo!

Nick balançou a cabeça, havia ums sorriso escondido de satisfação, precisava do segundo copo de café para começar o treino. Judy não parava de chamá-lo do lado de fora da ponte pulando sem parar enquanto escutava Gazelle...


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Notas finais do capítulo

Pra quem leu minhas outras histórias, obrigada. Pra quem deu seu tempo pra comentaralgo ou me enviar alguma mensage, obrigada de coração, vocês não fazem idéia de como fiquei feliz, esepcialmente porque adoro esses dois.



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