This Is a Story Of a Girl escrita por nine_louise


Capítulo 17
Capítulo 16


Notas iniciais do capítulo

Oii terráqueas, desculpem pela demora, mas espero que gostem.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/70116/chapter/17

 Eu queria ir pra casa, sentar na minha cama e chorar até que meus olhos ardessem e dormi uma noite sem sonhos, sem Edward, sem Victoria, sem o diretor maluco. Mas em vez disso eu entrei no orfanato de cabeça erguida tentando ignorar o ocorrido entre mim e Edward mais cedo. Uma freira me olhou de cima abaixo e de olhos arregalados fez o sinal da cruz com os dedos, só me faltava essa... O que as pessoas têm contra o preto?
 - Você deve ser Isabella Hale. Certo? –Uma freira perguntou com uma prancheta nas mãos.
 - Sim. Então o que tenho que fazer? –Perguntei
 - Primeiro: Você está atrasada por tanto vai ficar conosco até as 10:23. Segundo: Eu já lidei com tipinhos piores que o seu. – Quem essa freira pensa que é pra falar assim comigo? E eu só estava atrasada 23 minutos! Não era tanto tempo assim...
 - É mesmo?! Então acho que você não me conhece... –Disse com um olhar sombrio e ela recuou um pouco.
 - Agora mocinha vamos ao trabalho. Me acompanhe por favor. –Tenho até medo do que pode me esperar por esses corredores...
 - Se for pra limpar privada eu to fora. –Falei séria.
 - Creio que você não esteja em posição de escolha, mas pra sua sorte tem um ex-detento fazendo isso já. Por tanto você tem que tomar conta das crianças. Consegue fazer isso? –Ela parou e me encarou. Claro que eu sei, é só sentar e ficar olhando elas se matarem.
 - Claro que sei. –Disse convicta.
 Ela abriu uma porta que dava em um parquinho e chamou todas as crianças pra minha sorte eram apenas umas 10 crianças.
 - Prestem atenção. Essa aqui é Bella, a partir de hoje ela que tomará conta de vocês até a hora de dormi. Por tanto comportem-se. – As crianças fizeram que sim com a cabeça e depois ficaram cochichando uma com as outras sobre minha roupa. Sabe acho que vou começar a comprar roupas novas de com mais cores, cansei dessa vida de pessoas me olhando torto. Vão todas para #%&*$@#$%&*$#@%*.
 A freira deu as costas e saiu e as crianças me olhavam esperando que eu dissesse algo.
 - Bem... O que vocês costumam a fazer de tarde? – Perguntei sem jeito.
 - A gente tem que fazer o dever, lanchar, brincar, tomar sopa e estar na capelas às seis e meia e depois a gente vai dormi. –Disse uma menininha que aparentava ter uns sete anos, com cachinhos negros e pele pálida.
 - Poxa que rotina chaaaata... –Falei baixinho, mas pelo visto elas ouviram e riram fazendo que sim com a cabeça.
 - Mas então vamos logo fazer o dever antes que a freira louca volte. –Acho que não devia ter chamado a freira de louca porque eles me olharam feio...
 - É... Eu quis dizer antes que a freira Lucia volte... –Algumas tinham voltado a correr pelo parquinho, mas algumas colocaram a mão na boca pra esconder o riso. O que foi que eu disse agora?!
 - O nome dela não é Lucia, é Maria. –Disse uma menina que parecia ter uns quatro aninhos com cabelos loiros e pele rosada. Como as mães podiam ter abandonado crianças tão lindas?! Quando eu digo que o mundo está perdido ninguém acredita...
 - E ela é chata mesmo... –Um menininho disse.
 - Não fala assim dela Pedro! – Uma outra garotinha disse beliscando o menininho.
 - Ela é a única pessoa que a gente pode considerar como mãe, mesmo que ela seja rabugenta. –Disse outra garotinha.
 - Chega de discussão! Vamos todos fazer o dever. –Disse pegando na mão da mais novinha que parecia ter uns quatro aninhos.
 - Ah não! –Então todos eles correram para o parquinho e se esconderam. Nossa, vai ser uma tarde difícil...
 - Se vocês não aparecerem não vão lanchar hoje! –Falei revoltada, mas em vez deles aparecerem eu só vi um garotinha dando língua em cima da escorregadeira.
 - Eu vou contar até dez e vou procurar você e arrastar pelos cabelos e quem eu achar via ter que ir fazer o dever... –Disse brincando. A garotinha que estava de mãos dadas comigo se soltou e correu pra se esconder com os outros.
 - 1, 2,3... 9... 10! Lá vou eu! –Comecei procurando atrás da árvore e achei um garotinho que não tinha conseguido subir em um galho como outros três.
 - Ah te peguei! –Disse fazendo cosquinha nele.
 - Agora você me ajuda a procurar os outros. –Ele fez que sim com a cabeça e eu parei de fazer cosquinha.
 Me estiquei para retirar um por um que estavam na árvore e eles me olharam emburrados por eu tê-los achado, mas me ajudaram a procurar os outros.
 - Achei! –Falei retirando uma menina agarrada a sua boneca de pano de baixo da escorregadeira. Ainda faltavam dois. Eu já tinha visto uma mãozinha gordinha dentro da piscina de bolinha. Com cuidado me aproximei e entrei na piscina de bolinha. Fui tirando as bolinhas com cuidado.
 - Booooo! –Disse e ela começou a rir de um jeito doce. Ela se pendurou no meu pescoço me fazendo cair pra trás afundando na piscina de bolinhas e ficou tentando me fazer cosquinha. De repente todas as criancinhas estavam em cima de mim rindo e fazendo cosquinha.
 - Aaaaaaah! Chega! Chega! Eu prometo ser boazinha! –Disse ofegante. Me sentei e puxei um garotinho e comecei a fazer cócegas. Então todos voltaram a me atacar. E assim nós ficamos brincando e rindo na piscina de bolinhas.
 - Ah é?! Vai ter volta – Disse uma menininha e se jogou em cima de mim.
 - Mas que bagunça é essa aqui????? Alguém pode me explicar?! –A freira Maria apareceu e logo todos ficaram quietos, me levantei depressa ajeitando minha roupa amassada.
 - Eu só estava... –Comecei a tentar explicar.
 - Eu estou vendo muito bem o que a senhorita estava fazendo! Eles deviam estar fazendo o dever de casa! E isso vai ser reportado ao diretor! –Ela disse com raiva. Vai se danar! Eu não estava fazendo nada demais. Eu tenho culpa se as crianças não gostam de fazer o dever?!
 - Para sua informação sua velha histérica eu não vejo nada errado por aqui! Crianças não são robôs para serem anjinhos sempre! Vai se danar você e o diretor! – Me esqueci das crianças que estavam com os olhos arregalados.
 - Todos vocês já para biblioteca fazer o dever! Agora! –Ela disse me fuzilando com os olhos.
 - Se eu fosse você Hale andaria na linha. Eu sou seu passaporte para fora desse lugar... –Ela se virou e foi embora.
 O menininho que estava escondido atrás do arbusto se levantou e foi ao encontro dos outros na piscina de bolinha.
 - Então... Será que podemos fazer o dever agora?! –Perguntei revoltada. Em um segundo estavam todos de pé na fila do menor para o maior.
 - Sim. –Disseram em coro. Peguei na mão gordinha da menininha de pele rosa que tinha uma pulseirinha de ouro no pulso e guiei eles até a biblioteca, onde se sentaram e ficaram caladinhos estudando.
 - Se vocês tiverem duvida é só pergunta... –Disse escolhendo um livro de (história ou Estoria) na estante para ler pra eles na hora de dormi. A garotinha mais nova andou até mim com um lápis e um papel na mão. Sentei ela no meu colo.
 - Desculpa tia Bella. – Ela falou deixando o lápis e o papel em cima da mesa e me abraçou. Ela é tão fofa!  Dei um beijinho na bochecha rosada.
 - Está tudo bem. – Então ela se aconchegou no meu colo e ficou desenhando.
 - Acabei! –Disse o menininho que eu acho que se chama Pedro.
 Aos poucos eles iam acabando e ficavam conversando e brigando na mesa enquanto eu pedia silêncio.
 - Agora eu quero saber o nome da cada um. –Disse
 - Eu sou Stacy, tenho 9 anos. – Disse a garotinha que não desgrudava da sua boneca de pano. Com os olhinhos azuis.
 - Eu sou Antony, tenho 8 anos. – Um menininho magricela disse desenhando algo que deveria ser um carrinho.
 - Eu sou Caroline, tenho 6 anos. –Disse uma menina loura e sardenta. E assim cada um foi dizendo o nome e eu fui tentando gravar o nome de todos.
 - E o seu? – Perguntei a garotinha que estava sentada no meu colo atenta ao seu desenho.
 - Julie Madison. –Ela falou baixinho com a cara grudada no papel.
 - E quantos aninhos você tem Julie? –Perguntei suavemente. Ela levantou a cabeça e mostrou dois dedinhos e lutava para tentar levantar o terceiro e o quarto.
 - Você tem quatro aninhos? –Perguntei e ela fez que sim com a cabeça.
 - Eu vou fazer cinco aninhos dia 14. –Ela era muito esperta para uma garotinha de três aninhos. E o mais incrível, ela faz aniversário no mesmo dia que o meu...
 - Já podemos lanchar? –Perguntou Pedro.
  - Eu acho que já. Que tal a gente lanchar vendo filme? –Disse me levantando. Todos gritaram concordando e começaram a discuti sobre qual filme iríamos assistir.
 - Eu quero ver a Rapunzel – Disse Stacy, Antony subiu em cima da cadeira e começou a jogar bolinha de papel nos outros. E ai começou outra guerra...
 - A Rapunzel é filme para bebes. –Pedro falou rindo.
 - Chega! –Disse tentando acabar a discussão, mas eles não me ouviram.
 - Eu quero assistir Caso 39. –Disse Antony. Crianças não deveriam gostar de desenhos animados?!
 - Nada disso! Eu tenho medo! –Disse Joana
 - Se você colocar isso para a gente assistir eu conto pra irmão Maria. –Disse Julie com um dedinho apontado pro meu nariz. Nossa não tem nada de angelical nessa garotinha...
 - Calem a boca! – Gritei
 - Ninguém manda a gente calar a boca! –Disse Mark
 - É! Apoiado! –Falou Pedro.
 - Sua extraterrestre! – Disse Stacy
 - Abominável criatura das trevas! – Eu fiquei pasmada ouvindo eles me chamarem dos piores nomes que conheciam. Eu queria muito deixá-los de castigo...
 - Acabou?! Só por isso não vamos mais ver filme, não vão brincar hoje. Estão todos de castigo! –Disse séria, eles calaram a boca e se sentaram resmungando.
 - Eu preferia a Mary... –Disse Ana penteando os cabelos. Eu olhava pra ela via Rosalie em miniatura...
 - É eu também, ela era muito mais legal que você! –Disse Antony.
 - E não parecia uma viúva. –Disse uma menininha que eu já nem lembrava o nome.
 - É uma pena que a Mary era uma ladra de bancos... –Meus olhos se arregalaram. Coitada dessas criancinhas.
  - O que você fez para vim parar aqui? –Perguntou Julie.
 - Ela deve ter matado os pais... – Pedro disse e os outros arregalaram os olhos. Não tinha algo mais criativo não?
 - Eu nunca faria isso! Eu só estava levando minha cachorrinha para passear em lugar proibido...
 - Sei... Sei...
 - Qual o nome dela? Por que você não a trouxe? –Perguntou um deles. Uma hora eles parecem anjinhos outrora parecem que vão acabar com tudo...
 - Vamos assistir Up altas aventuras. E todo mundo vai ficar quietinho. –Eles acenaram com a cabeça.
Ficamos sentados no sofá, alguns no chão com os olhos grudados na TV. Depois eles correram pelos parquinho e ficaram discutindo como sempre, eu era o monstro que saia correndo atrás de todo mundo. Em fim, foi uma tarde divertida no fim das contas. E pela primeira vez eu não me sentia sozinha, com problemas enchendo minha cabeça. Ali eu me senti criança mais uma vez, ou talvez a criança que nunca tive tempo de ser...
PDV Edward
 Eu não sabia onde estava minha cabeça. Emmet ficava apenas me olhando sentado no outro sofá.
 - Qual seu problema Edward?
 - Estou tentando descobrir. –Foi a única coisa que eu disse
 - Adivinha o que eu consegui? –Mike falou entrando na sala.
 - Uma garota que te queira?! –Emmet disse rindo, só ele para me fazer rir nesse estado.
 - Não seu idiota! Ingressos para o parque de diversões mais extraordinário que já conheci na vida. – Ele falou com o rosto iluminado.
 - Quantos você tem? Por que eu preciso de dois, afinal, eu não vou sem a Rose...
 - Tenho seis, mas um é meu! – Eu nem estava ligando para aquela conversa deles. O que deu em mim para dizer aquelas coisas a Bella? Não era eu que vivia implorando a atenção dela?! E quando ela finalmente começa a confiar em mim eu jogo tudo fora?!  Isso me faz lembrar aquela frase... Levam-se anos para conquistar a confiança de alguém e um segundo para perdê-la.  Acho que consegui voltar ao ponto de partida...
 - Terra chamando Edward, Terra chamando Edward! – Mike disse passando a mão na frente do meu rosto.
 - O que você quer? –Falei ríspido
 - A Extraterrestre raptou ele para o planeta dela... –Emmet disse rindo. Idiotas...
 - O que houve dessa vez? Meu pai sempre disse que quando a gente pisa na bola com as mulheres não tem nada melhor que flores e chocolate para se redimi... –Mike disse serio. Nossa será que ele tem noção de quão burro ele é?!
 - Tenho uma idéia melhor. Leva ela para o parque... –Disse Emmet. Não sei se ela vai querer nem ver.  Talvez ela estivesse certa... Mas eu realmente tenho repulsa a ficar com ela na frente dos outros? Não... Não acho que seja isso, talvez seja apenas pelo fato que eu nunca tive algo sério com alguém... E ainda mais com alguém que eu nunca sei como reagir quando estou perto. Ela não é uma garota comum. Garotas comuns são feitas de plástico, batom e dor. E Bella não é feita de nada disso...
 Me levantei do sofá decidido a ir falar com ela.
 - A onde você vai? – Mike perguntou quando abri a porta da rua.
 - Falar com a minha garota. E dois ingressos desses são meus. – Então bati a porta e fui a casa dela.
  - Ela não está – Alice falou enquanto eu entrava. A Fita dividindo a casa ainda estava, acho que por isso tem uma geladeira no meio da sala...
 - Que horas ela volta baixinha? – Perguntei me sentando no sofá.
 - Não sei... Mas você está encrencado. E o Jasper parece que nunca gostou muito de você... – Ela disse abrindo a geladeira.
 - Eu sei...
 Ficamos tagarelando sobre diversas coisas, e pelo visto ela tinha mil planos para expulsar as outras integrantes da fraternidade...
 PDV Bella
 - Hora de ir pra cama.  – Disse acordando a maioria deles que tinha cochilado um por cima do outro no sofá. Para minha felicidade não foi uma guerra para eles irem dormir.
 - Você tem que conta uma estória para gente! – Disse Stacy com uma carinha chateada.
 - Tudo bem. – Preferi não pergunta que tipo de estória para não começar uma guerra novamente. Me sentei na beira da cama de Pedro e comecei.
 - Era uma vez...-
 - Nada de era uma vez...
 - Então vou contar a estória da revolução dos porcos... – E assim continuei e eles foram adormecendo aos poucos.
 Quando cheguei em casa todos já tinham ido dormir. Subi devagar para não acordar Alice que tinha adormecido no sofá assistindo sobrenatural. Abri a porta do quarto e Taty levantou a cabeça sonolenta e começou a seguir meus passos no quarto escuro.
 Desabotoei o casaco e tirei a blusa jogando-a em algum canto escuro do quarto. Não consegui nem dar três passos e tropecei na cama de Taty. A vaca da Tânia provavelmente tinha desligado a energia na casa inteira só de pirraça... Me sentei na cadeira do computador e coloquei Taty no colo pra ver se tinha machucado.
 - Por aqui são todos podres Taty... Nunca confie neles. –Disse passando a mão na cabecinha dela, e como resposta ganhei um latido auto de mais pro gosto.
 - Tem razão Taty, a única pessoa que salva por aqui é a Alice. Nem o Edward Taty, ele é um grosso, arrogante, burro, galinha. Como você foi gostar daquela coisa Taty? Você devia se dar ao respeito! – Ela rosnou me mordendo de leve.
 - Taty como nós fomos gostar daquele tapado?! Mas não se preocupe daqui a alguns meses a gente vai embora e não vamos vê-lo nunca mais! Afinal, foi ele que pediu pra eu não pegar no pé dele, credo aquilo foi meio gay, ele dizendo que nós estávamos acabando com a reputação dele... Não sei pra que ele quer essa merda de reputação por algo que nem ele é... Todavia  cada um faz suas escolhas. – Ela pulou em cima da cama e começou a latir para um canto ainda mais escuro do quarto. Só o que me faltava! Uma cadelinha louca que late para sombras!
 Fui na direção pra onde ela latia e puxei a cortina, alguém me agarrou e eu gritei desesperada então para me calar o ladrão me beijou, me imprensando na janela enquanto eu ficava mole em seus braços. Não foi difícil descobrir que meu ladrão também era meu namorado, ou ex...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

e aai como fiicou o capítuulo?



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "This Is a Story Of a Girl" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.