Plane Crash escrita por VitóriaWolf, SparrowJackson


Capítulo 19
Rússia parte 2


Notas iniciais do capítulo

DESCULPAAA A DEMORAA
prometo voltar a postar mais



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—Você com certeza tem que usar esse! Se não escolher esse, eu fico com ele para mim!- Celeste praticamente me dá um ultimato.

—Pode ficar com esse, acho que já escolhi o meu.- sorrio e aponto para o vestido esticado em cima da cama.

 _Que bom. Não ia te deixar ficar com o meu de qualquer jeito.- dá de ombros e entra no banheiro. Estamos em um programa de garotas, eu Celeste, minha família e minha sogra. Com o baile chegando e todos os preparativos, achamos que seria bom uma distração de toda a loucura que está acontecendo. Kira não me deixa organizar a festa, de acordo com ela meu trabalho nesse momento e descansar e cuidar de sua neta. Eu agradeceria por isso se não fosse pelo fato de me sentir culpada por deixa-la se esgotar fazendo tudo sozinha, mas não se poderia esperar outra coisa da mãe de Alex, teimosia é coisa de família.

—Ela sempre foi assim?- Kenna sussurra para mim e balança a cabeça em direção da porta do banheiro.

—Depende do seu ponto de vista. Uma hora você acostuma.

—Mas vocês sempre foram amigas assim, filha? Em suas cartas você nunca disse nada sobre ela, somente sobre aquele outra. Qual o nome dela mesmo?

 _Marlee- respondo pensativa. Uma saudade me bate imediatamente. Um ano já tinha se passado e eu não a vi, será que ela ao menos sabe que eu estou viva? Sinto uma vontade enorme de ligar para ela, botas as novidades em dia, perguntar por Aspen, Lucy e todos os outros. - Ficamos amigas no final da competição.- acordo de meus pensamentos.

 _Esqueci de te dizer Ames!- May pula no meu colo e a abraço.- Aspen gostaria de ter vindo, mas tinha muito trabalho.

—Aspen? Vocês falaram com ele?- me desespero, no bom sentido.

 _Claro que sim! A gente precisava contar para ele que estava viva. Ele sentiu muito a sua falta, tadinho. Porque? Não podia ter dito nada?- mamãe se preocupa, nervosa por achar que fez algum tipo de besteira.

 _Devia!- me solto de May e abraço.- Muito Obrigada!

—Imaginei que já devia ter falado com ele- ela diz depois que eu a solto.

 _Não consegui ainda.- baixo os olhos, triste.

 _Não se preocupe com isso, terá muitas chances para isso.- ela me assegura. _Não sei se dará tempo deles chegarem para o banquete, mas pode convidar seus amigos para visita-la depois, querida.- Dona Kira se senta ao meu lado.

—Sério?

—Com certeza.- seu sorriso terno me lembra de Amberly e sinto uma pontada no peito. _Muito obrigada.

 _Não tem porque agradecer, filha. Alex não tem muitos amigos, será bom para ele conhecer os seus. Seco as poucas lágrimas que escorrem por minhas bochechas e respiro fundo, mas antes que pudesse dizer qualquer coisa, Celeste sai do banheiro. _Então, o que acharam? Estou maravilhosa, não estou? Não precisam nem responder, sei que estou.- quando termina de se elogiar, levanta o olhar do vestido pela primeira vez e vê que nenhuma de nós compartilha de sua alegria momentânea. Ao notar minhas sobrancelhas arqueadas, ela pergunta: _O que foi? O que eu fiz? Ninguém responde. Em vez disso, Kira balança a cabeça e se volta para mim, mudando de assunto completamente.

—Vocês tem que conhecer a cidade! É tão lindo nessa época. Podemos fazer compras amanhã para o baile.

 _Alguém disse compras?- Celeste começa a pular na cama de animação, soltando uma onda de risadas pelo quarto.

 _Mas não temos que estar aqui para a chegada dos convidados?

—Tenho certeza de que os dois homens conseguem se virar sozinhos, Gerrad e Ivan podem ficar na sala de jogos .- ela sorri e me contagio.

Sinto os raios solares entrarem por minhas pálpebras, sinto o calor invadir meu corpo, sinto mais cansaço ainda e me enterro debaixo das cobertas, com a esperança de que o escuro me faça dormir novamente, mas em pouco tempo preciso de ar e me descubro. A pior sensação da vida é acordar sabendo que no final do dia haverá um baile no qual sou obrigada a comparecer. Um baile que contará com a presença de pessoas que não estou nada a fim de ver. Xingo baixinho e abro os olhos.

 _O que a cama fez para você estar com esse mau humor?- Alex, que está sentado no pé da cama, dando mamadeira para Nastia, se vira para mim preocupado.

—Nada, só preguiça.- pego um travesseiro e enterro em meu rosto. Depois do que pareceram horas, sinto o travesseiro, que antes tampava minha visão, ser trocado pela imagem de Nastia e Alex.

 _Bom dia mamãe!- Alex faz sua pior imitação de bebê e me entrega minha filha.

—Bom dia meu amor.- respondo. Alex me olha com um olhar sugestivo e a sobrancelha arqueada.- Estava falando com nossa filha.- o corto e ele bufa.

 _Não custa tentar- dá de ombros e pula na cama, ao meu lado.- O que vai fazer hoje? Já tem programa?

 _Vou sair com sua mãe. Vamos na cidade fazer compras.

—Ahh. Achei que fosse me acompanhar na reunião.- sua voz esconde o desapontamento- não seria tão tediosa com você lá.

 _Desculpa.-responde sincera. Sei como ele detesta essas coisas.

 _Que horas volta pelo menos? Podemos fazer alguma coisa antes do baile.

 _Vamos ficar fora o dia inteiro.- respondo receosa.

—Então além de me largar o dia inteiro, vai me deixar aqui sozinho para receber um bando de nobres fúteis?- esse se finge de ofendido.

 _Nastia ficará com você.- digo na tentativa de que melhore a situação.

 _Ah é?- então ele a pega dos meus braços e vai em direção da porta.- Se sua mãe não quer ficar com a gente, também não queremos ficar com ela não é filha?- ele olha para o pequeno bebê que não entende nada do que ele diz.

—Não é isso Alex. Sabe que eu não quis dizer isso.- me levanto e caminho em sua direção. Ele somente sorri.

 _Relaxa.- garante.- Aproveite a saída, porque vai ficar de castigo por me deixar aqui sozinho.-ele tenta fazer cara de mau e sério, mas é quase que impossível para ele.- Guarda pelo menos uma dança para mim.

—Quantas quiser.

POV MAXON

Confesso que estava morrendo de curiosidade em relação a essa viagem. Não é sempre que se é convidado para o baile de um dos seus maiores inimigos de longa data, muito menos de um que passou quase um ano dado como morto, então sim, acho que essa viagem renderá alguma coisa interessante.

Havia tempo em que eu não viajava de avião, tinha me esquecido o quão ruim é. A náuseas e o medo, e principalmente, o fato de que estou trancado em cubículo minúsculo flutuante com meu pai e Kriss, então já podem imaginar que coisas boas não vão sair disso. Estou sentado na poltrona, com um copo de alguma bebida alcoolica desconhecida, olhando para o horizonte e fingindo ouvir o que quer que for que meu pai reclama para todos. Queria que minha mãe estivesse acordada, pelo menos desse jeito, ela não deixaria ele falar tanto.

—Porque nós precisamos de um plano. Com todos esses ataques devemos mostrar para eles quem manda naquele país! Eles precisam sumir!- com força ele bate na mesa e sinto Kriss dar um pulinho de susto, mas eu nem me viro para ele.- Está me escutando Maxon?

 _Claro.- respondo sem interesse e bebo mais um gole ácido.

 _Fale comigo direito! Provavelmente dormi encostado no vidro da janela, porque não me lembro de ter dito nada depois que ele brigou comigo. Agradeço por isso, não estou com paciência para mais um de seus xiliques.

—Maxon. Maxon. Acorda amor, nós chegamos.- sinto uma voz terna entrar por meus ouvidos, uma mão me balançando e a luz atravessando minhas pálpebras, então acordo.

—Chegamos?-pergunto ainda sonolento.

 _Sim, agora vá lavar seu rosto. Não queremos espantar os monarcas da Rússia com essa sua cara feia de sono.- tenho dificuldade em entender se o que meu pai fala é sério ou não, mas faço o que manda. Em pouco tempo já estamos tínhamos saído do avião e estávamos no carro que nos levaria para o palácio.

 _É tão lindo.- Kriss olha sonhadora pelo vidro da janela, seu olho brilha de animação.

—Acho que nunca vi tanta neve assim.- deixo as palavras no ar.

—Os dois podem aproveitar a paisagem depois- sou cortado- Primeiro, já sabem o que fazer quando chegarem lá?

—Sim, senhor.- faço uma continência ele revira os olhos.

 Minutos depois o carro parava em frente a um castelo branco. Diversos outros automóveis faziam o mesmo que nós, e deles, a Princesa Nicoletta e Daphne com outros reis e rainhas que sou obrigada a conhecer, caminham em direção da entrada principal,subindo as escadas, onde dois homens os esperam. Assim que boto os pés no chão, sinto o que ter frio. Estou com dezenas de casacos, não consigo nem mexer meus braços direito, mas ainda tremo. Olho para o lado e vejo que minha família não está muito melhor.

 _Vamos logo! Não quero congelar aqui.- meu pai demanda e seguimos o fluxo de pessoas que atravessa a fonte. _ Imperador Nicolau! É um prazer revê-lo.- meu pai salda o rei e faz a mínima das reverências em sinal de respeito.- Muito obrigada por nos ter convidado.

 _Já estava na hora de acabar com essa inimizidade sem sentido.

 _Não poderia concordar mais.- a voz falsa de meu pai me dá arrepios. Os dois trocam um aperto de mãos e então, meu pai resolve nos apresentar.

 _As mulheres gostariam de estar aqui para recebe-los, mas tiveram um pequeno problema na cidade e logo estarão aqui.- ele explica para minha mãe e Kriss, que assentem.- Alexander!- ele grita e um jovem, há alguns metros de distância vira a cabeça para nós. Abro a boca de susto e não a fecho por um longo tempo. Olho para o lado e vejo Kriss quase que babando, a cutuco e ela se ajeita. O que aconteceu com o nerd estranho que eu conheci anos atrás? Ele é tão forte e alto... não me admira que Kriss esteja babando pelo cara. Ele se despede dos convidados com quem conversava e vêm em nossa direção.

—Senhores. Senhoritas- ele toma a mão de minha mãe e deposita um beijo, fazendo o mesmo com a de Kriss, quase que sabendo o efeito que isso produziria nelas e em mim.- É um prazer conhecê-los.

 _O prazer é nosso Príncipe Alexander.

 _Me chamem de Alex, por favor. Meu querido pai, aqui, não consegue colocar isso na cabeça.- ele dá uns tapinhas nas costas do rei e sorri. Eu ia dizer algo, mas sou interrompido antes por uma mulher que chega.

 _Alex! Por favor me ajuda! Nastia não para de chorar.- uma empregada passa por nós e entrega um embrulho de cobertores e mantas para Alex, um embrulho que não para de chorar. Um bebê.

—Ei amor, não chore, mamãe vai chegar logo, papai está aqui.- ele começa a falar com a criança que em pouco tempo já se acalma.

 _É seu filho?- Minha mãe pergunta.

 _É uma menina, minha filha Anastacia.- há um brilho de orgulho e felicidade impressionantes em seus olhos ao falar da filha.

—Ela é muito linda. Parabéns. Você é um bom pai.- digo honesto e começo a olhar para o azul hipnotizante de seus olhos e o ruivo de seus cabelos. A imagem de América me vêm em mente e não consigo deixar de imaginar se nossos filhos seriam assim, se eles possuiriam os cabelos ruivos e meus olhos castanhos, ou meu cabelo e seu rosto pálido e sardento. Não sei porque continuo me torturando com essas imagens. Eu tento esquecê-la, ou ao menos superar, mas cada dia é mais difícil. A cada palavra, a cada coisa que vejo, ela me vêm em mente.

—Eu posso segura-la?- acordo com o pedido hesitante da minha mãe. Alex parece se assustar pelo fato dela querer isso, mas imediatamente a entrega para outros braços. Minha mãe se fascina e vejo o brilho em seus olhos ao olhar para a bebê. Sei que ela sempre quis uma família grande, mas infelizmente sou filho único e sua última esperança de sua grande família são meus filhos, o que a desaponta um pouco, mesmo que não admita, porque ela sabe a situação entre eu e Kriss.

—Não sabia que era casado. E que tinha uma filha.- meu pai completa.

—Não sou ainda.- meu pai estreita os olhos em sua direção.- Casado quero dizer. Só namoramos.- meu pai gagueja, tentando entender tudo aquilo. Pra ele é inconcebível que alguém possa ter um filho fora do casamento.

—Ele não poderia ter escolhido uma namorada, mãe, princesa e futura imperatriz melhor.- Nicolau intervém, percebendo o clima tenso que se instalava.- Bem, os empregados os levarão para seus devidos cômodos. Aproveitem sua estadia.- então se retira. Desse jeito, enquanto seguimos a empregada encarregada de nos levar até nossos quartos, me volto a imagem de America e do lindo bebê que acabei de conhecer, sem esquecer da dúvida que me martelava desde que Alex disse que não era casado. Quem é essa garota?


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Notas finais do capítulo

mais uma vez desculpem a demora, prometo que isso não irá se repetir
espero que tenham gostado
proximo cap O BAILE, com sorrisos e lágrimas, tapas e beijos e MUITAS SURPRESAS, finalmente o reencontro de América e Maxon
AGUARDEM



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