Curse escrita por Master


Capítulo 2
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Voltei!

Assim como todos os capítulos iniciais, esse é bem transitório, somente pra mostrar algumas coisas. É inicialmente narrado por Aurora e depois por James.

Espero que gostem.



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Eu acabei de socar uma pessoa no rosto. Não qualquer pessoa. Minha única e melhor amiga. Bem, a partir de cinco minutos atrás deveria a chamar de ex-amiga – seja lá se isso existe. Ver o nariz dela sangrar imediatamente, me fez me sentir mal por alguns segundos, depois lembrei do quão retardada, vadia mentirosa que ela é, quase me fez dar um outro soco nela.

E eu teria dado. Teria dado se o "namorado dela", Albus, não tivesse entrado na minha frente, então invés disso eu dei um soco nele. Eu não fiz nenhum estrago nele, infelizmente. Não igual ao estrago que eu tinha feito na minha mão.

Merlin, bater em pessoas doía pra caramba. Doía bem mais do que eu imaginava. Não que eu passasse boa parte da minha vida imaginando como seria socar pessoas, ok, talvez eu imaginasse algumas vezes com determinadas pessoas.

Mas palmas para mim. Uma pessoa que pode usar magia, mas decidiu socar alguém irresponsavelmente.

Isso aí Aurora, ponto imaginário para você.

O Potter mais velho chega apressado até nós e eu o encaro mortalmente. Ver sua expressão dividida entre surpresa e diversão me encheu de raiva. Portanto, eu queria o socar também.

Eu me viro e olho para ele, completamente irada. Seu corpo estava imóvel no corredor, com sua mão em sua varinha, me observando como se eu fosse uma ameaça.

Seus olhos castanhos esverdeados travam nos meus e a maneira como sua boca se curva para cima em um suave sorriso arrependido torna difícil me lembrar o motivo de estar tão brava com ele em primeiro lugar. Ele passa a mão livre pelo cabelo solto vagamente sobre a testa revelando ainda mais preocupação em sua expressão.

Eu decido não responder a esse olhar e lhe mostro o dedo do meio. Ele abaixa os ombros e balança a cabeça, como se dissesse “a culpa não é minha” e sai dali socorrendo Iryna.

Eu definitivamente nunca esperei que minha primeira semana de aula do quinto ano terminasse com eu socando alguém pela primeira vez por culpa de um cara que eu evitava há anos. Eu deveria ter seguido as instruções de meu pai e nunca ter confiado em alguém, muito menos em James Sirius Potter.

~~~~

Quatro anos antes

 

A primeira vez que eu ouvi o nome Aurora Chmmerkovskiy foi quando eu estava perto de completar treze anos. Eu escutei o seu nome em uma discussão que meus pais estavam tendo de noite. Especificamente sobre ela. Era bem raro ver meus pais brigando, então eu me esgueirei silencioso até metade das escadas e joguei uma daquelas orelhas extensíveis que meu primo Fred havia me dado de Natal, no primeiro andar.

Pelo pouco da conversa que eu havia captado até aquele momento, pude perceber que era sobre uma carta que uma coruja havia trazido do ministério sobre a triste situação da garota que vivia com pais trouxas sem nem menos saber quem é. E eles queriam a ajuda de meu pai para guia-la por um tempo, já que ele havia passado pela mesma coisa em sua juventude – há sei lá quantos anos atrás.

— Eu não ligo para seja lá o que tenha acontecido, Harry. – minha mãe disse sussurrando. – O que aconteceu com aquela família engloba situações muito perigosas.

— Por favor, Ginny! – meu pai rebateu. – Você acima de todas as pessoas não deveria virar as costas pra uma garota de onze anos de idade.

— É perigoso!

— Tudo à nossa volta foi perigoso, não se esqueça! – meu pai a lembrou.

— E eu não estou feliz com esse fato. – minha mãe respondeu aumentando um pouco o tom.

Meu pai suspirou exausto, e eu ouvi seus braços se chocarem contra seu corpo.

— Não há registros. Eles não os pais dela de verdade, mas de algum modo eles estavam a escondendo de alguma coisa perigosa... Até que então os acharam. – A voz dele soou um pouco temerosa. – Nós conseguimos os pegar antes que fugissem, mas eles não querem colaborar, o que me faz pensar em que deve haver um motivo pra dois trouxas esconderem uma garota do mundo todo, nem mesmo eu conseguiria fazer isso por onze anos.

Minha mãe ficou em silêncio por um longo minuto, era engraçado como eu podia sentir sua mente trabalhando, tentando pensar em argumentos.

— Certo. Um passo de cada vez, vamos andar esse passo e ajuda-la no que for possível.

A segunda vez...

Que eu escutei o nome de Aurora Chmmerkovskiy foi quando eu finalmente fui apresentado a ela. Ela e meu pai apareceram na sala de casa via flu, exatamente no penúltimo dia de agosto. Minha mãe já estava os perguntando sobre a jornada quando eu apareci correndo da cozinha e parei em uma segura distância deles.

Minha vida inteira, eu fui cercado de pessoas de cabelos ruivos, cabelos pretos e alguns tons de castanho. Minha tia Fleur e minha prima Victoire eram loiras, mas elas quase nunca apareciam, então não contava muito. Mas mesmo assim, o cabelo delas não era tão claro assim.

Então ela era um choque pra mim, cabelos tão louros que pareciam quase brancos, pele pálida e olhos tão azuis que eram cobertos por sua franja, como se ela quisesse mesmo se esconder do mundo. Ela parecia completamente perdida em minha sala, até porque ela era diferente de qualquer pessoa que já tenha posto os pés lá.

Com a minha chegada, ela virou seu olhar para mim e me encarou direto nos olhos. Nenhum sorriso. Nenhuma mudança. Seus olhos pareciam uma piscina que te convidava a se afogar nela.

— Esse é meu filho mais velho, James Sirius Potter. – Meu pai disse com um pequeno sorriso. – Ele está indo para o seu terceiro ano em Hogwarts.

— Oi, Aurora. – Eu disse amigável e sorri para ela.

A resposta dela? Foi se esconder atrás da saia de minha mãe que riu se divertindo enquanto colocava a mão sob a cabeça dela.

— Ok, isso foi estranho. – Falei arqueando as sobrancelhas. – Estou indo pro meu quarto.

Demorou muito tempo até que Aurora Chmmerkovskiy fosse falar diretamente comigo e mesmo assim, não foi o que eu esperava.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado!
Deixem ai qualquer crítica, elogio, dicas, tudo é bem vindo!